Textos de Saudade do Pai q Morreu
Mande um sinal
A noite está indo embora e o dia amanhecendo,
E eu ainda estou aqui pensando em como não pensar em você,
Chama no Mensager, WhatsApp ou mesmo apenas manda uma mensagem qualquer de bom dia,
Deixa, deixa eu saber que você também está pensando em mim,
Deixa o meu coração brilhar de felicidade em magina o seu sorriso nesta manhã,
Te quero como se nunca pudesse haver um outro amor,
Mas que te querer é o desejo de te abraçar,
Sentir o seu perfume,
Por mais distante que esteja eu sinto o seu calor no meu corpo,
Sinto que falta algo em mim que me faz os olhos se encherem de lágrimas ao imaginar e lembrar que a melhor parte da minha vida não está aqui agora ao meu lado,
Eu sinto um arrepio ao tocar a guitarra e as vibrações dos acordes tocarem a minha pele como se fosse seus dedos acariciando o meu corpo lentamente,
Devia ser loucura ou amor misturar saudade com emoção nesta manhã,
E esta mistura de tristeza com alegria que me faz fechar os olhos e sentir sua presença distante,
E se eu for para bem longe para esquecer ou apenas aprender a viver sem respirar profundamente ao vê-la nas fotos da galeria do celular,
E se eu apenas esperar, esperar você,
Não, não posso, não posso mais nem um segundo viver sem você,
Meu coração se recusa compreender o meu mundo sem os seus sorrisos,
Quero aprender mais sobre você a cada um novo amanhecer e sonhar ao anoitecer,
Uma noite apenas eu e você numa louca aventura,
Uma vida ao seu lado e nada mais,
Apenas me chame,
Apenas mande uma mensagem qualquer,
Apenas deixa eu saber que você está aí,
Apenas de um sinal de amor, sinal meu amor,
Apenas um sinal.
Autor: Jonathas Nogueira da Silva
O TEMPO
"Quantas habilidades tem o tempo...
Tem a função da esperança...
Tem a função da calmaria...
Há quem sofra de ansiedade com a sensação que parou no tempo ou que o tempo parou...
Mas há quem aprenda com o tempo...
Aprende que em tempo tudo tem seu tempo, no tempo certo...
O tempo que não volta e aquele que se eterniza...
O tempo que cura a dor, ameniza a ferida, fecha portas e abre caminhos...
Aquele tempo em que a tristeza dá lugar a saudade...
Aquele tempo em que a incerteza dá lugar a fé...
Aquele tempo em que a luz toma o lugar da escuridão...
O tempo que nos ajuda a entender o começo, o meio e o fim de um tempo...
Porque o tempo que foi não volta mais...
O tempo que está é presente de Deus...
O tempo que virá está na eternidade de cada momento...
Na eternidade de cada ser...
Na continuidade de uma vida em eternidade..."
Sinto saudades de ti
Sinto saudades dos nossos beijos
Sinto saudades da tua cara de bravo
Sinto saudades da tua facilidade
em me irritar
Sinto saudades dos nossos orgasmos
Saudades e saudades
Eu sofro com ela
Eu vivo com ela
Mas eu só a sinto
E isso me faz seguir
Pois já senti isso antes
"Quem nunca sentiu a dor da saudade, ainda é virgem de amor"
Embriaguez...
No breu das madrugadas,
no silêncio das coisas,
teimo te encontrar e divago...
...e do passado te trago
e em saudades naufrago...
...e em versos de amor me alago
e neles, ainda te venero e afago...
...e no silêncio das coisas,
de vãs e tolas esperanças
então, me embriago...
(ania)
" Sadudades "
Quando lembramos de coisas que nos fazem felizes, nós sentimos saudades.
Sentimos saudades quando lembramos da nossa felicidade no passado.
Dos nossos entes queridos que já partiram.
As vezes de um inicio de namoro, dos momentos de infância, coisas na adolescência.
Saudades de pessoas que trabalharam e estudaram conosco, que nos fizeram felizes, deixando saudades.
Tem momentos de nossa vida que sentimos saudade por alguma coisa.
Veja dentro do meu ser.
Veja essa imensidão de flores com poucos cuidados.
Veja nesse céu tão cinza que chove a dias.
Veja lá no horizonte o sol se pôr.
Veja ao seu redor lugares que eu já frequentei e você também.
Veja como eu vejo um lugar lindo, porém, desconhecido.
Onde estamos? ...
Você poderia morar aqui? ...
Será que te faria bem? ...
Esse cheiro de rosas, são o cheiro do amor que você deixou.
Esse calor? Não é o sol ... É o que você provoca ao me visitar.
Volte mais vezes aqui.
Ou me leve no seu mundo...
Como é o seu mundo? ...
É um lugar onde no horizonte existe pessoas felizes?
Ou você já está nesse lugar e não tem horizontes para vê?
Você sente os cheiros das rosas?
Suas rosas tem poucos cuidados como as minhas?
Não se preocupe, a essência delas que contam.
Você costuma sentir o calor do sol?
Bom, agora você sempre irá sentir, afinal eu sempre vou te visitar.
Venha comigo... Vou te mostrar mas desse lugar.
Não tenha medo está vendo aquelas pessoas dando risada lá longe?...
Então, são as pessoas que já me visitaram... Elas as vezes voltam aqui... mesmo que seja muito breve.
Para você entrar no meu mundo não é difícil, e também é grátis sabia?
Você só precisa fechar seus olhos...
Sentir o amor te dominar...
E lembrar de tudo que já te fiz em troca de um simples sorriso seu.
E quando você menos perceber, estará aqui comigo...
Mas não seja igual as pessoas que eu falei lá longe...
Aquelas que dão risada e me visitam brevemente...
Quando você estiver aqui dê muita risada, mas não seja breve... Fique o máximo que poder.
Por que com você aqui meu mundo será diferente, o sol terá mais calor... Minhas flores podem voltar a ter o brilho de antes... Meu céu pode parar de chover e abrir um belo arco-íris.
Mas a melhor parte? Não é nenhuma dessas...
A melhor parte é que você trouxe para mim um novo cheiro de rosas...
GRILHÃO
Por que hei, desta solidão, o memorial
Por que hei, do silêncio, o chamamento
Se o caminho tem o seu início e o final
E o fado nunca é só descontentamento
Fosse possível ser apenas um ato fatal
Depois de tanto e tanto aborrecimento
A vida seria apenas passagem acidental
E no acaso não teríamos o sentimento...
Vária lembrança no tempo, nunca lento
De vias que nos parecia uma eternidade
E que nos foi reservado no esquecimento
Por que? Me encadeias sem piedade
No grilhão do vil ignoto e do tormento
No cárcere dum martírio da saudade?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
DOCE DESPEDIDA
Hoje vou deixar nosso amor morrer com poesia
Escorrer dos olhos todo desmedido
Encontrar beleza no que me fez perdido
Transbordar do peito límpido e sereno
Toda essa agonia que me corrói por dentro.
Hoje sorrirei com tranquilidade
Pingando a saudade banhando os lençóis
Nessa terna beleza
De candura e singeleza
Derretendo a tristeza
Da tão atroz partida.
Hoje vou valsar bem leve
A inquietude que o momento pede
Cantarolar suave
Enquanto minh`alma se abre
Transformando em música toda essa dor.
Nessa leve despedida vou seguir a vida
Vazando a tristeza
Levando a certeza
Que é assim que se faz.
No fundo ele é o mesmo menino que fugiu pela janela, que deixou marca de queimado no chão do quarto e que fingia ir dormir quando a vó mandava, mas continuava acordado.
É o mesmo menino que correu riscos por um amigo, que fez guerra de lama e que mesmo gostando da casa da vó, sentiu falta de casa.
É o menino que queria não magoar ninguém nem ser magoado, que se convenceu que todos irão machuca-lo e tenta estar preparado.
É o menino que se culpa por coisas que não estavam em suas mãos e sofre calado por isso.
É o menino que quer muito alguém que fique, quer alguém que o veja e não que só enxergue as mascaras que ele usa para falar com a maioria.
No fundo ele é o mesmo menino de antes e espero que ele saiba que isso faz dele um homem e tanto.
Sou passageira
Aqui da horizontal
Eu só via as faixas na estrada se repetirem
Você, da vertical
Via nossos mundos ruírem.
Eu lembro de pensar querer que aquele momento durasse uma vida inteira
Mas a gente é tão fraco
Tão pequeno
Que uma hora acaba a brincadeira.
Eu sei que agora só resta um sopro de lamento
Um mar de frustração
E você atraca sem ter a menor intenção
No meu cais de arrependimento
E eu que sempre acreditei em teu sentimento ardente
Entrego-te um grito estridente
Quando me perguntas o que sinto no coração.
Enquanto nossas mãos se tocavam
Nossos corpos entravam em órbita
Eu só te via junto
Do vazio e dessa incógnita
No silêncio, ritmados e compassados
Eu só ouvia nossos corações
E nossos perfumes embaralhados
Percorrendo outras dimensões
O motivo desta lírica
É só tentar, talvez, me fazer entender
Como te perdi
Se nunca tive
Como descrever o que não se pode ver
Tão intangível e palpável
Tão pequeno e maleável
Tão ébrio e solitário
Como estar escondida aqui
Onde estou
Bem no fundo do armário
Porque se por um minuto fostes meu
Não consigo vocábulos para descrever
Possivelmente nem há muito o que se dizer
A vida acaba com um beijo teu.
Com teu cheiro que me preenche as narinas
Com teu êxtase exalando adrenalina
Como a vida que poderia ter sido,
A vida
E o que nunca devia ter acontecido.
Eu segurava tua mão
Enquanto passavas as marchas
Eu só te falo porque tornou-se insustentável
Falo porque não posso gritar
Porque você não vai me ouvir
Nem se eu tentar
Porque eu cansei de ficar.
Do teu ombro eu te olhava
Deitada
E te dizia que nem sei mais o que fazer
Você ria e apontava pras estrelas infinitas acima da estrada
Cujo brilho nem se compara a você
Se não morro embriagada
Não é a saudade que vai me matar.
Eu sei, sou totalmente errada
Porque sequer considerar qualquer envolvimento mais arriscado.
Você é meu pecado,
Mas eu sei.
Homens só morrem de amor nos palcos.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Amor, meu grande amor)
Você já pensou o que te trás felicidade ? O que é a felicidade ?
Uma palavra que no dicionário tem um significado único, já na vida, ela se deriva de várias coisas, de uma junção de vários fatores e fatos ocorridos em nosso cotidiano, em nossas vidas, em tudo para ser mais claro.
A felicidade é algo que se esconde por baixo dos "panos", felicidade é algo que você não pode definir, é algo que você apenas sente, você estar sorrindo não significa a felicidade... Bom, nada define algo que é indefinível, algo que é único de cada pessoa.
Sempre saiba que a felicidade é algo que todos temos, é algo que está dentro da gente, algo que é fácil encontrar, porém sempre cometemos o erro de tentar encontrar ela em outra pessoa, isso é errado, a felicidade está aqui, está nos simples gestos que você pode ter no dia a dia, para ser feliz não precisa de muito não, para ser feliz você precisa de você, sim, isso mesmo, para ser feliz você precisa de você mesmo.
Eu defino a minha felicidade com base nas amizades que tenho, em base que sei que tenho pessoas que me amam e que iriam fazer tudo por mim, assim como eu também iria fazer de tudo por estas pessoas, não porque a minha felicidade está nelas, mas a minha felicidade eu transmito a essas pessoas, e isto me faz mais feliz a cada dia, o maior ato para mim é ver que uma pessoa ao meu lado está feliz, está ali porque ela quer estar, e não por ela estar sendo forçada a estar ali... Sabe.. esquece, sabe o que realmente me trás a felicidade ? A simplicidade...
A simplicidade me trás a felicidade ❤
cartas para o céu
Se eu pudesse entregar suas cartas para o Céu, eu seria um pombo correio.
Se Deus recebesse telefonema, eu te daria o número.
Se existisse falarcomosanjos.com, sei que mandaria um e-mail.
Mas não! Mesmo assim, você não receberia uma resposta em palavras, de volta, não dos anjos!
Irá receber um e-mail automático, como caixa postal, escrito seu nome no começo e o da pessoa dos seus pensamentos, fechando com um:
“Eu te amo, não se preocupa comigo, vai cuidar da sua vida, ser feliz, cuidar da família. Sei que você sente saudade, mas eu não faço mais parte do seu coração. Quando recebo uma oração, me sinto mais vivo! E você sabe sentir isso, portanto, conserve-me em paz no seu coração que eu gosto!
Não sofra, porque quando você sofre eu sofro junto. A saudade, eu sei, eu compreendo, mas em um dia distante você também vai pular do barco. Aí então, teremos esse sonho eterno inteiro para abraços e lembranças do passado, poderemos ver seus filhos lendo a essa mesma carta que você leu e eles serão felizes porque você os criou. Assim como eu estou feliz por ter netas e netos com sorrisos lindos, brincadeiras, artes e choros que me fazem sentir amor nesse instante, remar em frente mesmo contra a corrente, porque a maré, logo em frente, ficará calma e descerá água limpa.
Veja a reflexão do seu rosto alegre, sente em seu coração o meu batendo contente!
Desculpe não poder responder pessoalmente, mas quando quiser estar comigo é só pensar com sentimentos puros aqui no Céu que o amor fala palavras e nós escutamos. Não é preciso despedir, nem ficar com Deus, porque com Deus aqui estou eu. Agora eu sou um olho dEle, e nem pisco
lendo cada página do seu livro.”
Dedicado à todos que foram para o Céu
A inspiração vem mais perto do coração.
Vó Izaura
Dona Dalva
Seu Cico
Ah, joão de barro, se tu soubesse o quanto me dói ver-te voando pra longe de mim com estas asas machucadas. Dói ter de te ver assim, cabisbaixo, voando sozinho sem poder te acompanhar. Eu lembro quando tu era um pássaro livre, voando por aí, sendo aparentemente tão feliz como um pássaro pode ser, as vezes eu até achava que tu eras o pássaro mais feliz que já conheci. Radiante, livre, cantando aquele canto que contagiava. Ah, joão de barro, tu nunca me contaste que na verdade estavas desmoronando por dentro, eu nunca quis tanto trazer felicidade pra alguém. Nunca antes de ti, joão de barro. Nunca antes de ti. Eu queria seguir-te em todos os seus vôos, te ajudar a voar quando tuas asas estivessem cansadas, eu te amei mais do que achei ser possível, caber tanto amor assim em um coração tão pequenino. Eu te amei mais que se pode imaginar, a ponto de querer ficar até o fim da vida voando contigo, aonde quer que tu fosses; escutando teus cantos, dos mais alegres as melodias mais tristes, olhando teus olhos de pássaro ferido ou observando como eles pareciam sempre sorrir junto contigo. Ah, joão de barro, mal sabia eu que um pássaro não sobrevive a amarras. Tu não estavas preso a mim, é claro, não de forma literal. Eu não me atreveria a colocar-te em uma gaiola apenas pra manter-te comigo. Mas apenas a gaiola do meu coração já foi demais pra ti. Eu te amei, ou talvez ainda ame, mas talvez jamais saberei. Não importa. Eu deveria saber que um pássaro deve ser livre. Eu deveria saber que um dia tu irias ficar sufocado na minha pequena gaiola de amor, eu sabia que isso ia te machucar, mas fui egoísta. João de barro, tem dias que a primeira coisa que penso é em como eu queria que tu tivesses ficado. Mas isso iria impedir tuas asas de baterem livres por aí. Eu só quero que sejas feliz. Sem clichês. Me dói, e talvez eu nunca tenha tido escolha, ela sempre foi sua, mas quero que você vá, voe pra onde quer que seja, voe até pra bem longe de mim, mas siga teu caminho pra ser feliz. Bata suas asas pro rumo da felicidade, e não o contrário. Como em uma canção dos Beatles, "pegue teus olhos cansados e aprenda a ver. Toda sua vida, você estava apenas esperando por esse momento para ser livre." João de barro, voe...
(Eu ainda posso escutar tua melodia em meus sonhos, então por favor, nunca deixe de cantá-la)
Quando pequeno, eu gostava muito de ver o cair da noite através das janelas de casa. Meus olhos brilhavam ao contemplar as estrelas se apoderando da imensidão do céu, enquanto que as cigarras, em algum ponto da escuridão, ensaiavam seus novos cânticos.
Naquela época era comum eu associar o fim de tarde com o início de uma estranha espera. Em quase todas as noites eu fixava o olhar em boa parte daqueles tantos pontos brilhantes que formavam aquele tapete estelar, na esperança de que a qualquer momento, um daqueles pontos de luz se mostrasse diferente dos demais e então resolvesse vagar entre os demais conformados.
Eu acreditava que tendo a oportunidade de vê-lo passear pela imensidão daquele azul-escuro-quase-preto, eu poderia fazer-lhe um pedido qualquer – olha o nível da viagem –, que ele, de algum jeito, daria seus pulos e realizaria.
Desde quando eu decidi parar com este hábito (tão bobo, diga-se de passagem), se passou muito tempo. E muita coisa aconteceu neste intervalo. E foi nesse meio tempo que eu entendi a lógica tão bem descrita na frase: “De onde muito se espera é que não surge nada. O amor prefere se aproximar dos distraídos.”
Pois é. Foi justamente num desses momentos de distração entre noites que pareciam não ter fim e dias que pareciam criar asas e conquistar a liberdade das horas que corriam, que eu percebi que a saudade é também composta por um cheiro tão gostoso, que ao menor sinal da sua presença eu já sorria olhando para o nada, mesmo que de perto eu fosse observado por olhares de espanto.
Desde então, toda vez que a saudade vem me visitar no meio da noite, eu procuro dar uma chegada na janela mais próxima, só para dar uma conferida no céu, abrir um sorriso e dizer em pensamento: Eu entendi!
Hoje eu arrisco dizer que até sinto falta das cigarras. Mas já não procuro mais o ponto de luz lá no céu. Descobri que ele, a partir de uma simples distração, passou a morar aqui dentro. Junto ás doces lembranças que vivem a sorrir para todos os lados e tempos.
“Saudade é pra quem sente amor. Sentir falta é pra quem sente vazio.” (Gabito Nunes)
Eu estava no meio de uma dessas conversas corriqueiras, quando o tema principal passou a girar em torno da companhia e suas diversas formas de se fazer sentir. Ou não.
Foi então que de imediato eu lembrei do Gabito Nunes, quando ele disse que: “Saudade é pra quem sente amor. Sentir falta é pra quem sente vazio.”
Confesso que aquela conversa me fez refletir um pouco sobre a forma como eu vejo a diferença entre estar só e o não estar acompanhado. Porque a partir do momento no qual você consegue definir seu status atual, fica mais fácil saber lidar com ele e, consequentemente, consigo.
Quando sinto saudade, me dou conta do quão injusto eu seria, se dissesse que me sinto só, apenas pelo fato de que as condições de momento impedem que alguém especial possa segurar na minha mão, permitindo assim que eu lhe diga, olhando nos olhos, o quanto me sinto bem quando contigo.
Porque a minha pele pode até não tocar a sua. Teu cheiro pode até vagar por outros ares da cidade sem que eu o tome pra mim, preenchendo cada espaço dos meus pulmões. Mas saber que em algum lugar por aí, a vida está acolhendo a mulher que eu amo e a guardando pra mim, me faz ver que eu apenas estou aqui sem a sua parte física. E pensar assim é suficiente para remover grande parte do antigo peso.
Porque em essência, lhe tenho como parte de mim, reafirmando nosso laço cada vez que, nas minhas atividades tão naturais, eu consigo fazer alguma associação de modo que lhe encaixe numa conversa entre amigos, nas compras de mercado (recordando o quanto ela gostaria disso ou daquilo) ou até mesmo num daqueles meus diálogos com as ondas do mar.
Pois de um jeito ou de outro, ela estaria comigo. E por ora, seria suficiente para continuar alimentando o amor que sinto.
Por outro lado, sentir-se só é muito triste. E vai além daquela ideia de ter várias pessoas ao redor, e ainda assim, quando vistas, não passarem de acessórios compondo o cenário que, por sua vez, se faz sempre tão apático.
Eu acredito que alguém se sente só, quando sua alma está tão anestesiada que por mais que o caminho que o(a) levaria até si mesmo(a), fosse minuciosamente indicado, ele(a) só conseguiria ver um abismo diante de si. E para que este resgate seja possível, é preciso muito amor e paciência para fazê-lo(a) perceber que a proposta da capacidade de sentir (seja saudade ou falta), é de permitir uma sobrevida ou extinção para sentimentos e sensações. Cabendo a você, apenas o direito de decidir quem deveria continuar vivo e quem precisaria ser deixado.
Pois uma nova maneira de enxergar a vida, faria com que, por exemplo, a sensação de falta de um amor, hoje, fosse substituída pela capacidade de amar e - de preferência em reciprocidade - viver um novo romance, amanhã.
Aquele que busca o sucesso pelo caminho da falsidade e da maldade para atender a sua ganância desmedida poderá até chegar lá, o que ele não sabe é que dificilmente conquistará a felicidade.
Lembre-se, a Vida Anda e a Lei do Retorno é implacável. Tudo é apenas uma questão de tempo !
Viver em paz é você olhar para o mundo de consciência tranquila e não ter do que se envergonhar. A consciência tranquila é o melhor travesseiro.
Consegues dormir em paz?
Confiança é algo que as vezes levamos anos para conquistar e apenas alguns minutos para perder.
Talvez eles ainda olhem a foto do outro, porque não? Ela porque viu uma foto no instagram de um amigo que postou um dia atrás, e perceba o quanto aquele sorriso está mais lindo ainda. Talvez ele esteja agora olhando foto dela, lembrando da covinha do rosto dela quando sorri. Porque não? Alguns detalhes se perderam no tempo, pode ter muito tempo que não se veem. Talvez continuem fazendo as mesmas coisas que faziam, só que agora separados. Insistem em assistir séries que assistiram juntos, os filmes e relembrem todos os passos que deram juntos. Escondidos choram de saudades um do outro, quando a noite cai e a solidão pesa. Talvez ele ainda tem aquela cara de manhoso quando deitava no colo dela, pedindo um cafuné e sinta saudade do quanto ela era boa nisso. Talvez ela ainda sinta a falta das risadas ecoadas quando desciam as escadas do prédios porque o elevador tinha parado de funcionar. Talvez ele trema toda vez que escute o nome ela, quando os amigos sem perceber tocam no nome. Quem sabe sintam saudades nos trajetos percorridos um do outro, o restaurante que ela mais gostava e a cidade que dizia que queria conhecer. Talvez ele visite essa cidade com outra pessoa e sinta um aperto no coração de saudades dela, e ela descubra que ele foi com a outra e chora escondida pra ninguém ver. Talvez as lembranças ainda estejam vivas, dia a dia, e ela passe na frente da casa dele e não tem coragem de tocar o interfone e dizer, desça, estou com saudade. Talvez ele mude o trajeto de sua casa, com medo de encontrarem e não ter palavras pra dizer nada a ela. Talvez pensem todos os dias um no outro, abre o whatsapp na esperança que ele o chame pra conversar e ele olhe as fotos no instagram dela, cheio de saudade e apesar disso, preferem o silêncio. Que arde dia após dias, querendo apenas um oi, um olá, mas não se falam, por simples orgulho e um medo de um novo adeus.
Ela pode estar agora lendo a carta que veio com flores no dia dos namorado que ele deu, suspirando a poesia, e ele esteja lendo suas palavras e bilhetinhos que ela escrevera, querendo reviver tudo. Pode estar procurando ela em outra, e ela ele em outros, em vão, aumentando a saudade, e a vontade de quem alguém o tire da memória.
Talvez ele nem consiga mais falar o nome dela, e talvez ela fale com as amigas o nome dele todo dia, até o dia que cansar e preferir relembrar em silêncio.
Ele pode estar escutando a música de deles, as bandas estranhas que descobriram ou aquela musica que tocou quando viajaram. Ou quem sabe ela fica observando vozes tentando encontrar a voz parecida com a dele.
Talvez ele esteja lendo agora a jura de para sempre escrito num texto antigo, e que isso o atinja como uma flecha acertando o coração, que dói. E ela esteja escrevendo e pensando nele, em todos os toques e beijos e que delicadamente uma lágrima cai.
Talvez percebam que fazem mais falta do que imaginam, e que a tristeza da saudade não passará, e a distancia não curará. Agora talvez, ele só quer estar nos braços dela e ela nos braços dele.
De algum jeito eles sentem falta, só não admitem, mas agora ou em algum tempo vão perceber que estar juntos é o que fazem felizes, e não tem graça Paris ou Veneza com outra pessoa. Porque eles só pensam em uma coisa, que voltem e que sejam felizes. Talvez eles voltem, mas o orgulho não os deixam reconciliarem. Talvez sim, talvez ou talvez não. Só restam a ele essa quebra de silêncio e orgulho que faz que tudo dê errado e impedem de serem felizes.
Irmã Doroty
Irmã Doroty
Tenta o silêncio para não deixares rastro
Para os teus perseguidores.
Busca a religiosidade dos conventos de clausuras
Sem o contato com o mundo cão.
Não!
Não apares as arestas da sociedade sem lei
E impiedosa para com teus pobres.
Pára de falar mal dos maus.
“Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.”
Foge sim, irmã.
Do contrário não verás “as águas de março”
Enxurrarem as valas e o magnetismo das aluviões
Arrebanhando tudo o que se lhes impedem o caminho.
Não molharás mais os pezinhos ligeiros nas poças d’água
Das ruas desnudas por onde trilhas para evangelizar.
Senta irmã,
Os meninos ainda precisam ouvir tuas estórias de amor
Que contas nas aulas de catecismo
E espalhar seus risos inocentes quando fazes cócegas
Em suas orelhas pequenas.
Os olhares deles não repousarão mais
No semblante amoroso de mãe e amiga,
E não terão mais o carinho da mulher solidária
Que lhes levava alegria
E amparo para atravessarem suas travessuras
Com mais gosto.
Ah! Não irmã.
Quem irá lhes informar sobre
O Sol do céu que solda os corações
Em festa quando a primavera orquestrar
No Paraíso as pegadas dos rebanhos do Senhor?
Finge que não tem importância
Os conflitos que trovejam aí no seu Xingu.
O do Brasil dos brasileiros que só querem ver nascer
A esperança de uma Pátria Gentil
Com riquezas mil
Para todos.
Depois que será tão sombrio o amanhecer
Sem a amiga e batalhadora.
A orfandade desencadeará a morte
Dos filhos também.
Morte de sonhos,
Morte das ilusões,
Morte do alimento que lhes chegava à boca com fartura,
Pois tinham Dorothy lutando braviamente por eles,
Por geração de rendas e emprego.
Suas bocas ficarão escancaradas à espera
E famintos calarão o grito da desilusão e da revolta.
Quem importa?
Ninguém mais os ouvirá.
Cadê a pastora que lhes conduzia pelos trilhos
Da abundância
E despejava nos seus corações
A esperança de uma terra rica e generosa?
Ouve irmã,
O grito da araponga ressoando no sertão.
Dizendo não.
Não vás ainda,
O teu rebanho se perderá sem o teu norte
De tão grande porte,
Que nem tem comparação com os outros que ficarão
Chorando a verdadeira,
A filha de Maria,
A irmã da caridade que sem vaidade abarcou os pobres do
Xingu com seus mil braços de perdão,
Compaixão, generosidade,
Piedade e de amor.
O amor expandirá suas garras tentando em vão retê-la.
Quem o usará com igual propriedade?
Por caridade irmã, fica.
Só mais um pouco, uns trinta ou menos,
Vinte anos,
É claro.
Para que desprendas das mangas
Tuas cartas contra a escravidão
Dos corpos frágeis e necessitados de Anapu,
Do Xingu,
De toda a Amazônia e de Ohio também.
Têm pobres lá,
O rastro dos impiedosos atravessa fronteiras
E atinge os extremos
E até os ricos países gordos de mandos e desmandos.
Tem também famintos na América?
A tua que deixaste para trás para vires
Para o fundo do mundo.
Sim, irmã, ela os têm.
Mas quiseste viajar numa caravana de bondade
E adentrar a famigerada floresta com pertencimento
Ao estrangeirismo.
Que abismo!
Estão levando-a como se leva algo insignificante
E assim “como quem não quer nada”,
Roubam-na a impenetrabilidade
E a grande biodiversidade.
Irão reduzi-la, nesse passo, ao nada absoluto
E o pulmão do mundo morrerá.
Junto com ele, também, a Stang.
Que pena amiga!
Saudade...
Debaixo do travesseiro
Poesia dentro da alma
Transito pela vida celebrante.
E se existe algo
que me acalma
É postar minha alma agonizante
Ou festiva
Segura ou à deriva.
Nos meus versos
Que às vezes rimam, ora não rimam
De acordo com o clima
Do meu coração
Minhas singelas palavras podem evocar
Saudade de uma vida querida
Lá atrás e por força maior
Não acontecida.
No entanto prossigo
Com perfil altaneiro.
Com a pose de quem ganhou todos os jogos
E meus rogos
Escondo-os debaixo do meu travesseiro
SAUDADES...
Oh! Saudades do ontem que
Eu tive teus olhos pedintes voltados para os meus
Lábios e seios.
Até pareceu-me ser amada
E sonhei sentindo uma dolorida agudez
De desejos quase realizados.
Não pude alcançá-lo, pois no instante seguinte
Partias. Nunca mais deixaste a poesia
Dos teus olhos derramar esperanças
Pros meus tristonhos.
Sepultei nossos abraços suspensos no
Meu pensamento febril
Beijos lúdicos ficaram espremidos na minha
Boca ressecada de tristezas.
E a saudade se ajeitou no meu peito
E nunca mais quis existir sem mim.
