Textos de Saudade de Falecido
MESSALINA (soneto)
Lembro, ao ter-te, as épocas sombrias
Dum outrora. A saudade se transporta
À tempos de prazer, e não dor à porta
De meninices, abarrotadas de alegrias
E nestas felicidades de glórias luzidias
Que a mostra era viço, não ilusão morta
O pouco era muito, e no pouco importa
O estorvo, a mais valia, eram as orgias
Tolas, e não só imaginação em ruína
De quimeras incolores e, assim impura
Num cortejo de recordação messalina
Ó saudade, acostamento de loucura!
Suspirando nostalgias tão cristalina
Tinta de tristura, que no peito segura...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
CORAÇÃO EM PASSAS (soneto)
Ah! quem há de poetar, saudade penosa e tirana
O que na emoção cala, e o versar não escreve?
- Range, doí, pregada na lembrança, e, em greve
Sente, em amargos no peito, o que era soberana
O coração em passas, e é um redemoinho fulana
Em explosão, fria e grossa, e ao enamorado deve
E ao olhar desalentado asfixia o pensamento leve
Que, paz e harmonia, saem em ignota caravana...
Quem o verso alcançara pra a rima desta solidão?
Ai! quem há de amenizar, assim torna-la tão breve...
Se infinito é o silencio; E o vazio então agiganta?
E os lábios secam. E o olhar chora. Tudo em vão?
E a sensação se refugia num sepulcro de neve?
E então as trovas de amor esvaem na garganta?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de março de 2019
Cerrado goiano
Um dia depois.
Olavobilaquiando
A SAUDADE QUE FICA - João Nunes Ventura-10/2019
A saudade que fica
No coração da gente
De um passado a lembrar,
A infância bela e pura
E a mocidade de doçura
Beijos trocados ao luar.
Quanto mais distante andei
Muito mais triste fiquei
E a saudade doí demais,
Na solidão a meditar
Quantos amores a sonhar
Quantos amigos não verei mais.
Maria Mariazinha
A sua vistosa choupana,
O aconchego a sua cama
Nesses sonhos de fulgor,
A brisa cheirosa e macia
Tão bonita Sinhá Maria,
Cantando a sua melodia
Que belos tempos de amor.
Mariazinha e seus segredos
De você saudade eu tenho,
Sem você sinto meus medos
Saudade mata já não aguento.
Tão cheirosa linda Maria
Seu cantinho uma fonte tinha
De água doce e cristalina,
Nas tardes de sol poente
Passarinho livre e contente
Cantava para Mariazinha.
Essa saudade que me tortura
Do riachinho que ela nadava
E até eu ficava lhe espiando,
Tristeza e saudade dorida
Que jamais será esquecida
E a saudade vai me matando.
ACHANAR (soneto)
Deixe que a dor da saudade enfim passe
Soltando d'alma o que é teu maior enfado
Deixe-a nas entranhas secas do cerrado
Para que nos maçantes reclamos se cale
Em um grande pesar não se é prolongado
Basta! Se todo afeto que sentes se sovasse?
Desafie os medos, e os ponha face a face
Com coragem, e os tenha como teu agrado
Sabe: eu já cansado! Ando tão com receio
Na ventura, que o meu amor se consome
E o encantamento no revés submerso...
Sinto em tudo está ilusão... Tudo custeio!
E, derreado de embatucar este cognome
Achanando este infortúnio do meu verso.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Tempos de saudade
Algo que nos bate fundo na alma
Secretos túneis que nos recordam um gostar,um amar,aquele carinho que nos faz falta,aquele conforto que nos acomodamos sobre um sofrimento que é reflectido nas nossas emoções.
Saudades quem as não tem.....
Ou possa a vir a ter.....
Saber viver rodeado de caminhos que nos levam ao tal amor ao próximo,e sustentar o nosso interior sobre várias vias até dar a uma o coração.
(Adonis silva)09-2019®
SERTANEJA
Uma saudade que aperta
No peito de um sertanejo
De uma paixão que desperta
Sonhos de amor e desejo.
Meu amor eu daria tudo
Faria o lar tua igreja
Eu daria a vida e o mundo
Pelo teu amor, sertaneja.
Tu cabocla sertaneja,
Mesmo o sol ardendo o chão
Entre espinhos tu florejas
És a flor do meu sertão.
E nesses meus tristes versos
Na tristeza do meu canto
Sertaneja te confesso
Todo o meu amor e meu encanto.
Canto triste de quem chora
De saudade, solidão
De um amor que se foi embora
E levou meu coração.
Saudade, se fosse possível...
Se fosse possível filmar a saudade
Belas cenas seriam inseridas
Nas histórias não concluídos
De um filme inacabado
Se fosse possível costurar a saudade
Teriam remendos doloridos
De momentos não vividos
Em algum tempo do passado
Se fosse possível prender a saudade
Seriam acorrentados os sentimentos
Aprisionados cada momento
E para sempre eternizados
Saudade, palavra agridoce da dor
Oh Saudade! Eu tentei tanto
Esconder de ti na melancolia
E ainda te revelas no meu pranto
E na angústia de minha poesia
É de um alguém, um lugar
Se afirmar, estarei a mentir
Se minto é pra me preservar
Se tu vens, rendo-te no sentir
Se povoada está a minha nostalgia
Nas palavras gosto de amarga aflição
Frouxo estão os ponteiros da fantasia
Que ritmam os temperos do coração
É vazio cheio sem que se possa ver
Solidão da alma no pleno amor
Grito na escuridão sem comover
Saudade, palavra agridoce da dor...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/05/2011, 01’33” – Rio de Janeiro, RJ
Asas da saudade
Asas de matizes perambulam
Voam soltas na sua liberdade
Juntas as cores tremulam
Adeja a bandeira da saudade!
Eu pequenina e as borboletas
Éramos soltas nas brincadeiras
Até pairavam em minha mão
Quisera eu voar saindo do chão,
Iria eu pousar numa pétala
Colher mel igual a elas
Ou recolher uma estrela!
Borboletas ainda lindas
Azuis, vermelha ou amarela
Nelas minhas asas coloridas!
MÃE!
Hoje faz um ano que você não está entre nós;
Um ano de saudade;
Saudade dos tempos em que tínhamos você para nos proteger, se preocupar, nos repreender, nos educar;
Saudades dos momentos simples mas marcantes;
Saudades dos Dias das Mães, aniversários, finais de ano;
Saudades do seu carinho, do seu afeto, do seu sorriso, do seu amor incondicional;
Saudades de ser recebido depois das minhas longas ausências, com um sorriso, um abraço, mesmo já estando muito debilitada, com dores, triste, mas sempre se superando para dar o seu melhor, o seu amor.
Hoje levo comigo as lembranças, saudades e muito aprendizado, aprendi com seu exemplo de vida e de luta a nunca desistir, de que não importa a circunstância temos que buscar forças para viver e tentar ser feliz.
Te amo, mãe! Obrigado por ser esse meu exemplo de vida, sua ausência nos faz muita falta, que Deus esteja sempre contigo em seu reino. Em breve iremos nos encontrar novamente.
Monotonia do Tempo
O tempo cura tudo menos a saudade teimosa
Que habita em mim de manhã.
Ele promete esquecer, desaprender,
Mas a ansiedade permanece até o amanhã.
Se o tempo pudesse ocultar
Cada promessa feita e não dita,
O amor seria o fim de uma vida infinita.
Vida essa que era minha e agora é tua,
A tua alma vestida a passear numa cidade nua.
As estrelas sorriem ao ver-te à deriva na rua.
E eu perdida no tempo,
Comtemplo-te, ao admirar cada verso da tua poesia.
Eu imploro-te e prometo,
Que vou amar-te em segredo, nesta pacata noite fria.
Essa noite, a saudade de mãos dadas com a tristeza,bateu em minha porta e eu abri, ela se
convidou e sem pedir licença já foram entrando apenas para me lembrar que sua presença em minha vida não mudou em nada, eu continuo só. Quando olho para o céu me sinto leve pareço voar. A noite se torna pequena diante dos meus desafios e medos Nossos sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. Será que tudo acabou como em um texto com um ponto final. Mais minha amiga esperança chegou de mansinho me abraçou forte e disse no meu ouvido, dê um largo sorriso para a vida ,e corra de braços abertos para o que ela tem para lhe ensinar! Não há certeza para o futuro, apenas possibilidades. Se a sua vida for uma grande reclamação; está na hora de amar a pessoa que você vê no espelho agora.
Você é uma saudade
Coisa que não se vê,
Coisa que não se sente,
Você é só uma saudade
Que no coração invade.
Coisa que não se finge,
Coisa que não se vive,
Você é como uma saudade
Nesse coração laringe.
Pulsa feito quem grita,
No peito a lembranca garrida,
Descarada, latente, amiga.
Não posso intervir. Você?
Há tempos fez-se de um sumir.
Saudade é a única saída.
PAIXÃO FUGAZ
Lourdes Duarte
Nas horas de saudade e tristeza, percebo que,
paixão fugaz não é ventura passageira.
Aperta o peito com soluços que vem da alma,
hora em que a alma chora e o coração nos trai.
Ah! Quantas vezes, num desespero mudo,
As lágrimas em minha face rolaram
Te desejando perto de mim toda hora
Como o sol que aquecer minhas noites frias.
Neste imenso picadeiro da vida de um sonhador
Sou artistas sem dublê e a dor é só minha.
A tristeza aperta o peito sob as lonas da saudade,
viajo acordado, na fantasia e nos sonhos,
como um palhaço, solitário, amando.
E quando a saudade apertar lembra daquilo que te disse um dia: "eu sempre vou estar aqui para você "
E quando a saudade apertar... Pode chamar, aquele calor que existia entre nois, ainda vai estar lá.
E se e por acaso pensar que eu te esqueci, Tire isso da mente, é só uma ausência temporária.
Sei também que não vai me esquecer, não me preocupo com isso, não é me gabando, mas sei que não vai.
Você vai conhecer pessoas, pessoas interessantes, e também, Pessoas vazias, mas creio que meu lugar que conquistei vai estar sempre nesse coraçãozinho.
Fiquei longe para ver como você vai se sair. Vai existir muitas decepções ainda, peço que aguente firme, mas caso já não aguente mais... Pode chamar...
Eu sempre vou estar aqui para o que precisar... Ok ?
restauração
à beira de uma saudade
um olhar de lembranças
adquirido duma fatuidade
embalado por mudanças
e depois pela imensidade
do vazio das tardanças
os sonhos pela metade...
quiseram fazê-la moldada
tiraram-lhe os pés, as mãos
puseram tua poesia calada
e tuas quimeras em vãos
sem asas e sem morada
insistiram em demãos
e em uma nova fornada
um dia nuvem eu busco
repleta duma esperança
sem que só tenha fusco
onde eu possa ser dança
também, mais que rabusco
meu eu, sonhadora criança
poeta, alquimista, patusco
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27, setembro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
Saudade
Saudade, uma maldição?
Uma dádiva?
Dá sentido à paixão,
Dá motivo à lágrimas.
Nos leva ao extremo,
É o que nos corta, ó espada,
Nos traz só um pensamento,
O desejo pela pessoa amada.
Pessoa que muitas vezes está longe,
Longe de meu acolhedor abraço,
Me torno quase um monge,
Orando para em seu coração manter meu espaço.
Existem dias em que a dor da saudade lhe aperta com tanta força, que faz você se derramar em lágrimas lembrando daquela pessoa amada que se foi.
É fácil compreender a dor da saudade quando ela vem porém, você sabe que logo logo você vai poder matar essa saudade.
Entretanto quando ela vem até você, te trazendo aquela saudade da pessoa que você tanto amava/ama, e daí você sabe que essa saudade não tem como matar, é então que nesse momento você sente uma dor, um vazio, um conflito de emoções quais os mesmo são inexplicáveis, e tudo que você consegue fazer é chorar. Chorar pelo eu te amo não dito, chorar pelo abraço qual não pode dar, chorar pela ligação que deveria ter feito e não fez. A saudade ela é um misto de emoções onde na maioria das vezes são inexplicáveis e te fazem sentir uma dor que só quem passa pela mesma situação entende.
RECORDAÇÕES QUIMÉRICAS
Tenho saudade de um lugar que não existe
Paisagens criadas pelos meus pensamentos
Um trem que passa devagar pelas colinas
Trazendo uma garota que eu amo mas que nunca me mostra o rosto
Tenho saudade desses cheiros e gostos que nunca senti
Da paisagem suburbana e rural que nunca vivii
Daquela casa amarela com varanda e muitas janelas que eu conheço bem apesar de nunca ter entrado
Tenho saudade do futuro já passado
Tenho saudade de um tempo que nunca existiu
Histórias tão somente contadas pelos meus pensamentos
Um homem de chapéu vendendo flores
A moça que passa a tardezinha sempre de vestido azul
Tenho saudades desses tempos e ventos que nunca senti
Da paisagem de quadro que nunca vivi
Daquela escola em meio a um bosque com salas de madeira envernizadas que eu conheço bem apesar de nunca ter estudado
Tenho saudade do futuro já passado
Tenho saudade de coisas que nunca existiram
Cores novas criadas pela minha imaginação
Um rio que corre tranquilo em águas mansas
Gritos e risadas de crianças
Tenho saudades desses momentos e dias que nunca senti
Da paisagem complexa que nunca vivi
Daquela festa perdida na noite com rostos felizes e músicas que nunca tocaram no rádio
Tenho saudade do futuro já
Sei escrever essa saudade
- sobrenatural -
Bem aqui no peito
De um jeito sem igual,
Só por este beijo fatal.
Sei remar entre os canais,
Em busca de você não é,
E nunca será demais...
O amor vira arte:
Literatura,
Conquista,
Cultura,
E semeia com ternura.
Sei amar, e sei ser cais:
De um novo ponto de partida,
Para que tenhas fé na vida...
O amor é um canteiro delicado
De finas tulipas
Que com jeito e trato,
Cabe poesias floridas
De uma poesia interminável
Desta primavera incontestável.
Sei também que o amor reforça a fé
Fazendo de nós uma fortificação,
Nos levando na mesma galé...
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