Um Estranho Impar Poesia
Me sujei...
ia atraz de brilho
em nem um caminho, ou caminho algum
me sujei...
eu não sei crescer
ou acontecer
então vou me molhar na chuva
pra limpar a minha voz
minha sorte e minha vez
ter cabeça limpa e pés
vou me molhar na chuva
quando louco
puseram em mim um hospício
pessoas sãs
julga a imensidão
como indícios
sessões vãs
terapias
Agudos precipícios
em mim
em mil
toques míopes
medem 7 buracos minha cabeça
eletrificam cavas
odes a ironia
conselhos
pingo nágua
visto a vista
intercedo agonia
dando carinho
passarinho encanto
amago canto
então acho tudo
nem tanto...
Foi
Foi numa noite bela
Foi dentro de um coreto
Foi uma moça de preto
Foi lá na cidade certa
Foi tão bom com ela
Foi de fronte aos lábios
Foi, mesmo sendo fraco
Foi valioso, de verdade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
Foi muito tarde, já cedo
Foi com cheiro de cigarro
Foi fingindo ser amado
Foi na data de Dom XI
Foi sem precisar de beijo
Foi como fogo no celeiro
Foi sim, por todos os lados
Foi, deixando-me em trapos
Foi embora, sem vaidade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
(Jefferson Moraes)
09/06/2014
Olinda, Pernambuco.
Dedico a todos os amigos que gostam de poesias.
O poeta é assim ....
Um furação de pensamentos que avançam em sua direção..
Fechamos os olhos e viajamos no tempo da eternidade..
E tudo parece tão nítido como um dia de sol brilhante...
E os dedos começam a teclar frenéticos como a proteger...
Cada palavra cada pensamento...
E começamos a descrever em palavras o que vemos com os olhos da imaginação....
E tudo torna-se maravilhoso, e não queremos acordar...
Começa a tomar conta do nosso ser sensações adversas ......
Então pensamos no caminho dos sonhos...
O único verdadeiramente Indescritível...
Que assim posso definir como Amor.
Voo me para um mundo distante
Aonde ninguem possa me ver
Me sentir
Me tocar
Disperso-me para pensamentos de bem longe
Faço o mundo mudar de cor
Apodreço e envelheço minha alma
E todo amor que ainda há
Nas sobras de meu coração
Canto essa canção para me manter acordada
Já que estive sobria por tanto tempo
Hoje só quero uivar feliz
Como já viverá outra vez
Talvez por ser poeta, eu não seja um cara tão normal
Sinto o que os outros sentem, meu flagelo descomunal
Sinto mais as coisas de fora do que as estão aqui dentro
Às vezes saio de mim, e no amor alheio, me adentro
Perdido em mim
Sinto-me um fantasma
Um rosto sem forma
Perdido no desaconchego de mim próprio
Lutar para me encontrar
Seria como ajudar um morto a ressuscitar
Em pensamentos me perdi
Voei sem voar
Dei asas a imaginação e me perdi
Perdi-me na ineptidão psicológica
Já nem me aquece
A inocente poesia metafórica
Procuro-me no espelho
E ele como se fosse fotocopiadora
Me tira a mesma imagem
Perdida em si mesma
Que tal como eu, precisa se encontrar.
Poema para Mondlane
Na terra onde nasci há um só arquitecto
E esse poema é prova da sua existência
Quando escrevo, é com liberdade
Com que ele me libertou
Quando amo
É com amor que ao povo amou
Esse arquitecto és tu, ponte da unidade
Nacional
Tu, imortal Mondlane
Fundador da Frente de Libertação de Moçambique
Orgulho de Mocuba, Nagande e filho de Moçambique
Tu, gigante a sonhar, rua da liberdade
Onde os Moçambicanos fazem ninho.
Voar sem voar
É dar asas ao pensamento
Ir longe, mas sem sair do lugar
É ser pássaro por um momento
Voar! Sem terra para alcançar
Voar sem voar
É aceitar que eu posso lá chegar
Caminhado pelas ruas do meu querer
Ruas sem transito nem polícia a controlar
Voar sem voar é o que estou a fazer
Há um voo em cada verão ou inverno
E quem disser que pode voar para sempre
É porque assemelha o paraíso ao inferno
Só podemos voar no momento exacto
Porque uma vida sem voo é um abstracto
Voar sem voar é amar sem amar
Porque quem ama sem amar ainda pode sonhar.
O destino é sempre justo
Na hora oportuna
Sabe sempre juntar;
Lábios,
Gémeos nascidos um para o outro
Assim aconteceu
Quando naquela noite, eu laguna
Associado num beijo ruidoso de prazer
Assinando o contrato do meu amor por você
A combinação biológica e química
Se deu para nunca mais chamar outra mulher
De meu amor senão você meu amor.
Marília
Marília,
Sempre acreditei
Que te teria um dia
Para realizar o que sempre sonhei
Vê-la de perto
Tão linda e tão clara
Agora estou certo
Que a tua beleza é rara.
Profecia
Um dia serei poeta para todos
Tenho certeza do que lhes afirmo
Ainda que me desconheçam os povos
Um dia saberão os versos que lhes rimo
Por enquanto sou um laguna-ninguém
Conservador de contos, romances e poemas
Mas no dia em que eu for descoberto por alguém
Os meus textos substituirão cafés e cinemas
Não que me julgue o melhor dentre os piores
Mas escrevo o suficiente para um dia o ser
Agora não sou, mas inspiro-me nos melhores
Com eles muitas coisas me pus a aprender
É o dom que sem sementes em mim germinou
Não importa o tempo que terei que esperar
A verdade é que um dia serei o que sou
Poeta do povo com mil rimas para vos adornar.
Profecia
Um dia serei poeta para todos
Tenho certeza do que lhes afirmo
Ainda que me desconheçam os povos
Um dia saberão os versos que lhes rimo
Por enquanto sou um laguna-ninguém
Conservador de contos, romances e poemas
Mas no dia em que eu for descoberto por alguém
Os meus textos substituirão cafés e cinemas
Não que me julgue o melhor dentre os piores
Mas escrevo o suficiente para um dia o ser
Agora não sou, mas inspiro-me nos melhores
Com eles muitas coisas me pus a aprender
É o dom que sem sementes em mim germinou
Não importa o tempo que terei que esperar
A verdade é que um dia serei o que sou
Poeta do povo com mil rimas para vos adornar.
O cego fez amor com a surda
Foi em 14 de Fevereiro
Quando em plena tarde
Um cego barbeiro
Caminhando pela cidade
Ouviu um disparo
O que não é raro
Pessoas, carros e animais
Ficaram desnorteados
E algo visto jamais
Deixou muitos espantados
No momento de terror
Pornográficas de cenas de amor
Analfabetas gargalhadas
No local se fizeram ouvir
Afinal quem já estava nas escadas
A tentar lhes impedir
Era um guarda mas não conseguiu
O cego chorou e a surda sorriu
Pensaram que a tivesse violado
E puseram-no as algemas
Ela disse não, ele não é o culpado
Sem me ver abriu-me as pernas
E quando queria as fechar
O autorizei as …
Eu sonho com um amor,
que tenha de tudo um pouco,
seja suave e gentil
mas que tenha o seu lado louco.
Pois tudo certinho demais
vira rotina e esmorece,
quero um amor como o sol,
que dar vida e aquece.
Um amor com vaidades,
sem traumas ou ressentimentos
que seja somente meu,
dominando meus pensamentos.
Um amor invasivo e ousado
que me envolva por inteiro,
amante despudorado,
um eterno companheiro.
Quero um amor verdadeiro,
que não mude por nada ou ninguém,
um amor belo e infinito
me levando ao além...
Amor decidido e corajoso,
ardente, fiel e gostoso
desses que quase ninguém tem.
Quero um amor sem medidas
sem controle de emoções,
um amor pra vida toda,
corpo, alma e coração.
*
Quem conseguir nessa vida
um amor assim "por inteiro"
talvez encontre também
"uma agulha num palheiro"
Loucos Sonhadores
Todo instante é a oportunidade.
A vida não é nem um melodrama, nem uma
comédia, mas sim, uma realidade que nos leva a
crises e remissões.
A verdade é tangível, não nos abandona, mas loucos
sonhadores deste mundo, peregrinos que somos,
fechamos os olhos, abrimos passagem e levados pela
vida, extasiados, seguramos nossos sonhos.
Seguimos o curso, em movimento, enquanto o
destino, caprichoso, vai dando sentido as nossas
ilusões.
Deixamos janelas e portas abertas para o improvável,
misturamos beleza, pescamos estrelas, corremos
com as nuvens, plantamos flores na beira do
caminho, bordamos versos, afastamos sombras,
correntes de ar e turbilhões de vento. Fazemos,
então, esta mistura de cores e dores, e colocamos
todo universo em uma palheta.
Em estado de graça vamos partilhando doces
sensações e músicas interiores que assobiam
sinfonias inéditas, para que o tempo nos leve no
rodopio de uma dança inesquecível.
Somos versos, delírio, esperança, suavidade,
nostalgia e sentimentos.
Somos paixão, amor, saudosismo, visão, antídoto,
mistério e palavras.
Somos poetas, carregamos na alma a eterna poesia.
Um Novo Caminho
Sonhos que caminham,
Por trilhas incertas,
Conflitantes entre o querer e não querer,
Doando um acerbo à alma,
Que revoga a própria vida...
Quem me dera,
Dar luz as sombras,
Num simples mergulhar,
Entre as sustentes, a vida fecundar...
Afundando as assombrações,
As tramas, os anzóis,
Multiplicando a vida,
Que não brilhou,
Não quero asas para sonhar,
...Quero pés!
Para um novo caminho em luz trilhar.
Jmal
2014-02-17
Fantasmas
Vejo pelas vidraças da janela
Na antiga igreja
Um menino a brincar na chuva
Será ele um fantasma?
Pois só um morto
Consegue aproveitar a vida
Que os vivos mataram...
Por Que o Mundo Existe?
Se Deus permite o mal, há um motivo,
que é transformá-lo em bem —só pode ser—;
eis a razão do nosso padecer
nas garras do pecado assim cativos.
Vivia o pai Adão como um nativo
silvícola tupi, a bem dizer;
e o pranto lhe foi dado conhecer,
a fim de o júbilo sentir mais vivo.
Pois “tudo se encaminha para o bem”,
comenta o Catecismo com justeza
aos crentes pela fé e na razão.
Deus fez o mundo —a isto digo amém—
para que se expandisse a singeleza
do Seu amor em cada redenção.
Memorias da Felicidade!
Uma imagem sempre grava na nossa memoria um momento importante,isso é guardar a felicidade dentro do coração para ser lembrada em momentos especiais.
__Eliani Borges.
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