Vento
O sol se despede devagar,
tingindo o céu de ouro velho e sonho.
As nuvens, douradas, flutuam no horizonte,
e as sombras se esticam, preguiçosas.
O vento sussurra histórias antigas,
o dia se inclina, entregando-se à noite.
Tudo se banha em luz morna,
como um abraço que aquece a alma.
E ali, parado, contemplo o milagre,
uma obra que não pede aplausos.
Só o silêncio basta,
porque o ouro velho fala por si.
A cor do vento?
Invisível, claro!
Mas eu o sinto em cada suspiro do ar,
Em cada partícula do meu respirar.
É uma brisa sincera,
Que dança e descansa no vento do mar,
Que no imenso céu faz um pássaro voar.
É brisa suave que traz as árvores pra lá e pra cá.
Ele brilha nas faíscas que voam da fogueira,
E no fogo da paixão que me acende
Quando vejo o esvoaçar dos cabelos loiros da minha amada.
O vento é sensação!
Um sentimento de paz.
Então, se me perguntarem de novo...
Qual a cor do vento?
O vento tem todas as cores!
O azul calmante do céu e do mar,
O verde das árvores balançando ao luar,
No vermelho das faíscas distantes,
E no amarelo dos fios loiros numa tarde de outono.
Vou fazer o que com esse meu talento de ser um grande amante do vento?
Claro, te convencer a ser um também!
Sinal do Universo
Pedi ao Universo um sinal. Apenas um sinal. Um só. Mesmo que fosse fraquinho. Pequeno. Nebuloso. Um resquício de poeira. Seria apenas um único sinal, mas o único emitido foi o silêncio. Um silêncio sepulcral. Como se a morte tivesse passado e levado para o submundo todas as palavras. Foi tão intenso e tão triste, que senti como se um raio tivesse atravessado o meu peito e rasgado a minha única esperança. A única saída foi me encolher.
Abracei a saudade tão apertado, tão apertado, que quase sufoquei-a. Caminhamos em direção ao nada e percebi a esperança me esperando do outro lado da ponte. Atravessei-a calmamente sem tirar os olhos dela. Ao nos encontrarmos, nos abraçamos e percebi que tínhamos muita coisa em comum. Ela pegou na minha mão e seguimos caladas sem pretensão de chegar em algum lugar. Queríamos sentir apenas o frescor do vento daquela manhã de fim de verão.
Durante nossa caminhada silenciosa entendi que a esperança vem do substantivo “esperar”. Esperar o tempo certo. Esperar que as coisas se alinhem. Esperar que dará tudo certo. Esperar que a conexão se encaixe e se torne uma só. Esperar que a vida se encarregue de fazer acontecer no momento que tiver que acontecer.
As palavras ressoam
perdidasno vácuo,
como se não
fizessemsentido algum,
e reverberamem silêncio,
como se fossem dirigidas ao vento.
O vento e as ondas levam o barco para longe da praia. A vida vai junto - desbravando os mistérios do mar - ela avança sem medo. Ela não sabe voltar!
O vento leva as folhas
A árvore fica no chão
Assim são nossas escolhas
Voar ou não ter ação.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
07 Março 2025
Seja forte como as raízes de uma árvore e flexível como seus galhos ao vento. As dificuldades vêm, mas sua essência permanece firme. Lembre-se: tudo passa, e a vida sempre encontra um jeito de florescer de novo!
A brisa é aquele vento suave
que nos convida a navegar
rumo aos nossos objetivos.
Não raramente,
deixamos essa brisa passar.
E quando isso acontece,
é a tempestade
que acaba nos forçando
a sair do lugar.
Sede de Justiça
As sombras frias cobrem o dia,
O vento uiva na escuridão,
A fé dispersa, vaga e tardia,
Sofre oprimida na solidão.
O mundo chora, já se degrada,
A honra some sem compaixão,
Os justos partem, deixam pegadas,
Brilham seus nomes na imensidão.
Mas clama o povo, clama em lamento,
Grita em angústia, sede e terror,
Segue o destino sujo e sangrento,
Perde-se o brilho, morre o esplendor.
Por entre os esgotos da vil maldade,
Túmulo frio do amor que se esvai,
Surge um futuro em ondas de agrura,
Grita a justiça: “Vem! Não se vai!”
Introdução Lírica. 🍂
.
O vento cantava
como uma pessoa alegre
Não era uma canção para as pedras
Não! Era um verso
Para as flores do campo.
O vento traduz estradas
Traduz casas
Até as muralhas da China
As montanhas das filipinas
As pirâmides do Egito
Ele sabe remendar histórias
Alargar as tendas
Por um verso à mesa.
.
{Canção do vento}.
Em um oceano com um sol refletindo sua luz
Um vento começa sua dança
As nuvens brancas vão chegando
O som do mar e do vento ecoam...
MAIS UM DIA...
Passou passando
no ritmo do tempo
o sol brilhando
aves revoando
nuvens qual algodão
aos poucos escurecendo
pensamentos ao vento
chuva caindo
palavras de roldão
ao longe avistei
bela e formosa
fortuito reencontro
juntos ficamos ao abrigo
do carinho, do abraço amigo.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Quando vou a varanda de casa, olho o horizonte e sinto o vento no rosto.
Tenho a sensação que não nasci para ficar aqui.
Sinto o convite para viajar, ir ao longe, viver em movimento, conhecer tudo o que é novo e viver como o vento que me convida a ser ilimitado diante do horizonte que avisto.
Até o vento mudar
Vibrou em mim a ventania
Gravando seu cheiro por todo lugar
Era doce, mas turbulento
Aquele momento que parecia não acabar.
Então virou só vento
Meio lento que devagar
Levou embora o tormento
E me deixou só a pensar
E ali só, esperei, até sentir uma brisa
Suave, que parecia murmurar
Tudo isso vai passar
Só espero entender
Nunca esquecer
Nem mesmo quando o vento tornar a mudar
Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros - vol 159
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