Tiro no Escuro
Meu espelho invisivel reflete você, por tudo que jamais passei, pelos momentos no escuro da solidão sem viver o cheiro não sentido , os devaneios concientes as ilusões sem efeitos .
Minh'alma tateia no escuro,
A busca infindável do ser,
Que somente o amor puro,
Poderá lhe conceder.
Viver de sorte, Acreditar no futuro.
Caminhar ao norte, enxergar no escuro.
Correr pra morte E pular o muro.
Pirilampo encantado
de luz verde fosforecente
afastando o medo
do escuro, dos
sonhos infantis
Uma fadinha com
varinha de condão
a soltar estrelinhas
e a iluminar a escuridão
Como um ratinho assustado,
olhinhos redondos a te acompanhar...
espantando com a negritude
sem fundo da noite.
Mas estes olhinhos não vão chorar...
Montado numa libélula...
com asas transparentes
em pontas de pavão e
longa cauda de cometa...
no colo de papai que acalenta
o sono em pleno vôo se misturando
aos sonhos de criança...
ACONCHEGO
A noite é um manto,
Escuro e tenso.
De uma passagem morta e infinita,
E as palavras roucas, já não valem mais.
Quando querem pensar,
Que a mente fria e obscura,
Varre-te os pensamentos.
Porque teus olhos passam,
A ser alvo na mira,
De outros olhos.
Os lábios são convidativos,
Sem concitar o corpo,
A lua é pequena,
Num céu sem estrelas.
A aragem é fria,
O aconchego é da própria pele,
Que trêmula e rebuscada,
Corrói de um poro a outro.
As palavras que te ouvi dizer, no escuro
Ecoaram pelo meu pescoço, sufocando os meus pulmões
Quando as lágrimas já não eram simples gotas e gotas,
Os pequenos fios dos meus cabelos sonharam
Pela última vez (vi-te).
A cor que respiravas naquele momento
Metamorfoseou-se na cor da minha pele, afligindo…
Vestias a sorte, em simples pedaços de pano preto ou verde
Nas escadas onde eu esperava a sede, tu bebias do meu amor.
Os meus olhos renderam-se (pela última vez).
Odeio-me por não saber de cor a tua voz,
Mas por sentir os teus passos consigo fingir que me odeio
Pregando monstros, despedaçando quimeras azuis ou verdes
Amo-te mil vezes sem mil, enquanto os dias entristecem as calçadas
Molhadas pela chuva do temporal que a minha razão criou.
Já nada pode acompanhar a rota deste ébrio navio
Onde nado sufocadamente a teus pés (banhados pelo perdão).
Tristes sonhos, amargas mágoas, miseráveis e ridículos dias
Preenchem o meu calendário, ansioso pelos teus olhos.
Amor (pela única vez) senti.
Está escuro la fora
Eu tenho medo do que vem
de dentro
Está escuro lá fora
Eu estou com tanto medo
Você poderia estar aqui,
segurando minhas mãos
Não, eu não deixaria você ir
Esta tão escuro la fora
Fique aqui!
Te prometo uma coisa
Voce nunca mais sentirá medo!
num rodopio sou ombro
vento escuro da noite
o anjo que chora
lágrima morta
sorriu na boca
de um fado que corta
“Escuro”
Caminhei provando os passos
Caminhei sentindo abraços
Caminhei sentindo amor
Ouvia as pedras sendo pisadas
Sentia a chuva ressecada
Andei em rumo ao nada
Joguei-me no mar, submergi
Procurando respostas nas areias finas
Entre as algas pequeninas.
Às vezes eu converso contigo como converso com o nada, com o escuro do quarto, da noite, dos seres invisíveis. Às vezes eu falo contigo como quem solta garrafas ao mar, como quem faz uma prece, como quem recita uns versos que perderam o fio da palavra na repetição desmedida. Às vezes eu te conto do dia, da luz estranha no entardecer do corpo e do rio, da paz de uma janela aberta sobre prédios recheados de desesperos microscópicos felizmente inaudíveis à distância, do sono da gata sobre os nossos livros, da tua falta caminhando, caminhando ao lado meu numa estrada branca. Às vezes te confesso a dor como quem vomita a si depois de tanto tempo a se guardar na boca, depois de tanto a tentar se engolir e choro alto, soluço como criança, abraço as pernas e me encolho bicho, ínfima, e durmo derrotada no cansaço da impotência e da resignação acachapante. E então emudeço quase em susto, silencio como se tapasse a boca dos meus pensamentos na esperança que não tenhas me escutado, que a ti tenha passado despercebido meu secreto e constrangedor ofício de dividir a vida com tua ausência, na esperança de que penses em mim numa outra, a ti alheia e longínqua, tão mais alta e tão mais rara, tão menos humana e triste e patética e pequena e desamparada, tão menos acompanhada da multidão de memórias das tuas minúcias, das dobras dos teus dedos, da quase imperceptível descoloração do teu lábio, da cor de avelã dos teus cílios, das rugas de sorriso guardado ao redor dos teus olhos.
Sei que vou morrer nesse escuro Sem você Sinto sua falta Tudo perdeu a graça... Queria seguir em frente Mais tem uma voz que diz Fica aqui... Onde o escuro pode ser o clarão do teu sorriso E a luz as mais puras lagrimas Do meu choro em vão Canto alguma canção Mais nada me acalma Alem de ter certeza que um dia verei Você... Sinto falta da falta E sei que não estou pronta Pois eu não sei quem é você!
CAMINHO PERDIDO
Ligi@Tomarchio®
Vivo sem vida
ida nem vinda
rumo, no escuro
caminho perdido!
Magia da vida
não encontro o caminho
que me leve longe, bem longe
dessa dor que corrói.
Desnuda e muda
em nada creio
espantada
vivo plantada no mundo
qual vegetal imundo.
Mundo estranho esse
vive-se implorando paz, compreensão
só recebemos guerras interiores
egos perdidos, corações partidos
mentes dissecadas, corpos insanos!
Morte é a solução
dela nada esperamos
só aguardamos nossa hora!
Cada vez que o mundo parecer escuro pra você...
Se for a noite veja a lua.
Se for dia veja o sol.
Se estiver nublado, feche os olhos e me sinta, estarei perto de vc, bem pertinho.
Estarei no seu pensamento.