Textos sobre Mar
O mar vem
Ondas benditas ondas nessa manhã
Céu ainda vermelho
O amanhecer está lindo
Vai saber quem diz
Depende de mim essa visão
O mar me contou histórias e eu não ouvi
Não quis sentir
A se eu escutasse tudo o que ele disse
Certeza que hoje não estaria aqui
Ondas quebrando são espetaculo
Meus olhos se abrem
O sal tempera a alma
Cozimento lento
As ideias estão prontas
Um poema é pouco não é suficiente pra mostrar
O mundo que eu tenho
E tudo o que quero lhe dar
Vai saber quando o amor chega
Ele é confuso e me cega
Sim sou um desses que se cega pelo amor
É um fardo mas eu até gosto
Nem sempre temos que vê a vida como ela é
Uma projeção as vezes nos acalma
Ou me diz que nunca se impressionou com uma flor?
A como eu amo flores
Quero mil em meu jardim
E na descrição de cada uma um verso dos poemas que te fiz
E sim
Quero coragem pra prosseguir
Eu vou conseguir
A tantas flores por aí
Vai saber quao linda outra será
Cada uma é única
Não é porque uma te espetou
Que outra não pode agir de outra forma
Eu não habito ao mar.
Eu sou Terra;
E Espero a água vir me encontrar;
Assim como as ondas que cobrem a areia.
Eu espero a Ti.
Então venha me inundar.
Tu, Que navega pelas águas do mundo;
Mergulha no corpo de outras mulheres.
E eu a te esperar;
Porque todo mar tem seu porto.
Então venha ancorar;
No meu abraço firme;
No meu olhar que pede;
Que não se esvaia de mim.
Como onda que cobre a areia
E depois vai embora.
Me secando por inteira.
Eu não habito ao mar, ele que habita em mim.
Sou feita de terra, coberta de água
Feita de mim, coberta de ti.
A espuma do mar, que as ondas formam, lembra a renda
na borda de um tecido azul-esverdeado.
Ela esbarra nos meus pés num "frisson" gelado,
o que sinaliza a proximidade do inverno.
A mudança das estações traz um temor do novo que se avizinha!
Do desconhecido, das dores, do frio e dos seus rigores...
Sempre um mistério para a alma.
Cika Parolin
PLENITUDE
Ouve amor o silêncio
O mar aquietou o burburinhos de suas ondas
O vento calou-se nas folhas dos coqueirais
Todos dormiram mais cedo
como se soubessem do grito
de amor no nosso peito.
Estamos alheios ao futuro
Dele nada queremos saber!
Basta-nos às nossas loucas bocas,
os beijos do presente,
as carícias nas carnes quentes
Nos avivando...
Nos definindo...
Nos embalando pela noite adentro.
Hoje estamos.
Somos...
...plenos
em nós mesmos.
Isso nos basta
O amanhã ainda não existe,
e para sermos sinceros,
não nos interessa saber.
Elisa Salles
( Direitos autorais reservados)
Bálsamo
O mar, mistério a explorar,
Acaricia ondas que cabelos não têm,
Como o corpo nu a encantar
Afogando desejos no suave vai e vem.
Bronze em reflexo solar
Na profundidade de tudo há sonhos,
É mágico nestas águas nadar
Bálsamo salgado onde me recomponho.
Este mar de esperança e fé
Onde o fim é impossível ver sequer
Balança na alma
Um corpo lindo de mulher
" A ansiedade se desfaz
há logo ali um sorriso
o mar está calmo
as ondas beijam nossos pés
noite menina,entrega-se ao luar
a vida por um beijo
entrelaçar de mãos
jogo ao vento uma declaração de amor
sou um pedaço que tenta seduzir
madrugada, amor na areia
sereia
não sei descrever
mas sei que em mim, brota algo maior
até onde iremos
faremos o impossível acontecer...
AMOR AZUL DA COR DO MAR
Nas ondas que o mar me trás
quando o céu é tão azul que doem a retina dos meus olhos,
na maresia que fadiga a narina pela pureza
do odor da natureza que me rouba a razão,
eu penso em ti.
Estás impregnado em cada sopro de vento
Em cada lacuna do meu pensamento
Em cada paladar que sinto,
no café amargo, na cereja do doce,
do azedo do limão.
És a maior certeza
Este amor que prevalece sem alucinar
Silencioso e insistente
Belo e clemente
Um amor de querer tanto bem
que todo bem do mundo não poderia suportar.
Amo-te como amo o mar,
profundo, misterioso e azul.
Amor azul da cor do mar.
Elisa Salles
(31/10/2017)
DAS COISAS QUE TRAGO
As mãos cheia de conchas
Um presente do mar entregue pelas mãos das ondas,
Levei um pouco de mar,
Deixei um tanto de mim
O mar das poesias, músicas, sonhos e cantorias,
Mar dos apaixonados,
Mar que limpa, renova, ilumina,
Mar, mar, mar
Três pedidos faço a ti,
Me permita sempre,
Amar, amar, amar
Mar.
Roberto de Souza
O Mar e a Solidão
Mar e solidão, soluçando vão.
O mar, fazendo ondas mansas.
Lágrimas, solitárias lembranças.
E soluçando vão, mar e solidão.
Quando a solidão, numa alma.
Lágrimas , invadindo uma praia.
Acordando, quando a noite raia.
Vezes, tão sonolenta em calma.
Tu és minha vida, uma solidão.
Ás vezes, a provocada saudade.
Mar bravio, eximindo piedade.
Imergido em tristezas, coração.
Ondulantes solidões, apenas.
Solitariamente a minha vida.
Em tanto isolamento contida.
Inundada dor, ondas serenas.
Respire fundo, menina.
As ondas do mar costumam arrastar para bem longe tudo aquilo que não nos pertence mais.
Não se desespere, menina.
Se hoje não está mais ao seu lado nada daquilo que você garantia conhecer tão bem em seu cotidiano é porque o tempo passou. Você mudou. A vida seguiu…
Não chore, menina.
O vento mudou as estações levando aquilo que já passou e hoje não lhe acrescenta mais.
Quando as ondas voltam de suas missões de conduzir a outros mares os restos dispersos em ser ser, consequentemente lhe oferece a oportunidade de ser uma nova luz. Um novo recomeço, mais leve, brilhante e em paz.
Isso, menina. Sorria, levante e guie a esta luz disposta a lhe propiciar novos dias serenos e que agora estão vivos e renascendo dentro de você.
Seja feliz, menina! Isso só depende de você.
Antes fossem as ondas do mar que levassem pro meu coração toda mensagem ou dizeres que circulam pelo ar.
Uma transmissão, as vezes sem emoção real, que você digitou, acabou de chegar.
Eu vou ler e sentir o sinal.
Me mande sim um oi por mensagem, e-mail, sinal de vapor!
Seja como for.
Mas te entendo mesmo é no olhar.
Seu jeito doce de me provocar.
Aquela cara de lembranças.
Aquele semi-sorriso contido.
MAR BRAVIO
Ondas bravas vem, ondas débeis vão
O velho pescador, Joaquim e seu irmão
Navegando o velho barco pesqueiro
Enfrentam a fúria de um mar traiçoeiro
Jovens que nunca navegaram
Ancorados ao avô que sempre amaram
Protetor, o velho os acolhe
Mas teme, pois sabe, o mar é quem escolhe
Enfurecidas águas castigam forte
Três vidas que vislumbram possível morte
A esperança recai na modesta embarcação
Que essa cumpra sua perene vocação
Sem descanso, o barco sobe e desce
Passando mal, Joaquim empalidece
Seu avô, segurando no timão
Guia o barco, atravessando o furacão
Não há alento nesse mar tão arredio
Três vidas que seguem por um fio
Nas mãos do velho pende o futuro
Para os jovens o fim é prematuro
Ondas fortes fustigam ferozmente
Resta apenas torcer, infelizmente
Para os jovens o medo é muito forte
Para o velho o medo é seu norte
O casco suporta a grande fúria
Resiliente, não aceita vil injúria
Aderna, mas segue flutuando
Navega, não se sabe até quando
O pânico dos jovens só aumenta
Parece não ter fim atroz tormenta
O desespero parece dominar
O que fazer, a não ser acreditar?
De repente, a tormenta desvanece
Para os três, a esperança resplandece
A vida desta vez se compadece
Noutra vez, quiçá, desaparece
Poeta do amor
O poeta do mar , vem navegar no meus pensamentos...
Venha com as ondas fazer o meu ser balançar ...
Suas ondas levam os pensamentos pra longe...
Suas águas esfriam o meu calor... refrescam essa turbulência do meu corpo...
Não deixe meu corpo naufragar no seu mar profundo...
Tentamos seguir juntos nessa navegação...
Vamos juntos navegar com a tranquilidade...
Vamos junto poeta do mar, para onde o vento nos levar... Neste mar de amor...Deixe as velas soltas...
Deixe que ele nos leve rumo a felicidade...
Que seguiremos de encontro a paz...
Ah poeta do mar, seja o meu poeta do amor...
Juntos iremos de encontro a vida no paraíso...
Vem poeta do mar amar e ser amado...
O amor surge devagar,mas passa mais rápido que as ondas do mar.
E quando aquela estrela brilhar, vai ser para um caminho trilhar.
E se tudo for tão devagar, a ponto de ninguém enxergar,fique calmo porque um dia, ele há de se destacar.
E pra ser visto, ele não precisa estar previsto, porque viver é cada dia um risco, deixando mais um rabisco...
Eduarda Marron
seus beijos se foram com as ondas do mar
tocou os meus lábios e deixou somente a desejar
aquele momento que eu vivi,somente pra te fazer feliz
foi rascunho de papel,escrevemos algo que foi apagado
é fácil eu lembrar,mas é bem difícil apagar
foi estranho?foi insano?
eu acreditei,mas quem não tem problema?
só errei no momento em que deveria
sorrir mais,ou talvez falar por mais e mais
só me diga uma pessoa que não derrubou lágrimas de dor
pensando que eram de amor?
eu cuidei de mim e hoje estou aqui
aprendendo a ser feliz
não sozinho,mas no mesmo caminho
onde posso encontrar alguém que vá me dar
um sorriso e um coração,que me faça amar.
VAZIO
Não adianta poeta
podes alcançar o interior
do mar, pode ver as ondas
e o vento jogando
aos seus pés os restos
que a natureza
espantosa cuspiu.
Podes ser o incauto
Por alguns segundos
Camuflado em busca
Do seu ideal
Mas nenhum poema
Nem sequer uma frase
Tampouco uma linha
Vai te dar na pauta
O que te faz falta
Uma palavrinha.
Vais falar do que?
Vais transparecer
Se até o silêncio
Queres sonegar
Todo grito é vão
Se não tens paixão
Pra te inspirar.
Ezhequiel Queiróz Águia
DESENHO NAS ONDAS
As ondas do mar me encorajam e me dão medo
O som do mar me traz alegria e profunda tristeza
A areia da praia me confortam e me incomodam
O cair do sol me dá esperança e provoca ânsia
A brisa do mar me alivia e traz a noite mais fria
Em frente ao mar continuo admirando
As mesmas sensações que dão-me o prazer
Causam em minha alma um certo temor
Um graveto na mão, desenho na areia
Um rosto sorrindo, um rosto triste
A onda vem e apaga o triste rosto
O sorriso ficou, e a onda meu coração levou
O triste rosto levava consigo marcas
Marcas que não podiam ser esquecidas
Marcas que não podiam ser apagadas
O sorriso no rosto esconde o coração ferido
Me faz esquecer um passado um dia pude viver
Me faz esquecer que um dia eu pude ter você
Com as asas quebradas
De tanto voar
Em busca de sonhos
Sobre as ondas do mar
Me vendo cercado
Pelas areias do tempo
Vejo as folhas passarem
Carregadas pelo vento
Mesmo as estrelas do céu
Que ficam a brilhar
Sabem o quanto te quero
E que posso esperar
Faltanto um passo para lhe ter
Em meus braços, te levar
Vendo rios de esperança cresçer...
Para depois secar
Mesmo sem sentir meus braços
Eu tento me agarrar
Á lembranças perdidas
Que nunca vou recuperar
Nessa estrada de pétalas
Em nossos laços de flor
É o que nos faz acreditar
Que mesmo um deus...
não vai nos separar
Nas ondas do mar
um barquinho a navegar
ao sabor do vento
deixa-se levar...
Pra lá... prá cá...
pra cá... prá lá...
o vento a lhe guiar
sem rumo certo
não sabe aonde vai chegar...
se vai chegar...
ou vai chegar a qualquer lugar.
Sem leme, sem direção
vai pra onde as ondas vão
assim é todo aquele
que de Jesus não segura a mão
Rindo à toa...
Sol a pino
seguindo seu destino...
ondas do mar
sal... salgado a vida a temperar...
Céu azul... de norte a sul...
areia do mar,
ondas a quebrar...
o pescador vai pro mar
peixe pro jantar...
o mar vai lhe dar.
Uma jangada
sobe e desce, sobe e desce
o balanço do mar
obedece...
Passos na areia,
canto de sereia,
e eu rindo à toa
vida linda demais
é assim que se faz
a Barra da Lagoa...
