Textos de Horizonte
Além do horizonte e das montanhas
Existem lugares fascinantes com paisagens maravilhosas
Que propícia a quem lá estiver momentos felizes
Mas nada se compara a energia radiante
Que existe dentro de cada ser humano deste planeta.
Que todos possam compartilhar desta energia positiva com muita intensidade, radiantes de alegrias.
A cor do mar lembram seus olhos.
São linhas tracejadas no horizonte de teu rosto.
Rochedos alcantilados que recordam a dureza que tantas vezes vi surgir.
A mesma cor, as mesmas linhas, a mesma dureza que tantas outras vezes me esforcei para esquecer.
Mas, se mesmo assim, tão falho que sou; ao me ver incapaz de apagar lembranças passadas; deixo então que as recordações tomem conta de mim e me embalem. Deixo que cada cor e cada traço se transforme na beleza cênica de um por-do-sol.
Seus olhos refletidos neste mar sem fim.
Por fim, é como se cada matiz e cada linha no horizonte sorrisse para mim. Então, sorrindo, me senti em paz por ter tido a oportunidade de sentir o carinho teu.
Para mim:
Todo Cláudio tem que ser Antônio
Grande poeta anônimo.
Todo Zé um novo horizonte
Água que brota da fonte.
Toda Eliza rainha Beth
Perturbou é pivete.
Toda espiritualidade, Margarete
Vida dura, interprete.
Todo Xande um grande achado
Amor espelhado.
Toda Iza tem que ter ira
Na pele das crias, casimira.
Todo Luiz, Luizinho
Deus quem leva pra outro ninho.
Toda Maria uma filosofia
Refutem a poesia.
Sol e Lua: Um Amor à Distância
Ele nasce no horizonte, ela brilha no céu,
Dois corações distantes, mas unidos por um véu.
O Sol aquece os dias com seu abraço ardente,
A Lua sussurra promessas em silêncio envolvente.
Ele deseja tocá-la, sentir seu calor,
Ela sonha envolvê-lo em seu brilho de amor.
Mas o destino traçou um caminho a seguir,
Entre a noite e o dia, sempre a se dividir.
Mesmo distantes, nunca estão sós,
Se encontram no crepúsculo, num tom de nós.
E quando a saudade aperta, o céu testemunha,
Que o amor verdadeiro nem o tempo enfraquece, nem a distância arruína.
Por Só Sol
O sol se põe,
mas nunca é só um pôr do sol.
Ele dança na linha do horizonte,
escorrega lento pelo céu,
como quem promete sumir,
mas nunca parte de verdade.
Pisca em tons de ouro,
derrama fogo sobre o mar,
e, num sussurro de luz,
diz que amanhã volta.
Nunca se perde,
nunca se esquece de ser sol.
Brilha onde os olhos não alcançam,
suspira calor em outras terras,
ilumina, mesmo quando não o vemos.
Porque ser sol
é mais que estar à vista—
é existir,
ardendo eterno
em si.
Navegar para além do horizonte é ousar sonhar,
Romper as amarras do porto, no mar se lançar.
Cada onda um desafio, cada estrela uma guia,
No vasto azul do oceano, onde a alma se alia.
Abrir-se a novas descobertas, desbravar o desconhecido,
Com coragem e esperança, o coração sempre erguido.
Cartografar novos mundos, desenhar mapas da alma,
Em cada traço, um segredo, em cada passo, a calma.
Tempestades se erguem, ameaçam com fúria e trovão,
Mas o navegante persiste, segue firme, com precisão.
Enfrenta o vento e a chuva, desafia o medo e a dor,
Pois sabe que após a tormenta, vem a bonança e o esplendor.
E nos braços de um novo mundo, encontra a paz tão sonhada,
Na terra prometida, a jornada é recompensada.
O horizonte se expande, a alma enfim repousa,
O mar é vasto e eterno, mas a paz é silenciosa.
Quando vejo teu sorriso pela manhã,
É como o sol que desponta no horizonte,
Dando calor e esperança ao novo dia.
O simples gesto ilumina a manhã,
E toda a natureza parece acordar contigo.
Não penso em mais nada, apenas existo,
No momento em que teu sorriso se encontra com o meu olhar.
É como um banho de luz e alegria,
Que lava a alma e renova o espírito.
Começo o dia assim, em paz,
Como um campo que recebe a brisa suave.
Teu sorriso é o sol que me aquece,
E me dá a força para enfrentar a jornada.
Ah, como é bom viver essa simplicidade,
De sentir o teu sorriso como um nascer do sol.
Tudo se torna claro, tudo faz sentido,
E sou apenas um homem, agradecido por esta luz.
Quando o sol surge pela manhã,
É como um farol que desponta no horizonte,
Trazendo calor e vigor ao novo dia.
Seu simples brilho ilumina a manhã,
E toda a natureza desperta com ele.
Não penso em mais nada, apenas existo,
No momento em que o sol cruza o meu olhar.
É como um banho de luz e energia,
Que revigora e renova o espírito.
Começo o dia assim, em paz,
Como um campo que recebe a brisa suave.
O sol é a luz que me desperta,
E me dá a força para a jornada.
Desfruto desta simplicidade,
Sentindo o sol como uma carícia ao acordar.
Por instantes, a mente se aquieta e o desassossego se dissipa,
E sou apenas um homem, grato por essa luz.
' DIVINAL HORIZONTE '
Amar é olhar nos olhos ,dizendo sempre a verdade,
Com sinceridade e respeito, com toda fidelidade;
E que na trilha do esplêndido brilho no horizonte,
Na vida o amor seja a base, da felicidade a ponte!
Quem brinca com o amor não passa de um covarde, Ferindo; Retalhando corações sem a menor piedade.
Amei-ti, no mais profundo do meu verdadeiro ser,
Fostes o meu amado, por anos meu bem-querer !
Mas ,Então, com o tempo eu fui percebendo:
Que o seu amor era como poeira ao vento,
Um traiçoeiro ser, que enganou meu sentimento.
Ainda tenho esperança de outra vez o amor encontrar,
Que não seja um aventureiro, mas que seja verdadeiro,
E na trilha, desse divinal horizonte, ver o amor brilhar !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei -9.610/98
CANTO DO ROUXINOL
Contemplando o horizonte,
Vejo o céu sorrir pra mim;
as flores que plantei ontem ,
Florescendo no meu jardim !
Das flores eu tenho saudade,
Pois Florescia o ano inteiro,
De um colorido que me invade
Formosas flores de jasmineiro
Eu Sigo caminhando pela vida
Preciso cultivar em mim o amor
Que me transforme em alegria
No colorido da mais linda flor
Ansiosa fico eu, pra ver o por sol
Levando embora essa melancolia
No lindo doce canto de um rouxinol
Irei dançar de mãos dadas com a alegria !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei -9.610/98
SETEMBRO
Já chegou setembro
e eu continuo em agosto
a vida parou, tudo fugiu
do horizonte azul
um dia sonhado.
Já chegou setembro
e eu continuo em agosto
sem brisa e mar
sem prima-vera
hoje é quimera
tudo que sonhei.
Já chegou setembro
e eu continuo em agosto
e o desespero me assegura
que não há paz e nem fartura
no amanhã de desventura
que semeamos com amargura
Já chegou setembro
e eu continuo em agosto
sem poesia, sem esperança
fiquei azedo com o desprezo
e a intolerância.
DEPOIS DO ARCO-ÍRIS
Depois do arco-íris
há um horizonte,
infinitamente azul
sobre a imensidão do mar
onde tudo é permitido
para quem sabe sonhar
para quem sabe ouvir o coração
um mundo pleno e colorido
onde todos pintam
com as cores da imaginação.
Depois do arco-íris
não há regra de conduta
desrespeito ou punição
a vida não tem fim
o sol nunca se põe
o amor é livre e belo
o verde e o amarelo
são símbolos de união.
Depois do arco-íris
há vida inteligente
passado e presente
se unem com razão
a mente se ilumina
o verso encontra a rima
no abraço entre irmão.
A Ponte
O mar é um oceano vasto,
Que se estende além do horizonte,
E nele há uma ponte construída,
Que desafia a razão e a mente.
Uma ponte que vai para longe,
Tocando as nuvens com seus pilares,
Segurando-se entre o céu e o mar,
Unindo as terras e os mares.
Desafiando a tempestade,
Resistindo às ondas e ao vento,
Ela se mantém imponente,
Conquistando o espaço e o tempo.
Sua trajetória é uma busca,
Por um caminho sem fim,
E sua estrutura é a defesa,
De um sonho que não tem fim.
E enquanto a ponte se expande,
Ganhando cada vez mais espaço,
Seguimos confiantes em frente,
Caminhando em seu abraço.
Assim, a ponte nos ensina,
Que a vida é uma jornada sem fim,
E que, para chegarmos ao destino,
Precisamos vencer o tempo e o vento,
Conquistando, a cada dia, nosso caminho.
Estou Prenhe
O pôr-do-sol, uma luz flamejante,
Desce sobre o meu horizonte.
Dentro de mim, há um inalcançável deserto,
Perdi, em algum lugar,
O que os homens chamam de paz.
Meu eterno buscar
Veio com mais força que antes,
Como um vulcão que dormira por milênios.
É assim que ruge,
No fundo d’alma,
Meu espírito inconstante.
Às vezes penso:
Algo muito grande
Vai sair de dentro de mim.
Não pode ser outro poema,
Nem um livro.
O que esperneia no meu ventre
É algo assustador,
Mesmo para quem está acostumado
A dar à luz filhos estranhos.
Mesmo para um espírito criador,
Esta sensação
É deveras incomum.
Um longo período de gravidez
Produziu em mim,
Ou alimentou dentro de mim,
Um ser bizarro.
Pesadelo:
Cai o crepúsculo anunciado no horizonte.
O avanço da noite envolve a floresta fria.
O vento serpenteia entre as montanhas.
No centro da vasta escuridão se revelam os segredos dos espíritos que habitam a mata...
Segue o ritmo de um tempo que não é mensurado...
No breu da noite a magia da luz reflete nos seres os tons de prata.
O murmúrio do silêncio evoca o rolar das águas sobre as pedras...
Tocas e cavernas serão abandonadas...
Todos saem sob o camuflado do verde musgo, e os que foram vistos serão devorados...
Corre tempo, corre vida, corre perigo.
Correm as águas, corre o vento, Corre ao abrigo...
Logo vem o clarão da aurora rompendo a escuridão...
Os mistérios se escondem sob as raízes da mata, E na imaginação dos homens que nela habitam...
As cores da montanha agora se avistam...
No coração da floresta, pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Existe uma linha no horizonte
Porque a Terra é plana
O globo é quadrado
E o triângulo é redondo
A cor da beterraba é verde repolho
A jabuticaba é rosa por fora e amarela por dentro
A noite engoliu o sol
Porque os dias tem sido curtos
E as noites se faz longas
Porque o hoje existiu
E e o amanhã a Deus pertence
A História Não Contada
O vento soprava forte sobre as águas revoltas. No horizonte, o sol se punha, tingindo o céu de vermelho, como se sangrasse em despedida. Nos porões escuros do navio, o ar era denso, pesado, misturado ao cheiro da madeira úmida e dos corpos amontoados.
Ali, entre as sombras, estavam aqueles que tiveram suas vidas arrancadas à força. Eram reis, guerreiros, mães e filhos, agora reduzidos a mercadoria. As correntes marcavam seus tornozelos, mas não podiam acorrentar suas memórias.
Dentre eles, um jovem chamado Obafemi mantinha os olhos fixos na pequena fresta de luz que entrava entre as tábuas. Ele não conhecia aquele mar, mas sabia que, além dele, havia uma terra desconhecida — e um destino cruel à espera.
— Meu filho… — sussurrou uma mulher ao seu lado. Era Iyalá, uma anciã que carregava no olhar o peso de muitas luas. — Se não podemos mudar o caminho, que o caminho não nos mude.
Obafemi não respondeu, mas apertou os punhos. Seu coração queimava com a dor de sua gente.
Alguns, em silêncio, decidiram que não seguiriam viagem. Preferiram entregar-se ao mar, nas mãos de Iemanjá, do que viver sob o domínio do inimigo. Obafemi os viu partir, um a um, dissolvendo-se nas ondas, e por um instante, pensou em fazer o mesmo.
Mas não fez.
O navio atracou dias depois. Os que restaram foram levados à força, empurrados para um mundo onde seriam vistos apenas como mãos para o trabalho, como corpos para o lucro. Chicotes cortaram sua pele, línguas estranhas tentaram roubar sua identidade. Mas dentro deles, a chama não se apagava.
O tempo passou. Obafemi sobreviveu. Seu nome foi mudado, sua voz abafada, mas ele nunca esqueceu quem era. Aprendeu a resistir, a lutar sem armas, a falar sem palavras. Seus filhos herdaram sua força, seus netos contaram sua história, e mesmo quando tentaram apagá-lo da memória do mundo, ele permaneceu.
Pois um povo pode ser acorrentado, mas sua essência jamais será escravizada.
''Horizonte Dos Poetas''
Solidão faz parte do meu mundo
Tristeza faz parte do meu planeta
Assim como o papel e a caneta
Hoje como as estrelas e os cometas
Imbróglios na mente dos sociólogos
Depressão na mente dos psicólogos
Pensamentos e análises prudentes na mente daqueles que são tratados como delinquentes
Abandonei o mundo dos sonâmbulos para acordar
Esqueci o mundo dos amnésicos para recordar momentos que só o tempo podia apagar
Horizonte dos poetas
Troquei uma estrelas por uma galáxia
Substituí pedras por uma rocha
"Não faz sentido"
Ultimopensador
ENQUANTO ISSO LAVE AS MÃOS
Da janela vejo vultos no horizonte
Desviamos na contramão
Noite silente
Mãos de oração
Mãos de sedução
Sinto fome de beijos, sede de amor
Mundo de realidade nunca visto
Lave as mãos
Mãos de edificação
Mãos mostram o caminho
Breve caminharemos de mãos dadas
Lave as mãos
Cinco de maio
Dia mundial de higienização das mãos
Lave as mãos
Nosso destino está em nossas mãos.
Eu caminho sem rumo, sem destino, sem saber o que me espera além do horizonte, além do ser. Eu busco novos ares, novas terras, novas cores. Eu fujo das prisões, das dores, dos horrores.
Eu sinto o desejo de viajar, de me aventurar, de conhecer o desconhecido, de me deslumbrar, de ver o mistério se revelar, de me surpreender, de sentir a vida pulsar, de me renascer, de sentir a vida que se move, que se renova.
Mas eu sou um cativo, um refém, de um corpo, de uma mente, de um lar, de um alguém, de um presente. De uma realidade que me oprime, que me consome, de uma humanidade que me afasta, que me abandone.
Eu sonho com a natureza, em sua beleza. Eu lembro da época em que eu era parte dela, em que eu era uma centelha. Eu anseio por voltar a ela, por me integrar a ela, por me libertar dela.
Eu quero viajar sem fim, sem limite, em busca de um caminho sem razão, parece que em parte alguma estou em paz, sempre a desejar um novo cais. Uma ânsia sem fim, pelas terras desconhecidas, o mistério, o desconhecido me atrai, enquanto minha alma se perde, se vai.
Aprisionado em tudo o que não sou. Eu sou um estrangeiro, em todo lugar, em todo tempo. Em busca do Éden perdido, vagando sem destino, pois somos todos eternos nômades, em busca do divino. Enquanto me perco nas ruas de concreto, a minha alma anseia pela simplicidade da terra, o aroma das flores, a luz do dia.