Um Estranho Impar Poesia
silencio e sombras
Um silencio dentro de qualquer um,
pode ser ensurdecedor ,quieta alma.
Um sono profundo no escuro
Uma razoável vida, leve e calma.
O que calma tem com a falta de sentir?
E se a leveza pesar na solidão?
Ser razoável , não saber medir?
Acordar do sono ou ficar na escuridão?
É perigoso amar,
Coração bate melhor no inverno
Mais seguro nao demonstrar
Não prometer amor eterno
Vazio , espaço vazio
Como se ama em vão?
interruptor sumiu, no escuro sombrio
Inabitável coração
A luz de velas vi movimento de danças
paredes viraram uma tela
Historias contada nas sombras
Cinema mudo, sem fala , sem ela
Quem sou eu?
uma parte de alguém?
Quem é você?
se entregou a quem?
Sexta-feira.
“E a sexta chegou.
Uma velha musa,
Anunciante do desejo
De um sábado longo.
Começa com um amor
Após a meia noite,
Perdura pela madrugada
Amanhece com
Braços envoltos.
Lençóis de linho
Amarrotados.
O sábado é bom,
Mas o prenúncio da sexta
É tão bom quanto.
Sexta já começa bem.
Literal e sentimental.
Podemos então atrelar
Sexta e sábado,
Como desejo e vontade?
Creio que sim.
E seguimos então
Semana adentro.
Já é quase domingo
E resta saudade dos
Dois dias passados.
Tem nada não,
A esperança só dura
Cinco dias.
E poderemos matar
A saudade do desejo
De novo.
Na verdade, esse
Desejo não cessa.
Mas sabe como é sexta feira né?
Gostosa como você!”
O Carpinteiro.
Podemos falar em julgamento ou preconceito quando criamos ou imaginamos um conceito sobre algo ou alguém sem saber a verdade ou conhecendo apenas parte dela.
Prefiro usar o MeuConceito: pesquisar, entender, perguntar à pessoa, se necessário, e só então formar uma opinião ou conceito sobre alguém ou algo.
NÃO ME ESPERE
Não espere por mim, fui jogar as cinzas no mar e celebrar a um renascimento.
Fui acender um inceso e pedir ao universo que receba quem parte e que fortaleça quem acaba de chegar.
Não espere, apague a luz e feche a porta... não irei voltar e ouvir lamentos e promessas manipuladoras.
Não espere nem um minuto, estou concluindo o download de atualização da nova versão de mim que você iniciou ao me magoar.
Se desejar, guarde as lembranças do que conseguiu desconstruir com a toxicidade que lhe caracteriza
e a certeza que jamais fará parte do que forjou com sua passagem furaconica.
Não espere um abraço de despedida ou mesmo um aperto de mãos, se o que merece é a distância que te apaga na linha do horizonte.
Não perca mais tempo esperando por algo que irresponsavelmente despedaçou e deixou de existir
Quando Deus Se Chamava Lear
Disse-se outrora que houve um rei cujo nome não era nome, mas sentença. Chamavam-no Lear — embora esse som não bastasse para contê-lo. Não era homem, nem rei apenas: era a imagem que o mundo fazia de Deus em ruína.
Governou por anos uma terra que se curvava ao gesto de sua mão. Mas, como todo soberano que envelhece, quis dividir o poder antes que a terra o dividisse a ele. Três filhas. Três mundos. Pediu amor, mas em voz alta. Pediu afeto, mas diante da corte. Queria ternura, mas com pompa. Queria certeza — o que só os deuses buscam quando estão à beira da dúvida.
As duas primeiras disseram o que ele queria ouvir. A terceira, não disse.
E foi expulsa.
Desde então, Lear vagou por campos de vento e neblina, coroado apenas pela ausência. Aos poucos, descobriu que a coroa que pesava sobre sua fronte não era de ouro — era o silêncio.
Chorou pela primeira vez numa noite sem estrelas, onde os trovões respondiam às suas perguntas com risos. Gritou aos céus: “Sou mais pecador ou mais punido?”. O céu não respondeu.
Mas ali — no barro, na lama, no desabrigo — nasceu algo que jamais possuíra no trono: visão.
Não dos olhos, que já falhavam. Mas da alma.
Viu o mendigo e o bobo. Viu o traidor. Viu a filha fiel, que nada dissera porque tudo sentia. Viu o tempo, que não se dobra à vontade dos reis. Viu Deus, talvez — mas hesitante, escondido sob o capuz de um louco.
Quando enfim morreu, ninguém soube. Nem sinos dobraram, nem anais registraram o fim do reinado.
Mas alguns dizem que, em certos dias de tempestade, uma voz ainda ecoa pelas montanhas:
“A arte é o consolo no abismo onde o próprio Deus hesita.”
E nesse eco, dizem, está Lear — não mais rei, não mais homem,
mas lembrança.
Ultimamente, tenho vivido no modo automático. Respiro, mas não sinto. Caminho com um vazio no peito que ninguém enxerga. É como se minha alma estivesse exausta de mim mesmo.
O silêncio da noite me envolve, mas não me acalma. Estou aqui, mas ao mesmo tempo, tão distante. É uma presença ausente, carregando um fardo que os olhos não alcançam.
Resta o vazio... quando tudo o que um dia fez sentido desaparece e só a solidão permanece.
E no final, me pergunto: quem sou agora? Porque aquele que eu era... já não existe mais.
Acredite em milagres, eles existem,
Mas nunca faça deles a única esperança ou um plano de vida...
As dificuldades persistem e insistem,
Mostram que a vida, deve ser conquistada de forma aguerrida...
Disse Lucius acerca de si mesmo
Embora no Corpo eu vivo as características de um súdito, minha Alma tem a postura de um poderoso Rei.
Se cãs começam a coroar os cabelos de minha cabeça, pedras preciosas adornam o diadema posto sobre a "cabeça" de meu espírito. Se no Físico não tenho nenhum níquel, o baú de meu homem interior, carrega o montante do ouro escondido do Universo.
Se meus pés, desnudos, caminham sobre a poeira de uma estrada ensolarada, meu espírito é conduzido, como a um monarca, pelas charretes dos reinos imponentemente imperiais. No Corpo, possuo um humilde casebre. No espírito, possuo um glorioso palácio real. No Corpo, "sirvo". Na Alma, sou plenamente "servido". E assim caminho, a cada dia, adquirindo a redenção.
Às 17:47 in 18.04.2025
Encerrou Lucius
Às vezes é só a falta de um café. Outras, é falta de fé. Tem dias em que é o silêncio que falta. E à noite, pode ser um cobertor. Toda falta pode gerar um excesso. E os excessos, muitas vezes, nos afastam do nosso verdadeiro caminho.
Que o amor da Paixão de Cristo esteja com todos nós.
Ninguém sabe tudo o que as pessoas vão pensar sobre algo: cada uma tem um juízo na cabeça.
...ou já ensinaram telepatia na escola?
Talvez exista uma música que você não conheça mas que amaria se ouvisse.
Isso não te deixa nem um pouco ansioso em descobri-la?
"Por mais amor
e menos paixão,
que não seja só um órgão
o sótão chamado coração;
Vale mais uma interrogação
que dois pontos finais.
Antes do devaneio ser sério,
é o mistério que me leciona seus sinais..."
Às vezes, o que falta para um louco ser venerado é somente a fama.
Deve ser por isso que ela é muito cobiçada.
A florada de outono.
Ah! Aquela flor, dentre todas foi a mais especial, com um aroma sem igual.
Quando não vejo ela dentre todas as outras, sinto um diferencial, diferencial que eu chamaria de algo sem igual, como uma coisa que me deixa passando mal, que, ao mesmo tempo faz-me sentir um líquido lacrimal.
Lembro-me de seu rosto perto do meu, de seus braços me aquecendo como uma mãe acaricia sua vida. Quando ela se foi, senti-me num breu e ao momento que fui percebendo dei-me conta que nada passou de uma lembrança atrevida.
Se fosse para eu descrever ela, diria que seria uma margarida, como daquelas que não vemos em qualquer lugar, afinal, ela carrega aquele aroma sem igual, lembrando-me sempre que quando não a vejo, dói me a ferida.
Neste momento, estou a lembrar-me deste grande amor, que por não tê-la dito o que eu sentia, deixei a ir. Quando me lembro do que deixei acontecer, só consigo sentir dor, porque afinal de contas, não é todo dia que perdemos uma flor que estava por florescer, essa flor só pode receber um nome, Amor.
Em um jardim onde florescem os sonhos,
Teu amor é a rosa que nunca se esconde.
Cada pétala é um beijo, suave e sincero,
Cada espinho, um desafio que juntos superamos.
Teus olhos são o brilho das estrelas no céu,
Reflexos de um amor que não conhece o véu.
Nos teus braços encontrei meu lar,
Um refúgio seguro onde posso sonhar.
A brisa da noite sussurra teu nome,
E em cada suspiro, meu coração se some.
Amo a dança das folhas ao vento,
Assim como amo o toque do teu sentimento.
Nos momentos mais simples, a magia se faz,
Um olhar trocado, um sorriso audaz.
Contigo aprendi que amar é viver,
E que cada instante é precioso a te ter.
Por isso, meu amor, nunca vou deixar de amar,
Em cada amanhecer, em cada luar.
Você é meu tudo, minha razão de ser,
No jardim do amor, sempre vou florescer.
Reflexão para o Sábado de Aleluia
O Sábado de Aleluia é um tempo de pausa sagrada. Após a dor e o silêncio da Sexta-feira da Paixão, somos convidados a permanecer em quietude, refletindo sobre o mistério da vida, da morte e da promessa de ressurreição.
Neste dia, Jesus está no sepulcro. Tudo parece ter terminado. Mas é justamente nesse silêncio que Deus trabalha de forma mais profunda. É no aparente vazio que germina a esperança. Assim como a semente precisa ser enterrada para florescer, a vida nova precisa de um tempo de espera para se revelar.
Que neste Sábado Santo possamos confiar, mesmo sem ver. Que nossa fé seja como a da Maria, que mesmo na dor, guardava no coração a promessa. Que nosso coração esteja em silêncio, mas cheio de expectativa. Porque sabemos: o domingo vem. E com ele, a luz que vence todas as trevas.
Nuvens Passageiras
Algumas pessoas são como nuvens
A gente olha e vê um animal
Mas basta um vento mais forte
Que obra-prima do acaso
Ah, nuvens dramáticas
Cheias de pose e ilusão
Tantas formas pra inventar
E
Nenhuma com coração
**"Sou um paradoxo vivo.
Gosto de ser feliz, mas vivo invadido por pensamentos tristes.
Queria ser leve, mas me tornei denso — resultado de tudo que me quebrou ao longo do caminho.
Às vezes me faço de frio, de durão, de quem não liga.
Mas a verdade? Eu ligo. E ligo demais.
Me importo com coisas que ninguém vê. Sofro calado. Amo em silêncio.
Mesmo despedaçado, eu ajudo.
Mesmo sem respostas pra mim, tento dar força pros outros.
Mesmo sendo caos por dentro, ofereço abrigo por fora.
Sou feito de extremos:
Sol e tempestade.
Razão e emoção.
Silêncio e grito.
Sou um quebra-cabeça incompleto tentando se montar com peças que a vida levou.
Mas sigo aqui… buscando me entender, me aceitar, me reconstruir.
Não sei por onde começar, mas sei que ainda tô tentando.
E só isso… já diz muito sobre mim."**
Um Dia a Morte sentará ao meu lado, e se ela me disser seu tempo acabou!
Minha resposta será:
“Se meu tempo acabou, então que seja com honra. Mas antes de me levar, quero saber: você veio me buscar porque cumpri minha missão… ou porque desisti dela?”
UM POEMA PARA O MEU AMOR
Que passem os dias e as noites,
que passem os tempos de guerra e de doença, que passem os tempos.
Mas que prevaleça.
Prevaleça hoje, amanhã e sempre —
independentemente do referencial, da situação, da variação de espaço ou tempo.
Que prevaleça.
Que prevaleça — e que todos saibam.
Não pelos alaridos, pois os alaridos, com o tempo, se calam.
Que saibam pela intensidade.
Intensidade como a do Big Bang:
que gera energia e matéria.
Energia para sempre correr ao teu encontro,
e matéria para que em nós — para sempre — exista vida.
Que prevaleça.
Que prevaleça, intensamente, como ontem,
como há dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove meses atrás.
E se não for para ser o mesmo,
que seja ainda mais intenso.
Que prevaleça o meu amor por ti.
Para a mulher mais bela que já se achou.
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