Vago pelas Ruas na noite sem fim
SOMBRAS
Nesse poema trago as amarguras e decepções
Sinto-me um ser vagando pelas ruas na contramão
Cabisbaixo, perdido sem direção envolvido pelas sombras
que se apoderam da minha insatisfação.
Faltam luzes no meu pensamento
deixando os sentimentos presos
a uma névoa, envolto de indecisão
Não sei se são sombras do passado.
Do presente que me causam inquietação
Sobretudo muita desilusão
continuo lutando para um dia fugir
dessas sombras que vivem a me perseguir.
Do futuro nada a dizer
Se do passado não me defini
Do presente não me encontrei
Talvez as sombras continua a seguir.
Vital necessidade
Distancio-me ao calcorrear nas ruas
percorrendo trilhas vagas e inexatas...
Disperso-me no ativo de cada dia,
doando-me aos devaneios das noites
assim estarei seguro aos teus aportes.
Amparo-me no saber de meus pais
e recosto-me no sorrir dos filhos...
Quando, no aluviar das lágrimas,
rogo que me brilhem os olhos teus
assim o amor haverei nos meus!
Vagamos pelas ruas da vida, sem rumo definido, o destino é desconhecido e a distância é imensurável. Adaptamos cada estilo de vida aos valores em que acreditamos, porque estes princípios não nos foram ensinados, mas que, involuntariamente, devemos a nós mesmos.
Minha alma vaga triste
Pelas ruas da cidade
Procuro um grande amor
Ou uma simples amizade
Amizade pode ser
Um ser humano
Ou um animalzinho
Pois não tem diferença
Pois por eles tenho carinho
O inferno é a terra e todos os demônios vagam pelas ruas. Somos nossos próprios demônios, somos os vilões das nossas próprias histórias de contos de fada. O paraíso não é um lugar onde as pessoas viram anjo, o paraíso é um lugar onde não há humanos para torná-lo um inferno.
Há muitos mistérios no mundo...
Que não nos cabe revelar...
Tormentas que vagam nas ruas...
Sombras frias que pairam no ar...
Espaços sem estrelas...
Ares pesados a girar...
O que vi...
Nessa madrugada fria...
Hoje...
Me é permitido contar...
Sobre casas ...
Sobre coroas de pessoas...
Nos ventos...
No silêncio tenebroso...
Vi chegar...
Sem rosto...
Veio buscar...
Algo estranho...
Muito estranho...
Sem palavras para explicar...
Sei apenas...
O que vi...
Sei apenas que esse pouco posso dizer...
Do pouco que vejo...
O que está para acontecer...
Toda vez que eu vi...
Toda vez que senti...
Toda vez me calei...
Toda vez respeitei...
Toda vez olhos fechei...
Toda vez orei...
Sempre a Deus recorri...
Para alguns pude avisar...
Não quiseram me ouvir...
De nada adiantaria também...
A hora era aquela...
Que estava a chegar...
Alguns olhares tristes...
Vi se despedir...
Alguns cães a sentem...
Quando se põe a uivar...
Lamento triste...
Nessas ruas...
Madrugadas frias...
Espaços vazios...
Quem vem buscar?
Nada mais posso dizer...
Nada mais posso contar...
Sandro Paschoal Nogueira
Vagando pelas ruas da humanidade, amores e significados genuínos procuram por almas que os acolham. Almas sedentas que saibam apreciar a doçura de tais sentimentos em extinção.
Veste o verso os terços.
Sai com a benção de ser ele poeta das belezas.
Anda vagando pelas ruas, com a beira do mar carregada na ponta dos olhos.
As curvas, o brilho da lua supri cada irradiar da íris daquela moça, diz o verso.
Sai a moça da janela de casa para ver o verso passar, grita ele, nu e bêbado na rua.
(Tudo isso porque ele queria sair da própria nuca. )
:- Sou verso sim, poesia. Porém sou parte de ti, da tua alegria, mas não sou eu quem a faz poesia, é a dobra da tua paz. Não me culpe por não completar a tua rima, tua correria. Eu vivi a te completar. Lhe pergunto minha linda, quem ira de me versar nas ruas para ser tão linda quanto tu era ao me ter?
O amor não tira a beleza do outro poesia, o amor unifica a clareza dos detalhes, sem falar de dor.
E agora sinto nas cambalhotas que o coração da no peito, o que era esse tal de amor. Eu entendi poesia!! Sim, eu entendi.
O amor tem voz de leitor, precisa ser interpretado, conhecido, saboreado, sentido, para chamar de amor.
Apenas um Menino
(Paulo Sales)
Vagando pelas ruas anda um menino.
De pé no chão, sem residência ou moradia,
Incapaz, impúbere,
Sonhos primitivos, distantes ou distraídos,
Hipnotizante, latente e penetrante.
Invisível para muita gente.
Desprezado e sem amor,
Compaixão ou fraternidade.
Com fome, frio e sede.
Pede pão, a quem só sabe dizer não.
Não ao social, não a cultura, não ao irmão.
Para saciar a sofreguidão,
A cola vem como ilusão,
O furto para suprir a penúria, à alimentação.
No enredo diário,
Cenário comum,
Sofrimento, que não chama atenção.
Morre, assim, o menino, nasce o ladrão.
A sociedade acorda,
Num simples olhar,
Que mancha a terra,
Retrata o choro,
Por ter se feito calar.
Desde tormento,
Concedido de bandeja pela corte,
Ao despertar, desconfiado,
De um estampido,
Ouve-se um tiro,
Morre o menino,
E o futuro da nação.
A propagação desta geometria, vaga e abstrata, encrostada pelas ruas da cidade, entre portas e janelas, musgos e reboques, revelam outros pontos de uma mesma história, vista por um milhão de olhos inocentes que plantam flores ou espinhos, sobem escadas atropelando seus próprios vizinhos sem carregar alguém ao colo, murmuram versículos mas sempre cruzam os braços. O que é uma boa música para quem nunca pôde escutar? Um dia. Sol, euforia, correria, poesia.
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