Versos de Saudade
Você, que irá ver sua vó nesses próximos dias, dê um abraço bem apertado nela...
Cada abraço dado numa avó é um abraço que nunca mais poderei dar na minha...
Reencontros I
Tentei não ceder
Ao calor do momento
Que minhas loucuras e desejos
Não escapassem dos pensamentos
Quero embriagar-me de você
Como se fosse a última vez
E no dia seguinte
Ter ressaca de paixão
Sua amizade gostava !
Amizade MINHA e SUA,
Por motivo desconhecido foi se embora,
Cada dia no acordar Eu aceitar demora,
Mas, tenho de continuar a vida à fora.
Era amizade linda fascinante,
Momentos dela contei , precisei de você,
Estou perdido sem ela hoje,
Sua magia me contemplava sempre.
Hoje aqui escrevendo,
Não sabe a dor muito tenho,
Posso parecer bem por fora, não, meu interior dentro,
Quem sabe se ! você lendo,
Diferente aconteça ato,
Como sempre não se , conversando falando entretendo,
Pois, nosso dizeres sempre foi é o silêncio.
Desse sentimento que nas almas crava
Do que é vivido e do imaginado
O que não sei fazer desconto em palavras
Saudade caminha lado a lado.
Se eu pudesse, eu te daria o céu e pintaria todas as estrelas com lápis de cor.
Se eu pudesse, construiria um enorme jardim só para você exalar seu aroma e desfilar sua beleza e deixar as mais belas flores com inveja.
Se eu pudesse, moraria para sempre em ti, para jamais sentira saudades.
Se eu pudesse, te mimava de carinhos e beijos, até você me amar.
Se eu pudesse pararia de chorar e de você recordar!
Sergio Fornasari
Cala-te
Cala-te óh vento
Tira-me deste pesadelo
Que deixas-te nesta pobre alma
Entregue ao seu cruel destino poético
Amarfanhadas palavras no ventre amado
Magoa que destrói todos os gemidos de amor
Lírios brancos de dor no silêncio em cúpulas de ti
As vestes negras de seda soltam-se do corpo sofrido
Noites repletas do teu odor
Numa taça de sons compreendidos de amor
Cala-te óh vento que eu não quero
Ouvir os gemidos da tua dor em mim.!
A garrafa
De vinho
Daquela noite
Do seu aniversário
Com a sobra
E as lembranças
O seu cheiro
Na garrafa
E a saudade
De outra pessoa
As músicas
Da Amy
Com recordações
De outra noite
Com outra mulher
O seu cheiro
No quarto
Com o vinho
Amy
E um coquetel de sentimentos
Um turbilhão
Caos
Olhos cheios de areia
Areia do mar
E Ana
Olhos
Mar
E
Ana
Labirintos
Lembrança
Sei que estás aqui ao meu lado. Todo o tempo tive a convicção de que não fostes embora. Quão palhaço tem sido ao esconder-se de mim! Um dia eu encontro seu esconderijo... Confesso: não tem sido fácil aceitar essa brincadeira boba de não voltar pra casa. Mas eu estarei aqui esperando. Não esqueci do presente de aniversário, nem do cinema que marcamos... Quero ver até quando conseguirei enganar a mim mesmo; só de pensar que ninguém virá aqui dar-me a notícia de que você está de volta... o jeito é aceitar a infidelidade da vida; a fragilidade de ser; a mediocridade de ter e a infinita presença do que não volta mais.
Você se foi, então chorei...
Como pude viver sem teu carinho
sem a segurança que você me dá?
Preciso viver. Eu vivo,
mas sem o arco-iris para me acompanhar.
Você se foi, e meus pés perderam perigosamente
sua base para caminhar.
Olho para o céu e o anil descoloriu...
Eu me sentia radiante, com o sorriso dançando
e o coração a palpitar.
Agora minha lua não tem cor,
e meu sol não me dá mais calor.
Até as estrelas não achei,
e perdidas vão ficar.
Mas quando voltar, e trouxer a cor do mundo com você,
te prometo amor nunca mais me separo
da luz que encontrei em seu olhar.
À NOITE QUANDO A LUA...
À noite quando a lua convidou-me para escrever
Pensei em escrever um poema só para ti;
Mas só sentia solidão……
Uma dor dentro do peito
Como uma faca afiada, espetada no coração
Rabisquei, apaguei, rasguei, rescrevi
Não é nada fácil escrever para ti
Amo-te tanto que já mais amarei assim mais alguém
Com uma saudade, vontade doida de te ver
Os teus olhos quando se cruzam com os meus.
São os meus poemas já escritos
Os dedos das tuas mãos entrelaçadas nas minhas
São os versos que faço a pensar em ti;
Esta saudade…..
Esta dor no peito, esta ausência de ti em mim
É à noite quando a lua convida-me para escrever
Da certeza que tenho…
Que preciso escrever tudo o que sinto por ti!
DESATEI TODAS AS PALAVRAS
Desatei todas as palavras e deitei-as a voar
---------------Fugiram para as estrelas na palidez da lua.
Lamentos de um coração ferido, partido.
-------------------Carrego nos ombros, os filhos que eu pari
Flores abrir, no orvalho quente da manhã
--------É nas tintas que escrevo que mergulho e esqueço
Folha branca escrita em que meto-me e liberto-me!
-------------É nas palavras que navego no silêncio da noite
Luto contra os uivos e gemidos do vento
------------------Tintas de um poema de letras magníficas
Onde eu encontro-me e perco-me no tempo !!
Escrevo um livro fechado
Com as páginas intactas
A minha alma é um cadáver
Que foi pedir sonhos aos mortos.
Sem medos sem culpas;
Quer se faça dia, ou noite de trevas
Presságios fúnebres de nocturnas preces
Leva adiante de pávidos rostos abaixo do mar
A sombra de uma só covardia de sossego; desfeita em desassossego
Pedras geladas, fragas raras, mármore precioso
Oh morte leva contigo o perfume das flores, dos cravos, das rosas
Estás aqui comigo, oh morte na sombra deste sol quente
Escrevo que a minha alma é um cadáver
Para pedir um sonho aos mortos
Afinal os vivos não me ouvem ou fingem não ouvir
Que ninguém rasgue os livros escritos nas folhas do sonho
Feita de poemas cheios de amor e dor.!
Escrevo todos
Escrevo todos os meus sentimentos
Procuro nas palavras o que sinto
O chão foge a cada minuto dos pés
Palavras escritas mal ditas da voz
Renasce um silêncio rasgado de dor
Cresce um vazio que em mim é vazio.
Escrevo todas as magoas e tristezas
Aninho-me em ti, sentindo o teu calor
Esperança guardada levada pelo vento
A parede que morre da árvore a morrer.
Incômodo desnecessário feito de lágrimas
Céu morto nascido parido no nosso inverno!
Jardim vivo
Jardim colorido
Por entre tulipas e lírios
Vivo todos os meus delírios
Com o coração cansado amargo na alma
Lembranças de uma vida feliz
Com o terço na mão
De um tempo em que amei
E fui muito amada
Solidão que fere e dilacera a alma
Ferida não cicatrizada que não se esquece
Quando as duas almas têm os seus destinos traçados
Conhecem todos os medos
Fraquezas e desejos
Acorrentei-me a ti e agora?
Mesmo que me soltes eu não quero ser livre
Quero acabar meus dias acorrentada a ti
No jardim colorido
Onde vive todos os meus delírios!
AS FOLHAS DAS LETRAS
As folhas das letras atravessam os carris
Elas desconhecem as linhas do destino
Chegam à estação na vertigem do silêncio.
Viagem atribulada feita na escuridão dos túneis
O poeta escreve nos caminhos mais noturnos
A morte desvenda o mistério de um rosto triste
Os labirintos da alma são a solidão do corpo
Palavras secas no palato da nossa memória
No silêncio descrevo com esta sonolência
Poética onde invento ninhos feitos de ilusões
Palavras por escrever, por dizer tantas vezes
Sussurradas nas páginas brancas do poema
Dor sentida de lamento nas esquecidas letras
Onde atravessam os carris da nossa curta vida
Viagem atribulada esta a nossa, do destino incerto
A morte desvenda o mistério da vida mal vivida!
Ando descalça pela calçada......
Com os candeeiros velhos iluminados.....
Onde tiro as pedras da rua......
Vejo-te ao longe, em passos largos....
Afinal és aquele, com quem divido as minhas lágrimas....
Murmúrios.... e desabafos......
Contigo deixo a dor.......adormecer no desespero....
E escrevo em poemas......todos os desejos....
Cobertos de sentimentos áridos......
Suspiros.....mágoas......e murmúrios......
Onde escuto as palavras passadas....
Cegas e ensurdecidas pela raiva.....
Esquecidas...de lágrimas..... e de risos...
Almas brilhantes...onde o mar cantava...
E canta.....uma bela melodia....
O vento falava com doces palavras, com gestos delicados......
Onde eu voo com asas de um condor...ou de uma águia....
No luar da meia noite...que eu tanto queria ver....
Dando a outra face, De um rosto...triste....e talvez envelhecido....
Dorme....docemente com os aromas......perfumes.....
Cheiros de poesia...afinal ando descalça contigo..!!!!
OH MORTE...OH MORTE...ADEUS -
Oh morte que o pavor me cubra
Dos olhos da esperança por quem viveu
Ou talvez de quem já não vive
Oh morte que o pavor me cubra
Muda agonia que o meu alento desfalece
Oh devora-me o corpo exausto que repousa
Jaz de morte nos lábios meus
Mortal desgosto cobre o meu rosto
Pedra de mármore fria de macio encosto
Oh saudade insana que não quer perder a alma
Magoa deixada na escuridão dos olhos
- Oh morte...oh morte...adeus -
Vai-te embora oh morte, ainda não é a minha hora.
OCULTA ADVERTÊNCIA
Oculta advertência sem assistência
Consciência perdida por convivência
Fragas em permanência de uma abstinência
Numa fuga de preferência sem resistência
Sangue que corre nas veias por insuficiência
Vitórias que a vida nos dá por providência
A tua alma que morre em mim por imprudência
Sonho com o teu corpo com bastante impaciência
Derrotas feitas tantas vezes de turbulência
Passos gigantes desconcertantes sem coerência
Um coração leviano apaixonado com confidência
O pecado sem virtude…É um vício de muita resistência!
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