Textos sobre o destino
Leva-me
Aonde você vai?
Leva-me contigo!...
Não importa o caminho
Desde que o destino seja o teu amor por mim.
Eu te acompanho.
Serei teu companheiro...
Você será a primeira e a única a quem eu darei meu coração.
Quero estar com você,
E se deixar, eu caminharei com você,
Seguiremos juntos para onde o amor nos levar.
Aonde você vai?
Já que levou meu coração
Leva também o meu amor.
Edney Valentim Araújo
Karma não é Destino
Você não pode negar sua herança kármica, disse o último Traleg Rinpoche, mas isso não significa que não pode mudar.
As críticas ao conceito de karma frequentemente são centradas na noção de responsabilidade individual e sugerem que essa noção gera uma atitude de antipatia em relação aos outros e leva a uma tendência à culpa. O pobre é culpado por ser pobre, e assim por diante. Diz-se, erroneamente, que o budismo culpa os indivíduos por todas as suas circunstâncias e nega-lhes o poder de ação.
Se somos pobres, por exemplo, podemos acreditar, de imediato, que ficaremos assim até acabarem as dívidas cármicas; e então, depois da morte, podemos renascer em circunstâncias afortunadas, quem sabe, nos tornando um rico empreendedor. Entretanto, este tipo de pensamento não combina com a ênfase do budismo na interconectividade de tudo, que confirma a abundante complexidade de influências sobre as pessoas, incluindo seu ambiente.
Certamente o budismo contem a ideia de um acúmulo de carma, impressões, disposições, probabilidades ao longo de nossa vida – padrões de comportamento adquiridos, etc. Mesmo assim, isso não quer dizer que simplesmente esperamos por um karma particular impresso ou dívidas ou heranças que evaporam ou desaparecem, antes que alguma coisa possa ser feita.
A teoria kármica do budismo não é semelhante ao fatalismo ou predeterminação. Nós temos poder de escolha (livre arbítrio) em nossas ações. Se não tivéssemos, então a teoria kármica poderia verdadeiramente produzir julgamentos e atitudes moralistas, e os ensinamentos do Buda seriam muito menos inspiradores e muito menos efetivos.
A teoria kármica não tem se fixado em particularidades como essa e não está ligada a uma ordem moral estática. Evidentemente que um elemento de determinismo está envolvido e isso deve ser aceito. Nós somos quem somos por causas de nossa herança kármica.
Poderíamos não ser como nós somos sem essa herança, mas isto não significa que temos que permanecer assim. O ponto em questão é que a teoria kármica nos encoraja a pensar:
“Eu posso me transformar na pessoa que eu quero ser e não insistir naquilo que já sou”. Esta seria uma compreensão adequada da teoria budista de karma.
'POBRE CRIANÇA'
O destino abraçara o pesar.
Filme à céu aberto,
estampando o prato bestial do meio dia.
Mãe à tiracolo,
sem colo para aquecer o frio matinal.
No ônibus milhares de fúteis paisagens.
Quatro da manhã e sete anos de pura espontaneidade,
sem tantas respostas,
o garoto fez-se homem de idade.
Não decorou ruas paralelas,
nem fadas.
O menino nascera do nada,
criança prodígio...
A vida era-lhe autêntica,
miragens.
Hoje microfilmes.
Turvos dias apenas!
O estômago embrulhara os ecos.
Risos soltos - projeções -,
sem foco,
reflexos.
Infância corroída nos aluviões,
perdido como pedras nos rios profundos.
Os dias não tinham porquês,
longe as expectativas,
tudo vinha meio sei lá pra quê...
Casa de palha.
Entulhos e panos ao redor de uma vida baldia.
Que chatice!
Hoje tem escola.
Mas a barriga ainda ronca.
Vazia de futuro
uma,
duas horas.
Sou mais meus carrinhos de latas!
Fico a Imaginar outros meninos,
fortes e fartos à vontade.
Fazendo trajetória,
futuro promissor...
Histórias sem leitores.
Quase nada mudou!
Apenas retrocesso,
do processo circular estagnando e definhando pessoas.
Sou da lama,
quem se importa?
Trilha sonora nas mãos,
faço lúdica às minhas memórias.
Atual leitor de um mundo melhor.
Ainda inventor,
correndo nas chuvas.
Íngreme em chamas,
utopizante em vitórias...
Um sonho dentro do sonho
Mentaliza no que quero passar;
Abre a porta do destino;
Quero muito, não tenho nada;
O diferencial é o saber;
Os meios trazem boas novas;
No principio flores;
No meio incertezas;
No fim o inicio;
Quebra o vidro da desigualdade;
Emerge um novo ser do mar;
Não foge da batalha;
Agradar e agradecer;
Onde acharás?
E a terra da desigualdade;
Não pretendas achar;
Acorda pra vida;
Deixe de falsas hipocrisias;
Não corrompa com os meios;
Faça parte ser a grande parte;
Os meus anseios são preciosos;
Liberte as mazelas donde se caminha;
Procure no limite;
E lá achar a resposta.
E só tentar.
Raiz
Uma semente feia, pútrida, corroída, perdida, era levada pelo vento.
Quis o destino que ela caísse em um belo jardim, que assim era porque nele crescia
e reinava vigorosamente a mais linda de todas as flores.
E a sorte sorriu para aquela semente, quando a mais bela de todas as flores,
não se sabe por qual razão —compaixão, talvez — vendo-a fria, fétida e moribunda,
a cobrisse com suas pétalas, grudando-a no seu caule, envolvendo-a
carinhosamente em suas verdes folhas e seus ramos.
Por dezenas de anos a flor dedicou-se àquela semente, dividiu com ela a sua seiva,
protegendo-a, tentando restaurá-la e devolver-lhe a vida.
A mais bela de todas as flores entregou-de de tal forma àquela semente
que esqueceu-se completamente de si. Doou-lhe seu perfume, seu calor,
sua beleza, sua alegria, sua juventude. Mas a semente, conquanto anos a fio
se mostrasse flor sadia por fora, escondia suas raízes sob a terra.
Não sabia o que era gratidão e não soube retribuir tanta dedicação.
Jogada semimorta e por engano do vento naquele jardim, incapaz de aceitar ajuda,
permaneceu podre por dezenas de anos, contaminando
a mais bela flor e todas as outras flores ao seu redor.
Entregue seu destino ao abundante amor de Deus e tenho um descanso em harmonia. “Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia.” Is 26:3
Temos distinções que nortearão o modo de vidas. Ou escolheremos viver pela fé e confiar na presença de Deus e no poder dEle; ou podemos contar com nossos próprios recursos. Salientando que a riqueza, a saúde e o status são vulneráveis à supressões ou aniquilamento. Somente um recurso está sempre disponível para nós, e sabemos que podemos contar com ele, “... porque Deus mesmo disse: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei" Hb 13:5
Estimado com Deus no controle das nossas vidas, jamais ficaremos à deriva. Ele não nos abandona; embora, muitas vezes, o cansaço das lutas nos faça questionar onde Ele está. Novamente a palavra do Senhor nos assegura: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.” Mt 11:28
Atente a convocação do Senhor “Venham a mim” “Eu estou aqui cuidando de você, garantindo a sua vitória. Apenas descanse e creia em Mim”.
Um sábado de rica bênção e um descanso sobre o carinho do Senhor
O tempo transforma
É bom encontrar alguém importante do passado para constatar o jeito do destino trabalhar, o quanto ele transforma as pessoas e lugares, mas preserva o sentimento, o carinho e a certeza de que isto realmente foi necessário para transformamos como seres melhores. A vida não se repete, mas esclarece o papel de cada um nesta jornada do amor.
Descobrir que você não sabe toda a verdade, que ainda existem motivos que não foram revelados e que a saudade é verdadeira dos mesmos momentos e das mesmas pessoas, se confirma que tudo foi realmente maravilhoso. Mais lindo ainda é saber que aquelas pessoas que eram tidas como as melhores, poucas permanecem lutando pelo mesmo objetivo, algumas se foram, outras se perderam e poucos conseguiram se transformar, aprender, aprimorar e até melhorar. Fica a impressão que não perdemos nada, apenas adormecemos e fizemos um treinamento para esse novo momento.
Agradeço a Deus por permitir me sentir feliz e realizado por conservar a pureza e a beleza de momentos que marcaram e criaram condições para seguir lutando por um dia viver tudo como se não tivesse morrido... O amor realmente não morre, apenas se transforma.
Olhei através do espelho e vi o vazio de um ser, sem destino, sem vida, sem esperança, sem razão de existir.
Olhei para o lado vi a escuridão que me cobria os meus olhos, como se não houvesse amanhecer e apenas a cálida escuridão que que me lacerava a alma.
Triste, só, abandonado, me sentia, e cada dia mais essa dor sufocante como se uma faca em brasa me toca o peito e destrói a última esperança de um dia ver novamente a luz.
Porém essa luz veio através de um doce sorriso de uma linda e iluminada sereia, sua voz suave, falava como se fosse abrisa do mar, sua alegria como as rosas da prima verá e sua felicidade que encantava e ardia meu coração como o calor do verão, seus olhos castanhos lindos como jóias, seus cabelos cacheados como os de um anjo e seu jeito como o de uma mulher forte e Gentili, libertou-me de minha escravidão, e livrou-me do meu cativeiro, hoje ao seu lado sinto-me como se voasse livre.
A noite me conduz ao silêncio
Embarco numa viagem com destino ao meu interior
Ruas na penumbra
Paisagens desertas
Estações em variáveis
Escalas de cinza.
Prossigo em minha viagem
Vejo a chuva cair
Meu rosto molha,
Lágrima rola.
As ruas somem
A paisagem se funde num azul escuro que se mescla com o violeta
Não presto mais atenção
Somente continuo a viajar
Destino à frente
Começo a desacelerar
Nuvens prateadas correm com o vento
Lua e estrela tentam resplandecer
Luar viajar sonhar e chorar
Somos sempre passageiros solitários quando o destino é o nosso interior
Eu
Eu
Com medo de me afastar
Me afastei
Meu próprio medo, fez meu destino
E isso dói, me destrói
Dor inigualável
Que cresce
E o meu coração não esquece
Apenas permanece pedindo perdão
Tentando se provar
Com receio de se machucar
Se machucou
E eu
Jurando não acontecer
Aconteci
Naquele famoso poço eu caí
E eu que me coloquei ali
Procurei por abrigo
Mas apenas permaneci à deriva
Até que em meu despertar
Fui tentar me tirar de lá
Mas apenas cai denovo
E como perdido provo
Da minha própria escuridão outra vez
A mão sobre o lápis desenha
nosso destino de papel
tão frágil.
Antes molhava bico da pena
Hoje molhava o bico do seio
Se a caneta não presta, saculeja
O lápis é de grafiti, de diamante.
Sou eu, presa a uma folha de papel
é uma representação de mim
mais contente, mais completa
poderia me substituir
é mais eu do que eu mesma.
Mas a folha entra em decomposição
mais rápido que meu corpo
vida curta e feliz
vida longa e duvidosa...
meu corpo é de carbono
o lápis é de carbono
é de grafiti, de diamante
meu corpo de grafiti
meus corpos de carbono
sorriem com a analogia.
Você me desenhou
quantas vezes mesmo?
Você me desdenhou
ou me desdenhará?
Me sinto tão amada
mas amar não sei.
Me vejo desenhada,
desenhar não sei.
Parece que estou viva,
mas não sei viver.
Tentei te desenhar,
ficou engraçado...
as proporções corretas,
como faço?
Ora cabeçudo, ora cabecinha
Ora barrigudo, ora barriguinha.
Pego meu lápis e rabisco
um movimento inconsciente
talvez movido por um subconsciente
o destino do lápis incerto
na minha mão o destino do lápis
e minha vida de rabisco.
DIÁRIO DE BORDO
Navegamos há dias sem recobrar qualquer destino,
combustível indispensável prum explorador.
Encontramo-nos me abatidos, desnorteados.
Após desvendar terras tão notáveis e inexploradas,
navegamos há dias sem achar qualquer destino.
Os marinheiros estão exaustos e famintos, não há mais pronde olhar.
Uma nau tão vitoriosa não consegue mais quebrar ondas, tampouco enfrentar tempestades,
precisa descansar,
achar seu norte.
Participamos de descobertas tão incríveis, e,
navegamos há dias sem recobrar nenhum destino. Conquanto, meu coração é otimista,
todavia, temo pela tripulação e pelo casco da embarcação. Ora, um verdadeiro capitão é sempre o ultimo a sair.
Por isso, tenho que ter esperança,
afinal, foram tantas descobertas,
no entanto,
navegamos há dias sem recobrar nenhum destino.
Hoje, cada rugido de um trovão é uma provação,
nem tememos mais,
nossa esperança está na popa
enquanto na proa,
só incertezas.
Os que crêem,
pedem que éolo
envie-nos bahia a barlavento,
aonde, em sua calmaria,
possamos atracar, conhecer, repousar e voltar ao mar,
pois,
afinal,
somos aventureiros.
►Beijos Fantasmas
Junto a minha tia eu fui a capela, por que ela queria
Talvez fora o destino, mas de longe vi uma menina
Linda, a pele branca como as nuvens do dia
Estava distante, estava sozinha
Eu fiquei fascinado pela sua beleza
Deixei minha companhia e parti,
Ao encontro da pequena sereia
Ela me disse que morava nas redondezas
Perguntei se não tinha medo do cemitério,
Ela respondeu dizendo que era bobeira,
Muitos de seus parentes descansavam lá
Quando percebi, o tempo havia passado,
Eu acabei por ficar enfeitiçado pelo seu charme
Minha tia já estava terminando,
E por aquela garota eu estava me apaixonando
Ao término, perguntei se poderia vê-la novamente
Eu conhecia aquela rua, e em concordar, fui embora contente.
No dia seguinte, lá estava ela, no mesmo lugar
Comecei a pensar que ela talvez gostasse mesmo de rezar
Eu não iria critica-la, cada vez mais eu estava a me maravilhar
Conversávamos sobre tudo, sobre as flores, sobre o mundo
Me lembro que ela me perguntou uma vez,
Se eu sabia quantos túmulos havia depois do muro
Eu não fazia ideia, ainda disse que sentia muito.
Nossos encontros se tornaram diários
Meus professores da escola se espantavam,
Com a rapidez que eu entregava os trabalhos
Apenas para subir aquela rua de pedra,
E me encontrar com a linda donzela.
Depois de algum tempo, sobre o olhar da Lua,
Nossos lábios finalmente se encontraram
Me senti como se pudesse iluminar aquela noite escura
Eu a segurava em meus braços,
Sentia toda a sua ternura,
E tentava aquecê-la, pois era fria a sua pele
Os beijos seguintes foram leves, mas nada breves
E estavam carregados com sentimentos esbeltos
Eu queria que aquele momento fosse eterno,
Mas para sempre ele estará vivo, escrito neste caderno.
Ao nascer do dia seguinte, não a vi
A capela ainda permanecia, mas ela não estava mais ali
Eu voltei nos dias futuros,
Meu coração começará a ficar inseguro, sentia sua falta,
E eu sempre chorava quando voltava para casa
Eu sentia uma grande saudade
Ela havia criado em mim uma fragilidade.
Alguns meses depois fui, junto a minha tia, ao cemitério
Era o aniversário de minha vó
Eu estava um pouco imerso, com pensamentos no deserto
Enquanto nos retirávamos, eu notei, lá de longe,
Um senhor de idade, ajoelhado, diante de um túmulo belo
Ao nos aproximar,
Indaguei aos meus olhos se eles estavam cegos
Não aguentei e simplesmente despenquei
Aquela a quem me beijará, jaz a mais de uma década naquele túmulo
O meu amor fora ou não real? Eu ainda era puro?
O tempo me obrigou a superar
Às vezes eu acordava e me lembrava
E com ela eu sonhava, nunca consegui acreditar
Até que a velhice veio me falar,
Que meu tempo haveria de chegar.
Me apaixonei por outra pessoa,
E junto a ela, tive uma vida duradoura
Nossos filhos deram, aos filhos, os nossos nomes
Eu sempre amei minha esposa,
Mas nunca quis esquecer daquela minha juventude,
Da garota especial, de quando estávamos juntos
Nunca se foi da lembrança seu beijo, apesar de tudo
Sessenta anos se apoiaram em meus ombros
E, lá no fundo, continuei amando ela, talvez esperando,
O dia em que eu fosse encontra-la, assim como antes.
Eu voltei a ser aquele mesmo rapaz,
Quando Deus finalmente me deu a eterna paz,
Fui descansar no fim da rua de pedras
Quando abri meus olhos, eu vi ela
Permanecia a mesma, e eu perdi uns setenta anos
Éramos novamente dois jovens se abraçando.
Ela esticou sua mão para mim, e partimos
Pelas ruas caminhávamos sorrindo
Me despedi pela última vez de minha esposa e filhos,
E subi, em direção aos céus, com aquela mesma garota,
Que conheci na capela, e que hoje comigo voa.
Conflitos e Harmonias das Realidades
Toda relação constitui uma realidade, um destino, (um desastre?)(uma Glória?), com o contexto da Pós modernidade e a realidade instantânea e solúvel os indivíduos existem em vários âmbitos com efeito de consequências variáveis, a realidade deixou de ser um estado presente muitas vezes até tida como espontânea, especulam hipóteses e conseguem estabelecer harmonia nas suas insatisfações pessoas sanadas pelas relações Tecnológicas, visto as inúmeras perguntas que são fomentadas ao longo da vida, a bigamia parece ser menos nociva quando o parceiro tecnológico é só um estimulo da imaginação que prepondera sempre sobre os demais visto assumir a posição de ideal, todas os outros gestos apenas reproduzem num corpo vazio, a razão e o sentimento pairam na dúvida e isso parece bom, visto o fortalecimento dos indivíduos aos demais ao projetarem em si mesmos um ideal alcançável nas pontas dos dedos, então aquilo que será não precisar ser e o futuro pode ser reproduzido agora e os valores morais do ente civil, já não existem no âmbito virtual.
O caos da vida, um destino cruel, uma lágrima caída, sem estrelas no céu.
É assim a nossa vida, sem paz e alegria, ironia do acaso, sem enxergar uma saída.
Mas o tempo é parceiro, quando não traiçoeiro, desvanece os entreveiros, qual passos ligeiros.
O amanhã pode ser em raios acalorados, qual a paixão de eternos namorados.
Sempre há uma esperança, como a inocência de uma criança, a selar um novo dia, a enfeitar nossa lembrança.
SEM DESTINO
Caminhando sem destino
Sou igual a um menino
Sou do norte do nordeste
Do Brasil terras agrestes
Minha vida é quase um nada
Se resume em uma estrada
O meu sol é sempre escuro
Alguma coisa eu procuro
Céu azul muita poeira
Dunas, colinas e barreiras
Enfeitam minha jornada
Nesta incerta caminhada
Se chove fico contente
Dormir é bom é envolvente
A este oiti que me abriga
Obrigado árvore amiga
UM SÓ CORAÇÃO
A paixão nos deixou p’ra trás
Esquece o meu amor e vai
Que o destino me será melhor.
E quando estiver distante
No lembrar do meu amor
Um outro não será tão mais.
No desejo d’um só coração
Tudo se torna em vão
D’um só beijo nada faz querer.
No lembrar do que ficou
Na desventura do seu amor
Qual outro te fará viver?
A paixão nos deixou p’ra trás
Esquece o meu amor e vai
Que o destino me será melhor.
Os meus sonhos são segredos da alma
A alma conhece o destino de tudo
Te direi ao ouvido
Aonde esta viagem nos quer levar.
Eu soube que o amor está ligado a mim
O amor é a essência e nós seu perfume,
Se busco tua alma
Reconheço de imediato teu cheiro
E assim vivo ligada a ti
Porque não existe eu sem ti
Teu amor me tira de mim
Aonde andas tu?
SONETO AO ACASO
Estou atrasado para nova direção
Dar ao destino uma nova fantasia
E ao espírito possa ter novo guia
Além dos afligir que fere o coração
Agora é tarde, entardeceu o dia
A alma está enrugada de emoção
Sonho entrajou-se de recordação
E o querer já não mais me alumia
Tenho ido empós do bom ideal
Nem sei qual será este tal final
Deste declínio que me barbaria
Afinal, pouca sorte foi meu ritual
Já o amor, o preservei bem jovial
Pra na lápide tê-lo como honraria...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
amor contraste do meu coração
que doe sem destino,
desatino, que vive a fazer a sofrer,
meus sonhos perdidos ao longe,
sentimento que paira sem sorrir,
desfaço a amargura puro pesadelo,
que se foi um dia minha virtude,
parador em tantos mares habitei...
amor que sofri os piores dias,
desejos profundos aonde amarga,
num horizonte esquecido...
te diga meu amor...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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