Textos de Saudade
A um tempo atrás eu dizia que faria o possível e o impossível por ela, que eu daria a minha vida por ela, isso tudo como um ato de amor.
Mas com o tempo eu vi que é muito mais difícil viver por alguém do que morrer por alguém e que é mais difícil ainda viver sem esse alguém que você ama.
Então hoje eu digo que como uma verdadeira prova de amor eu vou viver por ela para que haja chances do nosso amor reflorescer, até porque o amor nunca acaba e se acabar é porque nunca se amou.
Escrever sobre quem se ama, talvez seja uma das maiores provas de amor. A pena insiste em tecer e o coração é feito de tinta, de plano para o amor.
Ontem, tentei, esquadrinhei cá dentro, para arrancar algo teu, não consegui.
Quando o sentimento está se esvaindo, se vai o pincel, a tinta, e o mel. O doce, vira amargo, o dissabor que vira parte do retrato.
Nossa pena não escreve, o poema não descreve, o amor verbal, agora ecoa em sílabas, pergunto ao coração se realmente temos que ir, ele responde, desculpa, é hora de se despedir.
Acredito que o pior tipo de tristeza
é aquela que vem numa tarde
fresca
ensolarada
com os amigos
com a família
e você nem sabe o porquê
do coração acelerar tanto
da voz falhar tanto
e dos olhos se inundarem tanto
só sabe que é preciso continuar
sorrindo, tentando, forçando
pra todo mal a cura
e pra toda dor
a liberdade
Assim continuo
Dia
Após dia.
Jonathan Marzo
Eu te amo, mamãe.
Quantas vezes deixamos de dizer essas doces palavras,
apesar de saber o quanto ela desejava ouvi-las?
E, agora, as dizemos em oração.
Saudade de minha mãe
Demorou, mas reconheço...
De coração, teus cuidados agradeço,
pois sempre corria quando eu precisava,
dizendo que me amava.
Fizestes do amor o caminho,
para encher-me de carinho.
Sempre com seus cuidados,
e seus beijos ternos e carinhosos,
quando estávamos dengosos.
Mãe, doce palavra, que chega n'alma,
e que sempre na dor, nos acalma.
Mãe quero apenas te abraçar,
e todo meu amor lhe dedicar.
Desculpas venho lhe pedir,
pelas vezes que te fiz se afligir.
Mãe, antes tarde do que nunca.
Por que não disse que te amo mais vezes?
Mãe, onde estiveres...
Perdoe-me agora, tá?
Venha secar esta lágrima teimosa...
Ultimamente você tem se mantido tão perto de mim, quanto os meus pensamentos em você.
Mesmo em orações, a minha mente recorda em ti, é como se a saudade tivesse braços, e a usasse-as para lhe manter perto de mim.
No entanto, prometo-me soltar qualquer lembrança sua, e deixá-lo ir.
O último amor
Eu não me permiti sentir o fim
então entrei em um relacionamento mútuo de ficante.
E fiquei mais fria
Fiquei mais calada
Fiquei mais distante de amar
Fiquei mais independente ainda
Senti falta da intensidade,
de ser mais humana.
Fiquei com saudade...
Do seu perfume doce e ambarado
Da sua voz
Do sorriso
Do seu carinho
De sentir algo lindo por alguém.
Meu coração é um relógio cheio de proprósito , tarefas...
Tá tão pacífico,
nenhuma onda
de amor...
Não dá mais para voltar atrás mesmo na mão dupla é um caminho sem volta, vejo várias pessoas passando por mim e ver meus amigos regredindo é isso que me trás revolta. Então volta a um tempo atrás aonde a lembrança trás a dúvida do conforto...
Olhando pra'aquela época tu acha que estaria bem ou estaria morto?
Sem fim
.
O tempo me leva
Na eternidade desse amor
E me deixa como estou,
Um com ela onde eu for...
.
No campo estas flores
E o tom selvagem deste amor,
Que me brada no silêncio
Do meu grito em furor...
.
Ela é viva e vívida nesse amor
Que me aquece
E me enlouquece sem pudor...
.
Eu aqui e ela lá
Onde sempre está em mim,
Nesse tempo em que eu me tenho
E vivo este amor sem fim...
.
Edney Valentim Araújo
Bom, eu sei que meu coração pode estar em pedaços pelas coisas que o destruíram... Mas eu estou disposta a reconstruí-lo se o seu amor quiser ser meu alicerce.
Se quando o tempo passar nós venhamos descobrir que o meu amor não é para o seu amor e que o seu amor não é para mim, não se culpe, e tenha certeza de algo, eu não irei me culpar por ter dado tudo de mim. Descobri que se fores embora e levar de mim o alicerce meu coração quebrará em pedaços de novo, mas, continuará sendo meu coração e poderei reconstruí-lo na hora que eu quiser superar a sua ausência.
CICATRIZ
Desde criança sempre gostei das minhas cicatrizes! Nunca lhes olhei com dó ou piedade, pelo contrário, as amei muito. Não amei pela dor que me foi causada, mas por cada história ali contada.
As cicatrizes que agora habitam meu cérebro, trazem consigo a dor, mas também as memórias de dias felizes que nunca se hão de partir. Para cada curativo, lhe dedico o viveram felizes para sempre! Nem sempre juntos, mas felizes sempre.
"Hoje, senti novamente aquela brisa quente, de verão, me açoitar a face.
Aquela brisa, que traz frescor à pele, mas o coração arde.
Aquela leve brisa, que me lembra o seu beijo, a cada fim de tarde.
Brisa leve me traz você aos pensamentos, mas a ventania, não me leva a sua saudade.
Se és tu, uma parte do meu eu, então sou só metade.
Eu tentei fazer-nos um só ser, não deu, faz parte.
Disse mil vezes ao meu eu, que é amor; ao mundo, que é só uma paixão; mas eu sei, é insanidade.
Fantasia, faz de conta, nada de realidade.
Queria seus cabelos sobre meu peito, o seu beijo em minha face.
Mas o desalento é cruel, e meu âmago é só saudade.
O culpado sou eu e minha leviandade.
Ou talvez, a culpada seja aquela brisa quente de verão, por te lembrar, ao me açoitar a face..."
"De qual delas, tu fazes parte?
Daquelas que pagariam todo o preço mundano por minha companhia, ou aquelas que matariam, para ter comigo, um simples fim de tarde?
Não valho muito, quase nada, é verdade.
Mas aos olhos destas, sou diamante, raridade.
O meu preço é intrínseco, a destas, a insanidade.
Mas meu valor é imensurável, quando em qualidade.
Imensurável também é àquela saudade.
Sou poço, poesia, loucura, verdades.
Sou aquele que te refresca a pele, quando o calor dos nossos corpos, nos arde.
Cada beijo, cada toque, no aveludar da pele, causa arrepios, e é aí onde o desejo nasce.
Nasce como um rio, de uma pura nascente, onde toda a violência do amor, se torna um regato suave.
O riacho leva a clareza da minha mente, e sou só indagação, não passo dessa fase.
Pergunto-me, de qual delas tu fazes parte?
Será que abriria mão de um momento de alegria, por uma eternidade de felicidade?
Do que adiantaria? Lembrar-me-ia, a cada fim de tarde.
Mesmo que se case.
Sou eu, sua felicidade.
Minha alegria morre, onde o sol nasce.
De qual delas tu fazes parte?
Daquelas que matariam por minha companhia, ou aquelas que morreriam em minha saudade?"
"Eu marco as batidas.
A cada beijo, a cada toque, eu sinalizo a minha despedida.
É minha ida.
Meu coração erra as batidas.
Será loucura, desejo, hipocrisia?
Era fantasia.
E eu marco as batidas.
Pra ter um momento ao seu lado mulher, eu daria mil vidas.
O que sou eu sem você? Tento fujir desse amor, mas estou em um labirinto, sem saída.
És tu meu ar, es tu meu Sol, amada minha.
Eu não fui, e se fosse voçê, eu não iria.
Lembro daquele nosso abraço; Ah mulher! Como minh'alma sorrira.
Sua ausência agride minha sanidade, e eu marco as batidas.
Do que me adianta o calor de outros corpos, se em sua ausência, eu sou só uma tarde fria?
Eu tentei, esperei, nosso amor não deu frutos, não teve saída.
Tampouco, despedida.
Esperanças de nós dois? Leviandade minha.
No calendário do meu coração, noto sua ausência, e venho marcando os anos, meses e dias.
E a cada palpitar do meu algoz, longe do teu ser, eu marco as batidas..."
O ABRAÇO
Tem horas que o peito doi...
Não é dor física, que fique clario.
É abstrato, é saudade.
Saudade de um abraço único...
Intimo, quente, gostoso.
Daquele que parece um grito de...
"Te quero aqui!"
"Me aquece aqui."
"Me protege!"
"Fica?"
Isabela Guaranys
"Infeliz, desfiz
As malas prontas na sala,
Por um triz, eu quis
A alma minha, com tala,
Libertar.
Contá-la minha saudade
A vazia vastidão da casa
Nestes dias-cão, de maldade!
Sem ela saber
Estaria indo a ver.
Mas desisti.
Na cama fria,
Silêncio, agonia
Amarga insônia
Companheira.
Delírios,
Dilemas.
Eu nem dormi..."
(08/12/2017)
"Nesse céu de nuvens escuras que não me amedronta, vejo, feito criança, o brilho de relâmpagos. Recordo eu-menino sentindo pingos de chuva, vendo-os com as mãos e ouvindo de repente, na imensa noite silente, um recorte de um trovão. Então, já adulto, estendo meus olhos e toco esse lugar de ponta a ponta. Contemplo, por horas, uma tela pintada de saudades."
(03/03/2014)
Amor e frágil.
Amor é tão frágil pra muitos , que se torna ódio ou desprezo.
Pai e mãe em seus melhores momentos de paixão, semeiam a semente chamada filho.
Desde o primeiro dia , sofrem em desejar que nasçam com saudade e um mundo melhor.
Pais trabalham em jornada cansativa , para não faltar o bem estar.
Amam beijão, agrada se faz de tudo ter sorriso de seus filhos , alimenta e protege a sente semeada para que se tornem grandes e produza amor e devolva em sorrisos.
Pais perdem as noites de sono desde 1 dia de nascimento até o dia que sai de casa, mesmo saindo de casa não deixa de se preocupar, é uma preocupação eterna.
Mas mesmo anos de amor , de preocupação, amor e ainda é frágil. Em simples discordância ou a palavra não gostei da sua atitude , a distância começa construir muro de silêncio até que não devem mais na vida.
Mas com muito custo , o amor começa a brotar e florir , com novos frutos , eles começam a entender o amor que não os deixa dormir .
Tempo não espera , amor vira tatuagem com a frase amor eterno, e a lembrança de beijo frio na testa.
24.12.22 M3qu1n1 A13X A.:t.:d.
Sentimento
Direito reservado..
AS MÃOS DE MEU PAI
As mãos de meu pai possuem calos e visíveis veias.
Mãos que seguraram meus braços, mãos de quem guerreia.
Que doem com os machucados da enxada, da picareta, de capinar terrenos.
De orar por provisão, de chorar quando só Deus estava vendo.
A vizinha se desesperou, matou os filhos e se suicidou, todos tomaram veneno.
Há coisas que nunca me contou, mas muito sofrimento aquele olho já viu.
Corajosas, aquelas mãos construindo a casa, chegou o inverno e a casa caiu.
Frustradas outrora, quando nada tinha para tomar café.
Faltou pão, faltou água e até eletricidade, não faltou a fé.
Nadavam em direção ao barco, para buscar o sustento no mar.
Câimbras musculares, língua embolada tentando gritar.
Socorro! Um barco, dois jovens aparecem e acodem.
Lágrimas e risos de alegria pela vida poupada eclodem.
Aqueles calos acompanhando um olhar para baixo de insatisfação.
O palito de dente, partido em milhões de pedaços, esmagado na mão.
Potente, resistente e exemplar. Um guia, um líder, um norte para imitar.
Foi o resultado, o produto de um labor daquela mão a sangrar.
No remo, na pá, no tijolo e cimento, buraco cavado, é mais um pilar.
Agora não é só início de derrame, braços formigando, joelho a cambalear.
É a guerra dos anos, afetando a rótula, o sangue, mas nunca o sorriso.
Pronto, soldado, amigo, professor se for preciso.
Voa sentado, andando, em minha mente vem me abraçar correndo, assim como o cavalo galopa.
As mãos de meu pai, criaram gaivotas, que voaram do Brasil, tiveram filhotes na Europa.
Lá dói a saudade, onde beira o frio que congela o rio e embranquece a montanha.
Conto para todo mundo, que lá no norte tem sol e praia, boa comida e peixe assado na banha.
E também tenho amigos, parentes, gente feliz, adultos e crianças.
Mas as mãos de meu pai, que me fazem tanta falta, é a minha maior lembrança.
Sergio Junior
E a fila andou
A fila andou,
era assim que Fátima dizia,
só que ela estava na fila
e eu não sabia,
um dia, depois de muito sofrimento,
a morte tirou-lhe a vida.
foi embora para sempre
a minha esposa querida.
O que ficou foi tristeza
Amargura e muita dor,
um vazio indescritível
um angustia persistente
do meu amor ausente,
de tudo que fomos nós.
A fila andou, sim senhor
e me deixou de presente
um lar que um dia foi da’ gente
e que agora não tem nome,
vazio e só tem lembranças
de tudo aquilo que fomos.
Quando será a minha vez?
Pai,
Meu amor pelo senhor, é eterno!
Nunca vou me acostumar com a sua partida... Me ensinaste muitas coisas, menos a despedida!
A saudade vem me visitar todos os dias,
E nem sempre, pai, é fácil não chorar,
São muitas as lembranças ao seu lado...
Sabe, pai, houve muitos momentos marcantes, quando o senhor ainda se fazia presente entre a gente. Que precisaria de muitas páginas para descrevê-los todos...
Adorava ouvir suas histórias: que iam da infância à juventude, dos meus avós, das suas labutas e aventuras na mata, das lendas e crenças... Elas sempre me fascinaram. Desde pequena. Talvez por isso, pai, eu goste tanto de histórias...
Pai, por que a infância corre sem freio?
Pai, por que o senhor partiu tão cedo?
Tudo que o senhor contava me fascinava: ouvidos atentos e olhos compenetrados. Nunca saia do seu lado...
E quando vencida pelo cansaço, o senhor me carregava no colo e logo me agasalhava, com bastante cuidado para não me acordar.
Disso, pai, nunca esquecerei: colo de pai.
Queria que o tempo voltasse,
Queria que minha família nunca se separasse,
Queria que tudo não passasse de um sonho,
Que pela manhã, assim que eu acordasse,
O senhor, conosco, em casa se encontrava.
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