Tiro no Escuro
"Separada por um abismo duplo, escuro, sem fim, Maria encontra-se sangrando - não literalmente - lamentando a alma que já morreu. Escandalosamente permite-se continuar amando mesmo sem a reciprocidade que deveras merecia. Ê, Maria!"
Um Breu de Mundo
num mundo escuro
espreita docilmente uma voz
trens passam, as pessoas andam
sempre correndo, esbarrando no coração
do meu peito.
há um breu de sensação,
Mas só no meu peito...
talvez fosse apenas mais um vento.
Oh, mas que saudades do tempo!
O Frio no escuro
Respiro sem ver
Meu coração gelado e duro
E ninguém parece saber
Que dentro de mim não reside eu
Apenas um pedaço de mim sobreviveu
Apenas o vazio que me corrompeu.
Trancado no meu quarto,
escuro chorando baixo,
travesseiro molhado,
Meu Deus, porque tanta dor?
Sozinho em redes sociais,
atrás de um computador,
tentando entender esse mundo.
Sobra ódio, falta em amor,
me diz, onde é que eu estou?
Será tudo real?
Eu não aceitar isso.
Tem crianças mortas no meu quintal,
drogas na minha rua,
meninas na minha esquina,
trocando seu corpo por real,
alguém diz que isso e mentira,
por favor, eu não ''tô'' legal.
Todas as canções já adormeceram
Eu sei como é se sentir
sozinho em um quarto escuro
É como ter uma montanha
acorrentada em sua perna
Eles trocam sorrisos falsos
Eu não suportaria ser como eles.
VIVER
Viver é encarar o escuro sem saber ao certo o que poderá encontrar. Viver é pura adrenalina, às vezes nitroglicerina, um romance de amor e ódio, mas aos poucos a vida te ensina.
Viver é um risco. Mas prefiro correr o risco de tentar, do que ficar me lamentando sem saber onde poderia chegar.
Temos muito tempo é ao mesmo tempo quase nenhum tempo para se viver. Não vou esperar o tempo me dizer o que eu posso fazer. Eu farei meu próprio tempo, pois já estou no momento é já é tempo de renascer.
Lenilson Xavier (03/04/2016 às 21:45)
TEMPESTADE
A noite está sem lua,
Sem o lume das estrelas
Faz escuro em calmaria
Há uma paz que é passageira
Logo vem a ventania
E muita chuva sobre as telhas
Os pássaros que eu encontro
Não sabem para onde está indo perdidos no escuro da vida.
Quando fecham os olhos, eles não conseguem, mas voar não sabendo oque fazer.
Coloco em baixo das minhas asas alimentam-se um instante e partem.
E olho então, essas asas vazias na maior alegria sabendo que de alguma maneira consegui ajudar. Mesmo vazia um pouco da alegria encontrada em baixo das asas era alimento deles que já estavam em mim e assim volto a começar tudo de novo como sempre foi.
O medo mais antigo da humanidade
O ser humano, sempre, teve medo do escuro; da noite; da caverna; da natureza morrendo... acender um fogo era a melhor opção para sobreviver ao escuro inferno e esperar a ajuda dos céus com o sol que foi visto como um bom deus.
Os humanos vendo isso fizeram o sistema; e acender um fogo tinha que ser informado e pago ao sistema ou ficaria no escuro da noite até o deus sol chegar outra vez. E depois de tanto tempo estamos ainda com o medo da noite; e escravos do sistema pagando por tudo -impostos - ao acender uma misera fogueira.
É no meio do cansaço e do escuro, que as lembranças surgem. O jeito é corrigir os erros e lutar por novos acertos.
Quando Você não Vem
Em meu quarto escuro te vejo
Sinto seu perfume em tudo
Com saudades de você percebo
Que não vivo sem você nesse mundo
Contos as horas, minutos e segundos
Quero você sempre ao meu lado
Conto os dias pra te ver Sorrindo
Te beijar e te ter em meus braços
Você é tudo que tenho
A Joia rara que Deus me deu
Com você eu perco o tempo
As horas passam com os beijos teu
Quando você não vem
A tristeza me consome
Sua ausência não me faz bem
Então vê se não some
Somos um só corpo
Somos uma só alma
Vivo sempre te chamando
Vivo sempre te Amando
Você é tudo que tenho
A Joia rara que Deus me deu
Com você eu perco o tempo
As horas passam com os beijos teu
Sob o lampião...
Como está escuro meu Deus!
Nas ruas vagam gentes sem nomes
Espectros na imensidão do mundo
Caminham... Não sei para onde.
Da minha janela os espreito!
A tênue luz do lampião me permite
A mulher cabisbaixa
O homem encurvado, no terno azul...
Seguem quietos, calados
Alheios à tudo
Alheios à mim que os observo!
O que será que pensam?
Será que sonham? Fantasiam?
Anseiam...?
Será que seus sofrimentos são maiores que os meus?
Eu, que fico aqui, a ludibriar a minha dor,
pensando nas dores deles...!
Ou será que somos todos fantoches
nas mãos impiedosas de um destino incerto,
sob o brilho de um lampião pendurado sobre nossas cabeças?
Liquido maldito abençoado e querido me esqueço de tudo e te amo no escuro
E finjo acreditar nesse suicídio rumo a própria solução
Professor.
Só queremos o ar puro
direito do trabalhador
ensinamos no escuro
pela luz do nosso amor
o que seria do futuro
se não fosse o professor.
Me vejo em um abismo
Ele nao tem fim
Me guardo no escuro
Que se guarda dentro de mim
Me fecho pelo medo
Mas nao de cair
Medo da felicidade
Que tiram de mim
Perco a juventude
Pela vida ganhar
Quando mais se ganha
Mais guardado vou estar
Olham para mim
Nao sei oque vêem
Um ser humano escravo
Ou ferramentas talvez
Me sinto esquecido
Não lembro muito bem
De como é uma conversa
Sem ter um, o que você fez?
Minha vida estou devendo?
Por tanta cobrança ter
Posso ser jovem
Uma vez no mês
Querem gratidão eterna?
Pode até ser talvez
Esperam ajoelhar?
Quando mandam, que é toda vez
Minha vida, meus pensamentos
Minha tristeza é frescura
Intolerância a felicidade
Estão me levando a loucura
Socorro! Estou gritando por dentro
Mas a pressão, não deixa a voz sair
Calo- me então.
Para a vida seguir
Neste abismo de liberdade
Tenho medo de cair
Ser feliz nesta idade
Depois dela sair
Se tento me jogar
Pessoas me puxam e repreende
Fala que isso não presta
Que é para vagabundo e pouca gente.
Todos somos diferentes
Poucas pessoas são iguais
Procuram a igualdade
Em traços irreais.
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