Vaidade
Há quem se vanglorie de não portar carros caros e grifes, alardeando sua humildade, mas ostenta tanta vaidade na falsa simplicidade, que um carro top de linha comparado com o seu ego parece uma carrocinha...
Elimine todos os excessos, as desculpas, culpas, dependências, barganhas, exigências, joguinhos, vaidade, orgulho, competição...
E veja se ao final sobra algo nesse relacionamento.
Se houver amor no que restou, talvez ainda valha a pena.
A verdadeira gratidão mora em nosso peito, é aquela que somente o pai celestial pode alcançar a sua sinceridade, pois faz parte de nossa essência e é despida de disfarces e de vaidade.
Amada me diga, como acabar com essa intriga.
Talvez a culpa seja do amor, pois se não fosse pelo amor não haveria dor.
Quem sabe de outra forma, em outra oportunidade, mas não nessa realidade.
Devia ter apenas falado a verdade, deixado de lado a vaidade.
Assim quem sabe ela me amasse de verdade, quem me dera se já não fosse tarde.
Poderíamos ter nos amados pela eternidade.
"O exibicionismo é, infelizmente, uma doença que se manifesta com habitualidade entre os diletantes culinários."
(Gladston Mamede. Fragmentos de um Discurso Manducatório. Instituto Pandectas, 2022)
"O pior é ter que reconhecer que, sim, a gastronomia tende à afetação."
(Gladston Mamede. Fragmentos de um Discurso Manducatório. Instituto Pandectas, 2022)
A Leveza do Saber
O fascínio pelo saber é inimigo da sabedoria. Conhecimento exacerbado não quer dizer maestria. Ser inteligente não é ser sábio. Conhecer sobre todas coisas não o torna um professor. Somente mais um discípulo, um eterno aluno na escola cósmica que rege os mundos.
E aqui neste, dentro ou fora de religião, com diploma pendurado na parede ou não, somente restará o Amor e o que você fez motivado por ele.
Enquanto o Ser humano não compreender que o caminho para torná-lo mais feliz, mais leve, sempre continuará sendo, aquele que não o torna um refém, um prisioneiro, ele continuará a repetir súplicas que nunca se encerram e lamentos que ninguém mais ouve.
Vivo na modernidade, mas tenho minha própria realidade... Observo que sou rico em lealdade por prega apenas a verdade é não me vender a vaidade.
Podes até ser uma pessoa culta, portadora de uma grande inteligência e experiência que muitos ao seu redor nem sonham em obter, mas tudo perde o seu devido valor a partir dê o momento em que você falte com a humildade e respeito com o outro.
juramentos a mim mesmo de madrugrada, quando olho a janela... vejo a alvorada, clara e intensa como os teus olhares...
Se amo em mim o que odeio, me condeno à inércia destrutiva do erro. E as minhas fraquezas estarão sempre aparentes.
Nas ocasiões em que surge entre os cônjuges uma disputa de poder, não há outra solução: um dos dois terá de ceder. Essa é a hora de parar e avaliar: o que está no fundo da disputa? É vaidade, é medo de ser humilhado, é um capricho? Aquele que cede, não perde autoridade - muito pelo contrário. Quem cede está criando uma possibilidade de ação para o outro. A autoridade surge quando a caridade entra em ação. Não se trata de ceder por medo. Cede-se por amor.
Comprei um par de cadeiras de praia
Na sala vazia, sem propósito, caiu bem seu lugar no cenário
Fiz o convite.
Elas vieram, sentaram-se confortavelmente, sem cruzar as pernas, e…
tomando banho de lua, no reflexo da porta de vidro,
decidiram deitar ao chão.
Lunáticas que são, era de se esperar.
A conversa deu lugar ao silêncio que escutava a música
Minha playlist "23:45" ecoava na sala cheia de vazios
Elas, as cadeiras vazias, os corpos no chão, o brilho lunar invadindo a sala…
Contemplamos, existimos, sem função, a sala não tinha propósito
Da gente, só se esperava existir…
livres, descruzadas, juntas, deitadas e enroscando as mãos em nosso cabelos
Elas foram embora.
Comprei uma poltrona caríssima para duas deitarem
A poltrona se acostumou, e eu me acostumei com seu conforto vazio, também sem propósito
Era ela para nada.
Para o mesmo que as cadeiras de praia
Mas para ser nada, custou muito e fiquei brava.
Comprei uma luminária, para iluminar seu costume na sala.
Agora existia um propósito…
a luminária, clarear a poltrona
a poltrona, ser iluminada
Mas também era para nada
Comprei uma vitrola, e era para ecoar sons na sala que já não estava vazia.
E percebi que também era para nada se não houvesse nela um vinil cambaleando
Comprei o vinil, e este era para alguma coisa.
Era para fazer funcionar a vitrola e dar a ela propósito.
E, cambaleando, percebi que também me acostumava.
Comprei um vinho para encher a taça
E enchendo a taça, a esvaziava em mim, que agora cheia dele, via alguma proposta
Eu é que estava iluminada, mesmo sem ligar a luminária na tomada.
Olhando para a sala, desci os degraus saindo de casa.
Deitei na rede, e olhando para a sala cheia, percebi que não me cabia lá.
Era tudo para nada.
Todos nós estávamos acostumados.
Tudo era para nada.
Então, desistindo de ter, existi!
