Textos Tristes
TRISTE QUIETUDE
As árvores cansadas da dor
Deixavam cair seus braços tão tristes
E o sol castigava as pedras do chão
Como ferro quente a marcar o gado,
Na tarde já morta de sede.
Só uns cabelos de oiro
Esvoaçavam loucos na brisa infernal...
Eram os teus procurando os meus,
Na triste quietude da tarde defunta.
Fugiram os pássaros e tudo o que é vida
Da vida que tem sangue nas veias.
Dolorosamente, em prantos de cinzas
As árvores tornaram-se pó
E os ramos partiram-se numa chuva
De mil pedaços queimados.
O sol escondeu-se amedrontado;
A tarde e a brisa quente
Feneceram de saudade.
Só ficaram os teus cabelos de oiro
Sempre à procura dos meus,
Revoltos na triste quietude...
Mas tudo tão inútil.
(Carlos de Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 27-08-2022)
DIZ-ME NUM VÓMITO
Diz-me, porque estás triste ?
Amor rebelde, sem meu coração
Do sangue que pedias
Com a tua espada em riste,
Nessa mão,
Tremulando
Velhinha de emoção
Como a minha ficando
Apalpando o que não existe.
Diz-me, porque estás triste ?
Assombramento meu,
Sempre ao cimo da minha cama
De penas,
Tão apenas
Nas noites claras de breu,
Quando eu tinha medo de mim
Ao subir as escadas da cama musical
De bacanais infernal,
Que dizem ser ruim,
Até a do Orfeu.
Maldito seja eu
E quem me desafia
Em euforia,
Nesta noite tão só, tão fria,
Em que vou, sem vir
Mais que tempo de ir
Sem pena
Nem pensar
De voltar.
Diz-me, porque estás triste?...
(Carlos De Castro, " in Portugal Sem Censura, No Brasil, Sim", Em 06-09-2022)
TRISTEZA INFINITA
Que triste este sol
Hoje, neste outono.
Vede como chora
Agora,
O vento cerol
Colado a mim como dono.
Que triste é ser tão tristonho,
Como árvore que dá flor
Sem amor,
No outono,
Fadada a não medrar.
Que angústia vai neste olhar
Nesta sempre tristeza minha,
Infinita,
Que mesmo amordaçada grita
Pela liberdade de amar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 28-10-2022)
RECADO AO PENSADOR:
Que triste! Que vergonha vai ao Brasil da censura ainda no poder, senhores do PENSADOR! Coitados, já nem pensam! Que dó, que nojo vocês (censura do site) me metem!) Tenham verguenza! Que palavra ou palavras impróprias para a vossa "pureza tipo iurdiana" eu empreguei hoje, no meu tão singelo e despretensioso poema , sem maldades, nem palavras de ofensa para ninguém? Vá, digam-me a mim e ao mundo!!!!!!!!!!!!! que o vai ler!!!!!!!!!
Porque não publicam a imagem do meu poema "Olhos Sem Lágrimas" !?...
Porque é que, por exemplo: a poesia "desabrida e de palavras ditas pecaminosas" de Charles Bukowski e seus pensamentos, têm assento no PENSADOR? Mais há centenas de outros/as autores que vocês têm no vosso rol, cujos textos "abertos" já não são atentatórios contra a moral e a religião, no vosso pobre e alienado conceito, pois não!?...
Mas isso, aí pelo Brasil, não muda nunca, não!?...
Pobre país, de tantos cérebros bons, dominados por uma censura atroz!
Carlos De Castro, in No Brasil Há Censura, Aqui Não, em 05-12-2022
P E P I T A
Quando me foges ao longe
Fico tão triste, desprezado,
Torno-me em vida de monge,
Nesta solidão do meu fado.
Foste sempre o meu outro lado,
O calor no frio dividido em dois,
No aconchego do nosso estrado,
Erguido no antes para o depois.
Fica-me no olfato o perfume,
Do teu cheiro de puro ciúme
Tão louco e canil que agita.
E queima como o forte odor
Dos teus sonoros flatos de amor,
Minha terrier cadelinha, Pepita.
(Carlos de Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 10-01-2023)
CHORAM OS MONTES
Tristes, os montes e outeiros
Já choram por mim.
Consigo ouvir o lamento dos pinheiros
Carvalhos, azevinhos e sobreiros
E de árvores amigas que tais,
Num sussurro
Quase em urro,
De tão reais.
Comungo das lágrimas dos pardais.
Sentem a saudade da vida dos dias,
Das nossas irmãs fantasias
Na imaginação de um mundo
Mais fecundo,
Sem dores fatais.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-01-2023)
INSPIRAÇÃO
Quando tu queres,
Eu fujo...
Quando eu entro,
Tu sais.
Isto, é triste, é demais!
É casamento desfeito
Sem reconciliação
Ou perdão,
Nem jeito
De nos tornarmos a amar.
A voltar
A acertar
O tempo certo
No nosso relógio de vida,
Neste destino tão incerto
Da minha relação
Vivida,
Trágica,
Quase autofágica,
Com a minha inspiração.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-02-2023)
TRISTEZA
Hoje, não estou triste.
De que vale a tristeza
Se ela já existe
Na correnteza
Da vida em riste?
Vá, gostariam,
Preferiam,
Que eu fosse
Homem de ardileza?
De que vale a tristeza
Se a vida é certeza
De uma incerteza
Atroz?
Por nós
E por mim,
Ainda assim
E pelo meu fadário
Eu viro a tristeza ao contrário,
E antecipo-lhe o fim.
E se ela me perseguir
No cimo do meu calvário:
Vou-me rir
Tanto, tanto,
Como se fosse um pranto
Tornado falsário.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 19-03-2023)
SORRI TRISTEZA
Anda comigo tristeza,
Não sintas medo ou horror,
Traz só uma capa fina
De esperança pequenina,
Nos ombros da tua dor.
Iremos então lado a lado,
Dois cegos a cantar o fado,
Sem esmola, só pelo sonhar...
Anda tristeza e meu fadar,
Para onde vamos só basta
Trazeres na tua canastra,
O vento que vem no ar.
Anda tristeza, arrasta
A nossa vida pró mar,
Sorri tristeza sem parar,
Pois sorrir até afasta,
O fantasma do penar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 20-10-2023)
CORUJA NA NOITE
Ave agoirenta que pela noite cantas
O teu chorar negro e triste, piedoso,
Ó coruja bruxa, és só tu que espantas
O meu sonhar tornado em teu gozo.
Nunca o presságio da morte
Seja o teu piar fúnebre de sorte;
E que eu viva sem ser soturno
Como esse teu gritar noturno.
Tens sibilas de assobiar
Medos e enredos de arrepiar,
Nos ares e arfares intranquilos
Das profundas dos pulmões,
Ó coruja dos meus sarilhos,
Castradora de emoções.
Não me queiras comer vivo
Que apenas sou um nativo
Das correntezas da noite,
Tela escura, meu açoite,
Chicote nas minhas costas,
Em carne viva às postas.
Não esperes amores de mim
Ó coruja malhada das torres,
Eu só queria no meu fim
Não ouvir o teu piar,
Esse tão sombrio cantar,
Ó ave das minhas dores.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-01-2024)
SEM RESPOSTA
Te salvo, princesa morena,
Aquela dos olhos tristes,
Diz-me, porque resistes
À minha triste novena?
Nove dias sem te ver...
Ou vens ter comigo
Aos quereres
Dos nossos apeteceres
Fatais,
Ou então já eu te digo:
Não acreditarei jamais
Nos infiéis juramentos
E no feitiço do teu olhar,
Nos cheiros de embriagar
Dos perfumes de enfeitiçar,
Que me trazem sofrimentos.
Não respondes?
Oh, não precisas de o fazer...
Basta-te só compreender
Que mais esse teu açoite
Não evita que o meu dia
Mesmo sem o teu querer,
Já começa à meia-noite,
Na luz que a lua irradia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-02-2024)
TÃO BREVE
Minha ida e dolorosa mãe,
Linda moçoila, se soubesses
A triste sina deste penar,
Voltavas no meu pensar,
E, se pudesses,
Para sempre, sem vacilar:
Eu não teria hora para nascer,
Nem tempo para acordar.
Guardavas-me dentro de ti
Para me livrar
Desde que nasci,
Desta vida de sofrer
Em que me afundam
Tantos que abundam,
Só pelo prazer
De me ver
Por ti, a chorar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-03-2024)
Dias de luta (Ana.santos.escritora)
Dias tristes, dias felizes mas guerreando
Guerreando, acreditando é sonhando
Que algo melhor esteje por vim
Acreditando que sonhos se torne realidade
Tendo em mente a minha força em pensamento
Sei que a vida e uma corrida cheia de obstáculos
É termos que lidar com a vida para superar obstáculos
Vivendo é aprendendo que a luta não e fácil
Para alcançar tudo o que desejamos
Escuto a tempestade dizendo que perdi a batalha
A batalha que estou enfrentando é enfrento a a cada dia
Mas mesmo com a tempestade continuo lutando
Lutando pela felicidade que um dia sonho realizar
É triste que o amor seja impossível quando acordado
E que o amor só é possível em sonhos. Eu nunca quero acordar só para amá-la nos meus sonhos, onde o impossível existe e o amor é livre, onde ninguém pode me impedir de amá-la.
Eu vou dormir e nunca mais quero acordar, minha realidade será um sonho onde nada me impedirá de amá-la.
Marcio melo
a tristeza é como uma casa
onde nos levantamos no escuro e procuramos acender a luz
e descobrimos que não há luz procuramos a porta para sair ou para que a luz lá de fora entre
mas descobrimos que não há porta na casa
então tateamos as as paredes no escuro tentando encontrar uma janela mas também não a janela na casa então nos sentamos no chão frio gelado no escuro da casa
e descobrimos que não a casa
é só nossa tristeza criando ilusões para nos enganar
A felicidade é curta a tristeza se alongo a prolongar a dor
Mas a tristeza só é longa por ser reclusa repulsiva
A felicidade é curta mas se eterniza no sorrido de alegria marcados pra sempre na memória como melhores lembranças pra esquecer a tristeza esquecida
E ficar a felicidade que se eterniza.
É triste se apaixonar por alguém
Que não te enxerga
Alguém que espera por um semideus ou um príncipe encantado
E você sabe que é só um ser humano apaixonado
Que entregou o coração pra ser feito em pedaços
É triste amar e ser feito de palhaço
Ser sincero e verdadeiro
Enquanto é humilhado
É triste ama a quem não se importa
Com o amor que está acima de todos
E ignora os sentimentos de quem ama
Pois quem ama não espera nada além
Do próprio amor
Por que quem ama
só ama com toda a vida como único bem de valor...
Desilusão
TRISTE ALEGRIA
Que triste a alegria
Que se perdeu em mim,
Anda muito e contagia,
E me maltrata assim.
O vento corre,
A janela está fechada.
Não há entrada,
Nem alegria, nem tristeza.
Se calou, olhou cegamente na esquina.
A poesia ainda está viva?
Se achou no amor,
Ela é sim a minha vida,
Mas cansou-se da dor.
Se acha tudo, menos ela.
Que ame a sós, não fique à vela.
Ela se ama, e me ama.
Que coração bom, que não amarela.
Pessoas que fracassam
Viram idosos sem cor
Pessoas tristes
Com ausência de amor
Mas não devia existir
Coisas ruins e boas
Não devem coexistir
Tem que aprender a diferenciar
E outra, referência boa
É amar, amar...
A gente pensa
O que viemos fazer?
Pra melhorar a vida
De quem devemos ver
Não podemos receber
Um agente protetor
Nunca vamos perceber
Que nos falta amor, só amor
As criancinhas
São tão lindinhas
Com seus laços coloridos
Uma bela inocência
E uma falta de carência
Temos que ser como elas
Algo bom e ruim
Eles olham e dizem
O que não dizer sim
Ele via alegria, mas sentia tristeza
Perguntavam se estava tudo bem, e ele dizia que sim
Sentia desânimo, tentava se animar, mas nada o motivava
Não sentia mais esperança, mas relutava em afirmar que havia
Chegou então a conclusão
de que fez tudo que era pra ser feito
e já não fazia falta pra ninguém
E aí em paz e silêncio, desejou morrer
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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