Textos de Desalento

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⁠Entoo poemas como quem chora de desalento, faço poesia como quem pede a morte, pode descer a noite pois estou insolúvel...
O dia está sem rosto de olhos tão vazios amargos, amargura que escorrega até o coração pela seiva das veias mórbidas, amar a ti é como desprezado é como desejo de veneno com mel;
Andei sobre as sombras e caminhei no eixo destorcido do reflexo frio do porta retardo que me deras, seu coração tortura o meu...
As páginas sedentas de sede bebem das minhas lagrimas misturada com a tinta do esboço deste lamento,
Componho poemas da dor enquanto tu vives sem mim e sem querer me ter, vivo na esperança de ti sobre morte lenta,
Sobre o tempo cativas o ouro enquanto de amor banho me em sangue gota a gota
As noites duelas com a madrugada para ver quem lambe meu sangue
Procura a riqueza enquanto eu amarelo sobre o sol fujo e lembrando das migalhas de um pouco de amor de vez em quando, sinto saudade...
Me escondo na face da noite das mortalhas e surdinas tenho vergonha de amar
Tão raro e tão vasto amor que não cabe no cantinho da sua alma
Tão hirto seu coração rígido como eu tenso tentaria de novo tecer minha vida na sua, ser para sempre me desce outra chance sei que calado e quieto quero ficar e por ti podemos estar onde quiser ir
A luz tenta me misturar o anil se contrasta com minha alma cada dia mais fria e um amor adente quente que me queima a vida...
Os poemas se acumulam nas linhas do destino devaneio eu encosto e você desfaz
Foco no recorte da janela em revoada pensamentos da sua volta hipotética
Pausa; desço no poço negro de silencio galgará gerúndio vara madrugadas se cravem meus olhos na flor que me sustenta no alto na boca das águas onde descera eu...
Suplico as almas femininas que me arrodeia que de encontro a amada envia uma mensagem como um flor e avisa a esta alma antes que a minha morra de amor

⁠Amor, desalento e solidão

Queria, quem já não me quer seu,
Que por sua vez não quer ninguém
E quem me quer eu rejeitei também
Por não ser de quem não é meu!

Quantas portas ao amor eu não dei!
De o querer, quantas se fecharam?
Quantas solas e aparas se gastaram?
Quantas poemas e ruas atravessei?

Mas que desalento chato e redondo,
Que se o tento cantar a um canto,
Ele não os tem, e eu lá vou pondo

Nós engasgados num calado pranto!
Não podendo ao amor cantar então,
Vou indo e dando, espaço à solidão.

Inserida por luismateus

⁠By - Márcio Brandão

Oh, doce rosa em desalento,
Que murcha lentamente, num lamento,
Tu, que outrora brilhavas com esplendor,
Agora, aos poucos, perdes a cor.

Teu perfume, antes tão envolvente,
Agora se desvanece, tristemente,
Tuas pétalas, antes vivas e viçosas,
Agora estão murchas, frágeis, dolorosas.

Teu caule, que sustentava a esperança,
Agora se curva em triste dança,
Tuas folhas, antes tão cheias de vida,
Agora se enrugam, perdendo a guarida.

Mas mesmo assim, tua beleza persiste,
Mesmo em tua fraqueza, és triste,
Pois em teu último suspiro, oh, rosa,
Ainda irradias uma beleza grandiosa.

Como um lembrete da efemeridade da vida,
Tuas pétalas caídas, uma despedida,
Mas tua essência perdurará eternamente,
Mesmo quando fores apenas uma lembrança na mente.

Tu, rosa moribunda, és um símbolo de fragilidade,
De que mesmo na morte, há uma sutileza,
E em teu fim, encontra-se a beleza,
Pois até no ocaso, há uma singularidade.

Então, rosa em sua jornada final,
Teu destino, mesmo melancólico, é especial,
Pois lembrar-te-emos com ternura,
Como uma flor que mesmo murcha, ainda tem doçura.

Inserida por marciobrandao_sdj

Até quando cairei em braços errados;
me alegrando com olhares vazios
tentando expor sentimentos sufocados
por vastos caminhos sombrios?

Até quando suportarei a carência
de um coração calejado
escondido sob a cruel aparência
de um amor inventado?

De modo que, só me resta esperar
o destino, ou talvez refletir
para assim então, amar
ou definitivamente desistir?

O fato é que minha desilusão
me remete num estado turbulento
na ânsia de uma explicação
aumentando o meu desalento.

Eu tô destroçado.
Como se cada pedaço do que eu acreditava ser estivesse se desintegrando.
Esvaindo-se das minhas mãos enquanto tento recolocá-los de volta.
Não sei mais se sou o que eu achava. Se quero o que eu queria.
Eu não sei mais quem eu sou, e nem pra onde ir.
Estou apenas existindo.

A Louca de 20 minutos...


Olho-te aqui, agora
Com olhar jamais sabido ou tido
Olhos de quem sabe amar
E que aprendeu a desamar


Olho-te aqui, agora
Como quem implora, pelas retinas
Para que fiques um tantin mais
Vinte minutos de atenção, antes de se ir

Olho-te aqui, agora
Com o olhar de quem deseja
Quiçá, até mereça um colo
E acarinhar a dor que rasga a alma


Olho-te aqui, agora
Com íris incolor, sem vida
Mudez a suplicar que fique
Pois a voz já se recusa a pedir

Olho-te aqui, agora
Sentado bem ao seu lado
Com intenção de tocar-te a tez
Sentir o calor de são amor


Olho-te aqui, agora
E o sal de uma lágrima
Insana, toca meus lábios
Coerente, assumida, jamais derradeira


Olho-te aqui, agora
E de ti, sei, tudo o que me restará
Serão parcas lembranças, sinais de geleiras
Sentimentos fantasmas, falas nulas e vazias

Inserida por mucio_bruck

Saltei-me do catre
com um lampejo a saltar-me às ideias
Não sou poeta?
então por que nunca mais
sequer um verso?
Será que nada mais me atenta,
que me desencantei de vez?
Então por que não canto
o meu desencanto?
Será que nada mais me alenta?
Então porque não tento
o meu desalento?
Será que nada mais me sai?
E tal qual um zumbi
cá estou
tentando psicografar
a beleza codificada em letras
e apenas transmitindo
um pretenso lero-lero...

Inserida por violetshine

Um quase lamento de domingo


Naquela madrugada, juntei todos os meus cacos
com os restos da imensa tristeza que me consumia
e tranquei tudo junto com os meus sonhos
em um envelope branco sem selo.
Junto com as cinzas do meu corpo cansado
e com o pranto que inundava meus olhos de lágrimas na ocasião.

Por todos os lados que eu olhasse
só via os insetos (todos) caminhando sem rumo,
perdidos pelo chão da cozinha.
Na pia, os pratos sujos, com os restos da janta de ontem.

Despedaçado por dentro,
vesti a dor que o caminho pintava d’ouro.
Caminho amargo e duro que se precipitava.
E bem em meio a este meu lamento,
vi refletido no espelho do móvel de subir ratos lá de casa,
dois ou três segundos do mais puro desespero
e da mais singular desilusão.

Inserida por JotaW

<Memórias do caos>

Põe fermento na mistura, sova e amassa a massa,
deixa a mistura vingar, deixa o bolo da vida crescer.

Por que o tédio, amigo, é a sala de espera do caos:
- Do nada, transborda e escorre pelas bordas
e sem se perceber, o vazio que era, rapidamente deixa de ser.

Valoriza as suas conquistas diárias, segue em frente com a tua vida,
dá um beijo de boa noite na sua filha
e um abraço apertado no seu pai...

Por que de repente a roda da vida gira
e até o caos que parecia bom vai entediar você.

Inserida por JotaW

Silencio..
Com dor e simplicidade
Escrevo versos
Desconexos e rabiscos...
Tropeçando e caindo
Aprendi que a vida é um jogo..
Para ganhar ou perder
Perde-se mais que se ganha
Ganhasse mais do que se perde...
Esquecendo-se os medos
E muitas vezes as próprias limitações
Olhando o horizonte com confiança,
Alimentando-se com amor
Navegando por aguas firmes da saudade,
Esquecendo as lágrimas
Turvas do silencio e da solidão,
Observando a beleza flutuante da alma
Deixar entrar o brilho intenso do amanhecer,
Como a mais bela flor abrir no jardim
Encantado tirando da alma fustigada de desilusão,
Quimera de um sonho
Guardo e espalhado ao vento da minha dor,
do meu lamento esquecido e perdido.!!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Há momentos em que o coração está abatido
Existem sentimentos quando a alma está perdida

As lágrimas são cristais perfumados que caem
de um rosto triste, sombrio e sem brilho.

Deito-me na minha cama à noite, coberta de dor
coberta de lágrimas, de tanto sofrimento.

Sete palmos de terra... barro
lama... pedras ou fragas.

Para tapar o excremento do sofrimento onde...
a terra-mãe que me chama para acalmar a dor do alento.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

Triste vestida de negro...tantas vezes iluminada
percorre os caminhos sinuosos e sombrios.

Olhar distante e vago.... como uma sereia muda
sem maldade, sem trevas, sem medo, sem mágoa.

Gosta de verti-se de negro, viúva negra ela não é
ouve as vozes das gotas da chuva que geram felicidade.

Sonha com fadas e castelos, os espinhos perfuraram
o coração com pensamentos de amor e talvez ilusão.

Beleza singela encantada que esconde o perfume
das flores e penetram no profundo desejo de amar.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

E se faltar feijão, a gente come os livros...

"Não esquenta, por que se faltar feijão, a gente come os livros e se farta de conhecimento. Com o cérebro plástico e a mente cheia de possibilidades, serão tempos sombrios para os oportunistas de plantão que vivem de explorar a inocência e a ignorância do povo mais humilde. Vai ser cada vai se ferrar diferente, que vai dar gosto de ver a cara de espanto deles".

Inserida por JWPapa

Balada dos desempregados

Nem vivo nem morto, em estado catártico.
O desemprego àquela altura os imobilizava completamente.
Muitos de seus planos já haviam sido abandonados. Deixados de lado. Simplesmente.

A frustração e o sentimento de impotência invadiam seus corpos, tomando-os de assalto por completo.
A insônia, a impaciência, a desesperança já eram uma constante em suas noites/dias.

A escuridão que lhes afagava a face, também os confundia um tanto.
Face a face com a versão mais cruel de suas vidas, via o número de iguais se multiplicarem dia a dia:
- Por todo o bairro, por toda a cidade, muitos desocupados, precarizados, sambando pra desenrascar o feijão com arroz e o leite das crianças antes de o sol se por. Dia após dia.

Muitos ainda não haviam apreendido o real tamanho do problema que, feito um iceberg tendo apenas uma pequena parte à mostra, despontava de forma aterradora.

Mais de quatorze milhões de desempregados... Greves múltiplas. Revolta nas ruas. Educação na UTI. Saúde em total colapso. A população da periferia sendo dizimada pela criminalidade e pelas drogas. E o país imobilizado. Desgraçados...
Há de haver punição pra tanta maldade, se não aqui na terra, em algum lugar há de haver uma mão pesada o suficiente pra parar essa gente que não sente empatia por qualquer um que seja.

O filhinho da minha vizinha morreu ontem de sarampo. SARAMPO. Pois é... Inacreditável não é mesmo?

O vizinho da rua de cima se enforcou. Não aguentou o acúmulo de tantas dívidas e por isso se matou.

Aqui no bairro não é novidade ver gente mendigando alguma coisa pra comer. A fome como todos pensavam também não foi erradicada. Por aqui parece epidemia. O alcoolismo quadruplicou. Os andarilhos e moradores de rua são inúmeros.

Pequenos e constantes furtos aos comerciantes são frequentemente relatados, repetidas vezes os poucos comerciantes que ainda resistem de pé são vítimas de espertalhões que não querem se enquadrar na dinâmica cruel de agora.

Pelas ruas do bairro tem gente vendendo de tudo:
- Ovos, picolé, cigarros do Paraguai, abacaxi, vassouras, panelas, produtos de limpeza, balas e doces, derivados de milho, amendoins torrados, pizza de dez...

A vida está difícil mesmo. Os preços aumentaram muito.
Nos supermercados as sacolas estão quase sempre vazias. Até o macarrão instantâneo e o milho para pipocas de micro-ondas foram reajustados em mais de trinta por cento em menos de uma semana.
O preço do botijão de gás é hoje praticamente um assalto a mão armada.

O que fazer com tanta desesperança senhor prefeito? O que fazer senhor governador? Senhores deputados? Senhores senadores? O que fazer senhor presidente? Acabou o milho, acabou a pipoca. É isso?

Inserida por JWPapa

Imagens desfocadas, distâncias marcadas
entre o corpo e a alma, realidades invisíveis à razão...
seres à deriva
por entre nevoeiros, a distância oculta
corpos cansados, a saudade sem memória
restos de gente perdida nos farrapos da sua história.
Seres perdidos sem marca, sem rosto, sem tempo
carregam a escuridão nas vestes
sinais do desalento.

Inserida por SaoGoncalves

Podridão disfarçada, línguas afiadas
perfumes conscientes, aromas inconscientes.
Olhos frios de morte, onde guardo, calo
disfarçadas de algodão, negro, oculto, escondido.

Pensamentos, reflexos, imagens, inseguras, loucas
taça envenenada turva de emoções, segredos por descobrir.
Detalhes de um caminho, de uma vida sem razão
sonhos perdidos, esquecidos nas asas da imaginação!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

⁠A depressão de fato é, a mais pura tristeza, que devora cada fibra da felicidade.
Uma silenciosa angústia que, mesmo em seu sono, é completa.
A mão invisível, que aperta sua garganta e sufoca cada som da sua alma.
Se tens coragem de imaginar a felicidade, a tempestuosa nuvem depressiva zomba de ti.
Pois, o mal que vive em um sentimento tão ruim, além de cruel, é perversamente debochado.
Desesperança e desilusão são ferramentas de diversão em seus domínios.
Seu total controle sobre a tristeza, pode levá-la a fazer-te querer o teu último dia de solidão.

- PauloHSSantana -

Inserida por PauloHSSantana

"Também colocou no coração do homem o anseio pela eternidde". (LS).
Ja faz uns anos que não anseio pela eternidade, pois ainda lembro da flor que desabroxou em minhas mãos, e eu tolo a deixei cair, foi para protege-la, mas minha punição foi vagar sem rumo, sabendo que nunca mais a veria novamente, e se a visse ela não me reconheceria...
Então me diga, como poderia eu desejar a eternidade se a unica coisa que me dava sentido a vida, ja não a tenho mais. Meus dias não passam de algo sem sentido, não tenho prazer em mais nada, meu coração não bate mais como se estivesse vivo, minha respiração faz o minimo de esforço possivel para existir. Então, sou obrigado a viver, não anseiando pela eternidade, mas sim pelo fim do meu sofrimento. Poderia ter dor maior do que uma espada cravada em seu peito pela razão da sua vida? A dor não passou, e eu não a condenei... Meu fardo é tão pesado, que não desejo a eternidade, como eu ousaria... por isso, tento encontrar o trabalho que me satisfaça, "porque se for para não fazer nada... melhor que morra". (MN).

Inserida por Douglas1997

⁠O amor é a coisa mais linda que existe, e também a mais irreal. É o sentimento mais profundo e ao mesmo tempo mais mentiroso que existe. Vivemos em busca dele, e quase nunca o encontramos. Quando o temos, finge que é eterno, mas foge assim que pode. Quando não o vemos, jura que vai aparecer na próxima esquina. Quando chegamos lá, o vento sussurra: é naquela outra esquina. E assim a vida passa, dobrando esquinas e fazendo promessas.

Inserida por Haydensophie

⁠Há momentos em que a vida parece ser um vasto oceano de desafios, e você se sente à deriva, sem rumo. A dor, o desalento e a desesperança podem obscurecer o horizonte, fazendo-nos crer que não há saída. Mas é justamente nesses momentos de escuridão que a centelha da transformação se acende.

Inserida por mauriciojr