Textos de Desalento

Cerca de 1401 textos de Desalento

FAZER AMOR

Hoje não faço amor
como quem deseja...
Mas como quem chora!
De desalento...
de desencanto...
de desgosto...
Risco e rabisco os meus escritos,
Eis que por agora Não tenho motivo nenhum de encanto.
Meu verso é dúvida e medo do futuro incerto
Volúpia ardente...sim!
Ânsia esparsa... Também!
Remorso vão...não!
Dói-me nas veias...muito!
Espera Amarga e quente,
Cai, gota a gota, de suor!
Coração, amor, paixão ou razão ?
Qual a lógica da paixão?
E nestes versos de angústia rouca e sedutora...sim!
E dos lábios que a vida corra, morra e recorra à ressurreição do amor!
Deixando um mordaz sabor na boca.
Do desejo contido, retido... Outra vez...
Hoje não faço amor como quem deseja,
Hoje faço amor por fazer!
______________ Norma Baker

Inserida por NormaBaker

" Devaneios turvos afligem a circunstância do meu ser;
Afogo-me em desalento, solstícios na órbita do calvário me desalinham...
Voluptuosas vozes vazam pelas arestas do caminho perdido;
Incorporo diante dos meus olhos o ópio solene...
Deveras ser dita na incerteza ou não "

Inserida por AmandaS2David

Tempo passa, passa tempo.
Enquanto consome a desgraça,
em um doce desalento.

"Não, o tempo não passa. Ou então,é um ótimo farsante. Os ponteiros parecem estar sintonizados com os batimentos cardíacos, o ponteiro dos segundos pulsando juntamente com a circulação do sangue. O ritmo inconstante das batidas do relógio bailando em sua cabeça, abrindo aos poucos a ferida ocasional, á espera do alarme. E por mais que algumas horas passem despercebidas, em algum lugar do mundo, tenho certeza, que um exaltado urra por rendição. Para cada minuto arrastado, há uma força admirável para sustentar os bombardeios. Não são esses tipos de bomba em que logo pensamos. São as bombas, cruéis e frias, do pensamento. É esse quem consome toda o âmago propósito de viver. São os ávidos pensamentos, aliás, é o dono destes pensamentos que declara guerra ao tempo, que revolta-se contra a sanidade."

Inserida por raaafis

Lembro-me de você e choro em desalento no desencanto que partiu meu coração não acreditava em ilusão, mas o que me restou foi à frustração.
Devoro-me em saudades de você, pois em um único dia foi real em mim.
Pensava que meu caminho tinha estreitado com sua companhia e que eu tinha achado o caminho da felicidade.
Tenho a solidão que em mim se faz real, fui á um sonho, mas quando acordei minhas asas não abriam mais.

Inserida por JULIOAUKAY

Estou em desalento ferido em um confronto sentimental que me deixou sem asas para voar.
Minhas lagrimas transbordam em meu coração fazendo-me ser um derrotado.
Tropecei em meu caminho, mas ainda respiro a frustração que permanece em mim com intensa ilusão.
Eu era uma flor em um suave jardim porem agora a tempestade destruiu-me para a alegria de quem me quer ver caído.

Inserida por JULIOAUKAY

⁠⁠MÍSERO MOMENTO

Mísero momento meu, cheio de desalento
de um coração partido, emoção ressentida
rimas de ira, nostalgia e suspiroso lamento
- Como não sentir a está poética tão doída?
Padece a prosa e poeta todo o sofrimento
a flagelar o soneto numa agonia possuída
rude, sim, mas não simulando sentimento
é dor, é rasgar, uma sensação desmedida

Chora o versar, versa o choro, excessivo
é intenso, é amargo, farto de argumento
e que fica a perseguir, por qual o motivo
Vós, testemunheis, ó poema, o tão lento
pesar. Ah! quanto amei, e o quão é vivo
este mal, que apoquenta o pensamento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 junho 2024, 20’11” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

RECOMEÇO

No auge da descrença duma insana vida,

o bardo sucumbe ao nefasto desalento!

Um torpor n! alma, a fala do tempo e do vento

lhe dizem que a paixão é sempre repetida!



Mas, será mesmo que a existência é sucessiva?

Partimos pro céu e voltamos pro tormento?

Cansado da lida, ele pensa, num momento,

se tal crença é inata ou é intuitiva!



Se viveu, de verdade, uma vida passada,

dela revive o desencanto da jornada,

trazendo o pó da mesma estrada percorrida!



Se, como dizem, tudo faz parte dum plano,

só lhe resta viver de novo o desengano

e, quem sabe, viver nova partida!⁠

Inserida por NelsonMedeiros

Prece em tempos de pandemia

O isolamento social
Produz um lamento
Desalento sem graça
Parece que o colorido da vida
Apagou
Apartou
Arredou
É preciso esse jogo
Virar
Quebrar
E novamente encontrar,
Celebrar com os que amamos
Quando isso vai acabar?
Em que se agarrar?
O retiramento
Por hora é a solução
Resolução que temos em mãos
Vamos acatar
Colaborar
E se Deus quiser
Essa nuvem vai passar
Evaporar
E o milagre da cura
Vai se concretizar
Deus, de nós vai zelar!
A luz que brota da ressurreição
Vai nos iluminar
Amém!

Celina Missura.

Inserida por celinamissura

"Eu não posso desejar sua infelicidade, seu desalento.
Eu só rogo para que lhe bata o arrependimento.
Veja o que reside aí dentro.
Peço tempo ao tempo.
Para vivermos nosso momento.
O tempo é a cura mas, sem ti, o tempo só me é sofrimento.
A ausência do seu sorriso, repleto de vida, é o que me mata por dentro.
Da felicidade, você está sempre correndo.
Uma hora, vou-me com o vento.
E nem a mais amarga das lágrimas, nem a mais doce das palavras, poderá me manter por perto.
Então, aquele que sempre lhe amou, não continuarei sendo.
Mas ainda sim, eu não desejarei sua infelicidade, seu desalento..."

Inserida por wikney

Martírio

Sonho ingrato! E tamanho, desalento,
As horas passam diante das vistas,
Busca espairecer o pensamento,
Que por vez não tem fronteiras,
E ei-lo de volta , rasga a alma, sem piedade,
doí lá dentro...doí no fundo, dor que
não se apaga, uma dor que faz sofrer
Despeço nesse momento, no martírio do sonho,
Na ânsia que não seja o ultimo sonhador!

Inserida por MariaVitaPereira

Desacerto dum desalento puritano só um pré-requisito!
Certamente não é para chamar atenção um mega-evento.
Pois a alma precisa dum eneágono modal d'salvo-conduto.
Como uma democracia de pesadelos consumistas d'cálculo,
alguém me 'entende'? Ante mão do segar mega-imperial?

Atitude que 'ofende' é dum conceito sobra o sobre-natural,
que 'defende' mui calorosa guarnição de grande semi-total.

Não é da 'natureza' a verdade que o ser odioso purifica-ação,
nem de sua 'fortaleza' o efeito moral de tinir a especula-ação.
é o que significa a ausência da 'destreza' que é contempla-do,
que é de fraca 'dureza' ê mui antecedência a con-fundindo...

Inserida por staffwurg

Fuga
Corre em fuga do torturante desalento aquele que crê que a reles distância trará esquecimento. Para mim, distância nunca houve. É como correr de uma pedra amarrada a si. Pedra que só eu vejo. Oxalá pudesse eu internar a ilusão de que alguém, um dia, terá a ciência do que se passa. Cada um é doutor apenas de sua dor.

Inserida por AliceRezende


SONETO À MINHA MÃE

Andando, adentro ao templo, em desalento;
num nicho azul, uma imagem guardada!
É sim, a Mãe Sagrada, que elevada,
me faz vibrar em raro encantamento!

Me veio à mente um tempo nevoento,
de lida amarga, dura, carregada!
Mas, logo eu vi, na santa abençoada,
uma expressão de paz e acolhimento!

Porém, é minha mãe que eu vejo nela!
Então, imploro, com a fé que cura,
que eu volte a ser criança sem ciência!

Que nos seus braços, que a minha alma anela,
sem dor, sem medo, apenas em ventura,
eu volte logo ao tempo da inocência!


13/06/2025

Inserida por NelsonMedeiros

Os infortúnios da vida humana;
Desamparo, desalento.

Já se foi o homem.

Já se foi o homem,
acabou o seu riso,
Já perdeu seu abrigo,
acabou sua fome.

Já se foi o homem,
apagou sua luz,
acabou o seu dia,
entregou sua cruz,
já perdeu a alegria.

Já se foi o homem,
que a fé já não tem,
já não pode sonhar,
já não é mais alguém,
já não pode voltar.

Já se foi o homem,
cabisbaixo assentado,
cabeça entre as mãos,
que deveras humilhado,
já perdeu o seu chão.

Autor: Cícero Marcos

Inserida por Ciceromarcos

⁠Tenho uma alma de vento

Qualquer sopro desalento

Chovem-me palavras e pensamentos

São poetas, jogando versos ao vento



Poemas e poemas me constroem

Versos me formam a brisa

Brisa que sopra nos campos

Campos de rosas e prosas



Esvai-se-me a alma

Com a brisa que sopra

Os versos me caem num tempo inserto

Semeiam poemas no deserto



Minha’lma, ai de ti se me perdes a pouca vida

Nessa viajem sobre a brisa

Onde o sol não mais radia

Nem sustenta o novo dia

Título: Alma de Vento
Autor: Leontino Gaspar
Inspiração: Gabriela Manuela Chombossi

Inserida por Leontinoadao


O REGRESSO

E o regresso ficou para esse tempo
Onde o desalento mora
E a tristeza chora.
Não há canto algum
Que faz rir a alma
Nem rimas de poesias
Nessa calma.
Tudo cessou!
A maresia
Até o mar chorou
E a poesia entristeceu
Junto ao céu
Que apesar de ser seu
Aguardava para outro dia
Dia qualquer!
Não tão breve nem tão logo
Mas como a vida se atreve?
A poesia entristeceu!

Inserida por apsicanalista

⁠Desamor
.
Eu encontraria sem motivo
Tudo que se perde num sorriso
Ao desalento do amor aborrecido.
.
O tempo e o lamento
São tormentos em fermento
De malgrado amor perdido.
.
Vejo altivo tão longínquo
O que de perto é vivido
No rompante do destino.
.
Um desamor...
Um dessabor...
E minha dor.
.
Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

⁠Amor que Permanece

Já fomos chama, incêndio e vento,
um mar revolto em desalento.
Fomos urgência, febre e dor,
fomos o brilho do primeiro amor.

Mas o tempo, sábio, nos teceu,
fez do furor um céu mais calmo,
e hoje o amor que vive em nós
não grita mais fala em tom alto.

Não é menor, nem é ausente,
é chão seguro, é porto quente.
Se o fogo ardeu e se acalmou,
foi só porque nunca apagou

Inserida por nightklan

Liberdade aprisionada ao passado

A brisa noturna chega trazendo desalento.
Na soleira da janela, com olhar vazio, ouvindo o vento.
Brandindo, sonido, sino fazendo ruído sestroso, parece sorrindo.
Me fazendo recordar das lindas noites de luar!
Aqui juntinhos

Oh! Que esmorecimento chegou com essa brisa.
Recordações e mais recordações
Inquietações, censuras
Ruínas de ilusões, penumbras!

Quanto sofro por ti!
Inúmeras noites sem dormir
Malsofrido coração
Angústia, solidão

Amanhece!
O dia se veste de luz e poesia.
Imerge no esquecimento a agonia, deixando lá adormecidos, os afagos vividos.
Voltando a sorrir!

Rosely Meirelles
🌹

Inserida por Rosely1705

Poema do Desalento

Quando o começo e o final se encontram, quando a vida retoma um ponto de chegada que deveria ter se encerrado em fase vencida.
Quando o tempo que passa vai revelando a face mortal e dura da falta de perspectiva, quando o sentido de ser e do ser se perde na imensidão de um nó atrelado a garganta.
Quando o fulgor das sensações é substituído pela frieza e inenarrável descrição do desalento.
Quando a busca pelo caminho definitivo e derradeiro, anseado e aguardado, ao se fundir com o efetivo trilho de sua extensão, se mostra asfixiante e impraticável.
Quando a medida de equilibrio e a serenidade vislumbrada são na realidade a beira do precipício, a insanidade declarada, o desequilíbrio e o descontentamento.
Quando o encanto de dias idos, a promessa de afetos, afagos e amassos apresentam-se na forma de desamor, desesperança e destemperança.
Quando o visso, a busca, a conquista, o sonho e o amor viram sumiço, letargia, derrotas e pesadelos.
Quando a vida , a alma e o vigor se tornam sombras de sua própria figura, num passado não distante, mas infinitamente irrecuperável…
Pelo que vale sonhar ou lutar? Não seria mais apropriado apagar, cerrar, encerrar?
Fugir pela lacuna existente de uma vida interrompida e mau vivida…

Inserida por Alterego