Versos de Silêncio
Maria me ensinou a ter intimidade com Deus Pai no meu silêncio e nas minhas conversas de um filho que se abre com o teu Pai e confiando na sua Providência Divina!
Alex Da Silveira Teixeira
Espaço
No meu abrigo solitário,
Em silêncio no meu espaço,
Esse espaço em mim é desgraçado,
Eu odeio o meu espaço,
Eu não quero espaço,
Eu quero que o calor humano me invada,
Que o calor humano perfure todo esse espaço,
Como um tiro no espaço.
Insônia
O negror é frio e pesado
como um cobertor molhado.
O silêncio está mais calado,
como um retrato apagado.
E eu aqui acordado...
Não passa carro,
não canta um pássaro.
Os minutos adormeceram
e as horas se esqueceram
que estou aqui acordado.
Uma solidão tenebrosa.
Uma paz nervosa.
Alguém falou nada,
nem uma alma acordada:
ninguém me ouve?!
O que houve?
Quero embarcar na viagem,
mas não há mais passagem.
Há paredes, teto e ansiedade,
mais o terror da saudade,
um travesseiro apenas,
eu e meus poemas.
Oh morte...
Oh morte que ronda as madrugadas,
busca em silêncio uma alma sofrida.
Não vês que em todos os planos,
não há salvação nem amor pela vida...
Oh morte que conhece o adeus
de páginas arrancadas de um diário,
comunga neste corpo insano,
envolvido nas contas de um perdido rosário...
Oh morte que ora fria e prisioneira,
ronda e espreita o infinito cansaço,
abraça e acolhe por fim, o desespero
de quem só conheceu o fracasso...
(13/03/06)
Eu queria te dizer
O silencio me consome
Você está tentando
E parece não saber
Tudo que tenho feito
É para ver o seu sorriso
Mas agora não estou direito
Seu abraço é meu abrigo
O vento está sereno
Tudo está tranquilo
Estou provando o veneno
Só me resta o vazio
Você não vê nada
Apenas o tempo passar
Eu sofro sozinho
Você tentou me ajudar
Quanto mais o tempo passa
Mais eu tenho certeza
Machuquei quem mais amo
Estou perdido na tristeza
Quero provar o contrario
O contrario é contraditório
Prefiro não provar nada
Mais uma para meu repertorio
Isso faz parte do processo
Não vejo solução
Não quero estar aqui agora
Não preciso ter razão
Não preciso de nada
Apenas de terra em minha boca
Essa é minha ultima escolha errada
Já decepcionei muitas pessoas
Vive...
Entra ..sai
Explode.... remete-te ao silêncio
Expõe-te
Arruma-te
Veste-te .. despe-te
Vive a vida......
Sê tu próprio
Sê original
Porque amanhã não sabemos se cá estamos.....(Adonis silva)05-2019)®
SOLIDÃO DE AMOR
No meio da solidão,
Sob o alto som do silêncio,
Meu coração está agitado
Por te ver, assim, tão calado.
Não posso me conformar
Com esse silêncio bobo
Que, deixando-me como um tolo,
Me põe sempre a chorar.
Tu és cruel
E andas na contramão:
Não sabes que o meu coração,
Que bate rápido, inquieto,
Sofre por ti, meu tesão,
Alguém a quem quero por perto.
Não faça isso comigo?
Não faça isso com a gente?
Troque tuas palavras mudas,
Que são mais graves que agudas,
Por meu beijo dado e bem quente?!
Nara Minervino.
A felicidade
ela tem olhos negros
como a noite e seu silêncio,
o céu aberto; estrelas a admirar
tipo um teto com memórias escritas
reflexos do passado vivido por ti,
a lua representa você em seu dia
banhada pela luz do sol
a mesma que te aqueceu
presenciou e proporcionou teu bem estar
te acolheu sem te julgar
apenas foi e fez...
a cada raio de luz ao te tocar,
lá esta ela, a lua, e você a admirar
pois foi-se a tua vez
mas sabe que tem de retornar
como tudo nessa vida
tudo que nos pertence,
da mesma forma que o dia vai
da mesma forma que a noite vem
tudo a seu tempo,
e enquanto isso só nos resta admirar
esses acontecimentos presentes a nós!
Condenação
O meu silêncio grita,
minha tristeza sorri,
minha alegria sofre,
minha presença não está aqui...
meu desânimo é puro ânimo,
o vigor é ausente
mas presente na ausência,
e o amor? É minha sentença!
Perguntam o que penso,
ébrio, o meu silêncio é sincero.
Peço a saideira, ensaio a saída, outra rodada...
Perguntam quem sou.
Penso e não mais estou.
Mãos à obra,
pé na estrada,
o resto é prosa fiada!
No silêncio da madrugada
Em que se ouvem grandes barulhos
Das atitudes de nosso subconsciente
Coisas que aconteceram acontecem, vividas.
Presas ao passado na gaveta da mente esquecidas
Consciência ausente do mundo
No reflexo desses acontecimentos
Tal como a luz de um flash em fração de segundo
Corpo em repouso de um sono profundo.
Vem e volta torna-se vida
De algum lugar, do real distante.
Relativo ao consciente
Do passado ao presente até o submerso do futuro
Saltando a janela da mente
Faz-nos viver em um mundo paralelo a realidade
Dormindo ou acordado é a mesma verdade.
Só vamos entender o valor do SILÊNCIO quando aprendermos a nos CALAR para não ferir de volta, quem nos feriu primeiro.
🤐
Ausência
O Ar será o silêncio
Das faltas
Só terá nostalgia
Desse viver acelerado
Haverá lamentos,
Haverá angústias,
Mas o ser aprende
Que faltas são inevitáveis.
Preciso ir embora
O silêncio nunca feriu tanto a alma, tornando-se uma verdadeira diabete, a cada dia aumentado a ferida provocada pela ausência. Se um dia isso vai passar? Não sei. O que tenho certeza é que nunca mais a vida será a mesma, pois as rotas dos ventos mudaram de forma definitiva.
É no meu silêncio que encontro o meu barulho.
É no meu calar que escuto as respostas.
E no parar que vejo o quanto já caminhei e que ainda posso caminhar
Falo muito, mas calo ainda mais.
Calo meus barulhos com os meus silêncios
Kehlsteinhaus
À vastidão das vozes que ecoam descompromissadas, me volto a preferir o silêncio do refúgio encontrado em mim mesmo.
