Velho
UM NINHO
Em um velho tronco seco
Encontrei um ninho abandonado com apenas um ovo
Tão pequenino
Tão solitário
Um ovo que não se quebrou de dentro para fora
Guardou em si um passarinho que nunca voou
Pensei aonde estariam todos os outros
Talvez por aí visitando telhados
Construindo novos ninhos
Fazendo música em nossas manhãs
E ovo solitário do ninho abandonado?
Ah! Esse teve sua missão
Bem diferente dos seus irmãos
Me ensinou que para ter vida
Que para voar
É preciso se quebrar
De dentro para fora.
O apego impede a libertação do velho. O desapego libera espaço e proporciona a abertura para o recebimento do novo.
Nós somos duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que nós encontramos?
Os mesmos velhos medos
"Um novo olhar"
Criar um novo olhar para esse velho caminho
Obter uma nova cabeça para os dias seguintes deste velho sistema
Se não visto pelo nosso olhar já formado,veremos que realmente é diferente,não podemos discordar que somos meros críticos sempre prontos para atirar sobre os nossos alvos
Nem sempre viveremos os mesmos dias,sendo assim a angústia retornará a morar em nossos corações,somos herdeiros de heranças que nunca serão ocultadas
O caminho sempre foi o mesmo,os passos até cresceram, mas ironicamente a volta pra casa hoje está sendo demorada,ainda entenderemos que uma ida não permitirá una outra volta
Nada é tão passageiro quanto a nossa existência,poucas coisas vão além do sentido,paixões são apenas passageiras,comparada a um frágil castelo de areia esculpido na beira do mar,nada é tão devastador quanto as nossas aflições
Pelo peso da minha consciência lhe devolvi tudo que te roubei,por adquirir compreensão sobre mim mesmo abraçei todos todos os meus limites,pela força ganha derrubei as paredes que sempre pensei que iria me salvar dos ladrões que hoje já se arrependeram de todos os seus maus caminhos
Por não querer ser mais submisso a antiga rota que me guiava,começei a olhar diferente para tudo que sempre duvidei sem de fato conhecer
Por encontrar e abraçar a sabedoria entendi que apenas o amor dura toda uma vida,por entender esses dias começei a entender que no final do dia a vida vai querer algo de nós,existe transgressões imperdoáveis quem será capaz de avisar a outro rapaz que a vida pode acabar lentamente em tentativas de arrependimentos que nunca serão escutados?
Seja honesto em admitir que ninguém, além de você, poderá resolver aquele velho problema de tanto e poucos anos.
Salgueiro
Eu e o velho salgueiro,
No repouso destas sombras, sóbrio.
Ondas que se quebram na solidão
Sol poente ao findo horizonte pensamentos...
Quem dela cuida ser a minha última ilusão
Sabe bem que o fim é sempre um recomeço,
Nem para a última, nem a primeira...
Mas sempre á ela que é a única.
No velho salgueiro do horizonte poente,
Meu repouso, meu contento pensamento.
Das muitas formas que te amei
Em todas elas, me desejei em ti...
Nesse tempo, que em mim você não passa,
Eu te vejo nos teus olhos de menina,
Quando moça,
No horizonte, se fez mulher...
Edney Valentim Araújo
" Não estou velho para temer o futuro, nem tão jovem para enfrentar os mesmos desafios do passado...
Palavras.
Quantas foram minhas palavras, largadas em cartas de papel velho, sem retorno algum?
Quantas foram minhas palavras, abafadas num telefone público, sem ninguém de verdade do outro lado?
Quantas foram minhas palavras, cantadas em lágrimas de chuva noite a dentro?
Quantas foram minhas palavras, atiradas ao vento como folhas secas no jardim?
Quantas foram minhas palavras, naquele olhar de adeus?
Quantas foram minhas palavras?
Elas não foram. Nunca foram.
Nunca foram palavras! Ou nunca foram nada além de palavras? Será?
Na verdade, singela materialização, sonorização, condensação de um sentimento que nunca pude explicar.
Palavras, palavras e mais palavras.
Quando eu estiver velho, pretendo fazer as coisas que gosto, mesmo sabendo que algumas delas não poderei mais. Também não vou me importar, terei tantas.
Quando eu estiver velho e não poder segurar uma caneta, ou teclar, me conceda uma pessoa jovem, pronta para registrar bons concelhos.
Não aceito a forma como tudo acabou: nós dois, sentados num sofá velho em frente à lareira lendo um dos romances mais conhecido do mundo. Lembro-me ainda do último capítulo que você chorou, não pela morte dos personagens, mas pela história ter acabado ainda naquela noite. Você queria mais, queria que tivesse mais páginas, mais capítulos. Você queria dar mais vida aos personagens só pra passar mais tempo, agarrada com aquela fascinante história escrita por Shakespeare. É verdade que eu também não queria que a história tivesse chegado ao fim. Não naquela hora, naquele momento. Você parecia estar tão bem, que não me encomendava de passar quantas noites você quisesse lendo um só romance, afinal, quanto tempo mais teríamos juntos depois da última cena acabar? E foi isso que aconteceu… a última cena acabou, e você sumiu. Sumiu, sem dá a mínima importância pelo que aconteceu. Sem aos menos se importar com nossa história, quando, na verdade, se preocupávamos em dividir as tristezas de “Romeu e Julieta”. Mas nada adiantou, porque você foi embora. Não sei pra qual caminhou você se foi, ou por qual motivo você me abandonou, apenas sei que você deixou em uma noite de contos, lembranças pra serem lembradas em minhas tristes memórias.
As crianças em África são a esperança de que o amanhã e a prosperidade para este velho continente chegarão, ainda que, a vontade do oriente e do ocidente seja contrária.
...não há ninguém, só o inverno de jardim negro, e a noite, e a chuva, e o vento,
um velho sueter aconchegado ao corpo, uma xícara de chá quente...
Apenas caem as gotas lá fora uma a uma,
dividem o frio de um poema terno,
Poeta e poesia são aconchegos do inverno.
Conversa entre irmãos.
Em uma conversa entre irmãos o mais velho pergunta: - Você já tem namoradinha na escola?
O mais novo responde prontamente.
- Tem a Laura mais ela não sabe .
O irmão dar continuidade a conversa e questiona.
E o que você mais gosta nela ? - Ah ela tem os olhos amendoados e o sorriso tão bonito .
Tiago - 8 anos "
Talvez nem nós sabemos apreciar a pequena e sincera demonstração de amor que é nos detalhe..
O comprador de ovos.
Eu tive um amigo, quando criança, que vendia ovos. Ele era mais velho que eu. Ele percorria os sítios da redondeias com ser carrinho de madeira (um caixote) e ia comprando a "produção" q depois ele vendia na cidade. Uma vez ele me convidou para ir com ele, eu e mais um amigo em comum. Saímos cedo. No caminho ele foi explicando o processo que ele usava. Bem mais complicado do que o de frutas, que era bastante simples que consistia em colher um cento de mexerica, botar no carrinho, pagar e voltar para a cidade e já começar as vendas. Ah, e a gente podia comer à vontade nos pés, diferente de ovos que você não podia comer. O dono, (sitio dos Geraldo) uma pessoa que tinha o coração maior do que ele, nunca contava o que a gente colhia. Uma vez eu troquei uma espingarda de pressão por uma cabrita com ele, mas isso é outra história; Mas então.. o mercado de ovos funcionava assim: havia a compra com entrega imediata e com entrega futura. Era aquele sistema que mexia com nossas cabeças, , --"quando acontecer, vocês vão entender" na prática fica mais fácil, disse ele-". E lá fomos nós acompanhando ele, torcendo para acontecer uma compra futura. Acho que no terceiro vendedor aconteceu. O nosso amigo comprou uma dúzia e levou somente seis ovos. Num outro ele pagou seis ovos e levou uma dúzia. Foi então que entendemos aquele mercado. Meio complicado, diga-se de passagem. Ele adiantava o dinheiro quando as galinhas, por algum motivo, desconhecido por nós, não liberavam a produção, mas o vendedor precisava do dinheiro, então ele completava numa próxima negociação. Com aquele sistema ele prendia o vendedor, que não vendia para outro comprador .
Depois daquela aula, na volta ele veio nos contando sobre um rio que existia por alí e que, infelizmente, iríamos ter que atravessá-lo, e pior, a ponte era muito estreita e tinha sido construída sobre a parte mais funda do rio. Vez ou outra ele dizia: --"Escuta só, o barulhos do rio,tá lá bufando! igual a um bicho."- era com tanta criatividade, que passamos, também, a escutar o "bufo" do rio. Quanto mais perto, mais aumentava nossa curiosidade. Quando chegamos, era só risadas, Crianças riem de tudo. Era um riozinho, (rio balaio, para quem é da região) que tem menos de dois metros largura, mas naquele dia era como se tivesse cem.
NOVO - O AMOR de CRISTO nos constrange, muda nosso ser, somos NOVOS!
VELHO - A JUSTIÇA de Deus sacia nossa soberba e arrogância, continuamos os mesmos!
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