Versos curtos de Paixao e Saudade
AGORA
não ao abraço
não olhar a flor
não o cara a cara
depois eu faço
depois eu digo
AGORA NÃO!
agora
apenas abraço
o último abraço
o sorriso
não vi seus olhos sorrir
segurar a mão
fez falta, mas não tinha mão
Agora
olhe o agora
olhe e segure
o que realmente importa.
Depois, já foi embora.
Eu queria saber quem é esse tal de tempo: isso que me rouba os momentos, os dias, os meses, os anos. Me rouba as lembranças, os momentos. Porque, tempo?
Pelo menos me deixe até o fim, com os melhores momentos, já que não posso fazer voltar, quero ao menos poder guardar naquela caixinha do pensamento.
Só me dê um pouco mais de tempo, TEMPO.
E isso tudo me faz pensar... pensar no que vale a pena, pensar no que se deve esquecer, pensar em quem veio e tem que ir. Me faz refletir que nada nessa vida me pertence, nem os pensamentos... E eu deixo, não tenho escolha. Que os caminhos sejam seguidos, e que a vida se encarregue do restante.
Apenas deixo fluir!
(em Xalés de Maracaípe)
Hoje o meu dia foi cinza, cheio de lacunas, com momentos de silêncio, oscilando entre sorrisos e choros.
Meu primeiro aniversário sem a minha mãe.
Há dias em que penso em ti, tento recordar o teu rosto, o teu sorriso e o teu cheiro.
Há dias em que tento esquecer-te e proibir-me de te recordar.
Nunca consigo.
A tua lembrança é mais forte e o meu carinho, aliado à saudade que cresce a cada dia que passa, fazem com que me sinta mais perto do teu peito que, por conta do destino e dos desencontros, está longe de mim.
Setembro é o mês da felicidade e da expectativa para outubro, que vai colorir minha vida!
Setembro que me trouxe uma ligação linda, da pessoa linda, para escutar coisas lindas e me encher de ternura.
A oficina
A felicidade parecia ser ser mais fácil de ser adquirida.
Mente vazia oficina do diabo?
Nem o silêncio não me trás mais paz.
A Mente vazia é oficina da saudade.
Nunca deixe de ter aquele calafrio para ver o seu Amor.
Pode ser que um dia o Calafrio se torne Saudade.
As vezes nos sentimos tão frágeis, tão sensíveis, mas não deixamos transparecer...
Disfarçamos na tentativa de mostrar que somos duros, fortes, enfim, não nos abatemos...
No fundo, só nós sabemos o que passa dentro da gente!
12/08/2015
Eu ainda sou capaz de criar
Cenas em que estou com você
Você era ouro
Eu era daltônico
E agora vivo agonizando em meio a ficções e lembranças de nós dois.
Como a claridade,
Expressa,
Que assombra a escuridão,
Tácita,
É a convicção da ambiguidade,
Fecunda,
Que amua o coração,
Tristura,
Como a de agora que lateja saudade,
Falta,
Quem és tu?
Que vens lembrar,
Que aquilo,
Que alguém,
Que não está,
Mas ainda vive,
E mesmo de longe,
Pode chegar?
Quem és tu?
Que machucas com tanta crueldade,
Que corporalizas,
Que personificas,
E tomas forma própria e não pedes licença?
Quem és tu?
Que bates diferentemente todos os dias,
Incurável,
Que nem o tempo abranda,
Interminável,
Que só o tempo suaviza?
Soluço afogado em águas ferventes,
Sinto o choro gemer dentro de mim,
Dor agonizante sem fim,
Inefável sentimento enfim,
Morro sempre assim,
Ouvindo o desespero do meu choro dizendo,
Morri,
Morri,
Tristura inabitável,
A certeza da minha pequenez amplifica meu grito insuportável,
Que ouço amiúde,
Adoeço com minha ausência,
Essência insensível,
A contaminação da minha rudez prolifera este padecimento incurável,
Que anestesio virtude,
Adoeço com minha ausência,
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