Trilhos
Somos passageiros no trem da vida, sobre trilhos rumo ao nosso destino. No caminho, muitas estações fazem parte dessa viagem, desembarques e embarques, dependem das nossas próprias escolhas, desde sua partida até sua chegada.
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Montanha russa
Vida louca
Aço ou madeira
Carne e osso
Natural ou in vitro
Múltiplos trilhos
Humanos de várias cores
Aclives e declives suspensos
Sobem e descem
Se equilibram
Circulam com velocidade
Andam ou correm
O cérebro tenta manter o equilíbrio
O coração acelera
A adrenalina é liberada
Reduz o estresse
Mas também desperta o medo
A emoção a parte mais importante
Quanto mais alta a subida
Mais energia armazenamos
Para o looping
Tudo gira
Mas a gravidade nos mantém
Teremos algumas dores
Mas viver é assim
Uma montanha russa
Sair dos trilhos por vezes nos leva a perceber que nem todos os momentos são de glórias, mas que com certeza encontraremos a bonança!
Trilhos de Ilusão
Houve um tempo
Em que o amor era cego
E o mundo uma canção
Foi quando te conheci
Ai percebi
Que você era a minha razão
Havia recheado meu coração
De puro amor e ilusão
A imensidão das estrelas
Que preenchem a escuridão
Recheados de ilusão
De volta a sua estação
Contida no meu coração
Com ordem e luz
Minhas sentinelas
Silenciosas e fiéis
Vocês sabem o seu lugar no céu
Apenas retorne e veja
A linha da janela
Siga meu rabisco
Lá fora
Um pequeno e frio chuvisco
As vezes as situações cotidianas são como as "chaves de desvio dos trilhos do trem", que nos tira do trilho, para uma outra direção rumo ao desconhecido.
Pensar é saltar de paraquedas num voo livre até cair numa tirolesa voadora que vai dar nos trilhos de numa montanha russa, que depois entra num trem fantasma, e termina numa queda de cachoeira.
Quando pensamos, sabemos como começamos, mas nunca sabemos onde isso vai dar ou o que acontecerá no momento seguinte.
Será que o paraquedas vai abrir a tempo?
Será que chegaremos à cachoeira?
Será que chegaremos à terra firme de novo?
Será que ainda haverá terra?
Sou o maquinista do trem da vida, seguindo pelos trilhos do coração, rumo ao destino que Deus planejou para minha vida!
Pensamentos são estribilhos
que entoam num voo rasante de um beija-flor
É uma direção, são trilhos
é a trilha de uma história de amor!
Pensamentos são cantigas
Entoadas num voo rasante num por do sol
São histórias recentes ou antigas
É a saudade que vem num lamento de um rouxinol!
Pensamentos são histórias
É a saudade de um beijo que você não deu
São momentos que não saem da memória
É a paz que o seu peito absorveu!
Pensamentos são estribilhos,
Pensamentos são cantigas,
Pensamentos são histórias,
Pensamentos somos, pensantes elos e nós...
que nos entrelaçam!
“Louco”
Abri trilhos de um colchão duro e adormecido
O céu me consumia e engolia cada cacho de tecido
Meus pés corredores atingiam a sombra dos meus ouvidos
Esperava repor os meus sonhos coloridos
A cada pintura de casas e trigos
A cada escrita de um verso enlouquecido.
Quando olho para ti me sinto louco, quando falo contigo eu saio dos trilhos.
Só penso em você,se te esqueço é por que não te amo mais.
Meu vicio é você, não preciso de mais nada, por você eu mudo o mundo, eu faço um impossível.
Por você eu esqueço te ti.
"Caminho da Fazenda...
trilhos de suor e coragem
nem tudo em ti é selvagem
seu povo humilde; é bondade
suas lendas; a realidade
e mais que tudo em verdade
é a triste dor da saudade"...
TRILHOS
Eduardo B. Penteado
Olhos, olhos e tudo o mais
Vi teus olhos hoje na praça
Correndo soltos nos olhos do velho
Fitando os olhos do menino franzino
Iluminando as luminárias das Neves
E foi somente nesta praça
Flutuando num outro tempo
Fustigada por outros ventos
Que a chuva alagou os trilhos do ontem
E como nos filmes antigos
Tudo ficou mudo e foi-se a cor
Tudo pode, nas histórias de amor...
A chuva encheu o ar com o cheiro de teu suor
Num rompante, sem conter tal ardor
Peguei minha saudade pela mão
E dancei na praça uma valsa
Um rock, um baião
Refrescando na chuva torrencial
Os sintomas da minha paixão
E dançando uma coreografia de raios
Canalizei o que havia fantasiado
Para um ponto inerte do meu passado
Até achar-me num nicho imaginário
Um segundo além do presente
Sempre um segundo distante
Mas vi-te passar tantas vezes de carro!
Com tantas pessoas conversaste!
Um segundo após o raio
Tudo era de novo uma grande ausência
Como a chuva caindo nos trilhos do bonde
Que hoje não quis se molhar.
NÃO SEI
Não sei se morrerei poeta.
Não sei se viverei sem trilhos.
Não sei se ficarei cega
e não enxergarei os brilhos
das estrelas sobre minha cabeça.
Não sei se morrerei à mingua.
Não sei se me faltará ar.
Não sei se ficarei asfixiada
pela falta que você me faz.
Não sei se morrerei amando.
Não sei se saberei continuar
se tudo que existe agora,
de repente, se acabar.
Não sei se morrerei tranqüila.
Não sei se viverei em paz,
se nessa sua alma agitada
todas as minhas vontades eu entregar.
Só sei que você me basta
ao se fazer refrão dos meus dias lentos,
sol de minha escuridão,
lua de minhas noites claras
batuques de meu coração.
Eu não saberia dizer o que mudou, mas concordamos que algo saiu dos trilhos. Parece que finalmente chegou a hora de sair. Talvez seja o fim, e , é a culpa é minha.
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