Textos Monotonia
Um amor plantado há muito tempo não escapa de ter os galhos espalhados pela monotonia da vida e destes, alguns estão sequinhos de amizade, as folhas murchas de iniciativas, com fungos de falta de atenção, outros com tantas flores de mesmice que o caule mal sustenta. Bom é seguir pelas extremidades das lembranças até encontrar a raiz. Lembrar quando foi plantada a semente, a primeira vez que foi regada, a primeira folha, as primeiras flores, o primeiro inverno, e neste retorno de lembranças descobrir o tamanho ideal que este amor deve ter para ser forte de novo. Neste momento então, podas se farão necessárias. Mas se a terra foi bem adubada com respeito e momentos de alegria, felicidade as raízes são fortes. Assim, logo após os primeiros cortes de monotonia, a cumplicidade fará brotar iniciativas como conversar, contar, mostrar e fazer. E assim, com galhos mais curtos, mais próximos da raiz, mais perto do coração a primavera chegará mais rápido trazendo novas folhas de sentimentos e flores lindas de amor que esquecidas estavam adormecidas.
Muitas vezes reclamamos da monotonia, que nossa vida não muda, que isso, que aquilo, mas nem ao menos tentamos dar um passo para que tudo mude. Quando estiver passando um momento ruim pense em coisas boas, de um passo para que esse momento não seja o lamento maior de seu dia. Que possamos dar ao menos um passo para que tudo melhore.
A paixão foi inventada para quebrar a rotina da vida. Imagine como seria tal monotonia se em vez de se apaixonar, quando dois olhares se encontrassem, o sangue fervesse e os lábios tivessem uma imensa vontade de ficarem juntos...chamassem isto de, por exemplo, “equilíbrio”? Então alguém lhe perguntaria: O que houve? E você responderia: Estou equilibrado! A paixão surgiu para desestabilizar a monotonia, confundir os sentidos e principalmente, para não ser explicada, ser vivida desequilibradamente!
Embora minha vida seja hoje um mar de monotonia, minha mente ferve como o magma de um vulcão em erupção. Eu poderia apenas ficar ouvindo a Joplin e bebendo um vinho, deixando assim toda lava descer. Escorrer pelo meu rosto e virar rocha, como sempre. E adormecer de novo por mais um dia, um mês, um ano.
Sua monotonia me deixa inquieta, mas sem pressa tudo vai acontecendo. Mesmo sem entender, sem ter um por que, tudo vai dar certo! E se eu não te ter, vou tentar te esquecer e se isso eu não conseguir fazer, vou morrer aos poucos sem ao menos querer perceber! A saudade me corrói quando não te vejo ou falo contigo, quero ser mais que amiga, mas se é assim que queres serás atendida, não haverão partidas, nem adeuses, muito menos despedidas, apenas um até logo de quem não se encontra em si e sim, perdida.
Na mesma intensidade, na mesma sintonia, os mesmos sintomas, hoje sem monotonia. Apenas o tédio casual que insiste em adormecer o o corpo deixando preguiçoso um dia inteiro. Na mente a sensação de proximidade, embora os corpos não estejam ocupando o mesmo espaço! De certo a vida nos prega peças, mas, também nos trazem sorrisos! Sorrir faz bem, tudo ficará bem! pois nem os temporais duram para sempre, nem a chuva fria de novembro!
“Fiquei tão confusa, você uma hora vem e depois quer ir de novo, mas essa monotonia têm que chegar no fim, eu não posso ficar deixando minha vida passar, só porque eu estou te esperando. Acho que o nosso “feliz para sempre” não é como nos contos de fadas, vai ser sempre um pra cada lado.”
É Verdade todas as Igrejas Evangélicas Hoje Vivem uma Monotonia de Pregar o Evangelho, Nada de Renovação Espiritual, Nada de Diferente, O Evangelho está todo Capitalizado e nem Evangelização Existe Mais... A Verdade é que a Igreja Morreu. E a Igreja Tornou-se cada Pessoa em Si, Assim diz o Evangelho cada um Dará Conta de si Mesmo.
Detesto múmias ambulantes, com cara de todo dia, sem energia, nem de luz de vela. Gente velha desde que nasceu, que parece que nem comeu. Azeda, comum, mofada. Que não se indigna com nada. Aquela leseira ambulante, constante. feito barco a deriva, folha levada pelo vento, pelos acontecimentos. Consumidora de oxigênio, ocupadora de espaço. Que vai embora e ninguém percebe, chega e ninguém nota, não se excede, não esquenta a cadeira, pela metade, nem ao menos. Gente que só muda de cara, corpo, endereço. Roupa que em qualquer um caberia, tamanho único, chave mestra. Que não improvisa, não inventa, só representa, passa pelos dias.
As palavras dizem também outras coisas quando enunciam o que enunciam, (...) “eu te amo” nem sempre é um incêndio, infinitas vezes é monotonia, o que vai do coração à língua perde muito de sua seiva no caminho, como a água é menos água entre o copo e a boca, o mel é menos mel no percurso do pólen ao favo.