Textos de Sábado
***PRECE DO DIA 05/10/24 SÁBADO***
Assisti um filme onde uma criança disse a seu pai: papai do céu é ruim, não gosto dele, levou a mamãe para ser estrela, não quero estrelinha, quero a mamãe. Algumas vezes, gostaríamos de sermos crianças e falarmos igual. Porém, através da religião (seja qual for) aprendermos que é assim, que Deus sabe o momento exato de deixarmos essa carcaça e partir para um outro plano. Não tem idade nem tempo para a passagem. Aprendemos que devemos obedecer a Deus. Esses momentos são muito difíceis, é nesses momentos que provamos ao pai o quanto o obedecemos. Pai ensina-nos aceitar a sua vontade acima de tudo. Agradecemos cada dia que nos dá a oportunidade de cumprirmos as nossas missões e aprender. Abençoe os nossos entes queridos. Seguimos avante te louvando hoje e sempre amém!
Sábado é o dia para quem
pode acordar devagar,
e para quem não pode
buscar a marcha desacelerar
para descansar do cotidiano
que vem sendo exigente
crescentemente ano após ano;
O importante é não parar
e não desistir de buscar
com o quê se alegrar
e tudo aquilo que pode
o seu caminho pacificar.
Sábado ou Domingo
Sábado ou Domingo?
Há muitos cristãos que reivindicam que o dia que se deve guardar é o Sábado e não o Domingo. Neste caso estou falando dos Adventistas do sétimo dia! Ora com efeito a Tora, ( Velho Testamento ) e mesmo o Novo Testamento nos confirmam que o povo de Israel no período antes de Cristo guardava o Sábado conforme a obediência a lei. Os cristãos no novo testamento, segundo as escrituras e nos ensinos das mesmas, também na sua maioria, guardavam também o Sábado.
Mas o que diz a Bíblia sobre isto? Deve-se guardar o Sábado ou Domingo? Primeiramente devo dizer que no Velho Testamento, " Guardar o Sábado" significa antes de tudo " Fidelidade" e "Obediência". O que Deus queria era mesmo, no fim de contas a Obediência do povo à sua palavra. Guardar o Sábado significava no seu todo " Ser obediente a Deus". Muito mais do que guardar um dia, era também muito importante " Ser fiel a Deus". Estar no Sábado, era estar em descanso. Mas só pode estar em descanso, ( Na paz de Deus ) aquele que obedece a Deus. Então desde já podemos concluir que o mais importante, é obedecer a Deus. Sendo assim, era importante não guardar um dia, mas guardar todos os dias ou seja, quem guarda o Sábado, devia guardar todos os outros dias. Estar no descanso era sobretudo usufruir da paz de Deus! Por isso nesse dia, Jesus Cristo fazia também o bem. Por isso não violava o Sábado. Em todos os dias devemos fazer a vontade de Deus, mesmo no dia de Sábado! Por isso Jesus Cristo é Senhor do Sábado. Concluindo Devemos guardar todos dias.
Em todos os dias fazer algo. Fazer o bem! Isso sim é guardar o Sábado. Portanto devemos ser fiéis a Deus todos os dias da Semana! Quem guarda o Sábado, deve guardar todos os dias! Quem guarda o Domingo deve guardar todos os dias!
HelderDuarte
Em um belo sábado, meu pai me enviou uma imagem,
Ao abrir, uma flor radiante, a gerbera, em sua linguagem.
Perguntei-me qual seria o significado desse presente,
E mergulhei na busca por sua conexão envolvente.
Descobri que a gerbera é símbolo de alegria e vitalidade,
Um lembrete da beleza efêmera, da vida em sua plenitude.
Assim, entendi que essa flor era um convite à vivacidade,
Ao colorir meus dias com o brilho da felicidade.
Cada pétala, um lembrete do poder de renovação,
Uma inspiração para abraçar cada momento com paixão.
Desde então, a gerbera se tornou mais do que uma flor,
É um lembrete constante de viver intensamente, com amor.
Bom dia!
Que neste sábado, a presença de Deus ilumine cada passo seu, enchendo seu coração de paz e esperança.
Que você possa sentir Sua amorosa proteção e enfrentar o dia com a certeza de que Ele está ao seu lado, guiando seus caminhos.
Tenha um sábado abençoado e cheio de bênçãos divinas!
Alguém sabe que dia é hoje ??
É um dia comum como qualquer outro
Não a nada de novo um sábado comum
Porém me deu vontade de escrever
Já faz tempo que não o faço
Isso não é poema ou poesia
Não é nenhum soneto
O fato é que cada dia que passa
Me sinto mais vivo realizado
Forte e revigorado
Como um soldado voltando pra casa depois de uma grande guerra
Até parece que estou voando
Pairando a beira de um abismo
Mas não se espante não to com medo
Eu estou voando seguro não vou cair
Mas consigo ver lá embaixo
Por lá não tá tão bom como aqui
Parece uma guerra mas sem armas
E não são duas equipes uma contra a outra
É cada um por si uma contra a outra
Mas porque brigam porque estão se estapeando
Da pra ouvir da qui parece que estão brigando pra ver Quem tem mais direito quem pode e quem não pode
porque não se resolvem tds podem e pronto ou que não podem, não são todos iguais ?? porque um tem que poder mais que o outro ??como eu queria que estivessem aqui em cima espero que um dia eles se entendão e percebão que são todos iguais independente das diferenças todos podem todos tem o mesmo direito e todos não passamos de um saco cheio de vermes
SOLIDÃO DA QUARENTENA
Para meus amigos das noites de sábado
Hoje meu jantar, foi uma simples omelete com pão que preparei. Abri uma garrafa de vinho que já estava na geladeira há mais de mês. Abri-a vagarosamente, para não romper a rolha, mas também para fazer uma reverência ao instante em que ali eu me encontrava.
Eu estava só. Escorri o líquido e fui sorvendo-o sem ater-me muito ao sabor, mais àquele estranho momento. Quis brindar à minha solidão. À quarentena imposta sem muita explicação. Aos sorrisos que me faltaram na hora, aos abraços que me foram exilados.
Eu brindei sim, ergui a taça e, de repente, me vi dentro dela, com minha agonia, com o meu medo de não saber se ainda terei a oportunidade de brindar com meus filhos, familiares e amigos. Oportunidade de tomar um porre e rir , rir muito, como fazem todos os que se excedem na bebida. Mas não, eu chorei, chorei sozinha, copiosamente, com pena de mim mesma, por não saber me livrar dessa convulsão que por hora assola toda a humanidade.
Tim tim 🥂
melanialudwig -
21:40h - 03/04/2020
CORPORE
Tudo começou numa tarde de sábado.
Tinha agendado um atendimento no seu espaço.
Ainda me lembro de cada movimento e palavras trocadas.
A energia que circulava no ambiente e aquela luz, que parecia uma sessão de cromoterapia.
Muitas coisa foram ditas que alcançou uma profundidade na qual eu não sabia que era possível.
Solidão, bem, oportunidade, rasteira, oportunismo, família e outras coisa que não podem ser ditas.
Acabei no meio do caminho desejando um relacionamento que talvez nesta vida não se concretize, mas na próxima quem sabe.
Não pude me despedir de uma maneira adequada, mas logo te encontrarei no caminhar da minha estrada.
THIAGO RIBEIRO DOS SANTOS
02/08/2020
Sábado, início de uma noite maravilhosa em plena primavera quando me preparava para o mesmo ritual de dantes senti uma certa preguiça e acreditei que um dia sem aquela monótona rotina não faria diferença, dentro do casebre um silêncio ouvia barulho de grilo e coruja , sempre fui compenetrado em tudo que faço mais para minha surpresa este dia quebrei o protocolo e a exaustão falou mais alto estava estampada em meu corpo, nós animais racionais sempre somos assim "valentões" kkkk não tememos o breu da noite, uma barata voadora, uma noite chuvosa com raios e trovões, vultos na rua receio de encontrar uma alma penada, se é que existe espírito ruim RS RS , na madrugada a minha imprudência trouxe uma certa surpresa por volta das 04:55 ouvi passos pela escada, lembrei que não era mais criança e reprimi o meu sexto sentido o barulho nos degraus persistiu pensei em abrir um olho mais me contentei que era apenas um sonho na casa só ouvia som de respirações anunciando um boa noite de sono por outro lado eu estava inquieto o meu espírito me alertava não podemos ignorar esses sinais comecei ficar impaciente na cama quando ouvi gritos na cozinha mais que depressa corri em direção ao sinistro para minha surpresa a porta que da acesso a escada estava aberta vi um vulto no último degrau peguei minha arma e subi correndo igual um louco quando o indivíduo subiu o telhado da residência vizinha carregando algo pensei em atirar mais não tinha certeza se ele estava armado e não queria acordar a vizinhança pensei subir no telhado também mais com estou acima do peso kkk voltei para sala abri a porta e portão eletrônico sai como um luz corri meio quarteirão descalço e o meliante correndo sobre os telhados no meio da quadra ele foi inteligente pulou de um telhado para o outro tive que dar a volta na quadra corri 100 metros em 7 segundos quebrei Record mundial que era do Bolt já ofegante e com alguma esperança de encontrar o meliante fiz um adentramento tático em três casas em construção procurei em alguns terrenos vazio e para minha tristeza um gato viralata cassador covarde kkkkk fez sua refeição comeu minha calopsita
Ass. Gilson de faria
Sábado, 21 de março de 2020. Estamos de quarentena. Um vírus que apareceu na China se espalhou rapidamente por todo o mundo. Milhares já morreram e outras centenas de milhares estão infectadas.
Estou na América do Sul, onde o vírus chegou há menos de um mês. No Py , país que eu estudo e moro, já são mais de 22 pessoas infectadas e, infelizmente, 1 morte já perderam a vida. Hj é mas um dia.
Estamos trancados em nossas casas. A capital do Py-assunção cidade está deserta. Parece filme de terror, mas é real. Estamos com medo do vírus que só ouvíamos falar pela tv. Ele está perto!
. A música silenciou nos bares da cidade. As ruas desertas denunciam o medo dos inocentes que estão presos sem nada dever.
O noticiário só informa o aumento de casos. Mais gente infectada. Mais mortes. Mais medo!
Ficar trancado em casa já não é seguro. Dr. vamos pra colônia!
As autoridades apenas recomendam ficar em casa e lavar bem as mãos.
Nas farmácias não tem álcool em gel. As últimas unidades foram vendidas pelo triplo do preço normal. É o capitalismo aproveitando a ocasião.
Se alguma coisa boa trouxe o vírus? Ora, as famílias estão mais unidades, o povo tá orando e acreditando mais em Deus; tem gente lendo mais, falando menos, ouvindo e refletindo o quão frágil é a raça humana.
O silêncio é quebrado pelo barulho da chuva. As estrelas não quiseram aparecer essa noite. A cidade já dorme, sonhando acordar com boas notícias.
Deus, estamos em tuas mãos. Nos guarde!
Assunção Py/ 20/03/2020.
Israel Colim
Tu que nunca serás
Sábado foi caprichoso o beijo dado,
Capricho de varão, audaz e fino
Mas foi doce o capricho masculino
A este meu coração, lobinho alado.
Não é que creia, não creio, se inclinado
sobre minhas mãos te senti divino
E me embriaguei, compreendo que este vinho
Não é para mim, mas jogo e roda o dado...
Eu sou a mulher que vive alerta,
Tu o tremendo varão que se desperta
E é uma torrente que se desvanece no rio
E mais se encrespa enquanto corre e poda.
Ah, resisto, mas me tens toda,
Tu, que nunca serás de todo meu.
Sábado Santo -
(... de Aleluias)
Sábado Santo! Dia de silêncio ...
Jesus morreu por nós! Meditemos ...
Tudo está fechado em redor - ao redor
de cada um!
Foi traido pelo mundo.
Negaram-lhe uma estrela.
Mais longe foi seu grito d'infinito ...
Os tumulos estão fechados!
Os mortos em suspenso!
Tudo parado à meia luz ...
E onde está Jesus?! Onde?!
Eu não gosto de Sábados!
Sabem a despedida ...
Porque lhe chamam santo se nele
somos impotentes?!
Já não sei a quem rezar!
Não há gaivotas nem marés ...
Jesus mandou-nos esperar.
A espera é tranquila, porém, triste.
Não lhe vejo ter um fim ...
De que valia dizer-lhe que não fosse,
era seu, o destino de ter que ir ...
Não gosto deste Sábado!
Quero um amanhã mais cheio de poesia
sem morte nem silêncio.
Porque esta é a noite em que a vida gera
Vida!
A morte é decepada ...
O negro cortejo de sombras desvanece ...
Aleluia! Vai-se a noite, virá o dia ...
Era sábado, a noite não era mais quente do que todas as outras noites de outono, e uma brisa sutil, entoava o ritmo das noites boemias.
A Lapa brilhava em seus muitos tons, dos sambistas altivos em seus velhos ritmos que agitavam os bares, até as damas da noite, que satisfaziam corpo e mente dos afortunados ou não.
Era inegável, no entanto, a magia das noites cariocas. Magia essa que levava os mais variáveis públicos até seus braços, os braços da cativante noite envolta em cerveja e no batuque dos pandeiros.
Carlos não era um homem muito diferente de qualquer outro que apreciava a companhia sistemática de ninguém menos que ele mesmo.
Vivendo o que ele viveu e passando o que passou, seu copo e cigarro eram melhores que qualquer papo que tirasse a poeira da rotina, ou ouvir um amigo falando sobre o espetáculo de Garrincha contra o Flamengo no Maracanã.
Ele se sentia bem na sua própria companhia. E normalmente acompanhado de seu inseparável caderno de notas, o qual escrevia seus romances e infortúnios da sobriedade.
Lembrou-se de uma situação que viveu quando tinha seus 23 anos. Amores de juventude normalmente eram indícios de problemas, principalmente se o resultado final era estar sozinho num sábado a noite.
No entanto, Carlos apreciava as memórias de quem fora importante em seu passado.
Angélica foi seu grande amor, provavelmente o maior de todos os amores, motivo de seu sorriso e embriagues.
Conheceram-se na faculdade de jornalismo, sendo ele o aluno de tal curso, enquanto ela cursava medicina veterinária.
Não era diferente de uma típica menina dos anos 60, onde o amor pela natureza e seus animais era o ápice das relações humana.
No entanto, algo havia cativado o coração de Carlos. Ela fazia com que todas ações que pareciam comuns, tomassem formas absurdamente especiais. Ela sorria de forma diferente, e o cumprimentava de forma diferente, sendo simplesmente diferente de todas.
Ele, por outro lado, resguardava a timidez, característica de sua personalidade frágil com relação ao que não compreendia.
Era um rapaz altivo, porém, jovem. Tinha pressa de conhecer e saber as coisas do mundo, garoto suburbano de pais humildes que trabalhavam para que ele pudesse completar os estudos.
Certo dia, no verão de 67, num Brasil onde todas as palavras precisavam ser medidas, desmediu um ato. Decidiu que Angélica não seria mais sua relação do imaginário. Esbarrou quase que propositalmente nela no meio do gramada da Universidade, e disse:
_Perdão! Desculpa mesmo incomodar. É que eu te vejo sempre, e bom... Você nem deve saber quem eu sou, mas...
Prontamente, foi interrompido por ela:
_Você é o Carlos, eu te conheço sim.
E sorriu. Sorriso esse que queimava no coração dele como uma tocha de coragem, um farol entre seus pensamentos de medo da rejeição. Coragem para fazer a tal pergunta:
_Não aceitaria sair? Eu conheço um barzinho legal na Lapa, com viola e cerveja.
Ela aprontou um amplo sorriso, pois percebia o nervosismo do garoto e apesar dos pesares, ele estava ali, tremendo mas com muita coragem em sua tremedeira.
_Vamos! Ela respondeu.
Prontamente se despediram após marcarem o horário de encontro. Era fim de semestre, quando qualquer aula perdida poderia ser prejuízo.
Eram 22:00 da noite, e a Lapa reinava sublime. Era o auge da Bossa de Vinícius e Tom, que ecoava nos ladrilhos históricos, em nuances carnavalescas com o samba raiz que o carioca entoava com um hino.
A alegria dos presentes era visível. Casais dançavam juntos em bares, com suas bebidas. Rapazes em seus ternos polidos e moças em seus vestidos de cores tão diversas, que eram uma atração visual, um Taj Mahal arco-íris.
Ele já estava lá quando ela chegou, havia separado uma mesa pequena para dois, aconchegante o suficiente para equilibrar conversas como vida, amores, futuros projetos e etc...
Ela falava, ele bobo, olhava e admirava como se fosse a própria rainha da Inglaterra que estivesse discursando particularmente para um único súdito.
Era normal. Todo homem apaixonado cria para si a ideia de um momento, um momento que ele vê como algo possível, mas improvável. Ela estar ali, se divertindo com ele era o algo impossível de se imaginário.
Perdeu o controle quando viu que ela sabia seu nome, e perdeu o jogo quando ela aceitou o convite. Estava totalmente entregue.
Dançaram por horas. Entre pausas e danças, fluiu uma pergunta vinda da moça:
_Acha que o amor é pra todos?
Ele ficou sem resposta, de pé, encarando-a. Então disse:
_Acho que tô prestes a descobrir.
Aquele foi o gatilho, o estopim dos muitos sentimento. O amor era o sentimento sublime que construiu a maior parte da filosofia poética, ferindo de morte os corações desavisados, no crepúsculo da inocência que circundava o homem.
Beijaram-se como casais bem mais antigos, como se estivessem juntos a décadas, uma conexão extremamente rara, uma rosa nascida no concreto dos dias ácidos que corroíam a nação.
Mas brotou, com a força dos bárbaros, e a leveza dos artistas.
Já estavam juntos à 3 anos, e em 1970 era ano de Copa Do Mundo. Ele já era um médico iniciante que acabara de receber uma proposta que poderia mudar sua vida completamente.
Seus muitos contatos universitários trouxeram a ímpar oportunidade de um intercâmbio na Universidade de Cambridge, uma das mais renomadas do mundo. E uma oportunidade tão incrível, poderia não ocorrer duas vezes.
Correu até o apartamento que tinham em conjunto, era pequeno, sem muito brilho, mas era dos dois. Aquele pedaço de paraíso como costumavam chamar. Esbaforido, e exausto de tanto correr para chegar e anunciar à sua amada a notícia tão aguardada.
Ela pressentiu e com um sorriso e olhos marejados entendeu o que ele pretendia dizer no momento em que abriu a porta.
_To contigo! Vai viver nosso sonho, amor. Estarei aqui quando voltar.
Arrumaram as malas juntos, e se encaravam, rindo copiosamente da situação. O sonho de um era o sonho do outro. A distância seria vencida no devido tempo e em seus moldes.
Desceram as escadas do apartamento, e em suas alegrias que se misturavam com a festa pelo gol salvador de Jairzinho, partiram para o aeroporto.
O check-in foi feito assim que chegaram.
_Me responda sempre que possível. E use os casacos, lá é inverno.
_Eu sei, amor.
Ele respondeu.
_Assim que chegar eu dou um jeito de falar com você.
Ela assentiu com a cabeça, como quem entendeu.
_Te amo, lembre-se disso antes de dormir e ao acordar. Você é único, é tudo.
Ele não respondeu. Sua solitária lágrima que delicadamente escorreu de seu rosto, seguido de um beijo.
_Você estará comigo em cada momento.
Respondeu olhando repetidamente para trás e dizendo "eu te amo" em sussurros, até entrar no avião. Partindo para o grande momento.
Depois de 1 ano nos Estados Unidos, correspondiam-se com frequencia. Mas naquela manhã fria e de neve, recebeu um telefonema que não esperava. Era seu pai:
_Oi filho. Eu preciso que volte para o Brasil. É a Angélica, ela...
Relutou em dizer.
_Pai, o que aconteceu? -Disse ele assustado.
_Ela... teve um mal súbito, filho. Encontramos ela caída no apartamento. Eu sinto muito, filho. Ela não resistiu.
Soltou o telefone naquele momento, se negava a acreditar, enquanto gritava encolhido no chão da universidade. Nunca imaginara um mundo onde Angélica não estava, e aquilo doía de formas que a morte seria melhor.
Foi para o alojamento e arrumou suas malas com a ajuda dos colegas. Lembrou-se que sua ajudante na última vez que fez aquilo nunca mais o ajudaria. Sentou-se no chuveiro e por meia hora ficou lá. E suas lágrimas confundiam-se com a água que caía, e que por capricho, não escorriam seu sofrimento até o ralo.
Partiu para o Rio de Janeiro no mesmo dia. 12 horas depois, chegou a um Rio que não era semelhante ao que viveu. Chuvoso e frio, como se o céu sangrasse por ela.
Ele negava-se a entrar na igreja onde o corpo era velado. Como crer naquilo? Era ela, a pessoa que mais amava em todo o mundo, e que 3 dias antes havia falado com ele.
Olhou-a distante, de longe, estava linda, uma flor pálida.
Carlos saiu durante o enterro e seguiu até um lugar comum para ele, a Lapa.
Naquela noite não houve samba, não houve músicas e alegria. Era só ele, sua dor e sua lembrança.
"Lembre-se que te amo, quando dormir e ao acordar."
Lembrou-se disso todos os sábados a noite, por 30 anos, quando ia para o mesmo lugar onde se conheceram. Pedia 2 copos de cerveja e um sempre terminava a noite cheio.
"Realizei nosso sonho, meu amor."
Ele conheceu outra pessoa, a qual amou e construiu família. Mas nunca amou como aquela a quem amou na juventude. Nunca houve outra Angélica.
Nem as rosas pouco falantes de Cartola expressavam sua dor eterna, tão eterna quanto seu amor e gratidão.
Primata Moderno
Eu estava bem no meu sossego da manhã de sábado, exercendo o meu compromisso afetivo diário com um pouco de leitura útil; estava lendo as primeiras cinquenta páginas de "Uma Breve História do Mundo", do historiador australiano Geoffrey Blainey.
E então, fui subitamente interrompido pelos berros insolentes e vexatórios de uma jovem filha adulta e dona de casa, que agredia, constrangia e intimidava verbalmente a mãe idosa que mora com ela, conspicuamente debilitada.
"Vai tomar no c*", "vai se f****" e "veia chata do c******" foram as palavras de ordem. E sucederam-se coisas piores! E ainda continuou!...
Depois de todo esse aviltamento, não consegui mais me ater à minha meta diária de história útil; hoje, ironicamente, sobre o ser humano.
Ser inconvenientemente resgatado da imaginação de 2 milhões de anos atrás, quando primitivos caçavam nozes em colônias de família, e trazido de volta para a realidade das famílias de hoje, é grosseiro demais para qualquer primata moderno com alma e espírito.
(Edilson Costa, 6 de Junho de 2020)
O primeiro carro da familia Mattos (nossa)
Um dia especial, um sábado. Então, , ali estávamos nós; eu, meu irmão Mauricio (in memorian) e o Fusca, este ainda meio cansado da viagem, que tinha sido cansativa e cheia de aventuras, O Fusca, ainda quente da viagem, vez ou outra dava o ar da graça com uns rangidos e pequenos tremores. Mas como começou esta história, que ocorreu há muitos anos ? Foi assim:
Depois de um tempo em São Paulo, meu irmão conseguiu comprar o primeiro carro da família.(lado pobre) Como não podia deixar de ser: um Fusca 67, azul , muito lindo, o mais lindo do mundo. No dia da compra nem trabalhamos direito. Aquela espera angustiante de estar com o carrinho. Era quase noite quando meu irmão pegou o dito cujo. Tudo certo. Ajeitamos as nossas malinhas na porta mala, A gente, naquela época, tinha mais felicidade do que coisas para carregar. Pegamos os nossos convidados, três, e.... estrada. Assim que escureceu, cadê a luz dos faróis? Uma claridade bem fraquinha, mas nada que um eletricista de estrada não resolvesse. Um par de faróis "tremendão", moda na época, que custou uma boa parte das nossas economias reservada para a viagem. Resolvido o problema, pegamos estrada novamente. Só alegria. Depois de viajarmos uns 250 km mais, próximo à Avaré, um pequeno problema? Furou um pneu. Coisa simples de resolver, só trocar e seguir viagem e, boa. Abre capô, tira as malinhas. Eram tantas que cobriam o estepe. Estepe na mão, vixe! vazio. Na pressa da viagem não verificamos as condições do referido pneu... Madrugada, fria, Mês de junho e nós lá, eu e mais um amigo pedindo carona para chegar até um borracheiro, sabe lá aonde. Depois de uns minutos, parou um caminhão cegonha. Aquele que carrega carros. Sem muitas explicações, o motorista do caminhão mandou que subíssemos na carroceria. Se Parado já está frio com o caminhão em movimento a coisa piorou e muito. Rodou uns dois quilômetros, parou e nos chamou para dentro da cabine aquecida. Logo encontramos um posto com borracharia e restaurante. Enquanto arrumava o pneu aproveitamos para tomar café. O motorista, igual a todos motoristas de caminhão, conhecia todos os outros motoristas de caminhão e logo encontrou um que estava indo no sentido contrário ao dele. Ficou fácil, O outro motorista nos deixou perto do fusca e ainda ficou com os faróis do caminhão acessos para facilitar a troca do pneu do fusca. Ao sair, enchemos ele de agradecimento e... estrada novamente. Como morávamos todos em Santa Mariana, a distribuição dos três amigos foi rápida.
Sempre que voltávamos para nossa casa, saindo de São Paulo, a gente avisava nossa mãe. Que castigo!! Ela ficava `a noite toda nos esperando. Mas fazer o que? Mãe é mãe. Bem, dormimos um sono rápido, café de bule, e a missão maior: mostrar o fusca para cidade. Afinal, ele era o objeto de desejo para muitas pessoas. Era muito difícil ter um carro naqueles tempos. O coitado do fusca ainda estalava, resultado da viagem longa. Azar do fusca, tínhamos coisa a fazer. E lá Fomos nós! Meu irmão dirigindo e eu de carona. Paramos em frente ao Cine Plaza e ficamos do lado de fora com aquele sorriso de felicidade, igual ao de criança quando ganha presente. Não demorou muito e chegou um conhecido(nome deletado por ordem judicial)., Para o nosso padrão de vida, da época, ele era milionário. Nem cumprimentou a gente. Ficou olhando para o fusca e fez a pergunta ferina: --"Ué, a firma que você trabalha deixa você viajar com o carro dela ? Tudo bem que o carro ainda não era da família Mattos lado pobre,. Era da financeira e faltavam vinte e quatro prestações, de um numero de vinte quatro para serem pagas, mas ele não precisaria ser tão maldoso. Tirou nossa alegria. O dia ficou triste. Perdemos a vontade e voltamos para casa, ficar perto da mãe. //I
O PASSAGEIRO DA AGONIA
Nunca gostei de carnaval. E depois dessa paradinha... Num sábado de Zé Pereira resolvi pagar uma fatura do IPTU, tinha esquecido, podia ter deixado para quarta-feira, mas, muito certinho, pontual em meus compromissos, com medo de pagar juros, fui no sábado mesmo, quase carnaval, mas no Brasil tem isso não, de depender é carnaval o ano inteiro. Resolvi ir, fui no guarda roupa e peguei a primeira camisa que me veio a mão, casualmente uma camisa do Náutico, time pelo qual nutro alguma simpatia, torcedor muito sem graça que eu sou, nem de pé de rádio, não sei nem quando o time joga, as vezes por acaso, é que eu confiro no outro dia no Esporte Espetacular, o resultado. Essa camisa dez reais me custou, da marca peba mesmo, pus uma bermuda jeans e chinelas havaianas, tava arrumado. Chegando ao terminal de ônibus, embarquei no coletivo, coletivo de arruaceiros, todo mundo vestido de galo, com chapéu de galo, camisa de galo, e eu o estranho do ninho , naquele bloco em movimento, a caminjo do desfile do Galo da Madrugada, sentei-me na ultima cadeira, maior algazarra, gente pulando e gritando, feito uns selvagens enlouquecidos. Logo que a condução saiu, um fortão trajando uma camiseta do Sport, desses bombadões, exibidos, de academia plantou-se no degrau da porta trazeria com uma lata de cerveja na mão a ameaçar o motorista: - Motorista, filho de alguma coisa... Vá direto viu, se parar, vai ver! Oxi já não ia descer mais onde eu queria. E aquele expresso da agonia chegando nas imediações de Água fria, um moreno disse pro fortão: - Ei cara! Tu não pode fazer isso não. Impedir que os outros desçam. Boa Moreno! O fortão gritou: - Vai me impedir? - Vou, vou descer agora! Eita, fechou o tempo! Dá-lhe moreno! Mas... Ahhhhh.... Era brincadeira! Muito engradados, morri de rir. Mais adiante uma mocinha desse grupo, disse manhosa: - Ai fortão, tão mexendo comigo, um cara do Santa Cruz na rua, ai o fortão esbravejou: - Se eu pega um torcedor do Santa Cruz ou do Náutico, eu rasgo a camisa e deixo ele nu! Eita, lembrei que eu tava vestido com a camisa do náutico bem na cadeira ao lado dele, rapidamente, a fiz desliza, num movimento contrario a lei da gravidade, devagar por fortão não perceber, a fiz deslizar, subir minha cabeça, feito uma cobra coral rodeando meu corpo. Cala boca, cobra coral é o mascote do Santa Cruz, que desceu e se escondeu entre mim é um rapaz do lado que não sei de que time era e fiquei sem camisa. Na rua, em hipótese alguma, ficaria assim, mas dada a circunstâncias , vale tudo, é carnaval, sou folião desde que nasci. Que agonia! Queria que chegasse logo a hora de desembarcar e rir disso tudo, mas na ocasião tava tenso mesmo, torcendo que acabasse logo aquele pesadelo, correndo risco de morte, e o motorista nem ai, parar nem tava doido, Galo da Madrugada direto, expresso. Chegando finamente no centro da cidade, desceu todo mundo, só ficou eu, o cobrado e o motorista, ai que me encorajei de vesti a camisa. Quando o ônibus saiu, desci na agencia bancaria que ia anteriormente no meio do caminho, aconselhado por um senhor, do lado de fora, que saísse logo por causa de arrastões. Por isso, na semana de carnaval, eu hiberno na sexta feira e só saio prana quinta, e olhe lá.
E lá vêm ela...
Uma bela manhã de sábado caminhando entre os mortais:
E lá vêm ela, ostentando toda a sua beleza, com aquela delicadeza no seu jeito único de andar (desfilar) e um toque sútil de inocência no seu jeito de olhar.
E lá vêm ela, sorridente e graciosa, conectada com o melhor da vida, não é por acaso, pois sabe que foi a escolhida por Deus, para os coração alimentar.
E lá vêm ela, perfumada e cheia de cores, tão linda e perfeita quanto a rosa mais bonita de um belo jardim.
E lá vêm ela, envolvente e vibrante, mulher que desperta as paixões adormecidas e queima a carência das mentes amantes.
Empoderada e completa, cheia de atitudes e valores, ela vêm caminhando no nosso mundo abstrato realizando nossas fantasias com um enorme espírito de caridade e fogosa animação.
O HOMEM DO VALE-TRANSPORTE
Quando eu era pré-adolescente, nos meus 14 anos, todo sábado ia ajudar minha tia a trazer uns pacotes para abastecer um armarinho que ela tomava conta. Reparava sempre, no meio do caminho, num cidadão magro, moreno, alto, na conhecida Praça do Diário (Praça da Independência), pedido vale transportes, uma vez até eu dei ao pobre, mas ficava meio assim... (Todo sábado lá, e ele vem pro centro da cidade só com a passagem só de ida e fica pedindo a de volta. Estranho. Ai fui sacando a dele, o cara ia pedindo com uma mão, com cara de choro, nem falar falava, só balbuciava algo incompreensível, e juntado com a outra, daqui a pouco ele começava a vender o que tinha juntado, recebido). Não é que um tempo desses e o entrecortei na Rua da Concórdia, incrível, e pedindo passagem ainda, e me pediu passagem, quer dizer, agora dinheiro, melhorou, não se usa mais vales-transportes. Eu disse: Me erra cara! Te conheço desde menino! Ele não se fez de rogado, virou pra outro lado e continuou pedido a outras pessoas. Hoje, pela manhã, no comecinho da rua Nova Nova, pasmem! Tava ele lá! O próprio! Tirei até uma foto pra guardar de prova, com os cabelos agora já grisalhos, compleição física, no entanto a mesma, sequinho, sem barriga, pedindo passagem ainda com cara de choro e a pouca voz, vida toda. Daqui a pouco se aposenta nesse ramo. Mas o Brasil tá de um jeito tal, atualmente, que ele até dá pena, face ao atual cenário de corrupção desmedida. Tantos agindo sem tanta visibilidade, sem tanto esforço. Subtraindo mais, incomparavelmente mais e saindo bem na foto, posando de bom moço, bem vestidos, nos enrolando direitinho, roubando algo mais precioso: nossa alegria, tranquilidade, respeito, nossa paz, boa fé, nossa confiança, nossa esperança, crença nos homens de boa vontade.
(18.02.2017)
Sexta-feira.
“E a sexta chegou.
Uma velha musa,
Anunciante do desejo
De um sábado longo.
Começa com um amor
Após a meia noite,
Perdura pela madrugada
Amanhece com
Braços envoltos.
Lençóis de linho
Amarrotados.
O sábado é bom,
Mas o prenúncio da sexta
É tão bom quanto.
Sexta já começa bem.
Literal e sentimental.
Podemos então atrelar
Sexta e sábado,
Como desejo e vontade?
Creio que sim.
E seguimos então
Semana adentro.
Já é quase domingo
E resta saudade dos
Dois dias passados.
Tem nada não,
A esperança só dura
Cinco dias.
E poderemos matar
A saudade do desejo
De novo.
Na verdade, esse
Desejo não cessa.
Mas sabe como é sexta feira né?
Gostosa como você!”
O Carpinteiro.
Reflexão para o Sábado de Aleluia
O Sábado de Aleluia é um tempo de pausa sagrada. Após a dor e o silêncio da Sexta-feira da Paixão, somos convidados a permanecer em quietude, refletindo sobre o mistério da vida, da morte e da promessa de ressurreição.
Neste dia, Jesus está no sepulcro. Tudo parece ter terminado. Mas é justamente nesse silêncio que Deus trabalha de forma mais profunda. É no aparente vazio que germina a esperança. Assim como a semente precisa ser enterrada para florescer, a vida nova precisa de um tempo de espera para se revelar.
Que neste Sábado Santo possamos confiar, mesmo sem ver. Que nossa fé seja como a da Maria, que mesmo na dor, guardava no coração a promessa. Que nosso coração esteja em silêncio, mas cheio de expectativa. Porque sabemos: o domingo vem. E com ele, a luz que vence todas as trevas.
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