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⁠O DOMADOR DOS QUATRO VENTOS

O que querem de mim quatro ventos?
Escadear os meus brios?

Certamente que não me farão ficar nu diante dos meus próprios ossos...
Antes, sabeis que guardo garbos no banco da minha ancestralidade.
Onde vós não tereis mais o acesso como naqueles tempos em que roubardes os valores morais escondidos nas melenas dos meus velhos homens e mulheres de mim mesmo.

Sim, meus velhos de mim mesmo, pois se não foceis vós, os esculpidores deste meu eu de antes, o eu de hoje, não seria este ninguém dos meus ancestrais.

Vós sois os quatro ventos do caos, eu bem sei...
Vós sois diabólicos? Então, tanto quanto eu...

Eu que me caotizo inteiro, em busca dessas partes que me foram roubadas.
As perdi por conta dos mesmos ventos que eu mesmo sou capaz de soprar.

Tenho as minhas narinas livres e incendiadas pelo primeiro elemento que me ergueu da terra. Sim, eu era um pequeno e enorme ser capaz de causar ventanias tão intensas que mudaram os rumos de vós - oh quatro ventos.

Oh demônio, que vento dos quintos!
Oh Céus, oh Deus, oh deuses!

Que diabos de ventos são esses que me arrancam do meu lugar de conforto e me jogam em territórios tão fartos de mim mesmo...

E eu, o que farei, me farto de tempo e de espaço, e me eternizo nas quatro direções para então ser um domador dos quatro ventos?

Eis que agora vêm estes quatro ventos...
Lisonjear-me-ão estranhamente como se fossem meus velhos que se foram pelas ventanias dos tempos.
Que me doem estranhamente porque me cobram direções que não são minhas.
Que me arrastam para estranhos territórios que eu se quero conheço, que muito menos desconheço, exatamente porque são seus em mim.
E assim, vós, 4 ventos, me jogam para lá e para cá...

E eu, que me considero um causador de outros ventos...
Eu, que os enfrento com toda a minha estranha estupidez genuína que se quer é tão somente minha.

Eu os enfrento com os meus próprios temporais, porque os identifico como uma afronta, exatamente para escadear os meus brios.
Que importa isso...

Eu posso desenvolver outras honras ocultas e escondê-las de vós na minha ancestralidade inseminando todos os óvulos da minha própria curiosidade com o meu modo de bajular os meus próprios estranhos sagrados e a minha capacidade de construir deuses em larga escala.

E quando vós menos esperardes, surpreendê-los-ei na curva dos ventos, e amansá-los-ei com o meu próprio canto, com o meu assovio misterioso grifo, ou um sátiro divino da floresta que veio para inseminar ideias em larga escala.

Quem sois vós? Quatro ventos? Sois os versos, as rimas das quatro direções?

Pois saibam que eu não vos temo, bajulem-me o quanto quiserdes.
Porém, cuidado, evaporo-me, e transformo-me em essência.

Eclipsar-me-ei dentro do meu próprio bojo de ancestralidade, e incorporar-me-ei a vós, 4 ventos, e vos contaminarei com o meu próprio veneno de Eva e da Adão, de caos e de cosmo, do bem e do mal, herdado do meu Eden.
Eu sou o cupido do pecado sagrado que balança vos balança, oh quatro ventos que sois eu em movimento.


E num instante qualquer eu vos falo das coisas que eu sei de milhões de anos atrás e cavalgo em cada um de vós como um verdadeiro cavalariano, o ogum que sou.

Amanso-vos, um-a-a-um, em mim mesmo...
Só por amá-los de alguma forma estranhamente platónica.

Pois vos nego enquanto a minha inconsciência vos atrai como se fosseis meus próprios fósseis.

Será que vós sois realmente os velhos homens e mulheres que estão a roubar-me brios ou afagos?
Ou porque vós sois EU também...

Agora, amansados, devolvam-me os meus brios.
Estes brios são de meus velhos homens e mulheres por quem eu sinto muito!
Vós sois os quatro ventos, eu sei...
Muito prazer!

Raras as vezes eu vos rezo, normalmente sempre que me transformo em fogo e vos aqueço com a minha capacidade de me incendiar inteiro de essências combustivas o suficiente para queimar as quinquilharias dos resíduos produzidos pelos meus cárceres privados.

Quase sempre faço isso sem perceber e muito menos sentir o cheiro da fumaça daquilo que queima e que se transforma em minerais novamente nessa loucura incrível que é existir plenamente.
Eu sou a ventania!
Vós sois os quatro ventos, sim, eu sei...

Mas eu sou a ventania os redemoinhos na cabeça do meu próprio sagrado, que ondula os meus próprios brios.
Eu sou o sinal avesso, o que deixa claro que não cabe...
Sou aquele enorme redemoinho nas cabeleiras do meu próprio deus
Sim, sou eu, sou capaz de girar todas essas coisas, desde o caos até ao cosmo.

Eu sou o domador de ventos!
Sim, sou domado pelos ventos, pois eu sou todos estes homens e mulheres de mim mesmo.
Eu sou esse todo!
Eu sou tudo!

Eu estou cavalgando nos quatro ventos, mesmo que dilacerado em quatro partes, quatro corpos e que cada uma dessas partes esteja em uma das quatro direções.

Eu juntarei cada uma dessas quatro partes, agitando os meus quatro elementos dentro de mim mesmo.
Sim, farei grandes agitações, pois o meu destino é retornar ao centro, inteiro, com todas as partes de ancestralidades de mim que foram arremessadas às quatro direções.

O centro cósmico é o meu lugar!
Não serei mais apenas esse fogo louco que sou!
Serei um grande aglomerado de forças!

Uma junção de Fogo, de Terra, de Água e de Ar que serei!
E como uma graça de um deus que eu mesmo criei ainda quando eu era o meu próprio ancestral, meu velho, minha velha, eu explicarei o meu próprio “bio”, pelo meu próprio “brio” ou não me chamo domador dos quatro ventos...
Voltarei ao núcleo de onde eu me originei sozinho, assim como os meus velhos homens e mulheres de mim mesmo!

Todos como pobres demônios originando-se para se dilacerarem e serem arremessados nas quatro direções, e contarem com a boa sorte de possíveis bons ventos.

Meu pobre destino que ironia mais incana e essa?

De tanta dor pela minha própria dilaceração, mais tarde eu mesmo criei um deus que deveria me adorar...
Mas tão logo criado, a criatura me exigiu adoração, servidão e me expulsou das minhas zonas de conforto, me proibindo de ter os meus próprios prazeres.

Oh céus que diabos que eu criei?
Se criei um deus, acabei criando também um diabo para que fosse por deus enviado a mim para me torturar?
Isso é profano demais!

Então eu dividi esse deus comigo mesmo lá no futuro.
Apostei na possiblidade de que esse meu deus também se tornasse tão divino como eu era.

E advinha, deus meu ganhou céus e terra, e eu me tornei a sua criatura.
Com o tempo esse deus se tornou minha grande inspiração, consagrando-se como divino tanto quanto o cosmo de onde eu me originei.
Esse deus saiu da minha própria carne, mas isso não foi de agora...
A minha carne lembra de tudo isso...

As vezes ainda sinto a dor da dilaceração que me ocorreu por conta dos invasores, os seres de outros mundos, infernos talvez, quando eu fiz a doação de órgãos para que deus fosse criado de mim mesmo.
Depois disso eu fiquei um ser que lagrimeja versos e poesias.

Será que é falta dos órgãos que me foram retirados para a composição de meu deus?
Ou será que é esse deus criado por mim mesmo que tem a capacidade de me inspirar?
Sim, eu não sei a resposta!

Meu Éden nunca mais deixou de ser um caos...
Parece que foi ontem que tudo isso aconteceu!

As vezes eu choro de saudade dessas partes dilaceradas em mim...

De uma coisa eu tenho plena incerteza; de meus ancestrais sobraram apenas estes pobres ossos resmunguentos que morrem de medo de perderem seus brios pelas travessuras e dos atrevimentos destes quatro ventos. Os demais, todos evaporaram como se nunca tivessem existido, como se fossem uma só essência, sabe, uma espécie de fragrância que acabou sendo atraída pelos cabelos ou pelos poros do deus criado, e desde então ele se tornou o criador de tudo.

Dizem por aí, nas esquinas do Eden que a força, a capacidade de criação de deus vem exatamente disso...
Dizem que é exatamente dessa essência dos meus ancestrais que tudo tem origem, que o tal deus é só rótulo desse aglomerado de amor que esses meus ancestrais sempre tiveram.

Reconheço-me forte e fraco com estes ossos e ao mesmo tempo com saudades dos amores ancestrais que evaporaram, como se não bastasse as dores da amputação de meus órgãos para a criação do deus.

Talvez seja apenas impressões de mim mesmo ou dos meus ancestrais, como pode doer um órgão que eu nem se quer lembro de ter?
O que mais me faz falta é a minha terceira visão, dessa eu acho que lembro sim, mesmo não a tento em mim, as vezes ela se revela e me leva a ver coisas de outros mundos.
Que isso fique aqui, cá entre nós, não se atrevam espalhar isso aos céus e terra...

Aqui por enquanto, falar disso é insanidade, estão novamente prendendo os que veem essas coisas, sim, e o tratamento a eles é de “chocar”.
Veja como é cruel nascer do acaso?

Recomponho-me quando caio em consciência de que essas partes arrancadas de mim serviram para criar um ser que se tornou divino.
Por isso sou a imagem e a semelhança de deus...
Foi de mim mesmo que ele nasceu.

Ele é o meu filho amado, o que virá de mim, depois que eu vencer os meus dragões e fazer com que os meus ossos possam também evaporar.
E lá nos cabelos ou nos poros de deus eu estarei oferecendo-lhe o melhor que há em mim...
Enquanto isso não chega, e nada chega ou basta!
Inquietação, é a profanação dos meus velhos homens e mulheres de mim mesmo, pois deles me sobraram apenas o que sobra nos ossos, ritos, mitos, crenças e doenças.

Dos bons nem ouvi falar, pois que nunca quiseram deixar qualquer rastro de existência ou de personalidades.
E eu que escolhi seguir a passos largos os exemplos dos meus próprios ossos.

Porque é tão difícil abandonar os meus brios?
Porque são ossos do meu sagrado oficio?
Acalento-me aqui, então, falando com os meus brios que nunca me abandonaram...

E quanto a vós, quatro ventos, fosseis os grandes percursores de tudo isso?
Pois bem!
Junto-me a vós recolho-me nas minhas esperanças de voltar ao meu centro.
Não mais como domador dos quatro ventos.

Talvez como domador das minhas próprias tempestades.
Provavelmente for exatamente isso que o meu deus tenha feito tão rapidamente!
Farei isso então!

Serei como um ogum de mim mesmo!
Vencendo os meus próprios dragões.
Salve os quatro ventos!

Autor: Pedro Alexandre
26 de agosto de 2021.

Inserida por pedro_de_alexandre

⁠DUALIDADE

Às vezes sou um verso inacabado
Em outras um poema inteiro
Sou silêncio
Também sou grito
Há dias que sou apenas uma nota
Em outros uma sinfonia
Posso ser cinza
Colorida
Nua
Ou vestida
Às vezes sou jardim
Ou só um botão
Acho que é melhor assim
Morreria se coubesse em um padrão.

Inserida por ElisBarroso

⁠Não tenho mais interesse em encontrar esse tal de amor da vida.
Cansei.
É uma busca chata.
Me fadiga.
Quando eu decido amar eu lanço-me por completo, sabe?!
Eu mando cartas, eu faço versos.
Eu faço bolo, café, eu preparo a mesa e o coração.
É farto, como tudo dentro de mim.
Eu tenho uma loba na alma que não dorme nunca.
Ela não descansa e nem me deixa descansar.
E ela que ama
Eu não
Eu quero amar a xicara de café, quente.
Eu até tolero café morno, mas pessoas não. Pessoas precisam ser quentes.
[Café também, pensando bem.]
Eu quero amar a brisa da manhã.
Eu quero amar a lua que nunca será monogâmica e mesmo assim ela consegue ser recíproca.
Pessoas não, de pessoas eu cansei.
Talvez eu esteja mentindo. Não sei.

Inserida por suspirandoversos

⁠Acordou antes do sol.
Tomou café e banho quentes.
Acariciou e foi acariciada pelo amor.
Sorriu para si mesma.
Ignorou os ruídos do mundo.
Vestiu-se de flores e cores.
Apagou todos os números da agenda.
Perfumou-se com gotas de laranja, flores do campo e brisa.
Apartou-se das ilusões transitórias de outrora.
Pegou caneta e papel e fez o seu bilhete e o deixou na janela:
- FUI SER FELIZ E NÃO VOLTO.

Inserida por suspirandoversos

⁠É assim, quanto mais eu me sinto pronta pra vida, mais ela me abraça.
O compasso nunca foi tão certo.
O que era incerto já não existe.
Deixei pra trás.
Meus passos têm pressa.
Mas ao mesmo tempo eles correm devagar, mas com propósito, com direção.
Nunca fui tão exata como agora.
E também nunca fui tão grata.
O processo não é tão simples assim; regado de medos e infortúnios, as nossas estações são metamorfoses necessárias.
Não sei, de verdade, não sei quem vai estar comigo até o fim.
Quiçá, se estarei acompanhada ou só.
Mas de uma coisa eu tenho certeza: beijarei na testa todos aqueles que respeitaram meu florescer.
Até mesmo no meu outono particular, onde fui um pouco fria, indiferente, insegura e raivosa, eles estavam lá segurando minha mão.
Vendo minhas fraquezas sem duvidar da minha força.
É tão bonito olhar pra dentro, porque a gente não vê beleza em tudo, mas a gente vê a gente exatamente como a gente é, e, mesmo sabendo das imperfeições a gente sabe que as nossas raízes mais profundas, onde guardamos o DNA da nossa verdade, ali a gente é amor.

Inserida por suspirandoversos

⁠Sabe, eu acredito nisso que a gente sente. Eu acredito na simetria dos gestos e dos afetos que se perdem na infinitude do sentir.
Mas, acima de tudo, eu acredito na gente. Nesse formato bobo de gostar.
- Dorme bem!
- Você também!
Eu acredito na entrega sem reservas, no desejo mútuo.
- Me beija?
- Beijo!
Eu acredito nas palavras ditas com carinho e cuidado. E acredito no silêncio que afaga com o olhar.
Sabe, eu também acredito no medo. Medo de ser pouco. Medo de ser muito. Medo do medo só pelo medo.
E é assim, eu vivo de acreditar, que, é um dia de cada vez que faz o calendário inteiro. E aprendo, entre um oi e um adeus, que não adianta nada passar a vida regando cactos se a gente sabe que deles nunca vamos colher flores.
Mas eu só descobri isso depois que vi que o amor não é uma só estação, ele é feito de primavera, mas também de verão. E a gente precisa descobrir quem está disposto a suportar o nosso outono e o inverno, aí sim, a gente vê brotar a semente daquilo que vamos chamar de amor da vida da gente.

Inserida por suspirandoversos

⁠Eu nasci num recanto diferente
Onde a paz triunfante é quem comanda
Mas se a chuva não vem ela desanda
Da maneira que está ultimamente
Mas meu sangue é de um povo persistente
E ao invés de ficar desesperada
Digo a Deus; meu Senhor muito obrigada
Tenho orgulho daqui desse meu chão
Eu nasci na caatinga do sertão
Uma terra por Deus abençoada.

Inserida por GVM

⁠Desistir jamais...

Enfrentar caminhos tortuosos tropeçando, caindo, muitas vezes se machucando, mas levantando- se de cabeça erguida. Embora sem sequer saber onde será a parada final. O cançasso, o desânimo não pode vencer um guerreiro, mesmo não sabendo onde chegar, não desiste da sua fé e esperança. Acreditando que um sonho poderá ser reaizado, até mesmo quando se está chegando no fim.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠"EM BUSCA DE MIM"
Minhas obras preenchem minhas horas com positividade, paz, harmonia e amor. Purifica minha alma, liberta minha mente ao dissipar mágoas, rancores, dissabores etc..., fazendo meu coração pulsar serenamente, para enfrentar caminhos tortuosos em busca dos meus propósitos..

Inserida por sergiocancioneiro

"MAS BÁH! COMO EU GOSTO DOS BICHOS"
Enquanto o minuano furioso guasqueia o oitão
E esparrama sua fúria pelas frestas do galpão
⁠Eu mateio solito à beira de um fogo de chão
E o cusco tremendo de frio me puxa um tição
E o matungo velho lá na baia dá um relincho
Então me lembro dos meus cambichos
Que se foram a lá cria por conta dos meus caprichos
Más Báh! tchê, como é bom lidar com os bichos
Depois do mate uma bóia e pros pelegos me vou
Tenho cavalo, cachorro, galinha, só uma china faltou
Mas pensando bem à última que aqui comigo morou
Era danada nem pros meus bichos ela prestou
Por isso eu cada vez mais pros bichos valor eu dou.

Inserida por sergiocancioneiro

"Velho Fogão"⁠
Num ranchinho de torrão...
Coberto por santa-fé...
Caçarola no fogão...
Eu sei bem como é.

Um cantinho sagrado...
Chaleira de ferro e frigideira...
Um mate bem sevado...
Proseando com a companheira.

O minuano atrevido...
O rancho rondando...
E bem aquecido...
A gente nem tá se importando.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠EU DISSE
Eu disse à você que sonho
estar ao seu lado.
Esta poesia eu a fiz de
madrugada, onde em sonho
contigo estava.
Se eu fosse postar o que faço
para você , encheria a minha
página de versos ,
todos teus.
Me inspiras tanto, que dessa
doce inspiração sairíam versos
ditos, não pelo pensamento,
mas pelo coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente

Inserida por RoldaoAires

"PAIXÃO ASSOMBRADA"
Quando chega a tardinha
Bem na hora do mate
A saudade me bate
De ti prenda minha
Os teus passos escuto⁠
Em minha direção
Mas é só ilusão
Silêncio absoluto

Sentadito mateando
Na varanda solito
De repente eu sinto
Que alguém tá chegando
Mas é só impressão
A casa está vazia
É só fantasia
Coisas do coração

E na hora da ceia
Teu lugar tá vazio
Me dá um calario
E me vem a tristeza
E então me levanto
E vou pro meu quarto
Na parede teu retrato
E tuas coisas num canto

E me atiro na cama
Dou um pulo e me assusto
É porque eu escuto
Tua voz que me chama
A casa até parece
Que está assombrada
Ouço tua risada
Depois desaparece

O meu corpo estremece
E me ponho de joelhos
E na frente do espelho
Eu rezo uma prece.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠"EU TE FIZ MINHA AMADA"
Quando a tarde vai sumindo
E a tarde vem chegando
Eu estou vindo da lida
Tranquilo assoviando
Minha prenda lá no rancho
Com o mate me esperando
Enquanto apronta a bóia
A gente mateia proseando.

Eu te ensinei prenda minha
Ser por mim apaixonada
Com amor carinho e respeito
Eu te fiz minha amada
Com carinho amor e respeito
Eu te fiz minha amada
Eu te ensinei prenda minha
Ser por mim apaixonada.

De manhã quando levanto
Ela vem junto comigo
Depois do mate um bom café
Feliz pra lida eu sigo
Cumprindo com meu dever
Como é bom viver contigo
Sou um homem orgulhoso
Em ser parceiro e teu amigo.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠Escrevo

Escrevo.
Escrevo pra sobreviver de noites mal dormidas.
Narro meus dias.
Narro-os pra não me esquecer das tristezas nem das alegrias.
Conto sobre mim.
Conto sobre os outros.
Conto que os amores não são poucos.
Descrevo.
Descrevo o que os meus olhos veem.
Descrevo porque não quero que nada se apague de minha memoria.
Tão solúvel.
E os dias passam.
Alguns lentamente demais.
Outros tão normais.
escrevo pra sobreviver…
sobreviver a essas águas que querem pra sempre me varrer do mapa.
Escrevo pra tornar visível ese fio da minha vida.
Escrevo pra destatuar a dor da minha alma.
Escrevo pois só a escrita me acalma.

Inserida por RosangelaCalza

O PASSADO DE NÓS DOIS

Morena linda fui cruel comigo mesmo
Joguei a esmo o amor que tu me deu
O tempo me mostra a razão que perdi
Tudo de ti que hoje seria meu.

E foi domingo numa penca de cancha reta
Que fiquei quase pateta com tanta beleza
Uma linda flor vermelha nos longos cabelos negros
Eu me vi nos olhos verdes dádiva da natureza

Hoje se passa um filme na minha mente
O dia em que a gente foi um para cada lado
Aquele dia ficou gravado na minha memória
E em toda essa história somente eu fui o culpado.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠"PAIXÃO VIRTUAL"
Meu coração se apaixonou
Por uma amiga virtual
Um sentimento que surgiu
Em uma rede social
Nas páginas da internet
Uma amizade casual
Mas agora estou amando
Veja lá no meu mural.

No facebook e instagran
Os amigos podem ver
Pelas postagens que faço
Todos podem perceber
Quem é o meu grande amor
Deixo claro de entender
Porque falar pra ela
Falta coragem pra dizer
Porque eu receio muito
Que ela pode se ofender
E essa amizade em amor
Talvez não vai compreender.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠"VIDA NOTURNA"
Busco na vida noturna
Alento pra meu coração
Só numa casa vazia
Aumentando cada dia
Minha cruel solidão
Buscando em outras bocas
Os beijos que não são teus
E também por outros corpos
Desejos que não são meus.

Sinto na vida noturna
Prazer que não posso dar
Desejos e fantasias
Com as mais belas gurias
Não consigo realizar
Quando beijo outros lábios
Não tem o sabor dos teus beijos
E quando eu faço amor
Não sinto os mesmos desejos.

Busco na vida noturna
Um disfarce simplesmente
Tu não pode ser mais minha
E levou tudo o que eu tinha
Isso não sai da minha mente
Na vida noturna então
Vou curtindo o que vier
Me entregando a ilusão
Nos braços de outra qualquer.

Na vida noturna encontro
Razões para te esquecer
Esta solidão me assusta
Situação que não é justa
Transtornando o meu ser
Nas noites busco viver
E o meu destino seguir
Também para diminuir
Um pouco do meu sofrer.

Inserida por sergiocancioneiro

⁠⁠"AH! SAUDADE"
AH! Saudade, me distraiu um pouco fazendo com que minhas lágrimas caíssem, com saudade daquela que deitava ao meu lado e no meu peito se aconchegava.
AH! Saudade, do chocolate, do sorvete até mesmo daquela revistaria na rodoviária, que já não existe mais. As vezes fecho os meus olhos e te vejo com teu vestido verde bordado.
AH! Saudade, que sustenta o vazio dos meus dias, me prendendo com lembranças, sorrisos, lugares, sentimentos, impasses sem me entender.
AH! Saudade, que um belo dia descobri que te amava de verdade, as vezes assistindo um filme, escrevendo uma frase, escutando uma música e quase dormindo, costumo me lembrar de ti, e tudo é motivo pra lembrar o quanto tu me faz falta.

Inserida por sergiocancioneiro

"REFLEXÃO e DECISÃO"⁠
Depois de tanto pensar e fazer pelos outros, e esquecer de mim,
eu resolvi agir da seguinte maneira: Amo pra também ser amado, respeito pra ser respeitado, valorizo pra também ser valorizado, liberdade pra ambos, direitos e deveres divididos, o que pode um pode o outro:
Só assim me sinto feliz e realizado, e talvez eu possa fazer o mesmo com alguém que eu esteja me relacionando.

Inserida por sergiocancioneiro