Tocar
[Verso] Eu me perco no brilho dos seus olhos Sinto sua pele macia Queria ser o vento pra tocar seus cabelos Eu vivo a ilusão de um amor que só é fantasia
[Verso 2] Reviro meus pensamentos Desejando tocar seus lábios Te vejo em todos os momentos Nos meus sonhos
[Refrão] É um amor impossível Que faz meu coração bater Mesmo sendo intangível Não consigo te esquecer
[Ponte] Sua voz é minha melodia Teu sorriso minha canção Nas noites de melancolia Você é minha inspiração
[Verso 3] Queria ser o sol a te aquecer Estar sempre ao teu lado Mesmo sabendo que não vai acontecer Sigo nesse sonho tão desejado
[Refrão] É um amor impossível Que faz meu coração bater Mesmo sendo intangível Não consigo te esquecer
Composição Valter Martins 22-01-2025
Então, tente: se você tocar meu peito com a mão morna, só um pouquinho, a tristeza vagarosamente vai embora?
Não consigo explicar
Se eu chorar, você consegue ouvir minha voz?
Você pode tocar
minhas lágrimas com suas mãos?
Eu não sabia que as músicas eram tão bonitas
e que as palavras eram inadequadas
antes de cair nesse problema.
Há um lugar, eu sei
É possível contar tudo
Cheguei bem perto,
eu posso ouvir É impossível contar.
Flor de lótus
Envolto por uma redoma percebo estar.
Refratam-se os raios de luz que,
ao tocar a borda,
se voltam para os materialistas que aqui vivem,
e cuja visão meu espírito deixou-se apegar,
pois, contrário ao que era aparente,
não havia livre arbítrio, e eles sabiam,
pois assim o desejavam.
Tudo isso, que jaz dentro da redoma,
me acorrenta, iludindo-me,
mas algo me transcende, mesquinho tempo,
para fora dessas paredes cristalinas,
cingindo-me de sensações estranhas,
das quais não me é possível nomear
nem apreender pelos sentidos.
Tudo isso, que jaz dentro da redoma,
turva minha visão, desnorteia-me,
como uma flor de lótus,
mas em guarda me ponho,
ávido por mais uma vez
pôr os pés naquele mundo das ideias,
pois apenas lá meu espírito edifica-se
e permite-se enxergar
aquilo que de belo nunca pôde ver.
Da caverna quero sair,
em busca da verdade.
É tão forte o que sinto por você, que quase escapa do meu peito.
A vontade de te tocar me toma por inteiro.
O frio na barriga vira um vendaval —
ansiedade que pulsa, grita, quase explode.
Parece que o amor quer criar corpo,
só pra te alcançar,
te sentir,
te tocar,
te viver.
Você nem precisou me tocar.
O jeito que me olhou já dizia tudo.
A tensão no ar, o silêncio entre nós,
e a respiração mais funda…
Tudo gritando o que a boca não disse.
Tem olhares que queimam mais que beijos.
E o teu, naquele dia, me despiu sem pressa.
Me tirou a armadura.
Me fez querer.
Sem prometer nada.
Só sentir.
Tem desejo que se vive em silêncio…
e marca mais que o toque.
Confissão de um artista incompreendido
Eu só sou artista quando escrevo.
Tocar, cantar — tudo isso, por mais que me habite, me degrada. Há um processo silencioso de deterioração da minha alma artística quando tento me expressar fora da palavra. Como se algo se perdesse no ar. Como se aquilo que eu sou, no fundo, não coubesse no gesto ou na voz.
Minhas melodias? Eu as crio em catarse. Elas nascem do abismo, do indizível, mas raramente alcançam quem ouve. Alguns me dizem, com um sorriso breve: “muito legal.” Outros me parabenizam — por educação, talvez. Mas eu percebo. Eu sei. A língua que falo, com minha arte, não chega audível aos seus ouvidos.
Eles não escutam o que eu ofereço. Escutam outra coisa. Um som qualquer. Um ruído bonito, talvez. Mas não escutam eu.
É por isso que, quando escrevo, me sinto inteiro. Porque sei que um — um só já basta — um leitor, em qualquer tempo, há de entender. Há de perceber. Há de aprender a língua secreta do meu ditirambo. Porque a palavra escrita não exige pressa, não pede aprovação imediata. Ela se deixa ler por quem for capaz de ouvir o silêncio entre as sílabas.
E é ali, nesse instante invisível, que eu sou artista por inteiro.
"Educar com música é mais do que ensinar sons, é tocar corações, cultivar escuta e acender, em cada aluno, a chama da sensibilidade e da expressão."
"Há um propósito que arde no meu coração: ser músico. Não é fácil — tocar um instrumento exige disciplina, paciência e fé. Mas eu me agarrei a esse chamado, porque sei que não é apenas sobre música, é sobre cumprir algo maior. Mesmo nas dificuldades, acredito: vai dar certo."
Chegada ao sol!
Planejei tocar o sol,
mas tive primeiro que aprender a voar.
Era um sonho, mas tinha que tentar.
Nessa caminhada,
quanto mais perto de mim estava,
maiores eram as chances de me queimar.
Mas não podia voltar,
não sabia ainda quanto tempo restava.
Lembro-me que tinha medo, medo dele se apagar.
Encontrei um anjo e comecei a chorar...
Ele me disse:
— Não desista, porque, se ao sol não conseguir tocar,
para chegar até aqui, consegui vitórias alcançar.
Sem mesmo saber direito voar,
ultrapassou a barreira das estrelas.
Veja tudo o que ficou para trás.
Às vezes, não percebemos, e você nem se tocou...
Acaba de abraçar o mundo com um voo.
Quando outra pessoa
Tocar em sua pele
E não causar frisson,
Quando você não sentir
Que lhe foi atiçada
Uma única faísca sequer.
Você vai lembrar de mim.
E sentirá saudades
De todas as vezes
Que eu te fiz pegar fogo.
Meu amor?
Seria tão simples poder te abraçar
Seria tão simples poder te tocar
Seria tão simples poder te sentir
Seria tão simples poder te olhar
Seria tão simples poder te beijar
Seria tão simples poder te amar
Seria tão simples poder te acariciar
Seria tão simples amor...
Se eu pudesse apenas estar com você.
Ora (direis) tocar o infinito!
Ora (direis) tocar o infinito! Louco,
Perdeste o senso, a lógica e a razão!
E eu vos direi, porém, com olhar pouco,
Que o toco sempre, em brisa e em canção...
E conversamos sob um céu profundo,
Enquanto o tempo dança pelo ar,
E cada átomo sustenta o mundo,
Num ritmo oculto a se revelar.
Direis agora: "Que vês além?
Que buscas tanto, sem cessar, aflito?
Que te murmura a voz do além?"
E eu vos direi: "Entende-se o escrito,
Pois só quem sente pode ir além
E ter nas mãos o próprio infinito!"
Lua, Luar
Ah, se eu pudesse tocar-te
desenhar-te com o dedo
Pálida, branca como gelo.
Solitário, hei de amar-te.
Ah, se eu pudesse descrever,
este encontro entre nós,
o desejo de estarmos sós,
no lampejo, dou-me a escrever:
"- O fino véu translucido,
banha-me de corpo inteiro,
que jaz prazenteiro,
do meu eu, esmorecido.
Todo eu já combalido,
de minh'alma esvanecido,
pois, de ti entorpecido,
meu eu tenho carecido.
Hoje doudo por inteiro,
no silêncio matreiro,
Fugaz e sorrateiro,
ser d'alma poeteiro."
Ah, se pudesse o nevoeiro,
não me deixar arrefecido,
minh'alma teria oferecido,
como amante... fiel escudeiro.
Tão pálida sua luz sombria,
farta-me de tal maneira,
e ao meu coração esgueira,
quente dentre a noite fria.
A face da terra acaricia,
luzente como um ser divino,
toca nest'alma de menino,
que no gélido sereno, ardia.
Como amantes de histórias antigas,
Deusas, homens e meninos,
finda o espírito, tais desatinos,
nesta e noutras épocas vindouras.
Dominante o nevoeiro,
descansa no campo enegrecido,
Pálida, repousa sobre o outeiro,
e finda o campo enegrecido.
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