Textos sobre a Morte

Cerca de 4598 textos sobre a Morte

⁠A morte não me assusta.
Não mais.
Ela chega de mansinho,
puxa uma cadeira, cruza as pernas
e me observa em silêncio,
como quem espera o fim de um café frio.

Eu respiro fundo e finjo que não a vejo.
Acendo um cigarro, mexo na xícara,
brinco de ignorar o inevitável.
Mas sei que ela está ali — talvez sempre estivesse.
E isso me arranca um riso sincero.

Não que eu não ame a vida.
Amo. Mas, às vezes, a vida pesa,
vira conta vencida na gaveta,
pedra no sapato.
Às vezes, ela pede trégua,
e eu, sem jeito, sigo a marcha dos desesperados.

Então, a morte chega sem anunciar.
Não bate na porta, não tosse no batente.
Apenas entra, senta,
ajeita o capuz do manto
e me olha, como quem diz:
"Você sabia que eu vinha."

E eu sabia.
Desde sempre.
Ela não é susto, nem castigo, nem fim.
É como uma palavra mal dita
que o poeta decide engolir.
Um fardo que escorrega dos ombros,
um corpo que desaperta e, enfim, flutua.

E, no fim, talvez seja isso.
Não um adeus, mas um aceno comedido.
Só morre quem viveu, quem gastou os sapatos,
quem aprendeu a tropeçar sem medo.
E eu?
Eu aceito.

Porque talvez só quem morre entenda, por fim,
que viver sempre foi um jeito
— sutil, distraído, inescapável —
de ir embora.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠"A Morte Silenciosa de Mim"

Eu morri — não com o estrondo das tragédias anunciadas, nem sob o lamento das multidões, não recebi flores, nem falaram bem de mim.
Morri em silêncio... e segui de pé, sorrindo, servindo.
Morri — e ninguém viu.
Porque continuei com os olhos acesos e os gestos ensaiados,
a alma exaurida, mas a maquiagem intacta.
Não houve luto.
Nenhuma prece, nenhum adeus,
porque o mundo só crê na morte quando o corpo cai.
Mas eu, caí por dentro, sem fazer barulho, sem assumir a queda, sem pedir ajuda.
Morri nos dias em que engoli o pranto
com o café da manhã.
Nas noites em que abracei travesseiros frios, e em algum momento fui conforto para todos, menos para mim.
E ainda assim, sigo.
Não por esperança — essa já me deixou tempos atrás.
Mas por um resto de costume,
por um traço de amor próprio esquecido em alguma gaveta, por um instinto antigo de sobreviver, mesmo quando a vida já partiu, ou talvez apenas por falta de opção.
Sou espectro de mim,
com os passos firmes e o coração despedaçado, com o sorriso no rosto e o grito preso na garganta, carrasco do meu eu, recolhido a um canto, deitado no chão, faminto com frio.
Ser eu desde sempre significou morrer em silêncio todos os dias e ressuscitar sozinha antes do café esfriar.
Mas quem sabe…
quem sabe um dia o abismo me olhe de volta.
Ou quem sabe chegue o dia em que eu não precise ser forte.
Talvez a vida me resgate e perceba que desde o começo eu merecia viver inteira.
Raísa Sousa

Inserida por RaySSousa

⁠A morte é uma Ladra.

Ladra de sonhos, vidas, realizações, desejos e emoções.
Ela é ladra porque nos rouba a paz e nos tira amigos, familiares, sonhos e prazeres.

A morte e sorrateira, ela é fria, ela é sozinha, ela simplesmente não se importa com ninguém, até porque não tem ninguém que faça o mesmo por ela.

Calada e destemida por muitos, sua existência é imprescindível, todos sabem que ela existe, uns até tentam se esconder, fugir e evitá-la. Outros a chama de amiga. Pois é certo que um dia ela te visite, isso ninguém pode evitar, o que ninguém sabe, é se essa visita vem para te ver ou te buscar.
Ela uma ladra porque rouba aquilo que ela nunca pode ter ou tiveram por ela. Ela é triste, solitária, amargurada, e embora leve algumas almas para seu leito eterno, ela ainda é egoísta e sempre tem sede de querer mais e mais, nunca está satisfeita com aquilo que ela vem roubando a séculos.

A morte sempre esteve presente neste mundo desde a sua criação, roubando para junto de si sua primeira vida, o jovem Abel, que foi golpeado pelo seu próprio irmão com uma pedra. Cain foi um fantoche que a própria dona morte usou como seu instrumento de roubo. E desde então ela não para.

Com um corpo rudimentar, vazia, gelada, sem qualquer interesse por nada, ela reprime aqueles que adiam a sua vinda, ela odeia quem salva uma vida ou quem impede de alguém de se matar. A morte não usa relógio, não trabalha com tempo, não escolhe quem ela vai levar. Ela simplesmente aparece do nada e leva um ou uns, sem distinguir cor, raça ou gênero. Ela não liga para isso.

Quem a escolhe como sua companheira, quem chega esse ponto de se render a ela, sem ao menos se dar uma segunda chance continuar com a sua vida, a meu ver é fraco, não tem amor e vive uma vida semelhante à dela, triste depressiva. Quem decide acompanhá-la, não é digno de uma vida, pois isso nem a própria morte não tem.

A morte está em todos os lugares, e de uma forma que ninguém consegue explicar, ela consegue estar em todo o globo ao mesmo tempo.
Dentro de lares com pais, mães e filhos enfurecidos, tomados pelo ódio e sede de vingança. Nos bares, nas ruas, principalmente nas drogas, vícios e jogos. Nas mentes e dentro de um coração vazio. A morte está no velocímetro do seu carro indicando alta velocidade. Numa curva perigosa. Ela está dentro dos hospitais ou numa doença terminal. A morte está em algumas atitudes e escolhas errôneas. Ela pode estar até dentro de você e você nem perceber a presença dela.

Ladrões vivem nas escondidas, disfarçados de bons samaritanos. Vivem no escuro, sem que ninguém os veja. Uns viram até seu amigo, porém, na primeira oportunidade te machucam sem dó e sem piedade. Disso a morte gosta, disso ela tira proveitos e valoriza quem faz seu serviço sujo sem ela pedi. A morte gosta de corações vazios, brigas e desentendimentos.
Porém temos muito o que aprender com a morte, apesar de tudo, ela ensina muita coisa. Basta olhar para o lado bom dos seus delitos.

Delírios, emoções abaladas, tristeza, depressão, mentes fracas, são instrumentos usados em seus roubos.

Seja forte, lute para que ela não te vença. A morte odeia você apenas pelo fato de você está existindo, persistir por aquilo que ela tanta deseja tomar de você.

Não dê palco a ela. Não dê chances de ela te levar para ficar no mesmo plano que ela vive. Não deixe que ela venha te visitar.
Não deixe a morte te roubar.

Texto: A morte é uma ladra
Escrito por Victor Rangel

Inserida por VictorRangel

⁠Velha Amiga

Não corro da morte,
não tremo ao seu nome.
Ela não é sombra,
é apenas silêncio que chega sem alarde.

A vejo como uma velha amiga,
de passos lentos,
que caminha à margem da estrada,
esperando o dia em que nos sentaremos
para conversar,
como quem reencontra alguém
depois de uma longa jornada.

Ela não me assusta.
Me ensina.
Me lembra que cada nascer do sol é raro,
que o riso de hoje não volta,
e que amar vale mais do que temer.

E quando chegar o momento,
não haverá luta.
Apenas um aceno leve,
como quem parte de casa,
mas sabe que foi inteiro
enquanto esteve.

Inserida por silvano_eising

O TOQUE DA MORTE.


O toque da morte é discreto, indesejado, e insiste como um sussurro gelado… Mas nada se compara ao seu abraço. Um arrepio nos percorre, mesmo quando seus vestígios não são visíveis — ainda assim, são sentidos. Ela deixa marcas na alma, no corpo, na própria existência. Um simples toque pode nos fazer fraquejar. Imagine, então, o que faz um abraço? É mais que um fim — é um repouso definitivo.

Inserida por Mirlane_A_Nascimento

⁠Dia 34

‎O romance da distância,

‎Sem a morte da esperança,
‎Vívido,
‎Como minha palavra empenhada,

‎Tu me visitas em sonho,
‎Todos os dias,
‎Ou meu inconsciente me leva,
‎Em troco de acalmar a tua ausência,

‎Resiliência é a palavra,
‎Conseguiremos,
‎Inteligentes e ferozes,
‎Acabar com tudo aquilo que antes nos afetava,

‎Viver em sobriedade,
‎Sem sair fora da realidade,
‎E ter um mundo de novas e belas possibilidades,
‎Então, fique à vontade,

‎Tome seu tempo,
‎Que seja nosso amigo,
‎Trazendo-nos de volta à dançar.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠Não importa como uma pessoa agiu na vida, a morte é um assunto simples. Aqueles que realizaram grandes feitos, aqueles que cometeram grandes pecados; a morte os trata igualmente, roubando suas vidas da mesma forma. Neste mundo gravemente injusto, é uma das poucas partes realmente justas da vida.
(Regulus Corneas)

Inserida por Hikiaqui

⁠“A Senhora Morte é como uma “amiga” silenciosa e sinistra que, em alguns momentos parece seduzir o coração assustado e cansado de existir; em outros, revela sua face mais assustadora - a impotência humana diante desse último e definitivo abraço.
E quando ela arranca pessoas amadas da nossa Vida, de repente, sem aviso, sem a preparação dolorosa e lenta, que nos faz saborear seu gosto amargo por longos dias... Como entender isso como um ponto final, se um ponto de interrogação parece rasgar o coração assustado?

Inserida por MiriamMorata

A Morte Pela Arte

⁠Morri por passar noites em claro,
Bebendo vinhos
E fumando cigarros,
enquanto os traços do teu rosto,
sereno
com tom de arte e poesia
me martelavam o cérebro


Estou vivendo da tua arte
e com a que ainda consigo fazer, das pequenas coisas
que me matam
Então logo me apercebo
A morte não é triste,
triste é a vida
e o que imaginamos que ela seja
ou talvez
seja viver
longe da tua arte e poesia.

Inserida por dinu_nancassa

⁠QUANDO NÃO FOR ESPERA
Tudo o que ela precisa
É desaprender a morrer
Que de tanta morte-viva
Acostumou-se a se refazer.
Por onde a pulsação anda
Ela arrasta todo o caixão
E onde aparece uma sombra
Prepara o buraco no chão.
Pega o corpo defunto molhado
E levanta inteiro outra vez
Sem crer em dia ensolarado
Que poderia enxugar os clichês.
Faz flor na terra esburacada
Mas não acredita em quem se diz vivo
Arranca das costas facada
E não confia nos curativos.
Tudo o que ela precisa
Ah!
É desaprender
Que de tanto ser natural, morte
Nem acredita mais em benzer.
Não fecha os olhos em cochilos longos
Nem mesmo permite que dure o repouso.
Procura provas de que o pernilongo
Fará outro homicídio culposo.
Tudo o que ela precisa, oras!
É uma história para não se enterrar
Um livro, uma água fresca, uma semente
Que vai florear.
Uma paciência de Jó
Para entender quem muito voltou
Dos mortos, terra na garganta
De onde ninguém mais pisou.
Um filete de luz quando o escuro
Vier de mansinho pós-sol
Um sentimento todo seguro
De nem morrer, nem viver
Em prol.
Apenas coisa bonita, que não fecha
A entrada do ar que respira.
Tudo o que ela precisa
É aprender mais o que admira.
Porque
Quando o tempo não for mais o tempo
E o doer não for a-versão
Quando tanto não der n’outro pranto
Quando o sim for menos que o não
Ela chora, ardendo, gritando
Faz calar toda, tanta, ilusão
E o peito, cremado, berrando
Diz, enfim, que chorou de emoção
Sabe, aqui, que tudo faz motivo
Quando a hora não é de moer
E o bordado, bordado agressivo
Sabe, enfim, n’outra mão se caber
E o sentido que ninguém achava
Escondido, no que era pra’si
Faz resposta, assim, intuitivo
Como se choro pudesse sorrir
Entre adeus, chegadas e meios
Prefere ter tudo onde possa ficar
Porque voltar, já não suficiente
Faz a dor calejada sarar
Mas fica inda batendo tão roxo
E assim ninguém volta a sua cor
Aprendido que o cadarço frouxo
Não segura nenhum caçador
E agora ela entende o momento
De agradecer somente a quem fica
Casa, ninho, asa que descansa
Quando ir não destrói o que habita
Quando o tempo não for mais o tempo
Quando a marca não mais desbotar
Ela vai terminar o bordado
Ela vai saber se podar
Porque horta, para crescer grande
Só se poda quando se rega
Quando o tempo não for mais o tempo
Ela vai enxergar quando cega
Quando tudo não for mais a tora
Quando a hora não for o seria
Toda cura será para agora
Todo precisar saberia
Pelo belo de (se) achar mais bonito
Dentro d’olho de quem faz caminho
Casa, tranca, risco na parede
Quando tempo não se faz sozinho
E ela vai saber ceder,
Vai pedir
Demorado
Quando o tempo não for mais o tempo
Finalmente não será (mais) calado
Que de tanto corpo sem vida
Parou de ter tempo para viver
Mas quando o tempo não for mais o tempo
Não terá tempo é para morrer.
(Vanessa Brunt)

Inserida por poeticos

⁠A morte.
A morte é uma história,
a morte é uma lenda.
A morte é uma passagem,
a morte é um fato.
Uma história que causa medo,
do outro, pavor.
Cada um tem um pensamento,
um comportamento, e a lenda já não assusta mais.
Não tanto. É uma passagem do tempo finito para o infinito.
É o momento em que se volta para o Sono Eterno, do antes do nascer.
É um fato: basta nascer para morrer.
Nunca ninguém viveu na hora do fato para dizer: eu vi a morte passar.

Inserida por luna_angelita

⁠A brevidade da vida.

Engana-se quem pensa que um texto com este titulo trata da morte, pois na verdade, exalta a vida.

Vale a pena se desgastar por tão pouco? Foi a indagação que Antônio Pedro se fez aos dezesseis anos de idade.

Encontrava caminhos para se esquivar de atritos, por mais que o mundo lhe desse mil motivos para desavenças, sempre lembrava de apenas um, para evità-las.

Não comprendia como muitos de seus amigos acumulavam ansiedade, mágoas e rancor, por discordias em assuntos banais.

Ficava perplexo ao ver a divisão promovida pelo amor a politica, e os grandes muros erguidos por religiões.

Observando a separação de amigos por fanatismos político e lamentando o afastamento de familiares, por compromissos religiosos.

Antônio Pedro, cresceu, formou-se, casou-se, mas sempre reservou tempo para visitas e telefonemas a sua família de origem.

Por trabalhar muito, tinha muito trabalho para conciliar o tempo que geria com maestria, e com qualidade cuidava de sua família que crecia.

Discordava de muita coisa que via, tentava ajudar, opinava, mas em sua boca, reclamação não havia.

O que lhe cabia, mudava, o que fugia de sua competência, apenas ignorava.

Sempre achava pontos de convergências, minimizava as divergências, um exímio Pacificador.

Perdia a paciência, mas não se manifestava antes de encontrá-la.

Amou, teve filhos e filhas, e netos depois, sem nunca furta-lhes sua presença.

Sabia que os melhores presentes são aqueles que o dinheiro não pode comprar, por isso, ensinamentos, presença e conselhos distribuia em abundância.

Quando alguém grita com você, significa que há problemas anteriores gritando dentro desta pessoa.

Não vale apena iguala-se, dependendo você pode atè oferecer ajuda, dizia Antônio Pedro.

Aprenda a separar a pessoa daquilo de mal ou errado que ela fez, é possível continuar gostando de alguém, sem gostar ou aprovar algo que fez.

Antônio Pedro, ensiva que acontecimentos ruins são imprevisíveis, mas a decisão està sempre conosco.

A dor pode ser inevitável, mas o sofrimento é uma escolha.

Se importar menos com o que os outros pensam, fazia parte de seus conselhos.

Antônio Pedro viveu, viveu e se aprofundou na velhice, dava aula de filosofia, sem formação acadêmica, lecionava sobre a vida.

Hoje em livros e em sua biografia, continua nos inspirando a fazer vale a pena nossa vida.

Vale a pena se estressar por tão pouco?

Inserida por JuniorOliveiraRJ

⁠A Arte da Morte

Olhei para a ampulheta
Com o tempo se esgotando,
Uma figura de luz clara
Se aproxima, serena, como se aquilo fosse de costume.

Quando o último grão de areia
Está prestes a cair,
Perguntei relutante:
"É o fim?"

Sorrindo, o ser vira a ampulheta
E diz, com voz suave:
"Sim, mas somente uma parte,
Bem-vindo a um novo recomeço."


Arthur Dias



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Inserida por ArthurDias

⁠A cruz é o poder de Deus para nós porque ela carrega tanto a morte como a ressurreição de Jesus Cristo. Esta é a fraqueza que é transformada em força.

Este é o poder que emana vida, e vida em abundância. Esta é a loucura do evangelho de poder que vem do céu por meio de uma manifestação do amor sincero de Deus por gente que não vale nada.

A loucura do evangelho de poder por pecadores está no amor, cujo significado é uma cruz onde o Jesus Nazareno se dá e se entrega livremente.

Inserida por alcindoalmeida

"Resiliência e Fé: Uma Jornada de Sobrevivência e Esperança"



⁠Flertar com a morte por mais de dois mil dias não é uma experiência que qualquer alma suporte sem cicatrizes profundas. Cada dia vivido, cada fôlego tomado, é uma vitória silenciosa, embora nem sempre celebrada. Em alguns momentos, a morte parece uma amante tentadora, sussurrando promessas de descanso e alívio. Ainda assim, não me deixei seduzir por ela.

Tenho um relacionamento regado pela fé com o Eterno, que, mesmo nos dias mais sombrios, não deixou de me embalar com promessas de dias melhores. Confesso que, em meio a esse caminho tortuoso, minha alma já se sentiu frágil, minha voz trêmula diante das tempestades internas. Mas fraqueza não é sinônimo de desistência.

Por mais que parecesse uma mulher fraca aos olhos de quem não conhece minhas batalhas, sou forte. Fui forte por mais de 48 mil horas. Tenho enfrentado um processo que parece infinito, mas sigo aqui — de pé, mesmo que com os joelhos trêmulos. Porque há algo em mim que se recusa a ceder, algo que insiste em acreditar que o amanhã pode ser melhor.

E assim sigo, um dia de cada vez, carregando cicatrizes que contam histórias, mas com a fé de que, ao final, a luz há de prevalecer sobre todas as sombras.



Inserida por Jorgeanesquivel

Desvelando a Morte: O Caír das Cortinas

A morte há de ser como
O cair das cortinas entre a cria e a criatura,
A parede invisível que nos separa da eternidade,
Podendo assim estar diante do Criador.

O rasgar do tecido fino que separa o agora do infinito,
Revelando a nudez do ser humano,
Deixando para trás todas as bagagens e tesouros
Que acumulamos em vida,
Mas que ali não têm utilidade alguma.

Nesse momento, tarde demais,
Percebe-se o quão fútil pode ser a vida,
E que talvez a morte não seja o problema.
Ela há de ser uma solução,
Uma passagem para o eterno e o desconhecido,
Onde o peso do viver finalmente se dissolve.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Sobre a morte:

A morte, para mim, é a mais inexorável das humilhações públicas, para outros, uma despedida. Contudo, ela se manifesta de diversas formas: como descanso diante de uma enfermidade incurável, comoção diante de fatalidades ou o colapso moral da traição que leva ao fim de casais e de suas vidas conturbadas. Na guerra, soldados são enaltecidos como heróis, muitas vezes sem justificativa, enquanto generais e políticos colhem honras em vida. No entanto, a morte se vulgariza, transformando o falecido em alvo de especulações e falações distorcidas durante o velório. O corpo, consumido pela lenta decomposição, traz lembranças vivas que se tornam apenas lamentos e choros. O funeral se revela uma convenção social desconfortável, à qual participo apenas com meus entes mais próximos.

Aos amigos que se foram, peço perdão. Prefiro guardar na memória seus rostos felizes e seus sorrisos alegres.

Aos que, covardemente, diante de dívidas e problemas pessoais que tolamente os levam a tirar a própria vida, sem esperar as coisas se resolverem, vejo isso como um estigma irreparável, deixando a família com a dor de uma perda irreversível e o peso do constrangimento social.

Pessoalmente, não gosto de velórios e, se pudesse, não compareceria nem ao meu, preferindo desaparecer sem deixar vestígios, ser consumido pelo fogo de uma pira ou, quem sabe, afundar nas águas do esquecimento do mar. Não desejo ser prisioneiro de uma lápide, pois, embora meu corpo se dissolva, meu legado e minha alma persistirão na memória daqueles que genuinamente compreenderam meus feitos e atitudes diante de como vejo o desprendimento da matéria.

Inserida por Renato_Sampaio

E Quando a Morte me Encontrar?

Desejo que a morte me encontre viva.
Porque viver é diferente de apenas existir.

Há tempos me pergunto o que é vida, pois o que tenho não passa de um eco vazio, uma sucessão de dias sem cor, sem pulsação. Se viver for apenas isso — sobreviver sem sentir — talvez o encontro com a morte não seja tão assustador.

Mas se ela demorar, que me encontre desperta, de alma incendiada, com olhos brilhando pelo peso e a beleza dos instantes. Que ela veja em mim alguém que, mesmo entre abismos, soube amar, sonhar e se permitir sentir.

Se a vida quiser me manter aqui, que me devolva o direito de ser plenamente viva.


Inserida por Jorgeanesquivel

⁠Anjo!
A morte me chamou, no acúmulo da angústia e do silêncio, totalmente entregue no momento de aflição,
foi quando despertei em um lapso, ela estava ali ao meu lado, me olhando com gratidão,
Porque EU tinha voltado daquela escuridão,

Por não ir, e ter voltado, ficado,
por não perder o que ainda não tinha conquistado,
ali estava ela, sorrindo e segurando a minha mão, e com os seus olhos de lágrimas, suas asas abertas, cheias de luz.
Más que não entendia, que já tinha cumprido a sua missão,

de manter vivo o meu coração,
Puro, bobo, ingênuo e ressignificado, cheio de marcas e cicatrizes, mas pronto para viver o Novo,
Ela me envolveu em seu amor, cuidado e afeto, me levou para longe do perigo e da dor, para um lugar de paz, de abrigo e calor,

mas e agora? Anjo, tem o livre arbítrio?
Anjo tem asas por conta do seu destino, a obrigação do que está escrito, deixando-me com a minha vida salva, e gratidão,
pela escolha de ser meu guardião, eu sei que ela não está no céu, tem ossos, carne, sangue, nervos, sentimentos, senti até dor, mas dentro do meu coração, será sempre a minha proteção,
Idolatria, afeto, seja o que for, não me importa interpretar o que é amor.
Eu deixaria a eternidade para retribuir com exatidão, a honestidade, a integridade e a mansidão, o que está escrito, a gente sente no coração,
Estou vendo neste momento “um” turbilhão de emoções, amor, raiva, odió e solidão, um pensamento gritando cheio de explosão,
Um dia eu a verei novamente? A terei novamente? Esperarei com atentamente, até lá, EU viverei dias após dias, com os meus leões, guardado com muito anseio dentro do meu coração,
por ela, o anjo que está aqui no meu peito, me salvou da escuridão.
Até fechar meus olhos, vou lembrar com exatidão, cada segundo que você cuidou do meu coração,
Por você, me apaixonei, anjo da minha salvação. Você está indo embora, mas Deus sabe das minhas orações!
Anjo, eu trocaria eternidade para retribuir com exatidão, o meu amor sem maldade, interesse, que esta guardado dentro do meu coração.
As. Júnior Gonçalves

Inserida por JrGoncalves

⁠E a própria morte, "o último inimigo" do homem, será destruída pela ressurreição. No momento em que ouvirmos a voz do arcanjo e a trombeta de Deus, "então será cumprido o que está escrito: tragada foi a morte na vitória". “Este corpo corruptível será revestido da incorruptibilidade, este corpo mortal será revestido da imortalidade” e o Filho de Deus manifesto nas nuvens do céu destruirá esta última obra do diabo!

John Wesley -Sermões O objetivo da vinda de Cristo, III, 2-5 (J, VI, 275-76).

Inserida por VerbosdoVerbo

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