Verão
É fácil, nos dias de primavera ou verão, deportar esse espectro das marés violentas, para as extremas fronteiras das nossas compaixões, pois somos como o rio, ele, também, tem suas lástimas... Suas águas são luminosas. Mas, quando o sol se afasta, ao findar do dia e o crepúsculo chega, com suas noites geladas, suas mágoas são profundas... Ele sente sua fragilidade, ao ver os barcos ancorados e tudo se torna nostálgico para aquele rio... Assim, somos nós, sentimos a nossa debilidade, quando a gélida noite chega e nossos dós começam a mostrar-nos a triste cena da escuridão, em nossas vidas... Tudo, então, se torna mais difícil, somos tão frágeis quanto ao rio. Qualquer barulho, nessa obscuridade, transforma-nos em pedaços. Nossos corações se modificam em fragmentos de tristeza, pois a noite é melancólica... Somos como o rio, ele com suas águas estacadas e, nós, com nossos sangues parados em nossas veias, esperando a luz do raiar do sol...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Corre como um Rio"
HOMEM E NATUREZA - CICLO DE OUTONO
Estamos chegando ao fim de mais um verão.
Um novo outono começa.
E o outono traz consigo o início de um novo ano.
Segundo a astrologia, o ano realmente começa quando o sol, na sua trajetória anual, encontra-se no grau zero de Áries. É o equinócio de outono no Hemisfério Sul (Brasil), e de primavera no Hemisfério Norte.
Oficialmente seu início acontece, no Hemisfério Sul, no dia 20 de março de 2018, às 13h15', pelo horário de Brasília, e termina em 21 de junho de 2018.
Importante lembrar que, cada estação do ano tem beleza e características específicas que nos são reveladas na harmonia presente em seus contrastes.
Cada estação do ano nos traz mensagens e convites específicos.
Ao fim de cada ciclo há o início de outro, nos remetendo ao contexto do todo, mostrando que o microcosmo pessoal se insere no macrocosmo da Vida, do Universo!
Cada ciclo nos convida a novas posturas e nos oferece uma série de aprendizados para a vida.
Prestar atenção à natureza, aos seus ciclos, entendê-los, honrá-los e celebrá-los pode ser terapêutico se você quiser se tornar mais consciente de você e do mundo.
As celebrações, vindas de épocas remotas, por ocasião da passagem de um ciclo para outro, tinham como finalidade honrar e agradecer o ciclo que findava e saudar e dar as boas-vindas ao novo ciclo que se iniciava. Assim, as celebrações servem para nos relembrar essa realidade, nos manter conscientes de que fazemos parte do todo!
O todo nos afeta e nós afetamos o todo.
Contudo, normalmente não conseguimos enxergar esses sinais porque insistimos em achar que não somos parte integrante do meio ambiente.
O que a Natureza nos ensina?
Pode ser que eu viva hoje pelo outono e você pelo verão.
Cada um precisa fazer a leitura da sua própria vida e entender por qual estação está passando, para poder extrair todas as lições que cada estação pode nos ensinar.
Podemos aprender sempre algo com essa analogia.
A natureza é sábia e sempre encontra uma forma de nos advertir quando saímos da linha.
Por exemplo, com relação à saúde, se relaxamos com o cuidado do nosso corpo, logo algo ocorre para compensar e garantir o bom funcionamento do organismo.
Se excedemos os limites do trabalho, ficamos estressados e adquirimos doenças e temos que repousar para recuperar.
Se ficamos algumas noites sem dormir, o organismo enfraquece e temos que repor as energias.
Há fases na nossa vida que mais parecem as flores da primavera que ajudam a florescer e a valorizar as nossas conquistas. Há ocasiões em que tudo dá certo, apesar de nem sempre as nossas ações refletirem harmonia entre nosso coração e nossa mente. Nessas ocasiões, o melhor seria uma boa dose de prudência, para não achar que essa fase será eterna, porque, assim como na natureza, outras estações estão a caminho.
O QUE O OUTONO TEM A NOS ENSINAR?
O significado simbólico do outono mostra que este é um período de agradecimento por tudo o que recebemos da natureza e por tudo o que conseguimos realizar em nossas vidas até agora.
É também um momento de recolhimento, introspecção e reavaliação pessoal.
O outono é uma época especialmente recheada de significados que podem enriquecer nossas percepções.
É o período logo após o verão, estação de tempo quente, aberto, de plena luz e em que nossos movimentos tendem para o mundo externo.
Não é por acaso que, para chegar a uma estação intermediária, precisamos de uma chuvinha persistente que vai resfriando o tempo aos poucos nos preparando para mudanças. É, como bem diz a letra da música “Águas de Março” de Tom Jobim, “são as águas de março fechando o verão, é a promessa de vida no teu coração”,
Qual é a principal imagem que nos vem à mente quando pensamos em outono?
Bem provável que a maioria das pessoas responda que é a clássica imagem das árvores perdendo suas folhas.
Mas, você sabe por que acontece essa perda?
Se as árvores não as soltassem, elas não sobreviveriam à próxima estação. Isso porque as folhas se queimariam com o frio do inverno e, assim, os ciclos de respiração da árvore se findariam bruscamente, o que resultaria no fim da vida.
A natureza nos mostra mais uma vez a beleza de sua sabedoria: é preciso entregar, é preciso confiar, é preciso deixar ir o que não serve mais, para proteger o que é mais importante.
Assim, o que, à primeira vista parece uma perda é, na verdade, um ganho: ela ganha mais tempo de vida, e chega renovada às próximas estações.
Com isso, vemos que o significado místico do ciclo do outono é um período de preparação e recolhimento para a próxima estação que é o inverno.
É também um período de agradecimento por tudo o que conseguimos até agora.
Reflita a partir disso: o que você precisa deixar ir? Do que você precisa abrir mão para seguir firme para os próximos ciclos, para continuar a crescer?
O outono é também estação de amadurecimento dos frutos. É o tempo de deixar ir inclusive os resultados de nossos esforços, para que novas forças possam gestar outros futuros projetos.
Durante essa época é válido observar quais elementos em você precisam ser sacrificados para que o mais sagrado para sua vida seja preservado ou resgatado. Pense na palavra sacrifício a partir de sua etimologia: é um sagrado ofício, um trabalho, uma ação que possui um caráter sagrado, para além do superficial, que transcende o banal, que tem um significado maior.
Tudo isso é mais significativo quando se sabe que um novo ano astrológico se inicia. Tudo fica mais potencializado. O sentimento de mudança se faz mais forte, nos atinge com anseios de algo novo, de novas perspectivas, de nova vida.
Aproveite este momento, se proponha a MUDAR (interiormente e externamente), a ter a vida que realmente deseja, anseia, que faz seu coração bater mais forte.
Para isso, desapegue das coisas e atitudes que você não deseja mais e FAÇA DIFERENTE. EXPERIMENTE O NOVO... e verá que muito tem a ser vivenciado.
Por isto compreender o que seja um equinócio é muito importante, mais ainda se estudarmos o simbolismo do Outono. Esta estação sucede o calor, a forte claridade e todos os sentimentos e emoções do Verão, mas antecede o frio, a penumbra e o silêncio do Inverno.
É a hora de se estabilizar, diminuir o ritmo, preparar-se para momentos difíceis; é fazer como as árvores, jogar no chão as “velhas folhas”, firmar bem as raízes, preparar seu interior para outros ciclos e deixar algo para o planeta (frutos).
DICA / CONSELHO:
- inclua momentos de quietude e contemplação no seu dia a dia para poder apreciar a beleza e a plenitude desta estação.
- se durante o outono perceber o tempo mais frio, cinza, potencialize a decoração de sua casa com mais objetos ou flores coloridas para alegrar mais o seu ambiente.
Lembre-se: somos seres em constante transformação rumo à felicidade!
"Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiura, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente." Dalai Lama
VERÃO NO CERRADO
Um vento seco, no sertão ressequido
Mas, o céu está úmido, está aquoso
As nuvens cavalgando no azul vívido
As aves (andorinhas) num voo gostoso...
Pontilhando o céu com o seu colorido lívido
Ao som das cigarras num canto preguiçoso
É o verão dando as caras no cerrado árido...
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Que as fases ruins passem
Que o Amor não nos falte
Que teu riso seja eterno
Que seu verão aqueça o meu inverno
Que teu abraço seja minha segurança
Que o meu amor te faça forte
Que o seu olhar sempre encontre o meu
Que o meu coração seja pra sempre seu
Que sempre que brigarmos
Vamos resolver
Que momentos tristes
Nós vamos esquecer
Que depois nós vamos lembrar
Do primeiro beijo, do primeiro olhar
E que assim esse amor se faça forte
No meio de tanta guerra, você é minha sorte.
Verão...
Ainda sinto o cheiro de terra molhada;
O aroma daquela chuva que tanto me agrada;
Ainda consigo lembrar das nuvens carregadas.
...Ouço e sinto medo do som das trovoadas.
Quando o outono chegar que você tenha inúmeras histórias felizes para relembrar deste verão que começa hoje.
Eu sei que não estou no verão......
E tenhomuito frio, tenho muito sono
Tenho fmuita fome olho e não tenho pão
Passo o dia com fome, mas não temnho nada. não como
Mais uma noite que chega, e onde durmo?
Pego mais uma vez no meu cartão e lá vou eu
Procurando um sitiomais aconchegado e menos imundo
Para poder ter um cantinho só meu
Trabalhei desde criança para ajudar os pais
Construí uma família, éramos felizes, pensava eu…..
Veio a crise, o desemprego, trabalho não tive mais
A família abandonou-me, estou na miséria, nada é meu…
O estado não se preocupa só quer saber do seu próprio bem
Não fora estes grupos generosos que à noite nos dão uma sopa
Morreríamos muitos mais, e os jornais não falariam, par quê? nem fica bem
Não somos altas figuras, para quê falar de nós? É trabalho que se poupa.
A maioria das pessoas, esquece-se,
Que a vida é como a terra, vai girando, vai girando
Hoje, está-se bem, e que se vive num mundo que engrandece
Mas o amanhã gira diferente e o mundo que engrandece.... vai parando.
M.C.Duque
E de repente, a primavera resolveu não ir embora, fará companhia ao verão que a convidou para que juntos, possam transformar os vazios que se alastram mundo afora, em jardins com um sem fim de cores e fragrâncias especiais.
by/erotildes vittória
Dentro dessa linda estação
Escrevo uma canção
Nesse ritmo de verão
As árvores dança,os vento cantão
As águas vem com seu ritmo
E tudo vira uma atração
Com uma bela comunhão
Natureza canta com coração
Isso que eu chamo de ritmo de verão..
Contraposições.
“Dia e noite, Inverno e Verão.
Fome e Saciedade, Despretensão e Ostentação.
Simplicidade e Complexidade, Naturalidade e Dissimulação.
Flexível e Intolerante, Simplicidade e Pretensão.
Transparência e Aparência, Gabolice e Discrição.
Desinteresse e Inveja, Prudência e Inconsideração.
Sensatez e Irreflexão, Desleixo e Precaução.
Verdade e Mentira, Indiferença e Paixão.
Guerra e Paz, Desapego e Ambição.
Integridade e Parcialidade, Imoralidade e Retidão.
Controvérsia e Harmonia, Luz e Escuridão.
Amor e ódio, Lide e Conciliação.
Alienação pelo poder, é prisão que nos conduz ao espírito da escuridão,
Insigne é a viagem ao lado de nossa contraposição,
Profícua é a conciliação que mitiga a heterocomposição!
Utopia? Quiçá, mas a fome de compor é bem maior do que o patrulhamento ideológico.
Viver é conviver com nossa oposição,
mister se faz ignorar o que não é nosso e que nos afasta da luz,
e assim realizar nossa viagem sem perder o rumo de nossos ideais,
outrossim extrair de nossa vida muito mais do que poderíamos alcançar”.
eu nasci para vencer por isso MEU DEUS senpre vou acreditar em vc. luz do dia sol de verao e servir A DEUS e uma grande emoçao. sol que brilha ao amanhecer e se esconde ao entardecer por isso meu amor sempre vou amar vc.
Subir nos mais alto do céu, para te a Lua tomei.
Com seres celestiais dialoguei.
Em noite de verão para você fiz a neve cair para em teus braços me aquecer.
Me sentir vivo algo além de mim para nunca esquecer.
As montanhas mais altas escalei apenas para gritar seu nome.
E assim como a água da fonte, foi teu amor que já provei.
Em voos profundo meus desejos derramei sobre você.
Assim como as borboletas dançam ao vento.
Maravilhoso teu amor que me fez enlouquecer.
E jamais vi outro igual.
Que se igualasse a você.
Quando ele me invadir me tira do chão e faz flutuar.
Querer me faz sempre mais, e mais cada vez mais amar.
Me encoraja e me lembra que posso sempre mais.
De me impulsionar a fazer coisas que nunca fiz.
Verão no Claridge
(Victor Bhering Drummond)
Caminhando à beira d’água
Percebi que minha imagem
Era apenas um mero e efêmero reflexo
Preciso sim, olhar mais para dentro de mim
Para viajar rumo à descobertas menos superficiais;
E do lado de fora havia tanto a me fazer bem;
O azul do céu,
O próprio verde da água que não era um espelho, mas um poço de relaxamento
As histórias dos edifícios
E as estórias que meus passos deixarão
Com a alegria do meu samba e o drama do meu tango.
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#samba #victordrummond #drummond #marketingdigital
Cinzas
Talvez o verão tenha queimado os frutos.
As mãos, ressequidas, apenas recolhem restos.
Cinzas, ardores, ossos.
Havia ali,
não se lembra?,
um rumor de desejo,
que nenhuma palavra salva:
todo poema é póstumo.
Botei a boca no mundo,
não gostei do sabor. Ostras e versos
se retraem
ao toque ácido das coisas tardias.
Na sombra insone do meu quarto,
o vazio vigia, na espreita do que não há:
por aqui passaram
pássaros que não pousaram. Fui traído
por ciganas, arlequins e cataclismos.
De nada me valeram
guardar relâmpagos no bolso,
agarrar nas águas as garrafas náufragas.
Os castelos feitos na primavera das ilusões,
não resistem às primeiras chuvas de verão,
e logo são destruídos pelas rajadas da razão.
Caminhando sozinho.
Noite fria na estação verão. Pontes iluminadas à luz da lua, sozinho, pensativo, cansado, sapatos nas mãos ele vem, desfrutando em silêncio a solidão, desejada, do abandono da noite, ele vem, e sabe que vai chegar, por umas das pontes que lhe serve de caminho, ele vem, no seu deslocar do lugar incerto contemplado de circunstâncias voluptuosamente atraentes e traidoras, para o lugar certo, onde ele, que vem, ansiosamente, descansará sem nada a questionar.
a felicidade é um horizonte de falsa percepção. ora se ventila para o verão, ora se alcança a orquestração, eis o pulsar da gravidade simbólica da oração.
por andré
Numa linda manhã de verão,
andava a passear sem pressa
o mar passava calmo e sereno
o meu coração respirava amor
mas quase sem dor, e de um modo pleno.
Julguei ver-te chegando de longe, mas sempre com ar apressado, zangado? Não como um sol cor de bronze que reflete no mar tranquilo, pois sabe o seu caminho.
Depois pensei estar sonhando
dentro de um barco parado
Se estivesse imaginando, talvez pensando, ou estaria a sonhar acordado.
A tua beleza ao pé de mim estampada, por vezes é sorridente, pode ser alegria, dor ou sentimental, mas o meu amor por ti não tem igual.
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