Textos de poema
Fones de ouvido
Meu peito dói
Incomoda na barriga
Um sentimento ruim
De culpa sem ressentimento
Eu não sei
Como curar a doença
Da minha cabeça
Mas eu vou tentar
Vou pegar o celular
Vou por a pior música
Que pra mim é a melhor
Vou por os fones
E então ligar
Eu vou arrepiar
Sentir a dor se esvair
A ansiedade reprimir
Chorar e aceitar as lágrimas
Por favor me deixe escutar
Até que eu fique surda
E não tenha que escutar o mundo ao meu redor
Deixa eu largar tudo
Abrir um espaço no mundo
Para mais alguém
Me iludir comigo mesma
Achar que vou me curar
A música só vai me aliviar
É como um corte que vai cicatrizar
E quem sabe no meio desse meu caminho
Eu sorria para alguém
Mas por enquanto
O abismo vai ter que me aguentar
É vou terminar de mentir
Sorrir, por os fones e seguir
Minha mente gritando
E eu anestesiando
Ela ama a lâmina
E eu a música
Nos dois podemos nos amar
Cansei de brigar com o pior de mim
Vou deixar ele me levar
Cair e não levantar
Não adianta oque vão falar
É como minha mãe diz
O inferno vai me abraçar
Como sempre sem sentido amigos
-Minha depressão
Eu posso não me corta mas…
Eu estou bastante ferida por dentro.
Eu queria que isso tudo acabasse mas.
Quando eu vejo não é um sonho e eu continuo nesse pesadelo sem fim.
Minha vontade de viver está se esvaindo aos poucos.
Eu sou a discórdia de todos, só que eles não enxergam isso.
Se eu tivesse ficado calada naquele momento.
Nada disso teria acontecido.
É sua culpa.
É sua culpa.
É sua culpa.
Minha cabeça grita e eu rebato.
Eu não aguento.
Eu não aguento.
Eu não aguento.
Eu não consigo suportar, não consigo lidar com esse stress.
Eu não posso.
Eu não posso.
Eu não posso.
Eu não posso mais viver nesse pesadelo.
Eu preciso, eu quero que isso acabe logo.
Então eu acordo, e isso se repete de novo.
Barro roco
Coco redondo igual a bola,
o céu é agora, então cala e chora!
Porque a vida sem demora,
levará para o céu e tudo poderá acabar
a qualquer instante,
a qualquer momento,
em qualquer lugar!
Por isso exclama tudo que a inspiração criar.
Olhos de medo, olhos de vida e morte!
É a própria sorte que por exagero declama:
- Tudo é passageiro!
Olhem a terra,
Olhem o mar,
Veja o homem!
Pois, tudo pode ser terra e ar.
Tudo é breve!
Exageradamente viver,
Cultamente dizer,
Naturalmente ser o ser!
Sorte ou azar,
é o risco que se quer correr,
para na história deixar
suas marcas, suas pegadas,
enfim embelezar com arte
e obra toda a história!
Porque eterna será somente aquilo,
que o homem puder lembrar!
Fatos e acontecimentos de sua cultura,
no espaço, no tempo, no mundo e em todo lugar.
Deus está no céu e o homem na terra.
O sol brilha no espaço, os astros e planetas
giram ao seu redor entre o homem e Deus.
Deus e homem, que conflito!
Quem realmente é o centro do universo?
Deus ou o homem?
Tudo é questionamento no coração humano,
que profana, desafiando a Deus!
Será o castigo certo descobrir o caminho incerto?
E chegará o homem a Deus?
A própria natureza proclamam o homem e a Deus,
mas contrariamente o homem é finito e Deus infinito.
Um círculo perfeito é a busca do homem,
que quer dar nome á própria criação
ou ganhar um troféu,
que fosse do tamanho do céu,
pois assim seria grandioso
e teria o infinito em suas mãos!
Eu tô ficando amarga.
Tô ficando meio mal-amada.
Abandonada.
Consigo acertar dois passos, mas regrido um.
Volto a estaca 0.
Quando melhoro, dou uma recaída e volto a ser como era.
Me isolo. Não me controlo e, de tiracolo me consolo com memórias do passado.
Eu me canso.
Fico cheia de fazer poesias para contrafazer o caos dentro de mim.
Caos.
Não rima. E, pra falar a verdade odeio palavras rimadas.
Já não sou doce porque apodreci os dentes de muitas bocas.
E, o que me sobra?
O ácido biliar que corrói o estômago alheio.
As ondas batem nas rochas como se estivessem com raiva,
E pretendessem quebrá-las.
Por mais que agitado, o som do mar parece solitário,
Como uma moça inquieta esperando seu marido voltar da guerra.
A água é azul, um azul tão escuro que se você observar durante muito tempo,
Terá a sensação de que está submerso no fundo do oceano,
E que dali não conseguirá escapar.
Eu sou desses
Motorista da minha vida
Não sou esses
Que vai e volta. Minha viagem é só de ida
Eu apareço e desapareço
Mudo e me reinvento
Nascendo e renascendo
Nunca me contento
Eu sou desses bicho do mato
Cheio de gíria e não sei de nada
Gosto de campo e sou um agricultor nato
Eu sou desses da cidade
Gosto da tecnologia e da evolução
Não me importo muito com a idade
Desde que sempre tenha uma revolução
Eu sou desses religiosos
Sempre estou em uma igreja
Do grupo de cristãos rigorosos
De nada adianta viver se não é Deus que você almeja
Eu sou desses pagãos
Faço bruxarias e cultuo os deuses
Os bruxos e bruxas são meus irmãos
E estou nisso a meses
Eu sou a indagação
A pergunta, a dúvida e a questão
Sou a rebeldia fora do padrão
Sou o religioso sem religião
O rico sem um tostão
O popular dançando com a solidão
Eu sou o que dá na telha
Não me prendo em conceitos de lobo e ovelha
Eu formo o meu próprio mundo
Crio conceitos rasos ou muito profundos
E se eu não me contentar, eu destruo
E começo tudo outra vez...
Pro infinito
Uma lua me ilumina
Em meio ao céu
Em meio a multidão
No infinito deste além
No infinito desta vida
Que abre o formoso mar de sensações
Em comunhão ao meu tempo que pertence ao destino
Não sabemos oq nós espera
Pois ninguém sabe o dia de amanhã.
Escrito por: Guilherme (Guidsxs)
Ainda que o tempo passe...
Serei o vento,
Serei a brisa...
Serei o sopro!
Vereis - me passar e o ar...
Ah! Onde vereis-me passar?
Ali!
Lá!
Lá fora!
E dentro passou o vento...
Passou a brisa,
Passou o sopro...
E o ar ali, lá...lá fora a passar!
E numa esquina do acaso
às vezes
avista-se o amor.
E então, inevitavelmente,
a alma emudece
o coração saltita
o olhar paralisa
as mãos se agitam
o corpo, em êxtase ,sorri.
O instante esperado
a certeza do achado
a emoção do encontro.
Como descrever em palavras
o que não cabe no infinito?
Paciência
A paciência que muitos procuram
Complicada de se achar
Poucos tem e muitos aturam
Diz a lenda que está em ouvir
Mas antes temos de mudar
Nos destruir e reconstruir
Nossas vontades e nossas verdades
Mas onde realmente ela está?
Falam que está dentro de nós
Mas em nós só existe floresta
Em que muito estamos sós
Mas as árvores devem ser cortadas
Para que as luzes sejam exaltadas
Mas não tema com suas árvores
Pois está por vir muitos fulgores
Lutas desinteressantes
Nossas lutas, nosso empenho
Refletem a vontade que tenho
Pois vê-las bem é o que quero
E através disso sou sincero
E por isso travo minha luta
Mas diante disso pouco me escuta
Minha luta amadurece e corrige
Mas diante disso muito se exige
Cortes deixados pelos embates
Isso ocorre em ambas as partes
E no fim a que resultado trouxe?
Para alguns algo se obteve
Mas para muitos pouco se teve
Então para que tantas lutas serviram?
Sendo que todos mal sentiram
Muitas lutas desnecessárias são
Pois muitas delas nos afetam o coração
Lutas para destruir
Ou paciência para resistir?
Temos o que afinal?
O que realmente temos?
Se tudo isso é uma fase mortal.
Por que hoje estamos.
E amanhã, será que estaremos?
Se hoje eu tenho algo.
Amanhã posso não ter.
Mas quem sabe posso entender.
Que o “ter” não se pode apalpar.
O “ter” pode somente se sentir.
Pode-se conhecer.
Mas vamos admitir.
Quem não gosta de se enaltecer?
Mas lembre-se
Pois o “ter” pode ser ilusão.
E muitas vezes só causa desunião.
Não te proíbo de ter, tenha!
Mas tenha coisas que não se pode ver.
Pois assim estará livre.
E assim então, se desenvolver.
Tempo perdido
Vejo vários dizendo perderem tempo
Mas de onde se tira todo esse sustento?
Será perdido de fato
Ou será algo que isso em nós é nato?
Mas de nada se adianta
Pois não há como perder
Pois também não há como guardar
Então…o que perdemos afinal?
Perdemos de aprender
Perdemos de entender
Perdemos de nos surpreender
Em nossos momentos tudo é singular
E de todos eles podemos nos aprimorar
Então calma, pois não a nada a perder
Pelo contrário ha muito a se conceder
O tempo não se perde
Pois a nós ele não pertence
E assim o tempo se passa
E nós passamos por ele
VOCÊ QUER PERDER OU QUER PASSAR?
COISAS QUE NÃO PERDOOU
Eu perdoou muitas coisas,
como críticas infundadas,
desqualificadas, ignorância
sobre algum assunto que domino,
até dívidas posso perdoar!
Mas não posso perdoar
duas coisas, pois sou humano!
Não perdoo ingratidão
nem falta de respeito
para com a dignidade humana,
seja contra mim
ou contra outro ser humano,
isso nunca.
FASCINAÇÃO
Qual seria a causa
De tanta fascinação
que ela ao poeta traz,
efeito de inspiração?
Nos céus, feito miragem,
leva o pensamento a divagar.
Impetuosa é a tua imagem,
estampada nas águas do mar.
Seria a tua beleza
o que a ele agrada?
Ou a sua clareza
que na noite propaga?
Ou será que é a alegria
de ser a mensageira
que dos cálidos amantes
vive a testemunhar?
Oh lua! Tu és a própria poesia
pronta na caneta, a indicar
o que o poeta aponta, noite e dia,
em letras e versos, a te desenhar.
Enamorado, ele jamais se cansa.
Toma para si sensação tão melíflua,
misterioso, o poder que emanas.
Um encontro perfeito: o poeta e a lua.
RENASCER
Recomeçar...
Aventurar...
Sentir a emoção de viver.
Ter coragem de aprender.
Coragem no saber que vale
a pena começar de novo...
De fazer algo a mais!
Onde a sabedoria do ser,
consiste numa espécie
de renascimento...
Do conhecer-se, ter o poder
ante o tardio padecimento.
.
Objetivar um retroceder...
Mas jamais deixar-se render!
Oceano
São tantos os segredos
no coração de uma mulher...
Guardados, mergulhados,
e nem sempre encontrados.
A flutuarem na escuridão
como um emaranhado de coisas
obscuras, em momentos.
Noutros, tão límpidas...
Do que virá pela frente,
incertezas!
Um oceano tão profundo
cheio de surpresas.
Amores vividos,
momentos sofridos...
Sentimentos,
aventura de viver!
Nas ondas do teu mar
Navegando na imensidão
do teu mar
tento me afastar
mas me incomoda a solidão.
Mergulho nas ondas do teu corpo
sem fazer esforço...
Refresco-me nas tuas águas,
um amor que não se acaba.
Enfim, descanso no te porto,
e dali não quero sair mais...
A tua sombra me acompanha,
já faço parte do teu cais!
Bálsamo
A poesia é como
um bálsamo
que traz o conforto
nos momentos difíceis...
Ela faz viajar,
caminhando nas palavras,
que deslizam leves
por sobre os dedos,
sem ao menos sair do lugar...
Acalenta o coração,
ilumina os caminhos
com sua luz reveladora!
Oh! A poesia...
Como ela me completa
fazendo parte da minha vida...
Ela me instiga,
quando, através dela,
consigo me conhecer melhor
e enxergar a vida
de uma forma diferente...
Que bom que ela existe!
►Melancolia
Minha linda sereia de sonhos encantados
Hoje lembrei-me de tuas caricias
Hoje lembrei-me e contemplei o nosso belo passado
Adoeci, minha linda sereia, adoeci
Talvez eu não conseguirei terminar esta carta
Escrevi tantas, doces como o tocar em uma pétala
Tantas, que me fogem, com a pressa
De encontrar tua dona, linda sereia, minha dama.
Os meus dedos, outrora combatentes ávidos da solidão
Hoje estremecem perante o vazio dos anos sem ti
Em meu coração, sereia, ficara à vontade e, logo, se fora
Linda sereia, entristeço-me, sem limites
Às vezes acordo quando estou prestes a sorrir,
Por vê-la, linda sereia, em minha preciosa imaginação.
Lágrimas, fora tudo o que meu caderno recebera de mim
Borrões escondem dedicatórias, escondem minha aflição
Espero, linda sereia, que esteja à minha espera
Oh, minha linda sereia, quero senti-la
Assim como naquela breve primavera, que lhe fiz a promessa
Promessa aquela que se rompera com a tua partida
Ah, que desejo incontrolável de gritar o teu nome, em desespero
Envelheço abatido, triste, com apenas versos sofridos
Almejando reencontrar contigo, linda sereia, me condeno
Em te apreciar em devaneios, em ilusões feitas pelo tempo
Linda sereia, poeta não sou e jamais serei
Pois, sem o teu amor, me torno um ninguém
Linda sereia, sereia minha, espero que ainda me ame,
Pois te amo tanto, que consigo vê-la em quaisquer cantos.
Ontem presenciei uma cena tão bela, nostálgica
Dois jovens apreciando os campos floridos da praça
Prática essa esquecida, e levada pelo vento, uma lenda mística
Mas, minha alegria deu lugar a lembranças de uma vida perdida
Ah, se tu ao menos me enviasse cartas,
Como aquelas que outrora me alegravam, simples e descuidadas
Não se preocupando com erros e com as palavras.
Amarei você até que a última rosa toque o caixão
Paixão, deixarei para traz uma vida sem direção
Pois minha musa, minha sereia, se despedira sem prévia comunicação.
Escrevo, como sempre o fizera
E, em solo fértil, quebrarei minhas algemas
Meu amor, que saudade de suas peripécias
Que saudade de nossas conversas.
Escrevo, como sempre o fizera
Esperando abraçá-la novamente, minha doce donzela
Esperando abandonar este mundo de trevas,
E retornar aos braços de minha Bela
Despeço-me, por hora, de ti
Venha me visitar algum dia, sim?
Estarei aqui, na cadeira que grita sua velhice
Estarei aqui, assim como um dia você dissera, como um "cãozinho"
Querendo mais que tudo o carinho e, tenho certeza,
Que voltarei para ti
Minha doce e linda sereia.
