Verdade
Hoje você está cheio de verdades para despejar sobre o mundo; amanhã alguns estarão se perguntando se você aconteceu ou foi inventado; um dia muitos estarão duvidando que você tenha sequer existido.
O problema do radicalismo é que seus defensores encaram suas "verdades" como a única alternativa possível. Acreditam-se tão superiores para ver o que a maioria não consegue enxergar que se distanciam da mais óbvia das realidades: a importância da diversidade para a coerência nas escolhas.
Eu sei como as estrelas se formam no escuro
E como o silêncio sussurra verdades no ar
Eu conheço o som dos segredos que nunca escutamos
E vejo o tempo dançar sem ninguém para olhar
Eu sei o gosto do medo antes do nascer do dia
E a dor que ecoa, mas que ninguém irá sentir
Eu sei que a esperança é um fio fino, quase quebrado
Mas ainda assim, ela nos faz persistir
E mesmo quando tudo parece se desfazer
Há um poder que nasce do nosso olhar
Do nada, criamos um universo inteiro
Entre o nada e o infinito, podemos amar
Eu sei onde as sombras se escondem, esperando luz
E como os sonhos se perdem nas margens do mar
Eu conheço o frio que invade o coração
Quando as promessas se perdem, quando esquecemos de lutar
Mas eu também sei que há fogo na escuridão
E que a verdade está além do que conseguimos enxergar
Eu posso moldar o tempo com um simples toque
E transformar o medo em um motivo para acreditar
E mesmo quando tudo parece se desfazer
Há um poder que nasce do nosso olhar
Do nada, criamos um universo inteiro
Entre o nada e o infinito, podemos amar
Eu sei que o destino nos testa com mãos invisíveis
Que o mundo nos prende com correntes que não podemos ver
Mas é no caos que encontramos a força para quebrar
E na incerteza que descobrimos como crescer
Eu posso fazer com que o silêncio cante uma canção
E transformar a dor em um hino de redenção
Posso iluminar os céus com um simples suspiro
E fazer o tempo se curvar à nossa direção
Eu sei que há um poder que ninguém pode roubar
Um amor que cresce, mesmo quando tudo morre
E no final, é o que criamos do nada que vai durar
É o que fazemos em silêncio que nos torna imortais
E mesmo quando tudo parece se desfaze
Há um poder que nasce do nosso olhar
Do nada, criamos um universo inteiro
Entre o nada e o infinito, podemos amar
E no espaço entre o sonho e o real
Encontramos um amor que nos faz voar
Pois do nada, surge tudo que importa
Entre o nada e o infinito, vivemos para amar.
"Entre o nada e o infinito, é no caos que descobrimos nossa força, e no silêncio, criamos um amor que transcende o tempo."
Até que ponto?
Conhecimento é inato, até que ponto?
O empirismo tem suas razões e suas verdades, até que ponto?
As crenças, os valores, o certo e o errado, "a alegoria da Caverna de Platão", tem sentido até que ponto?
A tecnologia desafia a humanidade seguindo em duas cordas bambas paralelas, uma caminha velozmente rumo ao fracasso social e irracional da maioria, outra caminha dando saltos largos na corda bamba elevando o poder descontrolado dos grandes capitalistas, ao mesmo tempo cegando as mentes vazias de conhecimento, suportaremos como sociedade, até quando?
Eu tenho um estilo literário bem peculiar, gosto de escrever verdades, mas o meu texto tem que rimar, faz parte da minha essência, é algo que não abro mão, também faço críticas, mas de forma leve, sem indiretas que ofendem este ou aquele cidadão... Todo escritor possui um estilo próprio, faz parte de seu aprendizado, às vezes ele se inspira em um outro mais famoso, mas nunca copia a sua ideia, pois sabe que é errado... Cada um de nós escreve de uma forma, tentando passar algum recado, o meu contém rimas aleatórias, faz parte do meu estilo literário.
Já pensou que suas 'verdades' podem ser 'verdadeiras farsas'? Embora difícil, não se deixe levar por meias verdades ou emoções passageiras.
'FACETAS'
Verdades sobrepujadas e as milhares de faces pairando nas noites sem Luar,
Poesia retangular,
Quadrática.
Maquilagens nos 'sofás disfarçados'.
Quadros 'seminus' nas 'salas mascaradas'.
Vitalidade invejável,
Por trás das sombras:
Tudo impecável/relevâncias...
Na capa dos diários,
Frases de um violino apontando corpos celestes,
Mas o teor dos poréns,
Sucumbiram-se nos vácuos/matérias.
Escorregadia nas mãos sem melodias.
São as Montanhas,
Geradoras Vãs de alegrias,
Gladiando e hostilizando o 'eu',
Criando estigmas,
Ar rarefeito,
Apagando as estrelas...
Portas cilíndricas,
Quebradas,
Se perdem por trás das cortinas,
Estilhaçando as facetas em construções.
Clarão e sons emblemáticos corrompem as mesclas inexpressivas dos olhos.
A assimetria da vida pede novas jornadas,
Seguindo resiliências insípidas,
Abraços.
E os dias brilhantes/patéticos transmudam-se em dormências,
Sem figuras titãs,
Espaços...
'MÃE'
Inala-me com teus impulsos e verdades.
Vejo-te 'SUPER',
Influentes Olhos Quebradiços.
Cabelos brancos inspirando proteção.
És pedra preciosa,
Diamante lapidado pelo tempo.
E no tempo,
És transmissão de vida...
Quero agradecer-te pelos auxílios nas noites acordadas.
Pelos seus superabraços e carinhos quando mais precisei.
O meu amor por ti,
longe de ser passageiro,
É duradouro,
Infindável,
Aromatizante em todas as estações...
Eu ando muito cansado
de viver neste mundo
tão carente de verdades
Este mundo tão lotado
da ausência de qualidades
Um mundo feito de olhos grandes
e almas cada vez mais diminutas
Um mundo de cabelos bonitos
Ornamentando cabeças vazias
Um mundo onde há poucos maestros
e muitas batutas espalhadas
Essa gente toda
Tornou-se uma orquestra horripilante
Será que fui eu quem mudou
Ou esta coisa que se escuta
Vem mesmo da Humanidade
Será que este mundo deixou de ser
Um lugar bom de se viver
Como a gente o via antes?
Talvez sejam apenas os meus ouvidos
Me fazendo ouvir
O Céu se rachando,
Temporais de vidro,
A antiga pureza se vendendo
em troca
de umas poucas moedas
Um mundo de poucas vitórias
e muitas...muitas quedas.
As verdades.
Eis-me aqui outra vez
Permanece uma pergunta
E esta vida, o que me custa?
A resposta imprecisa
Nem vasta, nem concisa e nem bonita
Basta ser aquela
Que o coração queira ouvir
Quando a alma acredita
Será bela eternamente
Verdades são mais profundas
O mundo anda meio sem tempo
Sem crédito e nem provas
E tem sido assim
Desde que o tempo
Descobriu que move o mundo
E nenhuma nova luz brilhou
E o céu se abriu
Para a nuvem que passou bem perto
Mas, que por não saber que era nuvem
Não choveu
É pra isso que servem os sonhos
Pra sonhar saber
Ilusões, decerto
O que lhes custa a vida
E o tempo de espera gasto
Atroz e nefasto
Não era meu e nem era vosso
Nosso algoz
Sem tempo prescrito
Para exceções ou balões de festa
A velha pedra de moinho, desgastada
Pelo bico de um pequeno passarinho
Nobre viajante do tempo
Rico andarilho do espaço
Há somente os excessos
O atraso se apressa
Há a ferrugem que se expressa
Em corroer estradas
e os trilhos do expresso de 2002
A solidão do pobre rei
Sem direito a admirar
A ninguém que não seja rei.
São cobranças da vida
Que a gente ignora, ocupados
Contando as horas
Sem tempo pro abraço indolente
A velha idade
Cidades inteiras felizes
Pois nada muda
Deslizes de terra e conduta
Tudo de acordo com os planos
Verdades são mais profundas
Pra que sabê--las, se em nada ajuda?
E assim passaram-se os anos
Na vida, medida justa
Tanto faz o que não nos custa
Só nos basta esquecer
É pra isso que existe o tempo
Que a tudo ajusta.
Edson Ricardo Paiva.
Luz do Sol que se vai
E a que veio
As verdades da vida
São imagens disformes
Peças finas, delicadas
Desbotadas, distorcidas
Cristalinas e reais
A que vieram?
Vieram
De um translúcido quebra cabeças
O berço rude do universo
Um peso de papel
E uma tormenta pra se atravessar
A opinião diversa
Ausência de atitude
Mais nada, além do tempo e do lugar
A fala do engano
Se finge calada
E abrange a todas as cadeiras
Da fileira lá da frente.
É se afastar do tempo
Um mantra, uma oração pungente
Um pensamento na hora certa
Pode ser que seja o último
Olhar atento ao destino
Pode ser que dois
Num primeiro momento bate palmas
Pra depois, então, dançar
Um sorriso canino em primeiro plano
Um só momento e a tudo desmancha
Não basta segurar um mar nas mãos
O mundo descontenta
E o medo aflige
E exige a lágrima também
Pra abrir teus olhos
Puros e exigentes
Sempre
A mínima simplicidade
Ausente
O maior enigma da vida
É o que revela a verdade
Guardada em segredo ainda
É uma caixa que já foi aberta
Tanto barulho ela fez
Que quando era a da vez
Ela passou despercebida
A cara calcinada à luz do Sol
Tanto a que foi
Quanto a que veio
E que passou e que se foi
No meio
Entre o começo e o fim.
Edson Ricardo Paiva.
Os Felizes.
Eu atravessava um mar de verdades
Embarcado numa nau de fantasias
Sendo apenas um cara comum
Assim era a rotina
Eu assim cuidei de mim
Deixando a alma lá no alto da colina
Descia pra vida
Eu era só mais um
Num mar de avenidas
Um avião de papel
Num céu verdadeiro
carregado de mentiras
Esse era o segredo
Era assim que eu vivia
E chegava inteiro, lá no fim do dia
e voltava pro mesmo caminho
Repleto de maldades e inverdades
No íntimo, outro nenhum
Eu tive que aprender a diferença
Entre concreto e quimera
Caminhar descalço e sem nada nas mãos
Somente o latido de um cão eu sabia legítimo
Primaveras verdadeiras
Flores falsas. sóis fingidos
Qual de nós soubera
Decifar seu brilho entre os olhares
Se eles foram milhares?
Subir no trem devaneio
Deslizar em meio aos trilhos
Assim, quando o dia termina
Regresso à minh'alma, lá no alto da colina
Sem pressa, dormir
Comigo ao meu lado
Repleto de calma
Sonhar um mundo perfeito
Nas ruinas do ruido do silêncio
Do imperfeito que me atinge
Saber que é apenas um sonho
Que me aflige e não me fere
Todo dia era do mesmo jeito
Hoje eu vejo olhares vivos
Ativamente em desacordo
Conhecem os segredos do mundo
Tem até vontades próprias
Pensam preferir
Preferem
E seguem sendo enganados
Fingem de outro modo
Atolados no lodo
Felizes
Perdidos na vida.
Edson Ricardo Paiva.
Ontem eu comecei
a cultivar um jardim
Um roçado
Ou algo assim
Plantei verdades
das mais diversas
variedades
Nasceu discórdia
em formato de pimenta
A terra onde plantei
Não era boa
As pessoas se alimentam
de ilusão
Verdade dá indigestão
E hoje de manhã
Plantei meias-verdades
Qual não foi minha surpresa
Ao ver que ao final da tarde
Havia brotado tristeza
Com cheiro de hortelã
Mas o formato
daquilo que nasceu
Tinha assim,
Uma certa beleza
Que nem sempre
A gente enxerga na franqueza
As pessoas não gostam muito
do sabor da sinceridade
Preferem viver à toa
Uma vida vã
Pra amanhã
Já deixei aqui separado
Vou plantar
Um monte de mentiras
Com sementes
da pior qualidade
que encontrei
Vai nascer felicidade
Com aroma de canela
e sabor acentuado
de Glória vermelha
As abelhas virão ajudar
E então vai dar
Favos
Com gostinho de ilusão
Daqueles que a gente
tanto quer
e sonha
Um dia mastigar no pão
O triste pão da vergonha.
Eu amo
Amo a vida, amo a liberdade, amo as pessoas de bem que pregam suas verdades, que compartilham seus preciosos conhecimentos, seu valoroso aprendizado de anos no mundo; amo a natureza e sua pureza, os animais e a sua inocência; amo o passado e as suas doces lembranças; amo o presente com o seu jeito inesperado e surpreendente de nos levar como numa dança; amo o futuro mesmo que venha carregado de incertezas e dúvidas, mas que sempre vem com um pacote completo de opções, oportunidades e muita esperança.
Defina-se
Verdades e mentiras;
Afirmações e explicações;
Mimos e desconfianças;
Desejos e segredos;
Lealdade ou soberba;
Amor ou separação.
Quanto mais conhecimento se adquire, maior pode ser a angústia, pois a sabedoria revela verdades difíceis de suportar.
Não é queda o descer às profundezas,
É encontro com verdades e riquezas.
É ali, no silêncio, no confronto interior,
Que se encontra a raiz do verdadeiro valor.
É inacreditável a incoerência da vida com as verdades ditas por poetas que acreditam que exista a forma certa!
Grandes mentiras ditas milhões de vezes se tornaram grandes verdades incontestáveis. As mentiras estão dispostas a salvar de todos os castigos, fortalecidas por instrumentos humanos providos de fé, entusiasmados, extasiados por um estado de poder; cínico. Quando o homem baixa a cabeça e concorda com tudo é como o tapume na cara do cavalo, para que nada ao seu redor o perturbe na obediência de seu superior, os cavalos tapados tem grande capacidade de seguir em frente obedecendo apenas um ideal. O chicote é um enunciado e se arder no lombo do cavalo é como a desobediência ao grande Manito; podendo se arder nalgum fogo. (A.Valim)
