Textos de Perda
Soneto: Gente Maledicente
"Com línguas venenosas, a falar,
Gente maledicente, sem perdão,
Com mentes tão vazias, sem pensar,
Destilando a maldade em cada ação.
São como cobras, prontas a picar,
E sem nenhum pudor, sem hesitação,
Destroem vidas, sem nunca se importar,
Com a dor e a tristeza da outra condição.
Mas não se enganem, pois o tempo há de chegar,
E a justiça divina, sem hesitação,
Há de julgar, e sem jamais perdoar.
Então, que fique a lição, com muita atenção,
Que a língua é a espada, que pode afiar,
E o veneno que se espalha, é a própria destruição."
O que é o amor se não o total sentimento de perda
Quando se vai, sinto-me em desespero
Pois não sei se a verei...
Faz menos de 2 minutos e já mandei:
"Saudades meu bem"
O pensamento eterno em um "adeus" efêmero, que retorna com um breve... aceno!
"Oi amor"
logo, me torno, novamente um bobo apaixonado.
Luto
O tempo passa. Pouco tempo, na verdade, desde a perda. Você segue. Acorda, agradece pela vida, pelos seus. Trabalha, estuda, ora. Você leva sua rotina, limpa a casa, bota uma música pra tentar animar. Mas você chora. A tristeza está aqui, como um plano de fundo. Mesmo com a música, mesmo com tudo de bom que a vida tem. Mesmo sabendo que no fundo foi melhor pra ele. O luto dói demais.
Mas você segue.
E pede cura pra Deus. Há dores que só Ele pode curar...
Josy Maria
Um sopro ao além
Aos poucos tudo vai se partindo em um doloroso sentir da perda e alguém não faz mais parte da composição da beleza da alma, o grito é dor que segue amenizando a existência de cada uma das frações, do que foi o tempo e sigo em outra dimensão ébrio e volátil, pois minhas frações que devem ser somadas, para que juntas me compile, neste novo futuras de minhas lembradas.
Em setembro eu tive a dor da perda, do luto. Tive também a dor da doença, passei momentos difíceis com Covid, apesar dos cuidados, sigo me recuperando das sequelas. Tive muitos desafios, muitas aflições. Mas também tive bênçãos, vitórias, sou como sempre digo, toda gratidão e fé.
Eu não entendo os desígnios de Deus, mas aceito e creio em Seu amor e em Seus cuidados. Creio que Ele sabe o que é melhor para nós. Fico feliz pelas pessoas às quais o mês de setembro foi só de alívios e bênçãos. E me solidarizo com quem, como eu, enfrentou batalhas e dores. Mas a grande bênção que recebi de Deus é estar aqui falando com vocês. É ter a oportunidade de seguir com quem amo. É estar viva, com saúde e bem. Quanto à dor do meu luto e dos que também perderam alguém não só em setembro, mas neste ano de 2021, desejo força, fé, sabedoria para entender a vontade de Deus e a consolação que só Ele pode dar. Também ofereço meu abraço, mesmo virtual.
Vamos receber outubro com fé.
Deus está no controle.
Josy Maria
A Perda Sagrada
À margem do Nilo, onde o rio silencia,
o amor, enfim, encontra seu fim.
Nos olhos de Antínoo, Adriano via
não só o belo, mas o divino a brilhar assim.
Não era o poder da coroa que cativava,
mas a entrega de um amor profundo,
onde palavras se tornam o que se guarda,
em gestos, e nos silêncios do mundo.
Antínoo, mais que carne, era chama acesa,
um amor que, no peito, Adriano cultivava.
Era beleza que, em sua natureza,
não se apagava, mas na dor se renovava.
A perda, enfim, se fez sagrada,
como o fogo que nunca se apaga no altar.
E o imperador, com alma enlutada,
fez da dor sua reverência ao amar.
Ergueu-lhe templos, moldou sua imagem,
mas a pedra, sem vida, não compreende o toque.
Nenhuma forma retém, em sua viagem,
o amor que persiste, mais do que qualquer rochedo ou bloqueio.
Antínoo, tu não és só o ausente,
mas o amor que transcende a morte e o mar.
Em cada memória, és eternamente presente,
a perda sagrada que nunca deixará de brilhar.
William Contraponto
O PESO DE EXISTIR
Quero mergulhar no âmago do que chamamos de vida.
Na dor da perda, na dor do fracasso, na dor do tempo que tudo consome. Qual é o sentido de continuar quando sabemos que cedo ou tarde tudo acabará? Por que esperar? Por que sofrer? Se o fim é certo, por que insistir em caminhar?
Por que abrir os olhos quando tudo dentro de nós grita para continuar dormindo?
Por que caminhar diante do inevitável, quando a estrada termina sempre no mesmo ponto?
Talvez viver seja apenas a coragem de abrir os olhos, mesmo quando não queremos.
Dizem que somos livres, mas que liberdade é essa, se apenas aceitamos o destino sem escolha?
Somos mortais e sabemos disso. Mas de que adianta lembrar da morte se esquecemos como viver?
Viver... Talvez seja apenas colecionar fragmentos de felicidade, instantes breves que logo se desfazem.
“Viver” é buscar incessantemente esses momentos, mesmo sabendo que acabam num sopro.
Onde estamos? De onde viemos? Para onde iremos? São tantas perguntas para poucas respostas.
Diante da imensidão do universo somos nada mais do que um grão de areia perdido ao vento.
Se ao final nada restará, por que damos tanta importância ao que é pequeno? Eu sou só mais um, assim como você, e um dia, não estaremos mais aqui.
Existe uma linha tênue entre a solidão e a solitude.
Até onde suportamos estar sós? No silêncio há o prazer e a liberdade de ser completo em si, mas também a dor e o vazio de quem falta.
O mesmo sentimento que nos liberta é aquele que, às vezes, nos rasga a alma.
Memórias, lembranças, histórias, passado... Como viver o presente, como planejar o futuro, se tudo parece ter ficado lá atrás? Como seguir? Recomeçar?
Mas como recomeçar, se a dor do que foi vivido ainda atormenta o que será escrito?
Talvez o tempo seja apenas um consolo, uma promessa de que a dor diminuirá.
Ilusão.
O tempo não cura.
Ele apenas continua.
Indiferente ao seu destino.
Ele gira, e gira, até que nós sejamos o que ficou para trás.
PASSAR E VIVER:
A perda da presença na contemporaneidade.
Vivemos uma época de velocidade e multiplicidade de estímulos; é cada vez mais difícil distinguir entre simplesmente “passar pela vida” e verdadeiramente “viver”. A diferença não é meramente semântica: trata-se de modalidades profundas de existência que modelam sentido, memória e identidade.
Passar pela vida equivale a ser arrastado pelos acontecimentos: rotinas, reações automáticas, acumulação de experiências sem reflexão. A sensação de que “o tempo passou e eu não” nasce daí não por falta de eventos, mas por ausência de integração. Viver, ao contrário, pressupõe presença reflexiva: observar o que ocorre, extrair significado, transformar percepção em mudança interna. Filósofos existencialistas já chamaram atenção para a urgência dessa presença; a modernidade acrescenta a distração em massa, que pulveriza a atenção e empobrece a memória afetiva.
Essa distinção mobiliza três eixos: atenção (capacidade de permanecer no instante), narrativa (a construção de uma história que dá sentido às experiências) e ética do aprendizado (usar o contato com o mundo para reformular escolhas). Quando a atenção falha, a narrativa racha: memórias perdem detalhes, afetos empobrecem e o sujeito se torna mero espectador de sua própria vida. A consequência mais grave não é apenas tristeza, mas uma erosão progressiva do caráter: escolhas repetidas sem compreensão não educam o interior.
Exemplos concretos
Considere o trabalhador que passa horas em tarefas mecânicas sem refletir sobre finalidade; ou a relação amorosa em que os parceiros acumulam convivência sem escuta deliberada. Ambos acumulam “tempo vivido” sem que o tempo se torne aprendizado. Em contrapartida, pessoas que praticam a reflexão regular mesmo breves momentos diários de atenção plena e análise convertem acontecimentos em pontos de virada pessoal.
A vida plena exige investimento: presença, reflexão e a disciplina de transformar experiência em sabedoria. Não se trata de romantizar cada instante, mas de recuperar a capacidade de aprender com aquilo que nos atravessa. Só assim deixamos de ser presenças fugazes e nos tornamos agentes do próprio destino.
II — Aprender com a vida: um mapa psicológico para o autoconhecimento
Introdução
Aprender com a vida é, antes de tudo, uma operação psicológica. Implica reconhecer padrões, aceitar falhas e transformar sofrimento em possibilidade de crescimento. A psicologia contemporânea oferece ferramentas para que a passagem dos anos se traduza em amadurecimento e resiliência.
Desenvolvimento
O processo de aprendizagem vital envolve três momentos: reconhecimento, processamento e integração. O reconhecimento é aceitar que uma experiência teve impacto (alegria, perda, frustração). O processamento exige que se nomeie a emoção, se analise o contexto e se busque compreensão evitando defesa automática ou repressão. A integração é a etapa transformadora: a experiência altera crenças, comportamentos e estratégias de enfrentamento.
Dois mecanismos clínicos são cruciais: a metacognição (capacidade de pensar sobre os próprios pensamentos) e a reatribuição de sentido (recontar um evento com foco em aprendizado). Pessoas que percorrem esse caminho reduzem sintomas de ansiedade e arrependimento. Psicoterapias baseadas em narrativa e em atenção plena oferecem protocolos práticos: diários reflexivos, reavaliação de episódios-chave e exercícios de exposição emocional assistida.
Ilustração prática
Imagine alguém que repetidamente falha em relacionamentos por medo de intimidade. O primeiro passo é reconhecer o padrão (reconhecimento). Em seguida, mapear crenças (ex.: “se me aproximo serei rejeitado”) e testar hipóteses através de pequenas ações (processamento). Por fim, incorporar novos relatos pessoais "aprendi que posso confiar progressivamente" e ajustar comportamentos (integração).
O resultado é que a história pessoal muda, e com ela a qualidade da vida.
Aprender com a vida é uma prática psicológica: avaliamos, trabalhamos e integramos. Trata-se de uma técnica de humanidade que todos podem cultivar. A transformação não exige heroísmo: exige metodologia diária, coragem para revisitar o passado e disciplina para reescrever o futuro.
III — Transformar passagem em sentido: práticas éticas e exercícios cotidianos.
Introdução
A diferença entre ter a vida como passagem ou como sala de aprendizagem é, muitas vezes, prática mais do que teórica. Este artigo propõe exercícios concretos e um pequeno código ético para transformar rotina em terreno de crescimento.
Desenvolvimento — Princípios éticos.
1. Presença deliberada: priorizar momentos onde a atenção é inteira (conversas, refeições, trabalho criativo).
2. Responsabilidade interpretativa: assumir que a interpretação dos fatos está sujeita a revisão; não culpar o externo sempre.
3. Curiosidade compassiva: investigar erros sem autocondenação, mas com compromisso de mudança.
4. Reciprocidade transformadora: fazer com os outros o que se espera de si mesmo aprender em comunidade.
A vida é um sopro de Deus dentro da matéria “HOMEM” que a qualquer momento pode se esvair. A perda de uma vida, que em algum momento se fez presente no seu destino, à princípio causa espanto, mas, logo em seguida nos faz refletir qual foi o seu papel na vida daquele que já não está mais entre nós.
O que ficará na memória? Será que cumprimos o esperado? Poderíamos ter feito mais ou diferente? Seja a resposta que for, tenha em mente que o resultado de suas ações daqui por diante farão parte apenas do seu eu interior. Caso esteja em paz com as respostas perfeito! Agora senão, amargue com as suas más escolhas até o momento que o sopro de vida se esvaia do seu ser.
Muitas amizades já passaram por minha vida.
97% foram perda de tempo,
2% não consegui conhecer o suficiente
e 1% foram as únicas que estavam do meu lado quando eu precisei, foram as únicas que me tiraram uma gargalhada sincera, foram as únicas que fizeram eu me encontrar no meio desse mundo mais caótico que eu...
Eu prometo que NUNCA esquecerei de vocês duas.
Não sofra por quem não soube dar valor
Às vezes o que parece perda, é ganho
E o triste fim, uma jornada que será mais feliz
Às vezes as crises, não é por que você errou
Mas porque aquela etapa você terminou
E uma nova jornada se iniciou
Use as lágrimas para lavar alma
Não deixe que a traição tira sua paz, sua calma
A dor dura apenas momentos
Mas depois é eterno o crescimento
Deixe ir o que não quer ficar
O que não merece contigo estar
Deixe no passado o que não faz mais sentido
Não leve para seu futuro o que te fez infeliz
É normal você se sentir perdido
E não aceitar o que aconteceu
A dor faz parte, as mágoas também
Mas buscar superar te fará mais bem
O que passou, passou, já acabou
Não viva nos ressentimentos
Busque novos bons sentimentos
Se levante, fique de pé, tenha fé
Não sofra por quem não soube dar valor
Não se iluda por quem não sabe o que é amor
Deus te deu força, você é Guerreiro
Então, não perca tempo com aventureiros
Se relacione com boas pessoas, que edificam
Com quem acrescenta coisas boas na sua vida
Use as cargas para fortalecer sua mente
Aceite o presente, como um novo presente
Ser forte é mais que vontade, é decisão
De valor ao seu coração
Alan Alves Borges
Livro Confuso Coração
PERDA
Não posso te perder.
Novamente não.!!!!
Meu coração palpita a toda hora, pensando em você.
Meu algodão doce, minha vida nunca mais voltariam ao normal, pois desde sua primeira partida, eu me perdi... perdi de todo modo possível.
Nunca mais fui o mesmo. Não me orgulho da pessoa que me tornei, e das coisas que fiz.
Depois que te perdi, meu coração se fragmentou em milhões de pedaços que se espalharam por ai.
O que sobrou, fiz uma colcha de retalhos.
Mas mesmo assim, juntando os cacos, meu coração secou, esfriou, endureceu e apodreceu.
Virei uma pessoa amarga, triste (por mais que ninguém percebesse), muito rancorosa, que desistiu de acreditar no amor, nas pessoas. Entrei no jogo !!!! E sempre fiz de tudo para nunca mais sair machucado.
Quando te reencontrei,....... foi como se a centelha de Deus estivesse em mim novamente.
Tudo criou cor, tudo ficou melhor.... não sei se condigo te explicar.
Hoje quero viver, quero viver e te fazer feliz!!!
Essa é a meta da minha vida.
Passar o resto de meus dias nesse plano, a seu lado...... Ao lada da única pessoa que amei de corpo e alma.
Sei que não é fácil para você,... nós .... novamente....quem diria né?
As vezes penso se morri e tudo isso seria um sonho.... um lindo sonho.
Mas estou aqui para você, meu grande amor.
Sei que não será fácil , mas com você a meu lado, eu sou gigante, e vou cuidar de você, e quando estivermos velhinhos, vou te cobrir sempre, para que não sinta frio, e sempre que estiver com medo, estarei ao seu lado para protegê-la.
Espero poder estar vivo, para que a cada dia, quando eu acordar, possa olhar seus lindos olhos.
Não me canso e não posso esconder. EU AMO VOCÊ DEMAIS!!!!
Ontem, hoje e SEMPRE!!!
Quero você na minha vida para a eternidade. Espero que queira também
Esta em suas mãos, =)
Às vezes, a dor da perda chega antes mesmo do adeus final. Eu lutei, tentei segurar, mas chegou a hora de soltar. Não foi por falta de amor, foi porque entendi que continuar seria me perder junto.
Dizem que, depois que alguém se vai, só lembramos das coisas boas. Talvez seja verdade, porque ninguém é só sombra, sempre há um pouco de luz em cada um de nós. Ele teve os seus momentos também, mesmo que não tenha enxergado o quanto o amávamos e desejávamos o seu bem.
Por amor, me afastei. Nem sempre estar perto é o melhor que podemos fazer. E eu sabia que, se ficasse, poderia causar mais dor do que cura. Foi difícil, mas necessário.
Eu orei para que Deus mostrasse o caminho, mas sei que cada um de nós escolhe a sua própria estrada. Ainda assim, acredito que, em algum lugar, em outra vida, vamos nos reencontrar, mais sábios, mais em paz. E quando isso acontecer, vamos olhar para trás e ver que, apesar de tudo, viver valeu a pena.
Perda
Aceito minha culpa
Te fazer ir foi uma decisão somente minha
Te querer para sempre foi o castigo que me impus
Agora me dói cada lembrança sua
Aquela velha foto que esqueci de apagar
Você mudou e agora o melhor a fazer é ignorar a sua existência
Mais uma vez à mercê de mim
Suspirando pelos cantos por aceitar o inaceitável
Não é o seu perdão
É a sua presença
Você está presente em tudo
Todos os dias
Minha razão falha mais uma vez
Confie só por hoje, porque o amanhã é um adeus
A morte, para muitos, é vista como um momento de perda profunda e dor insuportável. No entanto, aqueles que compreendem a verdadeira natureza da espiritualidade enxergam-na sob uma luz totalmente diferente. A morte não é uma despedida definitiva, mas sim uma viagem para o mundo astral, um reino de existência que transcende o plano físico.
Esse conceito de morte e perda, tão intrínseco àqueles que investem suas vidas no material e no ego, é apenas uma ilusão. É uma perspectiva limitada, incapaz de compreender a vasta riqueza da experiência espiritual. Para os que nunca vivenciaram a espiritualidade na prática, a morte parece ser um fim, uma separação irreparável. Mas, para aqueles que se conectam com sua consciência espiritual, a realidade é muito mais grandiosa e inspiradora.
Através da visão mediúnica, temos a capacidade de ver e ouvir naturalmente aqueles que já deixaram o plano material. A barreira que separa o mundo espiritual do físico começa a se dissipar, revelando um universo de comunhão eterna e entendimento profundo. Nessa jornada de descoberta, percebemos que nunca estamos verdadeiramente sozinhos.
No dia em que despertarmos para a verdadeira essência de nossas almas, a separação entre o espiritual e o físico deixará de existir. Seremos capazes de navegar entre esses reinos com a mesma facilidade com que respiramos. A verdadeira conexão, aquela que transcende a morte, será finalmente revelada, e entenderemos que a vida é uma continuidade infinita de amor e consciência.
A passagem sempre foi uma grande perda para nós, mas sabemos que em algum dia teremos de descansar.
O legado e história de vida, colecionando amigos, conquistando o carinho e corações de todos, plantar sementes boas não quer dizer que estaremos aqui para colher todos os frutos, pois talvez estaremos em outra morada e em uma outra estação.
Até breve.
Quando a dor é tão forte que a alma chora e grita
Quando a perda é irreparável
Que nada no mundo poderia substituir
Quando a solidão é um abismo vazio, frio e escuro
Quando existe já é incoerente
E a vontade de desistir de tudo parece uma saída, a fé é um remédio que aos poucos faz germinar a paz e logo surgem os primeiros brotos de esperança e nasce a mais poderosa
Força do universo capaz de curar qualquer dor está força incondicional é o amor...
Poema
Marcio H.melo
É como se você batalhasse, mas nada mudasse. Ou talvez tenha mudado, mas a perda consome a percepção, distorcendo qualquer progresso. O id, o ego e o alter ego lutam entre si, mas nem sequer sabem pelo quê. No começo, parece um vazio—aquela sensação de estar flutuando no mar, sem rumo, esperando ser salvo por um navio ou morrer afogado. Mas, aos poucos, o vazio dá lugar a um peso no peito, um aperto que esmaga, sufoca e se confunde com culpa. Afinal, o inimigo está mais próximo do que se imagina, ou melhor, basta olhar o espelho para enxerga-lo. Não porque quero, mas porque não posso escapar. Ele é uma versão de mim, mas que não desejo que seja eu.
Tanto esforço para nada. Cada passo dado parece apenas um ciclo se repetindo, um esforço inútil contra algo invisível. A fraqueza se instala, não no corpo, mas na alma. A incapacidade de viver plenamente se arrasta como um eco constante, um lembrete cruel de todas as falhas. Não porque não tentou, mas porque o nível de estoicismo não é suficiente.
O medo de se perder de novo é pior do que qualquer queda. Porque se perder significa voltar para aquele lugar onde o silêncio ensurdece, onde os próprios pensamentos não calam a boca, te puxando para baixo como areia movediça em um deserto de areia infinita. E a única opção que resta é seguir em frente—não porque há esperança, mas porque ficar parado dói ainda mais.
Seguir sem saber se há um destino. Apenas seguir.
Cai no abismo de uma traição, buscando força e sabedoria em Ti.
Com os joelhos ao chão, peço perdão por meus erros.
Senhor, livrai-me da angústia, me leva até Sua casa,
Onde só a bondade eterna existe.
Venha a mim, Senhor, sou Teu servo.
Salva-me desta dor, toca os corações e traz misericórdia.
A perda é como uma tempestade inesperada que varre a serenidade do nosso horizonte. Primeiro, nos refugiamos na negação, construindo frágeis muros contra a realidade que bate à porta. Dizemos a nós mesmos que é um engano, que o mundo logo retomará o seu curso habitual – uma tentativa desesperada de proteger o coração do impacto.
Mas o peso da verdade logo encontra brechas, e surge a raiva, como relâmpagos iluminando o céu escuro da alma. É o momento em que gritamos ao universo por respostas, direcionando nossa dor para outros ou, às vezes, para nós mesmos. A barganha segue como um sussurro esperançoso: promessas ao destino, negociações silenciosas com o impossível, na busca de reverter o irreversível.
Então vem a depressão, silenciosa como a chuva fina após a tempestade. É um mergulho profundo no vazio, onde a saudade se mistura à desorientação, e cada passo parece pesado como se estivéssemos caminhando em areias movediças. Nesse momento, o mundo parece perder sua cor, mas há um convite sutil para a introspecção e a descoberta de forças ocultas.
E, como o amanhecer após a noite mais escura, chega a aceitação, não como um ato de esquecer, mas como um abraço gentil ao inevitável. Aceitar é soltar as amarras da dor, permitindo que as lembranças não sejam mais âncoras, mas estrelas que nos guiam. É entender que a vida, apesar de suas perdas, ainda oferece flores a serem plantadas e caminhos a serem percorridos.
Esse estágio final é um gesto de coragem – abrir o coração ao presente, acolher os sentimentos com ternura e seguir em frente com a leveza de quem aprendeu a transformar a dor em sabedoria. Não é o fim da saudade, mas o início de uma nova forma de caminhar, com mais serenidade e equilíbrio.
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