Tiro no Escuro
Estavam deitadas na rede observando o azul escuro possuir lentamente o céu, enquanto o primeiro pisco luminoso das estrelas começava a enfeitar tudo como diamantes. Havia uma brisa mansa, ela conseguia ouvir o som de uma queda d’água não muito distante dali, o cheiro metálico no ar indicava que em breve teríamos chuva. Ouvia o riso das crianças e o latido incessante de Purina, e agradecia a Deus por ser tão generoso com ela.
E lá estava ela, naquela velha rede florida, com a mulher da sua vida recostada no seu ombro. E tudo estava perfeito. Aquele sofá suspenso, aquele jardim que sempre à dava bom dia com a fina camada de orvalho da manhã brilhando encantadora, aquelas madeiras que rangiam brincalhonas ao simples pisar do pé, todas aquelas velharias que faziam um contraste perfeito com o rosto infantil dela.
"Eu te amo, meu amor."
Ela tinha aquele jeito de fazer o mundo inteiro parecer certo, sabia ser séria quando era necessário, mesmo que a seriedade não a atraísse. Eu adorava acordar cedo e ir para a varanda espera-lá, adorava vê-la subindo a colina íngreme pela chuva junto com o sol preguiçoso das manhãs de inverno. Com o cabelo preso em trança, aquelas botas de montaria. Adorava sentar-me à mesa com ela e ficar conversando apenas com olhares, enquanto esperava algum sinal de vida dos nossos pequenos anjos, que não demorariam a aparecer.
E é perfeita a vida, perfeita combinação, perfeita harmonia, perfeita felicidade.
E felicidade plena, porque tenho você. Posso não te ter comigo em presença, mas te tenho em coração, em amor, em pensamento. Te tenho, a todo momento.
Eu não tenho medo do escuro, nem dos mistérios que esconde o céu nem mesmo dos sons que vem das ruas, porque a noite me tem e, de certa forma, eu também a tenho.
Medo de escuro, medo do claro. Medo do bonito, medo do feio., Medo de amar e de ser amada, medo de odiar e ser odiada. Medo das definições, medo do indefinido. Medo de ter sempre os pés no chão, medo de voar longe demais. Medo de ficar presa, medo da liberdade. Medo dos sorrisos, medo das lágrimas. Medo do provável, medo do improvável. Medo de altura, medo de ficar pra baixo. Medo de sorrir ate não aguentar mais, medo de chorar e morrer afogada. Medo de acreditar demais, medo de perder a fé. Medo de se expor, medo de ser esquecida. Medo do normal, medo do bizarro. Medo de extremos. Medo de ser, simplesmente ou complexamente ser.”
Medos. Complexamente simples ou simplesmente complexos?
Eu grito e não escuro
Estou mudo pra mim
Desejo
E me reprimo
Vou
Mas não sei aonde ir
E tudo se repete.
Meu sentimento por voce é feito um Vagalume ah espera de uma noite vazia,pq é no escuro que acontece todo a magia....
...Não compreendo de onde vem este impulso cego, escuro e sem sentido que por muitas vezes me fez imaginar tudo que não seria capaz de fazer...
Num canto escuro de mim mesmo, tateava procurando algum resto de verdade. Mas tudo em mim era erro, um nada rodeando um coração que não bate.
Finalmente hoje consegui sair do meu quarto escuro. Há algum tempo não via luz do sol,e percebi o quanto me queimava. Minha pele branca estava avermelhada, por conta dos raios solares. Doía muita, mas nada que eu não pudesse aguentar.E era bom ver a luz do sol, me deixava contente, apesar de que estava comigo.Os raios solares me machucavam com cada um do seus. Me machucavam, mas traziam uma alegria passageira. No meu quarto escuro é mais fácil viver, sem dor, sem companhia e com certo alegria.E agora para min não vale mais a pena me expor as vários raios solares que me machucam, enquanto posso ficar no meu quarto protegida com minha escuridão.
O medo
Tenho medo do escuro, nao vejo o que esta a minha frente, existe um tesouso escondido em baixo dos meus pes, a quem posso confiar as minhas maos para me guiar? Tenho medo sim! Nao das trevas, e sim do meu guia para onde ele vai me levar?
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto
Quando está escuro, estou no meio do silêncio e apenas escuto o som dos meus pensamentos, eu escuto a sua voz.
Tome outro rumo. Segue sua vida. Mas me deixa.
Saiu cambaleando entre no escuro da 15 de novembro.
Aquelas palavras ecoavam em seus ouvidos, como um alto falante que não parava. Sentia seu estomago esmagado pela falta de sensibilidade com que ouvira aquilo.
Eram tantos planos, tantos sonhos, que se perderam no breu da noite.
E no fim de tudo, quando fechava as portas do seu escuro e gelado quarto, somente as palavras lhe faziam companhia e a solidão se alegrava de tudo isso.
Não acredite que no final do túnel exista luz. Depois dele sempre há outro, mais sombrio e escuro com luz mais distante.
Quanto mais o homem se sentir garanhão, pode ter certeza, que a noite, em casa e no escuro, Sozinho!
