Um Estranho Impar Poesia
Os primeiros acordes
de Ei, Linda Crimeia!
tocaram no piano
na entrada do Metrô,
Quem ao povo mentiu
sobre o cessar fogo,
Deveria se tornar crime
acreditar nele de novo.
Ucrânia, muralha do mundo,
não tenho te deixado
sequer por um segundo;
A História te pertence,
minh'alma te ama,
a coroa de louros e a glória.
É exato o ditado que fala:
"Da onde nada se espera,
nada se pode esperar...";
Com a falta de palavra
de quem vocês sabem
já era tempo de nunca
mais a gente acreditar.
Sou bandeira na mão
erguida na entrada
de Chongar contra
a tropa inimiga que
continua ilegalmente
na Crimeia a ocupar.
Ontem eu ainda quis
no cessar fogo acreditar,
Não dá para acreditar
neste infeliz que não
para de ódio destilar,
O único caminho
é o espaço aéreo fechar.
Sob a verdade, o céu e o sol,
O soldado que não foi
convidado se chama intruso;
O canto que resiste a tudo
se encontra em Mariupol:
Ontem, hoje e sempre grãos
de esperança e de girassol.
Luz é você?
Esta tudo escuro, estou cego
Tudo esta coberto, meu coração eu checo
ainda bate? ou acabou de parar?
a verdade, não sei falar.
Minhas emoções, agora sem valor
Foram sufocadas pela dor.
Ainda vivo ou sinto?
também não sei, por que ainda existo?
A luz me sufocou
E aos poucos me matou
A escuridão foi o que me restou
Mas no momento crítico algo me segurou
será que a luz para mim retornou?
Estava certo de que faria o melhor
Mas nestes momentos perco a noção do certo ou errado
Pois a escuridão está sempre ao meu lado.
não consigo evitar
ela sempre está lá
Soprando no meu ouvidinho
para minha vida tirar
Mas de uma coisa tenho certeza
Quando a luz a mim retorna
ela reinará
e a escuridão, coitada
Não mais vaga achará
Luz, por que me abandonaste?
Me despedaçou e depois me deixaste.
Não quero a escuridão
será que o que eu fiz foi tudo em vão?
Luz é você?
Veio me resgatar?
Sorrindo ela me disse:
"Não se preocupe,
Final feliz Haverá"
Este será o desfecho?
Sabe, não sei lhe dizer
mas para ser sincero
este é o meu querer.
Luz, cadé você?
Dessa vez eu dei tudo de mim.
Os fragmentos contidos no ser, restantes de todas as tentativas em vão, juntei um a um com o resquício de força e a última esperança.
Mas não formam suficientes. Suficientes o bastante pra suprir todas as dores já suportadas, todas as lágrimas já derramadas, todas promessas descumpridas, todas expectativas frustradas. Não foram suficientes para conseguir ficar o tempo bastante pra se fazer presente, pra ter o contentamento de estar e permanecer. Dessa vez, finalmente vejo um fim, porque tudo que tinha findou-se, de todas as formas e maneiras possíveis deixei...
Deixei ir e não quero voltar, não quero o novo porque tenho medo de vê-lo partir novamente, e já não se fazem mais corações como antigamente.
Ajude-me
EU sinto o ar fresco em minha pele
Como é bom poder sentir
Me faz refletir sobre a vida
E como é bela a vida
Nada é eterno
PRECISO entender isso
Tempo que vai
Tempo que vem
DE tudo que já passei
Agradeço por sobreviver
Em cada abraço pra reaquecer o meu coração
AJUDA bastante pra vida valer a pena.
Escrever
Minha vontade é só de escrever, escrever e escrever. Escrever sobre política, religião, preconceito, homofobia, intolerância, "injustiça que assola nosso país", e outros assuntos que alimenta a massa. Mas aí estarei escrevendo somente o que todos já sabem, apenas em um ponto de vista diferente. Então, a partir de hoje minha preferência vai ser escrever sobre mim, sobre os meus fracassos não confessados, as minhas dúvidas, os meus desesperos e angústia
POEMA É TODA LIBERDADE
De João Batista do Lago
Há novos sofistas por aí!...
Preceptores de falsas imagens
Formando coros de aedos,
Papagaios de falsas mensagens.
Sujeitam o poema aos grilhões
Dum isotropismo arcaico e rude,
Forjando a palavra como ferradura,
Ofertando ao intelecto como moldura.
Aos tolos imprimem valor denotativo
E cravam no coração do imaginário
A mentira como princípio ativo:
A metáfora como essência do poema!
Ainda que prostrado no chão diz o poema:
“‒ A essência que me há é toda liberdade de imaginação.”.
PERFEIÇÃO
Subjuguei, preteri e te fazia sucinto
No esplendor em que és na escala
Muito mais que um irregular recinto
És diversidade, és riqueza e de gala
Da beira mar fui cego... e faminto
Deixando de dar-te a devida pala
Onde todos os aromas aqui sinto
Em cores e o céu que te embala
Tu cerrado ao meu olhar deveras
Todo o encanto, maravilha e belo
Adarvado do horizonte e quimeras
E à noite, estrelas, que nos venera
Em conto e causo, ah! tão singelo
Como o Perfeito, assim, quisera!...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Lembro-te:
Saudade: - o choro de outrora chora
Rola no pranto aquele olhar certeiro
O teu cheiro, impregnado no roteiro
Das minhas lembranças, que evola ...
Inquieto romance: - de muita parola
Do doce encontro, o nosso primeiro
Abraçar, cheio de sabor, por inteiro
Tudo neste duro poetar se desenrola
Acende um lembrar deste passado:
Quanto mais o tempo, e nele receio
Mais prazenteio de ter sido amado
Me vem a tua imagem sem rodeio
O teu triste olhar ali ao meu lado
Findo no curso, e não mais veio.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
PERMITO SENTIR
(13.10.2018)
Permito sentir o barulho da natureza,
E ela me mostra toda a sua beleza,
Sendo uma ponte para a maneira correta
De se viver a vida sem maiores problemas.
Uma pequena passagem para o interior!
Que expõe de dentro para fora
Os sentimentos a serem verdadeiros,
Pois neste mundo, o que conta é o amor.
As pessoas olham para mim, com olhos de desgosto;
Mas do que importa?
Se o sol continuará brilhando?!
As vezes nem eu consigo me ouvir;
Parece que ninguém, nos céus e na terra;
Ouve meus gritos;
Mas continuam dizendo!
Porquê ou por que?
Eles ouvem de menos e dizem de mais.
Me sinto morto;
E ao mesmo tempo;
Não sinto nada.
Se algum dia sentires saudades de mim não fique triste
Olhe para o céu e veja a lua
Que por noite serviu de cenário a nosso amor
Contemple as estrelas que foram caminhos que me levaram a você
Mas se mesmo assim ainda sentires saudades de mim
Olhe para o horizonte
La você me encontrará sorrindo em forma de poesia.
Tinha tanta coisa para dizer, mas já havia sido dito tanto.
Já não cabiam mais palavras.
Restava somente o absoluto silêncio, que tudo fala e tudo cala.
Na beleza de todos os trajetos
na ternura de jamais sermos sozinhos
na confiança que são, todos os passos,
adiante, precisos, e certos ...
o que lhe compreende a confiança de se estar certo?
A vida, tão imprecisa e incerta, mas ela é sem margem à qualquer dúvida: viva, certa... e nela, tudo é "certo"!
E lá vamos nós nesse barco, entre traços, linhas, letras, vagas, versos, além das entrelinhas e "entreversos". E talvez há tanto a se ampliar, "entretextos", "entresilêncios" e outros tantos "entres" nesse mar infinito. Mas, vamos... eu, você e eles, nós quem sabe ou ninguém, mas estamos indo ou ficando, sentindo e deixando o fluir acontecer ...
Que venham então, os ares que se abrem entre céus sem mais horizontes e algumas nuvens a dissipar-se!
Levada por meus instintos, resgatei o que sinto, li teus cânticos e me encantei.
Me floreei de versos tantos, ditos pelos lábios calados, nas mediações dos astrolábios, na longitude do pensamento
Quando fitei-te nos olhos.
DIA DO MÉDICO
Médico tem função
amplamente social.
Trata o povo, devoção,
cuida de quem está mal.
Prescreve medicação
ao doente no hospital.
MARCO LITERÁRIO
Aponta o dedo
com a ponta do lápis.
A sua chave conectiva
exclui uma parte.
Cunha à vista
o movimento sintaxe e
reivindica o permanente dito.
Falsifica em crase
Fecha-se lacrado
Acusa-o lacrativo.
Literato práxis,
insinua diminutivo
e tende a achar ridículo
tudo que não é de praxe.
SAUDADE DE CASA
D’onde o sol corta a neblina.
Daquelas curvas acentuadas.
Deste barro em que sou carne.
Da terra indígena roubada.
Das linhas que marcam o asfalto.
Do mato que beira a estrada.
Das terras preenchidas de pasto.
Do deserto verde que desmata.
Dessa mistura de suas falas.
Das velhas cordas do violão.
De todo amor que nos embala.
Daqueles versos de sua canção.
Sou a pintura da tela
E também a do papel
Já fui uma vez de aquarela
Hoje mal tinto o pincel
Em verniz eu fui muito bela
Afável com cor de céu
Reluzente e até singela
Mas indigna de qualquer troféu.
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