Textos de Chuva

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Verde na memória


Lembro daquele dia verde. Nublado, mas verde.Era de um chove-mas-não-molha impressionante. E tanto era, que ficamos nós dois ali, deitados na tua cama: eu tentando te convencer de que o dia valia ao menos um mergulho na piscina, e você dizia que ia começar a chover. E chovia, sempre. Você olhava nos meus olhos, eu olhava teus sinais e tentava ligá-los, fazer algum desenho no teu rosto; e aí meus olhos encontravam os teus, tão atentos e sorridentes em mim. Eu me perdia em você. Ria, chacoalhava pra lá e pra cá. Te beijava os olhos fechados, e te amava mais uma vez. Pelo menos eu tinha consciência do quanto estava feliz ali, naquele momento - e em tantos outros. Hoje, só me resta saudade. E quando o dia é assim, parecido com aquele verde-nublado, meu coração dói, meus olhos choram a cor deles para fora, minha boca treme tua ausência, meu corpo sente a falta do teu contorno. Dias assim me fazem querer estudar física e o que mais for necessário só pra poder construir uma máquina do tempo e te viver mais uma vez, sem ser apenas dentro de mim desse jeito.

Inserida por alinemariz

Musica- Me errado, te acertado.

Me riacho,
quando me lagoa.

Me sol quando nuvem chove.

Me silêncio quando me barulham.

Me ensurdeço quando a alma grita.

Transpareço quando a tristeza vira lençol, mesa vazia.

Bate o cansaço com do olhar que corre.

Me calor quando viro flor,
me frio quando ninguém viu.

Me esquento quando te sorrio,
me esfrio quanto tu partiu.

Me só quando tu só ia,
me lá para tu voltar.

Me fico para ti morar.

Inserida por WesleyNabuco








Um dia, sem olhar para os céus, mesmo quando
chove, um dia sem ver as flores do jardim, sem pisar
descalço no chão, sem sentir o vento em seu rosto,
um dia sem ouvir o canto dos pássaros...
Um dia sem ver o mar azul, no contraste com
a cor ao fundo traçando o horizonte, é só um dia.
A alma precisa viajar, criar em sua
imaginação mais dias assim, entrando pela noite
procurando as estrelas e a lua, deixe o amor
invadir você, para ter lindos sonhos.

Inserida por LiduinadoNascimento

⁠Teus olhos

" O sol inundou minh'alma...
Ao olhar - te
sinto uma certa calma...
Chove amor em mim
por causa de ti.
Transbordo alegria
por saber que me amas,que sempre estarás
aqui, perto de mim...
Tu és amado
por mim, meu
olhar só sabe
lhe mirar...
Teus olhos
arco - íris
que faz meus
dias encantar,
nosso amor
é de se admirar!
O sol inundou minh'alma...
Basta contigo estar,
e o sorriso em
meus lábios brotar.
O sol inundou minh'alma...
Na simplicidade dos dias,
o teu amor me fez sonhar,
me encontrei no teu olhar. "

Inserida por Tati7082


• Você é como o cheiro da terra seca quando chove em uma tarde quente

• Você é como o primeiro raio de sol em uma manhã fria

• Você é como a lua em uma noite com o céu limpo

• Você é como o nascer do sol no horizonte de um mar tranquilo

• Você é como água gelada que sacia a sede

• Você é como um oasis no meio de um deserto

• Você é como a calmaria de um final de tarde ensolarado depois de um dia cansativo

• Você é como um arco-íris após uma tempestade

• Você é como o calor de um abraço apertado daquele parente mais amado

• Você é como o beijo do amor que por muito tempo foi esperado

• E a ti os meus versos e poemas sempre serão dedicados.


Inserida por Tarcisio_

⁠Chove lá fora.

Apenas o silêncio me faz companhia.

Queria poder expressar os meus sentimentos, mas decidi os manter ocultos em um lugar que ninguém possa vê-los.

Sinto que não faz questão da minha presença em sua vida.

Eu gostaria de fingir que não me importo.

Mas, a sua indiferença é como um espinho cravado no meu coração.

Inserida por Nodachi

Dia Nublado

C⁠hove em mim
um rio
invertido,
de um dia cansado
com pouco brilho.
Um dia daqueles...
Nublado,
o mar sem cor,
cinza de descanso.
Folhas empurradas
no abismo do silêncio.
Mas, o agora
que foi ontem,
me diz que será o amanhã
será(?) depois.

A cada instante
estou a cada
passo
do dia,
que em mim
se foi...
(Suzete Brainer)

Inserida por SuzeteBrainer

⁠Vou tirar os fones
a melodia externa
é a que mais me consome
chove intenso
é noite de orgias
pingos molhados
gargalham energias
noite de amor
gotejam as torneiras do vinho
e as trovoadas
arrancam rolhas
de espumantes
é noite de charcos
de relâmpagos faiscantes
de entrelaces de amantes
é noite
e chove
tudo está
distante.

Inserida por MoacirLuisAraldi

⁠Carrego no peito um deserto,
onde só chove quando ninguém vê.
Amei como quem abre as janelas no inverno,
esperando que o vento entrasse
sem destruir os quadros.

Mas o tempo não se mede em relógios,
se mede em noites mal dormidas,
em silêncios que falam mais
do que cartas de amor
amassadas no fundo da gaveta.

Passei a vida tropeçando
em promessas que nunca voltaram,
e agora nos encontramos
nesse corredor de incertezas,
onde o chão range como se soubesse
que qualquer passo pode ser um precipício.

Eu não sei se sou cura ou veneno,
se minhas mãos vão tocar onde ainda dói,
se meu beijo vai encontrar pedaços de outra boca,
se minha voz será só um eco do passado.

Mas sei que tudo pode acontecer,
como uma moeda lançada ao vento
pode cair em qualquer lado,
ou simplesmente permanecer suspensa no ar.
amar é sempre um risco,
mas são nos riscos que eu descobri a diferença de
preçoevalor.

Inserida por igorSotolani

⁠VERSOS do A ao Z

A- Andorinha quando chove
Quer logo se abrigar
Procura um telhado
Não gosta de se molhar.

B-Beija-flor é diferente
Adora cheiro de chuva
Entra em nossa casa
É alegria pra gente.

C- Centopéia nas folhas se esconde
Não quer molhar os pesinhos
Na casa da vovó
Esqueceu seus sapatinhos.

D-De manhã, bem de manhãzinha
Assim que nasce o Sol
A lagartixa preguiçosa
Entra embaixo do lençol.

E- Esperança é um bichinho
Com a sua cor verdinha
Se camufla na natureza
Parece uma folhinha.

F- Formiga aventureira
Foi passear na floresta
Trabalha no verão
No inverno faz festa.

G- Gavião chama o pardal
Que logo se esconde
Sem querer muita conversa
Foge e não responde.

H-Hoje vai ter folia
A chuva tá chuviscando
Urubu tá resfriado
Um chazinho tá tomando.

I- Iguana procura sombra
Nos galhos da aroeira
Com o frio pegou no sono
Dormiu a tarde inteira.

J-Joaninha foi na cidade
Esqueceu a sombrinha
A chuva caía forte
Molhou a pobrezinha.

L- Lá vem a bicharada
Brincando com alfabeto
Chamou o professor
O leãozinho Alberto.

M- Manhã de chuva é assim
Tem folia dos bichinhos
Tem canto de cigarra
Serenata de passarinhos.

N- Nenhum fica de fora
Tem nambu e sabiá
Quero- Quero e coruja
Tem coelhinho e preá.

O- O macaco aventureiro
Querendo atrapalhar
Foi cutucar a onça
Fez a pobre se molhar.

P- Papagaio gaiato
Foi na casa da foca
Pediu logo um café
Começou fazer fofoca.

Q-Quando a noite chega
Morcego fica acordado
Tem medo da claridade
E dorme dependurado.

R-Rato e ratazana
Esperando a chuva passar
Sonham com um queijo
Para a fome passar.

S- Sapo e jacaré
Foram morar na cidade
Logo se arrependeram
Lá só tinha maldade.

T-Tanajura fica feliz
Desfila no calçadão
Se exibindo depois da chuva
Exibindo o seu bundão.

U-Uma hora a chuva para
O Sol vai aparecer
Grita a araponga
Antes do amanhecer.

V- Vespa se aproveita
Corre para o pomar
Às frutas madurinhas
Logo vai devorar.

X- Xexéu é um passarinho
Escolhe a melhor hora
Avisa aos amigos
Bate asas, vai embora.

Z- Zangada a borboleta grita:
Parem de reclamar
Precisamos tanto da chuva
Para a vegetação brotar.

Irá Rodrigues.

Inserida por Irarodrigues


VIAGEM TEMPORAL
São seis e quarenta da manhã, olho para o céu ainda indeciso, não sabe se chove ou faz sol, se vai embrumar de nuvens ou resplandecer. A mata parece escura, maior, imponente, como se fosse o seu todo de muitos anos atrás, hoje é apenas um pedaço que restou.
A neblina cinzenta sombreando a pequena mata me lembra de quando andei de barco a primeira vez, não faz muito tempo, peguei o motor e fui, apenas assisti um vídeo e meio na internet até perceber que o manual de instruções era mais prático.
"Quando se está de barco, o tempo é outro" diziam, "Não é como andar na estrada, demora-se muito mais para chegar onde quer".
Eu não fazia ideia de quanto tempo leva um barco para subir o rio até o sítio do meu amigo, preparei tudo e fui sem pressa. O motor praticamente novo funcionou logo de cara, no momento parecia bom, pois nunca tinha ligado um motor de barco antes.
Comecei a subir o Arinos com paciência e calma, lamentando por ver a barranca lotada de chacrinhas uma do lado da outra, pesqueiros e caminhos para descer o barco, casas e terreiros, cada um havia derrubado o tanto de mata que achava o suficiente para si.
O tempo passou tanto quanto quando se anda pela estrada, passei pelo sítio e nem percebi, até porque eu nunca tinha visto-o do rio, apenas do tablado. Quanto mais subia, menos chacrinhas com pesqueiros se via, a mata agora dos dois lados ficava cada vez mais densa.
Cerca de duas horas de subida depois eu já não via mais pesqueiro nenhum, era como se eu voltasse no tempo cada vez mais que subia o rio, que outrora reto como um aeroporto, agora cheio de curvas como uma serpente em agonia. Em alguns momentos eu tinha a sensação de estar navegando em círculos, mas é claro, o rio só corre para um lado.
A mata agora se impõe, tento me abrigar no centro do rio, que apesar de ter mais de quarenta metros de largura, ainda fica espremido pela floresta. Floresta densa, escura, antiga, aqui parece que nem o fogo lhe alcançou.
Quando olho para uma mata eu penso no passado, em tudo o que pode ter acontecido por ali durante séculos de isolamento e todo o caos das poucas décadas perante o poder dos homens. Estando ali no meio daquelas curvas, o silêncio predador, o cheiro das folhas e da água, o sol que parece quente e fresco ao mesmo tempo, tudo isso parece primitivo.
Enquanto acelerava pelas curvas, o sol tentava me seguir lá no céu. Nunca tinha o visto se mover daquele jeito, girava de um lado para outro sobre as árvores, tentando me alcançar. Como não havia sinais de vida civilizada naquela altura da viagem temporal, decidi retornar e seguir o fluxo das águas do tempo, rumo ao futuro, rumo ao lugar de onde vim, onde conheço, onde nada é tão novo assim.
Constantemente me recordo daquele dia, geralmente quando amanhece escuro e enevoado sobre a pequena mata aos fundos de casa, lá na baixada, onde a neblina demora a ir embora nestas manhãs. A mata perde seu negror noturno, mas prevalece sua escura-essência primitiva, de quando era inteira e não resto, de quando era viva e pulsante, de quando era silenciosa e imponente.
Me entristeço ao ver algo que outrora fora tão grandioso e imoldável desaparecendo, ver apenas o seu fim, sua triste memória. Me alegro de ainda poder me embrenhar e sentir o cheiro do mato, o ar abafado às sombras murmurantes, de ver o que foi, com meus olhos vivos nesta viagem temporal.
Crislambrecht 18/01/2024

Inserida por crislambrecht

Oh, como chove.

Será que um dia aquele pássaro voltará?
Eu o soltei, pois é no céu que ele deve estar.
Mas quando a chuva cessar,
ele virá me visitar?

O sol rompeu por entre as nuvens,
seus raios tocaram minha pele.
Mas logo as nuvens o esconderam outra vez...
Oh, como chove.

Tentaram prender aquele pássaro,
até mesmo suas asas quiseram cortar.
Mas, com bravura, ele conseguiu escapar.
Prometi ajudá-lo, protegê-lo,
e juntos desbravar o mundo.

Ele voou, cruzou a densa floresta,
enquanto o sol se ocultava,
fugindo da chuva por entre as nuvens...
Oh, como chove.

Será que um dia aquele pássaro voltará?
Me visitará, e uma nova etapa começará?
Ou será que, acima das nuvens,
é onde ele prefere estar?

Oh, como chove...

Inserida por NymosNbmr

⁠Um diário em minhas mãos

Madrugada fria
A vida quase vazia.
Chove lá fora.
O quarto jaz numa penumbra que me arrepia.

Folheio lentamente um diário.
Nem sabia da existência dele...
O acaso colocou-o em minhas mãos.
Sinto-me como se estivesse
um altar profanando.

Dúvida cruel a me assaltar...
Ler ou não ler
aquelas linhas
... tão certinhas?

Olho-o... descuidadamente...
Como quem não quer olhar...
Como que por acaso...

Dou uma espiadinha.

Vejo o meu nome mais de uma vez escrito
naquelas folhas que vou folheando bem devagar.

De partes em partes há datas...
Uma lágrima rola.

Nossos instantes vividos estão todos aí
Meu eterno amor registrou tudo quando ainda estava aqui.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Olhares

Chove... e chove torrencialmente.
As ruas estão atravancadas de carros
As calçadas, de pessoas...
Guarda-chuvas coloridos
colorem tudo em todo e qualquer sentido.

Ouço uma sirene
Coração acelera.
Na boca um gosto de fel.
O barulho da cidade grande é ensurdecedor.

Ainda sinto dor...
Olho atentamente para os rostos que passam por mim...
Ninguém fixa os olhos em mim.
Zumbis?

Busquei por olhares que demonstrassem compreensão, comprometimento... compaixão.
Não vi nenhum...
Sussurro teu nome... como um lamento.

No teu olhar eu encontraria
Tudo o de que precisasse... lá com certeza estaria.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Aqui chove...
Já aqui relampeja!
Chove fora
Chove dentro
Dentro de mim?
Troveja!
Já as flores
Que amanhã ilustrarão meu caixão
Serão jogadas no lixo
Agora
Murchas
Sem valor
Sobre meu túmulo
Solitário
Mas, acabo as engolindo
Desesperado
Como-as hoje para matar a fome
De ontem
De amanhã
Fome insensata essa, não?
No "país das maravilhas"
Todos passam fome
E infortúnios.

Inserida por RafaelZafalon

⁠Chove e um gélido sopro me toca
Em meu coração também chove
Meu peito chama o amor da minha vida
Anseia bravamente o teu calor
Quer se envolver no teu cheiro
Quer degustar do teu sabor
Quer que nunca vá embora
Quer com você ficar por horas
Torce desejosamente viver uma verdade que até chora
Desejo gigantesco, que por medo, meu coração até se assola
Quer você por inteira comigo agora!
Vem meu amor, te quero pra sempre, não demora!

Inserida por alexcgms

⁠Lá Fora

Lá fora chove
Lá fora faz sol
Lá fora vejo o Arco Íris
Lá fora gritam
Lá fora riem
Lá fora choram
Lá fora pedem perdão
Lá fora pedem que fique
Lá fora pedem que vá
Lá fora sentem compaixão
Lá fora a vida corre loucamente
Aqui dentro o tempo parou
Aqui dentro só sinto, saudades de você

Aqui dentro não importa mais,
Até você voltar pra mim.

Inserida por ojulianopeixoto

Dobradiças

A porta está fechada
há muito tempo.
As dobradiças rangem,
longamente.

Chove não tão forte,
mas os pés parecem afogados.

Um ventinho anuncia pausa.
Pingo isolado faz a poça tremer.

Lá dentro está seco.

O tempo deve ter agido,
mas criou mau cheiro no ambiente.

Marcas de total ausência.

O que foi sonho,
foi-se.

Foice.

As marcas estão em tudo.

Era lindo!

Findou-se
e a criação não encanta,
não é mais arte.

Voltar ao trem é inevitável:
- balança, balança, balança
e segue seu caminho, seu fluxo.

As estações se sucedem.
Sigamos.
A vida assim pede.

Ainda chove,
não há enganos.
Tudo está vivo,
só não se expressa.

Tempo
impiedoso, indigesto, implacável.
Nada desfaz, apenas afasta,
lacra e esconde a chave.

O olhar em pântanos
não brilha cintilante.

Nada voltará a ser como antes.

Cegará em instantes.


Inserida por MoacirLuisAraldi

⁠o clima lá fora é que nem aqui dentro
quando chove, chove a semana inteira
da uma tristeza
e então faz sol
recupera as energias
faz sorrir as alegrias
porém nos outros dias
queima até cansar
faz suar
incomoda
atrapalha
e então chove
acalma
faz relaxar a mente
traz conforto pra gente
até o segundo dia chegar
pro ciclo nunca se quebrar

Inserida por brendabeling

Sombra e Névoa , Cai o crepúsculo. Chove.
Sobe a névoa... A sombra desce...
Como a tarde me entristece!
Como a chuva me comove!

Cai a tarde, muda e calma...
Cai a chuva, fina e fria...
Anda no ar a nostalgia,
Que é névoa e sombra em minh’alma.

Há não sei que afinidade
Entre mim e a natureza:
Cai a tarde... Que tristeza!
Cai a chuva... Que saudade!

Inserida por Gaivota07