Versos com Rima das Estacoes do ano
OESTRUS
Naquele por do sol inusitado
enterrei os versos
e a prosa deixei de lado
No sangue que banhava as vísceras
a dor do estanque na hora da criação
Como o tato do cego homem
eis agora minha misera condição
Nada mais denota velha e hábil, inspiração
Nem a astúcia, um belo estratagema
porem em meu ser, outro serio dilema
De joelhos rogo aos deuses, iluminação
Arrebatam-me agora, esta ficando tarde
Húmile serva, curvo-me, a alma arde
Permitam-me verter somente, composição
Não adianta olhar
e tentar decifrar
o que escrevo em versos
É que só vai encantar e euforizar
o destino, à quem me expresso.
Todos os versos que fiz
na minha mais nobre invenção
foi por ti tudo que escrevi
não foi uma paixão em vão
Por mais que tenha q acabar
um fim verídico não darei
estarás sempre em mim
e mais uns versos por ti eu farei
Pois enquanto a hora não chegar
vou expressar o que sinto
vou externar os desejos do fundo
e viver no meu mundo distinto
Isso é para que não esqueças
os momentos que tivemos juntos
não foi história de castelos
nem fadas, nem heróis de outros mundos
Mas foi digno de uma história devota
como Romeu e Julieta outrora viveram
em castas opostas, uma guerra travando
vivendo uma paixão, com uma única meta
Mostrar para o mundo o bem verdadeiro
que para o amor não existe limites
Só uma lei move o mundo em conjunto
amar e ser amado, eis o decreto inteiro
Andando eu vou
estrada a fora
com o rosto molhado
e os versos rasgados
o corpo cortado
pela minha solidão
Andando eu vou
com o coração na mão
em busca de felicidade
esquecendo a saudade
e querendo o bem só de quem me quer
esquecendo as lembranças de uma vida qualquer
pensando em formar felicidades falsas
para de novo um dia eu sonhar, como você faz falta
Foi-se a vida
Em ferida
Despedida
Desmedida
Desregrada
Foi-se em versos
Sem prosa
Em palavras
Não faladas
Foi sem foice
Tomada por pragas
Ervas daninhas
De ciúme, orgulho,
Coisas mesquinhas
Foi-se a sorte
E a morte
Foi-se em vida
aqueles versos eu não li
não dei atenção ao que escrevi
o nosso silencio eu interrompi
as batidas do seu coração eu não quis sentir
a você a lágrima que não deixei cair
Pelo meu próprio orgulho eu desisti
de você meu sonho minha realidade
Por você construí versos inacabados
um dia percebi no brilho do seu olhar
que me desperto algo diferente
um filme passava lentamente em minha mente
na sua face um sorriso transparente
dizia que era o fim de tudo entre a gente
Rondel ao meu amado
Oh meu amado
Dedico a você estes versos
que em um devaneio
Sonhos secretos escrevo.
Você é um enigma
Aos poucos vou o desvendando
Descubro segredos
Que jamais imaginastes.
Com um sorriso
Mudastes minha vida
De todos os medos
Que apavoram-me
Liberto-me com seu amor.
Túmulo de Amor
Frios versos inalados são
A doce voz,o afeto constante aonde estás?
Se achas livre,não sabes que sois meu
Afeto impuro não corroa o que ainda resta
A ingratidão tomara a dignidade de viver
E sua forma clara e límpida se extinguiu
Aqui jás quem por amor se deu
Pensando no tempo, ele parou
Voando com o vento, e ele passou
Parei na escrita,
Dos versos e rimas
De uma estória cantada,
De uma cidade encolhida,
Em rebanhos desertos,
Em estradas escuras,
Nas esquinas de ruas,
Ou em lugares distantes,
Viagens á mares,
Pensamentos constantes,
Me fazem refletir,
Que realmente o que eu vi não estava ali,
Tudo ilusão de uma mente careta e sem rumo,
Meu destino eu encurto com essa lata de cerva
E esse maço de fumo.
Toques na boca,
Celulares ligados,
O transito em transe,
Da vida um romance,
Do romance uma estória,
Dessa estória um desejo,
Do desejo um olhar,
Desse olhar vejo você,
Em você encontro o caminho,
O caminho da vida.
Servir-te-ei os mais belos versos
Em conchas coloridas
Para que sorvas de mim
Todo meu amor, toda minha vida
Sim! Sou teus versos reescritos, impuros e aflitos
Como a vertigem, doce e quente da paixão
arremetendo aos delírios da compreensão
Ah! Alucinação impenitente da minha saudade...
Entra em mim como doença, dor intensa
Aí não falo, engulo o grito
Não durmo, me agito
fico insana, me torno a mais profana de todas as mulheres
faço todas as tuas vontades, perco a identidade
abandonada, lânguida e sem defesas
desejo o meu desejo, servido em tua mesa
ser a entrada, o prato principal e a sobremesa
Te amo.
Em meus versos, o mais importante primeiro.
O resto, de verso, é resto.
O amor primeiro.
Você primeiro.
Nós, para sempre.
Gostaria de conhecer palavras dificéis , para construir versos incriveis...
Mas o significado seria apenas um ... EU TE AMO.
Inevitável...
Versos inversos...que queres tu de mim?
Tenho a sede...mas já não podes me impedir de beber das
fontes da imortalidade...
Tenho a fome...mas sabes que me alimento das entranhas para fora...
Tenho o medo...mas não ouses crer que me rendi...
escarneço da tua vulgaridade e zombo das tuas loucuras sem propósito...
Dobre-se feliz aos meus pés...tenho a eternidade e isso,
nem tu poderá sê-la por mim!
Amar é:
...escrever em linhas paralelas versos contíguos...
...esboçar a dois o colorido desenho de felicidade...
...gracejar sem sentido os sentimentos da vida...
...uma conquista diária para quem vivencia o AMOR!
Sentimentos
Que estranhos sentimentos!
Os mais diversos...
e os fiz em versos,
muitas vezes, pra você.
Que estranhos sentimentos!
Tomaram minha essência
e nessa experiência
aprendi uma vida com você.
Que estranhos sentimentos!
Um afeto que virou carinho
e levada por esse caminho
me desfiz toda em amor.
Que estranhos sentimentos!
Levaram-me ao delírio
com tão grande brilho
de loucura e desejos.
Que estranhos sentimentos!
Deixaram-me paralisada
no tempo e encantada
com a grandeza deste momento.
Que estranhos sentimentos!
Sufocaram-me sem matar
feriram-me sem magoar
e é desse jeito que eu os quero.
Que estranhos sentimentos!
Sem eles não sou mais nada,
se desviar-me dessa estrada
perco a força pra viver.
Que estranhos sentimentos
você me fez experimentar
nessa doce ventura de amar você!!!
FAROLEIRO
Eu faço versos como quem
Num farol, um plantonista,
Vê o céu muito além
E perto de mim uma vista.
Se vestem meus versos de espumas,
Uma nudez quase mostrada,
E os barcos que olho enfumam
Suas velas na alvorada.
Quanto mais claro vejo o amor,
Quanto mais densa a letra escoa.
Amor tem de ser motivo, uma dor.
Quanto mais turvo olha-me o vazio,
Mas me transformo em amor,
Meus poemas são desvarios.
Se eu não escrever...
Palavras e versos...
Me perseguirão,
Minha vida se perde,
As noites são frias,
Madrugadas sombrias,
O sim, vira não.
Se eu não escrever...
O dia é triste,
O mar não existe,
E a saudade insiste.
Se eu não escrever...
Reinará a ilusão,
Um dia faltará o perdão,
Vai sobrar ingratidão,
Viverei noites de cão.
Se eu não escrever...
As palavras me caçam,
Os dias só passam,
E os livros se rasgam.
Se eu não escrever...
Poemas e poesias,
Serão papel em branco,
Alegria vira pranto,
E tristeza será um encanto.
Se eu não escrever...
O amor vira dor,
A fé se desfaz,
O ódio toma conta,
E amar, nunca mais.
Ai de mim..
Se eu não escrever.
VOU SURFAR NOS MEUS VERSOS
A cada frase que eu digito
A cada cena de um beijo
A cada passo pelo shopping
A cada onda que eu vejo
Eu te quero, eu te desejo
Um torpedo enviado
Um recado recebido
Um amor iniciado
Quero ficar para sempre contigo
Tocar em suas mãos às escondidas
Abraçar-te para disfarçar
Te amar e reconhecer
Te querer por mais longe que seja o lugar
Eu te quero mais que tudo
Longe ou perto
Vou surfando nos meus versos
Falando-te coisas de amor
A cada frase que eu escrevo
A cada verso que eu te envio
Isso só prova o meu desejo
Eu te quero mais que tudo
Além de um abraço e de um beijo
