Um Estranho Impar Poesia

Só... talvez

Talvez tenha sido só culpa minha
agora eu estar sozinha.
Talvez tenha sido um engano
todos os nossos planos.

Talvez era só pra mim
nós dois nunca ter fim...

Agora você segue sua vida
e eu... eu aqui perdida
talvez seja só responsabilidade minha
curar todas as feridas...
talvez... só talvez
seguir só pro resto da vida...

Estou aqui outra noite
de mais um dia sem você...
a dor... um açoite.

Como você poderia crer
que eu conseguiria esquecer?

Esquecer seu abraço,
seus carinhos, seus beijos...
Sem eles, o que eu faço?

Eu sei... era pra eu ficar bem
foi isso combinado também.

Sabe!?
Estou me esforçando,
ninguém tem me visto chorando.

O homem precisa sempre de alguém
pra nascer,
pra crescer,
pra aprender a ser um ser.

Homo sapiens...

Homem sem homem não vive,
no máximo, sobrevive... e muito mal
homem sem homem tem mesmo é uma existência animal...

Houve um dia...
em que eu acreditei que tua sempre seria...
Houve um dia..
em que colar meu corpo no seu era só o que eu queria.
Houve um dia...
em que eu decidi que pelos teus olhos olharia.
Houve um dia...
em que tomei a decisão de que pra qualquer lugar do mundo eu te seguiria.
Houve dum dia...
em que a tua presença foi toda a minha companhia.
Houve um dia...
em que eu acreditei que tu jamais me trairia,
jamais me deixaria,
jamais partiria.

Houve um dia... de tanta alegria
tudo era poesia...

Houve um dia...
em que me dei conta de que você pra mim apenas mentia.

A vida é um jogo de cartas marcadas.
Você pensa que sabe tudo, mas na verdade não sabe nada.
Você acredita que tem o controle, mas na verdade é puro sonho, pura ilusão...
A verdade!?
Controle remoto... na mão de outro...
essa é que a realidade.... a única e límpida verdade.

Fluidez... vida fluida,
em constante andança .
Condição comum: hoje, de um lado...
amanhã, do outro lado..
numa eterna mudança,
não importa a lambança.

Vida... fluência, inconstância,
contínua alternância.
Surpresa! Interrupção!
Mudança de posição...
vital renovação.

Vida... hoje, de um jeito
amanhã, em outro lugar.

Quer apostar?

Esta é a forma da vida: sem forma
e a vida flui... tranquilamente
e você nem sente.

Não é possível haver um nada antes do tudo que há.
Tudo o que no mundo existe sempre existiu.
Tudo existiu exatamente do jeito que existe...
existiu, existe e existirá.
Nada mudará... nada mudará em nada,
e menos ainda o tudo se transformará em nada.
É enganosa a nossa visão, a nossa percepção...
o passar do tempo... tudo pura ilusão...
nada está acontecendo.... só você pro nada continua correndo.
Eu acredito em tudo.
E, no nada, só acredito vendo.

As pessoas se complementam?
As pessoas se somam?

As pessoas... simplesmente são o que são...
umas tiram de você,
outras dão...

carinho,
amor,
alegria.

Umas é bom ter por perto,
outras... bem longe é que é o certo.

Pele macia,
lábios de mel,
olhar tão profundo
de um azul da cor do céu...

Rouba a cena... não encena,
vive uma vida real.

Selvagem...
doçura e mansidão
equilíbrio e emoção...

Menina bonita....

só quero você...
você, a dona do meu coração :)

Pele macia... olhar distante
eu te conheci... por apenas um instante.

O toque suave,
o sorriso de paz,
a doçura do beijo,
com gosto de quero mais.

Chegou à noitinha assim como quem não quer nada...
do tipo... já tenho morada.

Partiu de manhã...
saiu de mansinho,
continuou seu caminho...
Do meu coração levou um pedacinho...

Amore mio...

Não posso mais ficar cansada de esperar.
Cada vez que você faz um gesto em minha direção,
enche de esperança meu coração...
que ainda não entendeu... que você não quer ser meu.

Amore mio...

Não posso mais viver nesta indefinição.
Você não me querer... diga-me qual a razão?

Amore mio...

Temo que o seu temor
é não entender tanto amor,
é achar que comigo vai se perder...
vai perder... vai sofrer,
que o bom da vida não vai viver.

Amore mio...

O tempo passa...

E ele me disse adeus...
um adeus completo.

Pegou a mala de cima do guarda-roupa,
jogou a sua pouca roupa.
Fechou... Abriu a porta e saiu.
Fechou devagarinho...
tudo muito devagarinho...
não queria me acordar.

Voltou de mansinho,
pé ante pé, entrou devagarinho,
me fez um carinho...

nem percebeu que eu chorava baixinho...
saiu...
e eu... eu ainda o ouvi assobiar.

Ganhar ou perder
não faz a menor diferença,
quando se sabe que tudo é passageiro.

A vida é um jogo sem vencedores,
na morte tudo o que você encontra são perdedores.

Vida: acho que, jogando ou não, você tem a mesma chance de morrer.

Ao me olhar no espelho, não reconheci o que vi. O olhar tão frio, duro, cortante, um medo que não existia... a lembrança de um dia tão distante.

Houve um dia, sim... ouve um dia que tudo o que eu refletia era alegria... os olhos eram a imagem da mente... que voava mansamente... tranquilamente... Os olhos devolviam a paz que o meu coração sentia.

Não reconheço mais... O que faço? Tiro a máscara? Está o espelho distorcido, refletindo um outro sentido? Devolvendo uma energia ondulatória intencionalmente modificada?

Olho novamente... não me reconheço. Claro que não. O que o espelho reflete não sou eu. A imagem que está lá - endurecida, entristecida - não é a minha. Aquela, do lado de lá... está lá sozinha.

Não pense que vou me condoer , ter dó, me compadecer... Do lado de cá estou eu... ou essa imagem refletida reflete o que sou.... ou a farei desaparecer.

Retirou-se pra bem longe...
feito um monge.
Subiu ao mais alto pico...
o ar rarefeito o tonteou e ele voltou.

Retirou-se silenciosamente
acalmou a mente...
feito um monge
foi pra bem longe.

A solidão mais pungente
feriu-lhe o coração...
e ele voltou afligido,
o coração partido.

Então ele ficou,
no plano mais plano.
dobrou os joelhos
e chorou...

Aí ele se encontrou.
E a vida o encontrou :)

Um gosto amargo
uma despedida
uma lágrima
estou de partida...

Agora sim,
mudo de ares
irei a outros bares...
navegarei por outros mares.

Até aqui viajamos juntos,
tiramos algumas pedras do caminho,
outras contornamos,
arrancamos os espinhos...
seguimos em linha reta,
subimos ladeiras,
quebramos barreiras...

um dia me vi esquecida num canto
o riso virou pranto.

E o riso virou pranto
um dia me vi esquecida num canto
quebramos barreiras...
subimos ladeiras,
seguimos em linha reta,
arrancamos os espinhos...
outras contornamos,
tiramos algumas pedras do caminho,
até aqui viajamos juntos.

Navegarei por outros mares...
irei a outros bares...
mudo de ares
agora sim.

Estou de partida...
uma lágrima
uma despedida
um gosto amargo
de fim.

E tu chegaste,
delicadamente te aproximaste,
um outro mundo me mostraste...

Tu és um instante sem fim,
um começo sem fim,
um outro mundo pra mim.

Tu!

Tu, que de longe chegaste,
no meio de tantas me encontraste...
em teus braços meu mundo abraçaste,
tu... simplesmente me amaste...
tu...

Vou para pra respirar!
Tudo o que aconteceu
sono cose della vita:
só um amor que nasceu e morreu.

Estou pensando em você
que um dia na minha vida apareceu
e como um poente
desapareceu.

Vou parar pra respirar,
preciso descansar,
a mente organizar,
o coração faxinar,
pra o outro amor
achar lindo e leve o lugar...

Sono cose della vita...

Um diamante...

Isso mesmo, no meio dos cascalhos
um diamante.

E você não viu,
ou fingiu que não viu,
ou não teve tempo... pra ver
porque um diamante não salta aos olhos
você precisa parar e olhar...

Às vezes tem até que procurar pra encontrar...
tão escondido está... num canto
solitário vendo a vida passar.

Mas nesse seu mundo corrido, não há lugar pro colorido, pro brilhante...
só há cascalhos... preto e branco... todos os tons de cinza...

Cuidado, quando você se der conta
talvez não dê mais tempo... parti e você nunca mais me encontrar.

Onde há amor ele vai segui-lo por onde você for...
onde não há, é um favor, quando você se afastar.

Um favor pra você
que vai evitar de sofrer,
de fazer sofrer
e de ter muito pra se arrepender...

Onde há amor é bom ficar,
colorido fica o lugar
ameno o ar pra respirar
e dá vontade de nunca mudar.

Onde não há amor
há dor
há medo
há segredo...

E segredo é tão difícil de guardar...

Então, se onde você está amor não há,
que tal sair pra procurar!?