Um Estranho Impar Poesia
calmaria
Não sou mesmo aquele poço de calmaria.
Posso ser brisa de vez em quando.
Não sou um vento fraco, mas também não levo tudo por onde passo.
Sou meramente eu, agitada, frenética, sorriso grande e exagerado, pensamento ilimitado, voz alta, esperanças grandes, tímida até alguém agir.
Não quero pouco da vida.
Sou exigente sim...
Quero é muito ou talvez, TUDO e quero agora.
Ter calma?
Pra quê?
Aprendi com a vida que "águas calmas escondem algo no fundo".
Bom seria se tudo fosse como no tempo em que éramos crianças, tempo em que o choro cessava com um simples "engole esse choro, menina".
Ah, quem me dera isso agora!
Era tão mais fácil quando um simples "chora não, vem brincar" interrompia o soluço...
Mas, a vida não é bem assim.
O tempo passa... a gente cresce. Tudo se modifica! Tudo se solidifica.Tudo se desfaz!
E hoje, tudo que quero é poder dizer à mim mesma : "não sonhe essa noite" e não sonhar... e sentir nisso pelo menos o sabor do "engole esse choro, menina" e
acordar com a sensação de soluço interrompido.
Porque aqui dentro, como adulta eu me devoro, e como inocente busco pela paz que outrora naquele colo encontrei...
Na ausência de um rio, faço de ti meu oceano.
Na ausência de um verso, faço de ti o meu poema.
Na ausência de uma nota, faço de ti minha canção.
Não havendo oceano, poema ou canção eu mergulho em ti, decoro-te e posso te entoar.
Ou mesmo só havendo uma gota, uma palavra ou uma letra, o resto eu crio. Pois sua simples respiração me faz juntar tudo o que parece ser nada e recriar, te recriar, me recriar.
Esvaziar o baú do passado, tirar o pó do que restou.
Livrar-me das bagagens com o peso de um nada.
Remontar tudo.
Recomeçar!!!
Partir do zero rumo a uma nova e infinita jornada...
Cuidei da roseira e cada dia nascia um novo botão.
Tive o prazer em tocar a maciez de cada pétala, tive em minhas mãos o maravilhoso perfume daquelas rosas e eu me protegia de seus espinhos.
Mas no fim, o perfume se desfez, a maciez tornou-se áspera e tudo o que ficou foram as feridas que os espinhos me deixaram
Então ele disse que decidiu tomar um novo rumo mas quer continuar sentado.
São as atitudes que fazem as mudanças e não as palavras...
Deixei em suas mãos um lápis e um papel com nossa história escrita.
Quero que você a releia até o fim...
Aliás, ela não teve fim ainda. Mas, está em suas mãos.
Ao reler nossa história tente revivê-la, e a partir do que você ler, crie uma continuidade, pois eu só deixei reticências.
Se não puder continuar, pontue com o ponto final, mas se você não puder fazê-lo, devolva meu lápis e me dê um papel em branco.
Não para o rascunho.
Pra eu recomeçar!!!
Como uma noite fria espera por uma manhã de sol, eu te esperei.
Como um bebê que amamenta espera pela mãe.
Como um corpo quente espera a água fria.
Como pernas cansadas esperam um alívio.
Eu te esperei...
Como um ser sedento no deserto espera encontrar um oásis.
Como a lua espera seu encontro com o sol para um lindo eclipse.
Como a pipa espera pelo vento pra ser erguida.
De tantas formas. Por tanto tempo. Por um único motivo!!!
Te esperei como nenhum ser teve forças pra esperar por outro ser...
Mas ao contrário das outras esperas, a espera por ti é a única que ainda está em processo de acontecimento.
Ainda te amo.
Senta aqui menina, olhe nos meus olhos e tenta entender que não te ofereço nuvens porque tenho um céu pra te dar.
Não te ofereço uma estrela porque tenho uma constelação.
Não te ofereço um rio porque tenho a imensidão do mar em minhas mãos.
Olhe bem pra mim garota, sinta o calor das minhas mãos e compreenda que não te ofereço risadas porque posso te dar felicidade inenarrável.
Também não te ofereço um bom lugar, com uma cama confortável, arranjo de flores, banho de ofurô e café na cama porque posso ser bem mais leve e bem mais criativa que isso...
Mas olha menina, não te ofereço noites de prazer, pois isso é pouco demais pra quem pode te dar intensas noites de loucura!!!
O mar e o amar
Sentei de frente para o mar.
E sem nada pensar, acendi um cigarro.
Mas, logo me veio você!
Pensei no seu corpo, e o imaginei ali, lindo, junto ao meu sob os raios do sol.
Pensei no seu lábios, fechei os olhos e mordi os meus.
Olhei pra minha pele branca e me lembrei de como sua pele branca me faz queimar mesmo em dias sem sol.
Pensei na paz que você me dá e a comprarei com a paz que o marulho traz.
Pensei em você e senti sua mão em forma de brisa tocando meu rosto e meus cabelos.
Pensei no amor que sinto por você e o comparei com a imensidão daquele mar.
Minha mente atravessou todo aquele imenso mar, e meus lábios sentiram que a saudade compara-se a ele, por seu tamanho, estado físico e sabor...
E o cigarro?
Ah! Foi "fumado" pelo vento!
A gente cuida de um pássaro sabendo exatamente o que ele fará após a cura. Mas mesmo assim, sofremos quando ele se vai por não entendermos que ser livre já é de sua natureza.
A permanência seria somente consequência dos cuidados...
Será que um dia algum cuidado mudará a natureza das coisas???
Educadamente, aproximou-se e reabotoou um dos meus botões.
Ah, se ela soubesse que eu queria mesmo é que ela os desabotoasse!
No reino onde o som se cala, o silêncio é um espírito inquieto, grita em frequência surda, ecoando na mente, ferindo o vazio. Nem todos o escutam,
mas quem sente sabe: não é ausência, é presença, um convite ao encontro interior. No grito do silêncio habita a verdade que não precisa ser dita.
Te olhar é um vicio
Arte do feitiço
Teu feitiço, que me prende em tua teia
Sou refém da tua beleza
Teu olhar inocente
O contraste perfeito
Do teu corpo bem feito
Que não sai da minha mente
Teu sorriso fácil
Ironiza a minha capacidade
Tenho poder em meu lábio
De te convencer sem falsidade?
Minha verdade te ofende
O meu desejo é grande
Do simples olhar transcende
Minha certeza é não ter chance
De tocar teu corpo
Me entregar a vontade
Beber desse copo
De prazer saciar-me
O meu amor está morto
Viva está minha paixão
Esta atinge o topo
Quando vejo-te vindo em minha direção
Cessarei de pensar
Pois me faltaria controle, fazer o que é certo
De manter-me dócil ,
contigo por perto.
Não se assuste comigo
Mas saibas do teu poder
Use tua exuberância, com grande saber
Entregue-te a quem realmente merecer.
é tão muleca
tão menina
alegria fácil
coragem que ensina
carinho que de ti ganho
como um grande prêmio,
recebo em encanto
e desse não canso
o errar do falar
seu charme particular
menina linda, linda menina
não canso de olhar
ganho o dia, o ano
ao fazê-la sorrir
e não viso teu mal
ao te reprimir
doce, és doce
criança, leite moça
e que o mundo nos ouça
que bom que Deus te trouxe
e teu dançar
baila Valentina
Bela menina
plie ao luar
o canto cantado
o cantar falado
ao fim teu sorriso
recebo encantado
teus cachos encaracolados
volume tão belo
teu abraço eu quero
ao chegar cansado
princesa tão linda
encheu minha vida
com tanto amor
florzinha, minha flor
Na boa, dizem que eu sou o senhor
E pra mim isso é motivo de orgulho
É pra mim um exemplo de amor puro
Afinal, quem não quer ser um lutador
Quem não quer ter bom humor
Quem não quer ajudar quando pode
Quem não quer ser visto como forte
Aprendo contigo a deixar passar
Sim, verdadeiramente a perdoar
E tem gente que diz que isso é fraquejar
Ser fraco é odiar
Aprendo contigo a ser do contra
Ser contra a não sorrir
A não fazer conta
A gargalhar sem reprimir
Aprendo a partilhar
A ter fé, acreditar
Que se não há egoísmo
Não há pessimismo
Aprendo a me sujar
E no ardor, com dor
Poder buscar
Seja o que for
Bem suado
Atrapalhado, armengado
Mas se for nosso
Não nós é tirado
Aprendo a ter fé
Na consepcao do significado
Não é se ter o que quer
É confiar que ser lhe-a o necessário, dado
É aprender a se emocionar
Chorar de alegria
E se triste for um dia
As lágrimas aliviar
Aprendo , aprenderei
Pra sempre
Como confiei
No seu Deus que seguirei
Vc me ensinou assim
Que um dia a vida não terá fim
A eternidade, é na verdade
O nosso futuro, sim
Por isso pai, reintero
E de verdade digo
Com sentimento sincero
Me orgulho de com vc ser parecido
Vida frágil
Facho de luz
Instante, instável
Um dia você é forte
No outro,
flerta com a morte
De vc a dor toma conta
De saúde nem uma ponta
Apressa o passo pro fim das contas
Vida frágil
Barato plágio
De felicidade utópica
De mais intenso só amor
Rivalizando com a dor
E ambos nos calam
É o que dizem
É o que falam
Aproveite seus dias felizes
Pois o que te espreita na esquina
É o crescer do sofrimento
E o alívio que vem da morfina
No fim , todos sem dignidade
Não importa a idade
Todos a perdem
Se for só uma noite
Que bom, que já passou
Saímos vivos dessa
Pois essa não nos matou
Se acima Lobão dizia
Abaixo também me serve
Cazuza e a vida louca, vida
Vida breve
E meu observar
por aqui não para
Como o tempo a acelerar
Ao fim da estrada
Como é rápida
Como é repentina
Como nos surpreende
O viver essa vida
É tal qual, no palato
O contrastar do doce
Num instante, num ato
O azedo fosse
É como raiar do dia
Em um segundo passa-se
E não mais raiasse
Produzindo a noite em agonia
É como o verter das águas
Interrompesse o ciclo
Obstruído pelas mágoas
Do que outrora fora vivido
A vida passa
E o humor perde a graça
A tristeza se instala
E o fôlego , como fogo, se apaga
Tão óbvio,
Tão previsível
Estamos fadados
Como se fosse escrito
É como se o verão
Desce lugar ao inverno
E o abrasar do coração
Esfriasse por completo
E se assim disse Cartola
Por que não Adoniram
Afinal sem demora
Se parte o trem da vida vã
E o que se encerra
Se não o sofrer em pranto
E o descansar a espera
Do chamar do Santo
É um corre corre
Apague antes que estoure
Busque traga, entregue
Não pare, não descanse, não sossegue
É um corre corre
Atrás do que, que não se alcança
A famigerada esperança
Do descansar da andança
No fim a gente se cansa
Esperando a bonança
Esperando o fim da dança
Ao apagar das luzes na França
Sendo Paris a cidade luz
E que nada condiz
Do apagar o brilho que propus
Errei por muito e não por triz
Então volto a ativa
Eu vivo , viva
Grita o empolgado
Esse não parece cansado
Parece feliz
Será a casca que aparece
O rico esquece
Que o risco as vezes empobrece
Fato puro e nobre
É que em tudo o pobre
Tudo pode
Quer ele contrarie, quer concorde
Repito e digo: tudo pode
Menos o ter,
A menos que lhe sobre,
Ou que peça, ou que esmole
Eles não tem nada,
Só dinheiro
Vazios como os buracos de um queijo
Ocos, em muito , em tudo, inteiros.
Vazios , ao seu sarcasmo são escravos
Com meu pensar, os calo.
Seu silêncio, é melhor, eu penso
Do que a água, o sangue é mais denso
Prefiro eu na alegria
Do amor humilde, sem agonia
O desfrutar ilude,
Raciocino vem amiúde
Quase três anos juntos
Quase três anos
e ainda corro atrás de um olhar
que enxergue meus olhos sem brilho,
meu sorriso que se apaga
como vela no vento.
Quebrei meu passo, perdi o chão —
o pé ferido, o emprego roubado,
o dinheiro que se esvaiu
e restou apenas o eco da dependência.
Você ri distante, entre amigos,
e fico aqui — casa, silêncio, dor.
Seus risos atravessam paredes,
mas você não atravessa minha angústia.
Repetem-se meus pensamentos:
será que você não me vê?
Será que meus olhos cheios de lágrima
não fazem sombra em quem me ama?
A tristeza mora no meu peito,
respiro fé na esperança da cura —
ninguém sabe de mim dentro dessa casa,
ninguém ouve o grito preso no vidro.
Mas ainda espero —
que um dia você olhe e realmente me veja,
que perceba meu coração exausto,
que segure minhas mãos, mesmo trêmulas,
que volte a sequenciar meus sorrisos.
Quero reencontrar nos meus olhos
o brilho que guardo escondido,
quero voltar a sorrir, de verdade,
e ter teu olhar como abrigo.
Cheguei em um nível ao qual a opinião alheia não me incomoda, não me preocupa, não me abala e não me estressa.
Se preocupe contigo mesmo, sua Integridade e seus ideais são seu guia.
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