Textos de Lembranças
LEMBRANÇAS DO MEU PAI
Marcial Salaverry
Lembranças que me vem à lembrança,
onde a memória alcança...
Aquelas reuniões, aquela mesa redonda...
Aquelas conversas de depois das refeições,
quando meu pai sempre fazia nossas reuniões...
Naquela mesa, onde ficou a saudade,
eu tinha a felicidade
de com meu pai conversar,
e as histórias que ele contava, enlevado a escutar...
As lembranças para sempre vão permanecer...
Existem pessoas que é impossível esquecer...
Sempre a partida de quem amamos,
lamentamos e muito choramos...
Fica aquele desejo de continuar,
com aquelas conversas nunca acabar.
Aquele desejo de ainda ter ao lado
quem por nós é tão amado.
Mas tudo na vida tem um fim...
Não queríamos que fosse assim...
Ficará, contudo, registrado na eternidade,
pois ele nunca morrerá em minha saudade.
Seus ensinamentos,
jamais sairão de meus pensamentos...
Naquela mesa onde nos reuníamos,
e nossas coisas decidíamos,
ficou sua marca eternamente registrada...
Sua voz sempre será lembrada,
contando histórias ou aconselhando,
sempre um rumo indicando...
Naquela mesa, ficaram todas as lembranças de meu pai...
Se ele errou,
se ele acertou...
Não importa quem ele tenha sido,
mas sim o que sou...
O que importa são as lembranças,
os ensinamentos que ele me deixou...
O que vivemos na infancia sempre deixa marcas para a vida toda...
Vivemos dessas lembranças...
Osculos e amplexos,
Marcial
AS LEMBRANÇAS QUE FICARAM DO MEU PAI
Marcial Salaverry
De meu pai herdei principalmente o espírito aventureiro. Uma vontade enorme de conhecer o desconhecido, de não ter medo de enfrentar a vida e suas dificuldades, de ir à luta com decisão, sem medo de eventuais percalços.
Por causa dessa sua maneira de encarar a vida, nunca tivemos uma situação estável financeiramente falando, mas ele sempre nos soube passar toda sua vasta experiência de vida, dando bons e maus exemplos, ensinando à sua maneira como fugir de certos vícios.
Por exemplo, ele foi um fumante inveterado, mas soube mostrar o lado feio do vício, pois fazia questão de dizer que não conseguia largar o vício, por lhe faltar força de vontade para tanto, dizendo-se um covarde por causa disso, mas que o cigarro lhe havia prejudicado terrivelmente a saúde, debilitando seu coração e seus pulmões.
Sempre fazia questão de lamentar que quando jovem ninguém lhe alertara sobre isso.
Com esse exemplo diante de nossos olhos, dos seis irmãos, apenas uma foi fumante.
Jogador compulsivo justificava-se dizendo que o vício lhe havia entrado no sangue, e deixava claro que lamentava haver se deixado dominar por esse vírus daninho,
e que o jogo era o responsável pela situação instável que sempre vivêramos.
Apenas um dos seis irmãos enveredou por esse caminho, mas conseguiu sair fora, antes que fosse tarde demais.
Por causa destes vícios, alguém poderá dizer que não foi um bom pai, mas na verdade, não importa muito quem ele tenha sido, ou o que ele fez...
O que importa, na realidade, são as lembranças de momentos gostosos, e dos ensinamentos que ele me deixou.
Mais que um pai, foi um grande amigo. Gostava de reuniões familiares, e tinha o hábito de após o jantar, manter-nos sentados à mesa, para o que ele chamava de mesa redonda, onde trocávamos idéias, e resolvíamos problemas.
Aceitava nossas críticas contra seus vícios, e nos estimulava a lutar contra. Dizia que uma vez começando, era muito difícil sair. E que não deveríamos adquirir nenhum desses vícios.
Naquela época os vícios mais falados e praticados, eram os "inocentes" fumo, bebida e jogo.
Bons tempos aqueles em que drogas eram exclusividade de uns poucos.
Não gostava que o chamássemos de "senhor", dizendo ser um tratamento muito cerimonioso para pais e filhos, onde deveria imperar a amizade, a confiança e o respeito, mas sem cerimônia.
Frizava sempre que amigos dispensavam cerimônias.
São essas as principais lembranças de meu pai.
O câncer provocado pelo cigarro o levou quando eu ainda era muito jovem, mas ficou sua lição de vida. Aproveitei bem tudo o que ele ensinou, pois nunca me deixei levar pelo fumo ou pelo jogo, e também procurei criar meus filhos dentro de um clima de amizade, passando-lhes todos os ensinamentos que a vida me deu, sendo para eles,
o que meu pai foi para mim, ou seja, acima de tudo, um grande amigo, sempre pronto a escutar os problemas, e dirimindo suas dúvidas existenciais.
E isso penso ser o principal elo que deve existir entre pais e filhos. Uma grande amizade.
Sempre propiciando que todos os dias possam ser sempre UM LINDO DIA...
Minha princesinha
Sabe aquele fogo que queima o coração? Sabe aquela lembrança que nos enche de emoção? É o amor que chegou pra tirar a atenção.
É bom se sentir bem e amado, é bom ter alguém que amamos ao nosso lado, é bom ganhar um beijo, não um beijo qualquer, mas um beijo apaixonado.
Amo amar pessoas me amam, amo momentos único, eles que me apaixonam, pois são essas memórias que nos alegram e impressionam.
Você sabe que eu amo você, sabe que o que eu quero e te ter, sabe que quero te dar um beijo antes de dormir e ao amanhecer, sabes que te amo pra valer.
Então vamos tentar viver, vamos ficha juntinho até envelhecer, pois no final das contas o que vale é o nosso querer, querendo agente alcança o que bem entender.
Minha princesinha linda que Deus me deu, fico triste quando não sinto um beijo seu, sonho a noite toda com você e me entristeço em saber que amanheceu.
Mas um dia isso vai acabar, juntos pra sempre vamos ficar e viveremos pra amar r amar
BANCO DAS LEMBRANÇAS
Do que adianta agora,
pedir para juntar lagrimas caídas
depois que o vento levou-as,
agora que tudo acabou...
Do que adianta falar de amor.
Hoje, só...
Nesse banco, abaixo d'essa janela,
que ontem ainda era tão nossa...
Eu olho a lua do nossos sonhos
e não vejo mais as estrelas,
do nosso esplendor.
Sinto o desespero evadir o meu silencio
e meu coração dispara querendo
enxugar as lagrimas da minha cara.
Tudo entristece em minha volta?
em sonhos, eu tenho a sua imagem
e acordado, sou açoitado pela saudade,
e o desespero, torna-se agonia
diante do meu pesadelo.
Antonio Montes
Lembranças torpes
Mas uma vez a noite cai...
E as obras dos meus pensamentos
Vagam sobre a biblioteca do meu ser...
Aquelas lembranças íntimas
De uma tarde ensolarada de verão
Pingos de suor nos consumiam
E do desejo queimava na paixão!
Éramos dois jovens homens
Doces, tenros, turvos, loucos
Macios, sóbrios, lúgubres, roxos
Da boca ardida a morder o outro!
Paixão doente, maluca e torpe
Era aquela onda quente
Que passeava-me todo...
Cavalgava em mar
Em terra
Em queda
Por cima das pernas
Nas celas do potro!
Ah verão louco!
De dois jovens nervosos...
Em cima, em baixo
No eixo, no todo.
Nas rédeas, no laço
E no rastro do outro!
Depois de tanto tempo não esperava te encontrar ,
Desenterrar em mim lembranças e sentimentos.
Porque te ver assim, repentinamente foi uma trituração interna.
Dentro de mim procurei ofuscar os brilhos dos teus olhos,
Esquivar-me ao teu encontro.
Muitas vezes em pranto jurei esquecer-me de ti ,
E inundando cada canto do travesseiro que testemunhava minha dor,
prometi não mais ser imune a esse amor.
Porque te encontrar foi reascender todas as chamas do meu coração,
Foi uma explosão de recaída ,
Uma erupção transbordada pelos olhos.
Porque te ver assim depois de tantas palavras ditas,
Tanta dor sentida!
Te ver foi o desejo mais profundo de sair correndo ao teu encontro e beijar-te.
Longe e perto na mesma proporção, lindo anjo,
Imune a mim.
Perigoso amor!
Perigoso coração!
Depois de tanto tempo,
Porque te ver?
Élcio José Martins
UMA DOCE LEMBRANÇA
A história que vou contar,
Muitos, também vão se lembrar.
Casinha na roça e laranjas no pomar,
Sombras das mangueiras e noites de luar.
Piso de chão batido ou tijolo mal cozido,
Telhado de estrelas com fissuras de vidro.
São goles e goteiras de saudade,
Portas e janelas de humildade.
Lamparina ou lampião,
Davam luz na escuridão.
Na trempe do fogão cozinhava-se o feijão,
No fumeiro, o toucinho e a linguiça à altura da mão.
Na taipa do fogão aquecia-se do frio,
Causos eram contados, davam medo de arrepio.
Para o fogo não apagar era um grande desafio,
Lenha boa fazia brasa e queimava noite a fio.
A água era da bica,
Era saudável, era rica.
O colchão era de palha,
Não existiam grades e nem muralha.
Biscoito no forno era a sensação,
Dia de pamonha tinha muita emoção.
Porco no chiqueiro ficava bem grandão,
Carne não faltava, tinha em toda refeição.
Carne na lata a gordura conservava,
Quando matava porco era alegria da criançada.
Vitaminas eram naturais e saborosas,
Colhia-se do pomar as frutas mais gostosas.
As conversas eram sempre prazerosas,
Damas habilidosas eram muito prestimosas.
Na redondeza eram famosas,
Envergonhadas, disfarçavam, não davam prosas.
O paiol o milho lotava,
Os bois e os porcos, vovô tratava.
No moinho o milho era moído,
No pilão o fubá era batido.
O cavalo arreado era para a lida e a peleja,
A carroça e o carro de bois carregavam a riqueza.
A colheita era certeza,
Era o fruto do trabalho feito com destreza.
No monjolo a farinha era preparada,
No engenho a garapa era gerada.
Da garapa fazia-se o melado,
A rapadura era a alegria do povoado.
Das galinhas eu me lembro com saudade,
Hora do trato era alegria e felicidade.
O milho espalhado pelo terreiro,
Só faltava abrir o portão do galinheiro.
Lembro-me das modas de viola,
Reunia-se a vizinhança pra fazer a cantarola.
No sábado o bailinho levantava o pó e a poeira,
Era saudável, tinha respeito e não havia bebedeira.
Cobras, sapos e lagartos. Só não tinha iguana.
A palha de arroz servia como cabana.
O prazer era subir nas árvores para apanhar os frutos mais altos,
O guerreiro marchador gostava de dar seus saltos.
Cedo as vacas encostavam. Era hora da ordenha.
Bem cedo descobri o que é uma vaca prenha.
Até hoje ainda ouço o mugir,
É bom e é gostoso a lembrança emergir.
Saudade daquele tempo. Era duro e trabalhoso,
Com certeza não tem ninguém que não se ache orgulhoso.
Não tinha luxo, não tinha vaidade,
A viagem mais longe era compras na cidade.
Pés descalços com espinhos e bichos de pé,
Tinha festa todo ano com barraca de sapé.
Tinham doces, quitandas e salgados. Só não podia faltar o bule de café,
Rezava-se se o terço, pois primeiro vinha à fé.
Da infância levo a saudade,
Levo o amor, o afeto e a amizade.
Faltava o alfabeto, mas muita educação,
É da roça que se ergue o sustento da nação.
Mesmo com dificuldade o pai à escola encaminhou,
Queria ver seus filhos tudo aquilo que sonhou.
Com sacrifício criou os filhos para uma vida melhor,
A estrela foi mostrada por Gaspar, Baltasar e Belchior.
Hoje é só agradecimento,
Nada de tristeza, de lamento ou sentimento.
Cada um é um vencedor, pois mudou o tom da cor,
O sacrifício da família deu aos filhos o caminho e o amor.
As pedras no caminho serviram de degrau,
Os desvios da vida fizeram distanciar do mal.
Os meandros dos sonhos fizeram um novo recital,
Do sertão para a cidade e depois pra capital.
Fez doutores e senhores de respeito,
Deu escola, deu lição, muro de arrimo e parapeito.
Nosso dicionário não existia e palavra desrespeito,
Com orgulho e gratidão encho o riso e choro o peito.
É colheita do que se plantou outrora,
Tudo somou e nada ficou de fora.
O fruto de agora,
É a luta, é o trabalho, é a fé. É a mão de Nossa Senhora.
Élcio José Martins
TITUBEIO
Projetado pelo mar das lembranças
... Navego sobre o barco do vazio
e nas ondas da insônias, eu viajo
sob escuro do sinistro silencio...
Tudo é demarcação articulada...
Eu adentro no ponto vago da saudade
e no momento, flechas pontiagudas
são atiradas aos ventos, a esmo,
e o alvo, é sempre...
Uma ausência esculpida na vida,
aonde o escultor sem ponto,
vaga de posse a uma lamparina vã
e esta as cegas sob a neblina...
Titubeando pelos planos do amanhã.
Antonio Montes
"Lutar, brigar, enfrentar o tempo,
para fugir das lembranças de uma vida,
é o mesmo que encarar o vazio, o nada.
Melhor será arrastá-las
para mais fundo no seu coração,
será como um mergulho para escapar
de águas revoltas em redemoinho
ganhando força para voltar a tona,
domina-las para melhor conviver com elas."
Em algum momento você terminará de ler;
Esta poesia;
Ela vai ser somente uma fútil lembrança; Apenas uma fútil recordação.
O tempo acaba;
Os momentos passam.
Em dois dias você nem mais lembrará;
Da futileza aqui descrita;
Aqui fala-se de tempo, e de esquecimento;
O mundo é mais interessante que isso.
Sua história está, agora, intimada
Para Sempre;
Com essas palavras;
Talvez seja um bom gasto do tempo que lhe fora dado;
Talvez não.
Sua felicidade é o tempo ser imprevisível;
E previsível, pois;
A chuva vai parar;
O sol vai se erguer.
Você sempre terá o dia de amanhã;
Por tempo limitado.
Você lembra daquilo que fez;
Dos momentos que viveu;
Nisto, nunca o autor esquecerá de sua obra.
Tempo esquecido;
Será seu título;
Pensou o autor.
Em dois dias você nem mais lembrará;
Da futileza aqui descrita.
Desta história você não é criador;
Vá escrever a sua;
Vá viver;
Esqueça-me!
"Somos colecionadores de lembranças, saudades e pessoas. De vez em quando vasculha minha caixinha de recordação e la encontro um passado distante que me fez entender a graça de viver. Vez ou outro remexo nas fotos mas recentes e encontro sorrisos sinceros que deixei pra trás. Tem tanto de mim na caminhada que talvez esteja vazia no momento. Me permito sorri por onde passo por que tenho medo de não ser lembrada quando o dia de hoje acabar. Existe um misto de sentimentos que me move, que me leva a fazer o que julgo certo. O que eu acho certo pode ser errado pra você, mas e daí ? Eu tô bem. Bem enquanto sinto o vento que bate no meu rosto como quem traz o beijo de alguém que não pode vir pessoalmente. Na minha insensata busca pelos gostos da vida sinto cada dia mas que deixei o melhor gosto num passado recente. Ele está logo ali. Posso entrar em um avião e em três horas abraça-lo, mas talvez esse meu orgulho esteja devorando agora mesmo o "te amo" que guardei pra te entregar no dia do nosso casamento. Esse dia poderia ser hoje ou amanhã ou pode simplesmente não ser. Cabe a mim reconhecer que a estrada da vida não tem retorno."
(Leidy Oliveira)
Lembranças - Alan Maiccon
Ah saudades do tempo em que tinha você
Hoje mesmo lembrei de nóis dois
Abri meu coração pra você
Joguei fora oque era tão bom sem querer
Apaguei fotos de nós dois
Que vontade de ti ver
Você não se apagou nas minhas lembranças
Ainda sinto o seu cheiro
Que vontade de você que me deu hoje aqui
Guardo lembranças de nois dois
Não quero perder jamais você do meus pensamentos
2x
Olha só hoje mesmo pensei em você
Nas lembranças do passado
que era tão bom
Sem querer ti perdi contra fatos não dá pra vooltar
Quando era você
A pessoa do meu primeiro olhar do dia
Do meu primeiro bom dia
E nas lembranças ainda vejo você aqui
Que vontade de ti ver
Você não se apagou nas minhas lembranças
Ainda sinto o seu cheiro
Que vontade de você que me deu hoje aqui
Guardo lembranças de nois dois
Não quero perder jamais você do meus pensamentos
Primeira lembrança? Meu pai saindo da loja com um conjunto de camisa, short e meias. Que dia feliz foi aquele! Depois vieram muitos momentos incríveis, maravilhosos. Todos guardados na memória e no coração. Lembro-me da época que na TV só passava um jogo e, quando era o do adversário, tínhamos que ouvir pela Rádio Sociedade. AMAVA. A emoção de ouvir pelo rádio não tem descrição. E que ironia, hoje o que mais faço é ouvir devido ao excesso de compromissos que me impedem de assistir ou ir ao estádio. Lembro-me do primeiro jogo que fui assistir num estádio, Carneirão. Da emoção. Da felicidade. Foram lindas Vitórias e derrotas aceitáveis. Foram muitas lágrimas de tristeza e de alegria. Suco de maracujá era a bebida do domingo. Foram fogos, risadas, orgulho. Fora batidas no chão, gritos, socos no sofá. Foram muitas revoltas, mas a única coisa que eu nunca tive foi a dúvida sobre o meu amor por ti.
Futebol é uma daquelas coisas loucas, sem sentido, irracional, que a gente sente um sentimento inexplicável e fica gritando por um bocado de homem (ou mulher) correndo atrás de uma bola, é um negócio que faz a gente xingar o juiz e ter vontade de entrar em campo pra dar uma carreira nele. É aquele negócio de ficar xingando pelo passe errado e, dois minutos depois, elogiar dizendo que é o melhor jogador do mundo. É passar raiva pelas injustiças, mas (algumas vezes) fingir que não foi mão na bola pq a gente não pode tomar gol. É sofrer antes, durante e depois. É aguentar piadas quando perde e caçoar quando ganha. É passar noites sem dormir de ansiedade e desespero, é dormir ao som do hino de felicidade. É ficar triste quando recebe um "você, infelizmente, não poderá ir para o jogo" e é chorar de felicidade quando seu pai chega e diz "comprei os ingressos, saímos as oito".
E ser Vitória é cantar o jogo inteiro, é sofrer até o último segundo, é puxar os cabelos e bater a cabeça no vidro do estádio quando perde o gol. É sair pulando no meio da chuva cantando o hino depois de mais um título e reclamar do juiz por sempre ficar contra nós. É caçoar do jahia por ser nosso eterno vice e ser lembrado que não temos título nacional. É lutar com garra, na raça, em todos os jogos. É saber que todo jogo é uma final e que nunca será fácil. É ir pro Barradão pela primeira vez, perder e, ainda assim, ser a pessoa mais feliz do mundo por realizar um sonho. É vestir a segunda pele, pintar o rosto, se descabelar, ficar rouca e, depois de tudo, gritar: É CAMPEÃO!
As cores - Alan Maiccon
As cores do céu me vem na lembrança
Lembra os seus olhos brilhantes como as estrelas do céu
Mar chuva sol e verão
Você é aquela princesinha
Que precisa de carinho bom
Saltinho branco toda linda é
2X
Você é a cara do luar
Seu brilho irradia a quem vê passar
É garota que me conquistou
Naquela barraca do beijo Você me ganhou
Você é feito arcoires que brilha sem parar
É um paraíso nas ondas do meu mar
Feitas para nóis dois se amar
Sem ter hora para voltar
2X
Entre a realidade e as lembranças a alma passeia...
A todo momento as recordações que povoam o nosso ser
dão o "ar da graça"!
Ora da meninice com seus sabores e odores,
ora de acontecimentos esparsos que ficaram no tempo
e porque não dizer, da memória de remotos e irrealizados amores.
Cika Parolin
CARTA EM POESIA
Oi amor, estou aqui longe de ti,
mas a distância se apaga na lembrança,
te sinto o dia todo aqui e ali,
quando se ama só o corpo faz mudança,
pensei em escrever simples carta,
mas sei que a poesia não erra endereço,
e quando é aberta faz qual a lagarta,
se transforma em um delicado adereço,
escrevo pra dizer que estamos aqui,
eu e você, todos os dias, em comunhão,
pois hoje mesmo sorrindo eu te vi,
parada olhando o sol tal a flor em botão,
então eu te envio notícias de nós,
estamos felizes e unidos pelo universo,
posto que nunca estaremos a sós,
visto que somos parte do mesmo verso.
MOCIDADE JAZ (soneto)
Mocidade em mim, em simpatia
A sua lembrança já é sem graça
Na arena, silêncio, pouca galeria
E já tão distante, saudade, lassa
Nesta morrinha, de lado a ideologia
Pois, acima ou abaixo, tudo passa
Apressadamente, serventia é ironia
Velhice, prudente palavra: desgraça
Nos licores de prazer, só mitologia
As perdas já fazem parte da vidraça
Do fado, e o entusiasmo na periferia
Porém, nem tudo é ledice sombria
Curtir a paisagem e brindar a taça
Do viver, dizer não, fazem a alegria
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SAUDADES SECAS (soneto)
Saudades secas, no cerrado, banham
De lágrimas as lembranças já findas
E assim choram, tristonhas, e choram
Enxugando o soluço em sujas nerindas
Quando entardece as noites revindas
É hora de preces que os céus imploram
Oram de mãos postas, e ali tão pindas
Que tristuras secas, molhadas choram
Ao juntar estas secas dores na oração
Em vão as rezas murcham na emoção
E as saudades bebem fel na cacimba
São nostalgias que vivem de ilusão
Choram, oram, imploram recordação
Se quando no peito esquecer catimba
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
O ÁLBUM
No álbum da minha saudade
você estava lá...
Toda linda em sua foto
troce-me lembranças d'aquele amar.
Do tempo que registrou-se
... Fiel no meu coração
do sorriso que apagou-se
no dia que me disse, não.
Hoje, o álbum me leva
nas recordações do passado
flechando-me como se fosse fera
no amor inconformado.
Antonio Montes
QUE SAUDADE!
Márcio Souza 09/04/2017
Há datas que são lembranças
Do que foi Felicidade.
O que antes foi esperança,
Hoje, só restaram saudades.
Sempre uma diva adorada,
Às vezes um pouco brava, estressada,
Mas tinha no coração,
Carinho, amor e atenção.
Era sempre uma harmonia,
Era afeto e simpatia,
Era tudo, meu viver,
Minha paz, meu bem querer.
Quando esse amor estava junto,
O tempo passava rápido,
As horas eram minutos,
Com as risadas e bate papos.
Foi uma fase linda e feliz,
De muito amor e alegria,
Mas o destino não quis,
E chegou-se ao fim esse dia.
Todo amor virou saudade,
Pois a inveja e a crueldade,
Sem clemência ou pudor,
Apareceu a maldade,
E destruiu esse amor.
E hoje, triste e dolente em seu canto,
Mesmo perto ou tão distante.
Um coração chora em prantos.
A vida perdeu a graça,
E mesmo que o tempo passa,
Nada o fará diferente,
Vai sofrer todos os dias, vai amar-te eternamente.
Márcio Souza
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