Textos
Nem toda curva da vida tem placa de aviso,
Nem tudo que se perde de fato é um prejuízo.
Há dor que desperta, há fim que liberta,
E sonho que nasce quando a alma está aberta.
Caminho incerto, mas cheio de lição,
Tropeço que forma o rumo da missão.
A ausência ensina o valor do abrigo,
E o tempo revela quem anda contigo.
Não temas o escuro, nem temas a queda,
Às vezes é no breu que a luz mais se enreda.
A vida é estrada sem mapa preciso —
mas todo desvio pode ser um aviso.
Hoje percebo que o que sei é tão pouco, que me faz ter a necessidade de buscar o aprendizado diariamente e continuamente;
Percebo que o presente é tão precioso e isso me faz aproveitar e viver no agora, sem desconsiderar um planejamento promissor para conquistas futuras e atingimentos de objetivos;
Percebo que apenas em olhar para o céu e vivenciar um novo dia, sabendo que eu e minha família estamos bem, é motivo para ser grato a Deus.
Percebo que não sou melhor que ninguém, mas apenas diferente por ser um indivíduo que tenho minhas particularidades e que minhas escolhas e decisões evidenciam quem eu sou.
Percebo que no mundo há muita malignidade e se fizermos o bem já somos diferentes da maioria.
Chuva e Querer
Lá fora, o cinza da tarde se derrama,
Em gotas que batem na vidraça e chamam.
Caxias se esconde num véu de saudade,
E eu aqui, com a alma em tempestade.
Cada pingo que escorre pela telha,
É um eco distante de uma velha centelha.
Um coração que pulsa, meio calado,
Apenas querendo ser amado.
O cheiro da terra molhada no ar,
Me faz a cada sopro mais te buscar.
Em cada lágrima que o céu despeja,
A minha esperança mais lateja.
Que essa chuva lave o que me inquieta,
E traga em seu murmúrio a resposta mais direta:
Que em meio a essa dança de água e chão,
Floresça um amor para o meu coração.
A vida é muito louca
A vida é um turbilhão de mudanças, um caleidoscópio de emoções. Um dia, o sol brilha forte; no outro, as nuvens escuras se acumulam. A vida é um rio que flui sem parar, com águas cristalinas e turbulentas. Num momento, o amor nos envolve; no outro, a dor nos consome.
Mas, ao refletir sobre essas ondas da vida, percebo que não é a vida que é louca, é apenas o tempo que dança ao ritmo do universo. Há um tempo para cada coisa, e cada momento é um fio precioso na tapeçaria da existência. É como se a vida fosse uma sinfonia, com notas altas e baixas, criando uma melodia única e complexa.
Essa perspectiva me faz pensar que, em vez de lutar contra as correntezas da vida, posso aprender a navegar com elas. Posso encontrar beleza e significado em cada momento, mesmo nos mais turbulentos. E, ao fazer isso, posso descobrir que a vida não é louca, mas sim uma jornada mágica, cheia de surpresas e oportunidades para crescer e aprender.
No raiar do dia
O que é a vida?
Questão subjetiva
Quero entender?
Cada um tem seu modo de viver.
Silêncio ou pronuncia?
Invade o meu ser
Na busca infinita
Em ser compreendida
O que escolher?
Se cada um tem o seu saber.
Já passou a hora
De olhar lá fora
Ventos em direções opostas
O que quer dizer?
Busca infalível de explicar algo..
Que ninguém possa compreender.
MAR
Muito se fala na imensidão e profundidade de um lugar onde nem mesmo a luz do sol pode alcançar. Temido por muitos e admirado por todos, nossas vidas, assim como o mar, são ondas constantes, maremotos inundados de problemas, mas que, por diversas vezes, nos trazem calmaria.
Acredito que o maior medo do mar seja sua profundidade, mas é incrível como, muitas vezes, nos afogamos no raso. Assim como a profundidade de nossos problemas, por vezes, os mais simples são os que mais nos deixam afogados.
Saber flutuar é o mais importante: tentar sempre manter a cabeça fora da água, respirar e admirar o que temos de mais bonito, o azul infinito.
Existem contos antigos de um amor impossível: o mar e a lua, atormentados por uma maldição, onde a lua conseguia tocar o mar todas as noites, mas nunca podia encontrá-lo de verdade. Muitas vezes, o mar se irrita e cria tempestades e enormes mares como efeito de sentir a lua e não poder tê-la.
É normal, em nossas vidas, desejarmos algo que nunca conseguiremos alcançar, mas acredito que o importante é fazermos por onde e chegarmos o mais próximo de nossos objetivos, cruzar oceanos, desbravar correntezas e encontrar a calmaria.
Parte do nosso navegar nos pede paciência, mas, acima de tudo, humildade: em reconhecermos nossos limites, fraquezas. Nem mesmo o que um dia já foi o maior navio do mundo resistiu às reviravoltas de um mar tempestuoso, frio e congelante. Como na vida, sempre precisamos saber que, às vezes, naufrágios fazem parte. Tudo o importante é não ficar à deriva.
O vai e vem das ondas é o ciclo do mar, da vida e, como um rio, é impossível entrar no mesmo mar duas vezes. Só vivemos uma vez, e o que nos torna mais fortes é sabermos navegar. No final, sabemos flutuar, viver de forma leve, manter sempre a cabeça fora d'água. Lembrar que, depois da tempestade, vem a calmaria. Amar a vida, amar o MAR.
"É muito louco esse mundo..."
É muito louco esse mundo…
Quando somos crianças, tudo o que queremos é crescer.
Ficamos ansiosos pelos 18, como se essa idade fosse um portal mágico pra liberdade, pra vida de verdade.
Mas quando ela chega… mal dá tempo de sentir.
Ela passa. Rápido. Rápido demais.
Mais veloz que um foguete, mais impiedosa que o tempo.
E aí, o que era sonho, vira rotina.
A liberdade vira responsabilidade.
A pressa vira cobrança.
E o medo começa a crescer dentro do peito.
Medo de não dar tempo.
Medo de falhar.
Medo de ir embora desse mundo sem entender direito o que viemos fazer aqui.
Porque, no fundo, ninguém sabe o que vem depois.
E talvez seja isso que mais assuste:
essa incerteza do destino final, esse silêncio depois da última batida do coração.
Mas enquanto estamos aqui…
Talvez o segredo não seja entender o final,
mas dar sentido ao agora.
Viver de verdade.
Amar sem medida.
Ser presença.
Ser memória boa.
Ser o que o tempo não apaga.
"Por que a partida é tão inexplicável?"
Talvez porque ninguém está realmente preparado para o fim.
Passamos a vida tentando entender o começo, lutando para nos encontrar, e quando percebemos... o tempo já está nos escapando pelos dedos.
Corremos tanto. Atrás do que? De dinheiro? De aceitação? De promessas que nem sempre se cumprem?
E nessa corrida desenfreada, esquecemos de viver.
Esquecemos que cada dia pode ser o último.
Esquecemos de olhar nos olhos, de escutar com o coração, de abraçar sem pressa.
A vida é pequena, sim.
Mas não no tempo.
É pequena na forma como a vivemos — cheios de medo, de dúvidas, de silêncios engolidos.
Temos medo do amanhã.
Medo de partir.
Medo do que vem depois…
Mas às vezes, o que mais assusta é a ideia de partir sem ter vivido de verdade.
Sem ter deixado uma marca de amor, de verdade, de presença.
Então, talvez a pergunta não seja "por que temos que ir embora",
mas sim: o que estamos fazendo com o tempo que ainda temos?
O homem morreu de fome. E quando já era tarde demais, serviram comida no velório. Não é metáfora. É o retrato do quanto as pessoas se importam... só quando já não dá mais tempo.
Todo mundo diz que vai ajudar, todo mundo jura que se preocupa, mas a verdade é que quase ninguém está disposto a fazer algo enquanto você ainda está respirando.
Preferem te aplaudir no caixão do que estender a mão quando você ainda podia ser salvo.
Gostam de parecer bons — não de fazer o bem.
Então entenda: se você espera ser alimentado pela compaixão dos outros, vai morrer com fome. E ainda vão dizer que você partiu em paz.
Vivemos a vida em passos apressados, carregando no peito heranças que nem sempre reconhecemos — marcas invisíveis de gerações passadas, hábitos, crenças, medos e desejos que se perpetuam em silêncio. A cada dia, repetimos padrões, trilhamos caminhos que muitas vezes não escolhemos de forma consciente. Alimentamos egos e vaidades, como se fossem combustíveis indispensáveis, quando na verdade são apenas máscaras que nos afastam da essência.
Estamos, quase sempre, adormecidos dentro de nós mesmos. Agimos, reagimos, buscamos... mas buscamos o quê? Reconhecimento? Controle? Segurança? Esquecemos que a única realidade que temos é o agora. Não o que passou, nem o que ainda não chegou. A vida acontece no instante presente — sutil, frágil, mas real.
Refletir sobre a vida é, antes de tudo, um chamado ao despertar. É perceber que existe beleza no simples, no silêncio, no abraço, no olhar sincero. É se libertar, pouco a pouco, das ilusões que nos impedem de viver com leveza e verdade. Quando deixamos de lado o ruído do ego, começamos a escutar a voz da alma — e ela nos convida a viver o que realmente importa: o amor, a presença, o instante.
O Gato Preto
Ando há milênios por esta terra. Vigio aqueles que não querem ser vigiados, espalho o temor por onde passo e retiro tudo o que um dia tiveram. Minha passagem é rápida, mas o acompanhamento, não. O que parecem ser apenas dez minutos para a hora H, para mim, são décadas. Porém, em certos casos, meu trabalho precisa ser mais rápido.
No meio da madrugada, enquanto caminho pelas ruas silenciosas, observo o pequeno felino preto. Ele caminha com a tranquilidade de quem já conhece cada buraco da calçada. Acompanhar animais é sempre mais fácil que acompanhar humanos. Eles são simples, puros, não lutam contra o destino. E eu, ainda que feita para ser imparcial, confesso: prefiro os animais.
O felino se aproxima de uma lata de lixo. Ao lado dela, um pratinho com restos de comida. Suas patas, enfaixadas com uma gaze velha e suja, repousam sobre o chão como se cada passo pesasse uma vida inteira. Já é a terceira vez na semana que o vejo assim. Desleixado? Talvez.
E isso explicaria por que estou aqui.
Por um instante, o perco de vista, mas logo o reencontro. Lá está ele, brincando com a menininha do vestido vermelho. Ela usa um coque bagunçado que tenta domar os cachos loiros, uma pulseirinha rosa e o sorriso de quem ainda não sabe que o mundo pode ser cruel. Ela o agarra com o carinho de quem enxerga valor onde outros veem apenas sujeira. Talvez nem tudo esteja perdido.
Não posso impedir o que está por vir, mas me pergunto: e se fosse um pouco mais justo?
Gatos pretos sempre foram ligados à má sorte, à morte. Superstições humanas. Ridículas, mas persistentes. Em um mundo cheio de guerra, fome e abandono, culpam um animal por tragédias que eles mesmos causam. Posso parecer ingênua questionando isso, mas toda lenda carrega uma centelha de verdade. Se não carregasse, eu sequer existiria.
Olho o meu velho relógio de bolso. Está quase na hora. Há nove anos acompanho esse gato. Longos e silenciosos nove anos…
A menina está mais alegre hoje. Ela tira algo do bolso e, com cuidado, coloca uma coleira rosa com uma jóia azul no pescoço do felino. Mesmo sem palavras, vejo sua alma brilhar com gratidão. Os humanos nem sempre percebem, mas os animais também sabem agradecer. E ela, talvez sem saber, recebeu aquele gesto como um presente.
De todos os dias que os acompanhei, este é o mais difícil. Não achei que ele sobreviveria tanto tempo. Sua vida não tem sido justa. Muitas vezes vi humanos roubarem meu papel. E pela primeira vez, sinto nojo do meu trabalho.
Ela se senta no chão com o gato no colo. Eles se apegaram demais. Em quatro meses, ela deu ao felino todo o amor que ele nunca teve em nove anos. Aproximo-me devagar e me sento ao lado dela. Ela não me vê. Não pode. Mas me sinto estranhamente presente ali. Observar os dois virou meu pequeno refúgio em meio ao caos. Deus tinha razão ao dizer que crianças e animais têm as almas mais puras.
O relógio apita. Meu rosto continua neutro, mas por dentro... tudo em mim queima. Fui feita para não sentir. Para ser imparcial. Mas se pudesse, congelaria esse momento para sempre.
Um homem se aproxima. Alto, barba grisalha, roupas rasgadas. Fede a álcool e tem o olhar de quem esqueceu o que é compaixão. Fala algo para a menina e vai embora como chegou: em silêncio. Sem deixar rastro, sem deixar paz. Não consigo deixar de pensar no dia em que terei de acompanhá-lo.
O gato me encara. Para a menina, ele parece tranquilo. Para mim, sua expressão é de compreensão. Ele sabe.
A garota, assustada, beija o felino e o coloca numa caminha improvisada. Antes de entrar em casa, sorri. O maior sorriso que já lhe deu. Mesmo forçado, tem algo de esperança. E então, ela desaparece porta adentro.
Meu relógio apita novamente. O suspiro do gato é fraco. O último.
Tiro do bolso uma pequena esfera e toco o corpo do animal. Ela brilha quando coleta sua alma. Sinto o peso de novo.
— Chegou minha hora? — sua voz ecoa leve. — Mas... e ela? Como vai ficar? Por quê agora?
Uma das grandes maldições dadas aos seres vivos é a da morte inesperada.
— Vocês irão se ver novamente — respondo com a garganta apertada.
— Eu vou reencarnar? Posso ser uma menininha? Ela disse que não tem muitos amigos…
— Não é assim que funciona — digo, caminhando pela escuridão. — Mas aquele que te envenenou vai pagar, mas eu não posso controlar o que está por vir. Eu... sinto muito.
Não o vejo, mas sei que ele está confuso. Guardo a esfera no bolso e paro na esquina. Pela primeira vez, cerrei os punhos.
— Vocês ficarão juntos, longe dessa baboseira toda…
Suspiro. Continuo andando pelas ruas, mãos nos bolsos.
— Volto para buscar ela daqui a algumas horas.
Vou embora, desejando ser alvo do papel que um dia me deram e que roubaram de mim. Desejei, pela primeira vez, não ser a ceifadora, mas sim, a colhida.
"Antes de buscar paz no coração do outro, aprenda a ouvir o que o seu próprio coração grita em silêncio."
— Maycon Oliveira
Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
@o_escritor_invisivel
“Inteligência emocional não é sobre controlar emoções, mas sobre conduzi-las com sabedoria. É transformar cada emoção em uma lição — e cada lição, em crescimento.”
— Maycon Oliveira
Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
@o_escritor_invisivel
De Pé, Contra Tudo
Nem sei como ainda estou de pé...
Mas sei: cada instante é uma lição cravada na pele,
cada palavra dita é um peso na consciência, uma marca na alma.
Não quero presenças vazias, nem amores passageiros.
Quero quem saiba valorizar cada segundo —
porque o que é agora, amanhã será só memória.
Para quê lutar por ilusões?
Lutamos pelo que pulsa,
pelo que faz o peito sangrar e sorrir ao mesmo tempo.
Choramos pelo que realmente importa.
Não por instantes fúteis.
Não por quem nunca soube amar de verdade.
A luta é por aquilo que, mesmo no silêncio,
grita dentro de nós:
"Vale a pena! Continue!"
Seja Você Quem Deseja Viver
Busquei a verdade num gesto sincero,
Mas só encontrei o eco do que não era.
Procurei impacto num olhar inteiro,
E tudo o que vi foi alma vazia e espera.
Queria sentir o que pulsa de fato,
Mas tropecei no que nunca se viu.
Como entender o que nunca tocamos,
Se o amor virou jogo, e o sentir fugiu?
A paixão, chama breve que brilha e some,
O amor, alicerce que o tempo consome.
Mas hoje, confundem toque com essência,
Desejo com laço, vazio com presença.
Dizem que amar é só se atrair,
Mas esquecem que carne não sabe sentir.
A conexão não é só pele ou calor,
É base, verdade, é o que dá valor.
Casais não duram por falta de chão,
Porque amor não é só coração.
É escolha, renúncia, é querer seguir,
Mesmo quando dói, mesmo ao cair.
Muitos desistem, outros só brincam,
Aplaudem o falso, mas nunca se implicam.
Porque quem sente, mostra, vive, chora,
Quem ama de verdade não vai embora.
Sentir é mais que um impulso fugaz,
É saber que o instante não volta jamais.
Se o que te preenche não soma, esvazia,
E um vazio constante apaga a alegria.
Você não é o que o mundo te deu,
É o que constrói, é o que escolheu.
Seja ausência das dores que te ferem,
Seja presença nas lutas que esperem.
Viva com alma, com propósito e fé,
Se o dia foi ruim, amanhã é de pé.
Que a tua dor não seja teu fim,
Mas a ponte firme de um novo sim.
Não ouça quem te quer no chão,
Fique perto de quem te estende a mão.
Siga os que venceram com honra e verdade,
Não os que riem da tua saudade.
Lute pelo que faz teu coração bater,
Mesmo que o mundo insista em dizer
Que é loucura, que não vai dar certo...
Os sonhos vivem onde o amor é mais perto.
Veja com os olhos da alma em flor,
Abrace o que merece o teu ardor.
E no fim, se perguntarem quem te amou...
Diga: "Eu. E isso já bastou."
Do Vazio, Transbordo
Do vazio, preencho-me,
como tela que se pinta sozinha,
colorido com as mais belas cores
de uma paleta que nem escolhi.
Sou arte que se faz sem intenção,
um quadro que respira
e dança com os tons
que o acaso me deu.
Do vazio, transbordo,
como rio que se perde
entre margens inconstantes,
a fluidez de um só
corpo que se desenha
com as tintas do improvável,
na liberdade de ser
mais que apenas vazio.
Quando a vida me cobre
com véus de incerteza,
esboço-me em traços largos
e deixo que o tempo
pincele meus contornos.
Não sei se sou obra completa
ou fragmento em constante mudança,
mas aceito o caos
como parte da criação.
Sou o intervalo entre
a matéria e o conceito,
o pulsar do imprevisto
na estrutura que se rompe.
Quando me olho de fora,
percebo que sou mais
do que a soma de escolhas,
sou o reflexo que escapa
entre as fendas da razão.
Há beleza no que escorre
sem forma definida,
no gesto que se faz
pela inquietação do existir.
Sou composição inacabada,
mas inteira naquilo
que jamais cessa de se criar.
E assim,
de um espaço que era nada,
sou cor, sou movimento,
um corpo que não cabe
em linhas retas
nem em molduras fixas.
Sou a contradança
entre o vazio e o transbordar,
a essência que se molda
na ausência de certezas,
como verso que se escreve
no tempo que passa
sem pedir licença.
E se ao final
me perguntarem o que sou,
direi que sou fluido,
transição que se esparrama
entre o ser e o deixar de ser.
Um conceito escorrendo da mente
que, ao tocar o chão,
se torna rio que não desiste
de encontrar o mar.
Porque ser é também desaguar
em possibilidades infinitas,
é não temer a dissolução
e encontrar na própria mudança
a raiz que jamais se fixa.
Sou processo que se faz
enquanto a vida se move,
uma arte sem moldura,
uma verdade sem contorno,
transbordando de mim
no vazio que me acolhe.
E se por acaso
me perguntarem novamente,
não direi mais que sou completo,
nem que estou pronto.
Direi que sou como a água,
que ao abraçar a terra,
transfigura-se em rio,
em mar, em chuva,
mas nunca deixa de ser
essencialmente líquida,
livre para se moldar
e expandir,
pois mesmo quando se evapora,
não deixa de ser presença,
não deixa de ser vida.
É interessante!
É interessante como, às vezes, a experiência passada pode moldar nossas expectativas. Quando nos deparamos com situações semelhantes no presente, tendemos a antecipar resultados com base no que já vivemos. No entanto, é importante lembrar que cada momento é único e pode trazer surpresas. Às vezes, a incerteza é a única certeza que temos, e é quando ousamos acreditar em possibilidades que podemos encontrar resultados diferentes. Portanto, mesmo quando a história parece se repetir, devemos deixar espaço para a esperança e a mudança, pois a vida pode nos surpreender quando menos esperamos.
Estrada da vida.
A estrada da vida vai estreitando e já não cabe mais tanta gente. Não que não dê para passar todos, é que muitos não irão pelo simples fato de querer uma prioridade que nunca deram, por achar que só por estarem ocupando um lugar vago, podem reivindicar uma posição de notoriedade onde nunca fizeram questão de mostrar por que estão ali. No final, não sobra quase ninguém e isso é tão assustador quanto libertador.
Nessa etapa da caminhada, não é que alguns não tenham lugar de destaque, mas a única importância é quem vai ficar com você durante a caminhada. Alguns pegarão outros caminhos e, por muita vontade ou simples acaso, se cruzarão mais à frente e a caminhada seguirá juntos. Assim é a vida, não podemos cobrar a caminhada ao nosso lado, mas aceitar que caminhos sempre serão distâncias ou encontros.
- Francisco Brito
Conversa sobre ciclos
E os ciclos da vida?!, aprendemos que a vida se resume em instantes de bons momentos, crescemos na ilusão de que esses bons momentos são raros e que eles são os únicos motivos o valer a pena da vida.
Quando adultos somos obrigados a iniciar e concluir ciclos, carregamos traumas, feridas piores que as que tínhamos na infância, pois acreditamos que as de agora são da alma,
Vivemos tão intensamente que perdemos a identidade própria, não sabemos mais quem somos ou para onde vamos, afinal a vida não vai dar uma pausa para você recalcular a rota e encontrar os sentidos.
As mensagens agora precisam ser respondidas em segundos, as mensagens curtidas no momento exato que vemos, os telefonemas agora assustam e são rejeitadas, as mensagens de áudio não podem exceder 1 minuto, afinal, ninguém tem mais tempo, todos estão com pressa para alguma coisa.
As prioridades são outras, as lacrações são mais importantes que a solução, o ter razão é mais importante que o ser a razão... No final, percebemos tarde demais que fazemos parte de um ciclo biológico, onde somos formados em mícrons em células aglomeradas e disformes, e morremos da mesma forma, nos tornando adubos para reino vegetal, e a alma olha para trás e sente -se triste por não ter percebido isso antes e ter vivido mais e da melhor forma.
Percebendo que o fim de tudo que perece é inevitável, começamos a pensar com a alma e não mais com cérebro, passamos a admirar o pôr do sol e os momentos a sós, procuramos valorizar os momentos com quem amamos e ajudar ao próximo se torna uma bela razão para viver, pois assim podemos refletir e evoluir na lição que só o silêncio nos ensina, um segundo, um minuto, uma vida, a eternidade... Agora tudo faz sentido!!!
Autor: Júnior Guerra
Entregar-se ao Criador...
Na vastidão da existência humana, onde o efêmero e o eterno se entrelaçam, somos muitas vezes convocados a refletir sobre a essência de nossa jornada. Neste espaço de introspecção, surge a figura do Criador, cuja presença transcende o ordinário e se manifesta em cada pulsar da vida.
A gratidão ao Criador é um tema que transcende a mera contemplação passiva e nos convida a uma profunda reflexão sobre nossa existência e propósito. Iniciamos nossa jornada literária com o reconhecimento de que há uma força suprema, uma entidade divina cuja majestade ultrapassa nossa compreensão limitada. Este arquiteto do universo, fonte de toda vida e origem de tudo que conhecemos, é digno de nossa reverência e admiração. Sua presença se manifesta na harmonia do cosmos, na justiça que governa a moralidade e na bondade que permeia os corações humanos. Ao entregarmos nossa vida a esta força suprema, testemunhamos transformações que vão além do visível, pois Seu Espírito tem o poder de remodelar nossa essência.
O Criador, em Sua infinita sabedoria, rege cada aspecto da realidade. Nada escapa ao Seu controle, e todas as coisas acontecem sob Sua autorização. Esta verdade nos confere segurança e nos convida a confiar na divina providência, mesmo quando o tempo parece não corresponder aos nossos anseios. As Sagradas Escrituras nos ensinam, em Romanos 12:1-3, a oferecer nossos corpos como sacrifício vivo, a não nos conformarmos com este mundo, mas a sermos transformados pela renovação de nossas mentes. Este convite à metamorfose interior é um caminho seguro para descobrirmos a boa, agradável e perfeita vontade do Criador.
Ao contemplarmos as maravilhas que Ele realiza em nossas vidas, somos levados a um estado de poesia, onde cada transformação é um verso da canção divina. Sua mão invisível opera milagres cotidianos, guiando-nos com paciência e amor. Ele nos oferece um fardo leve e uma paz que ultrapassa todo entendimento, mas, para isso, é necessário renunciar ao nosso antigo eu e nascer de novo, abraçando a transformação que Ele nos propõe, onde deixamos para trás velhos hábitos e crenças, para adentrarmos na plenitude das bênçãos e promessas do Rei dos Reis.
É imperativo que nos desapeguemos de práticas, pensamentos e ações que destoam da essência e caráter do Criador. Esta renúncia, profunda e transformadora, exige que abandonemos costumes e companhias que nos afastam da luz divina. Como delineado em Efésios 4:17, que nos adverte a não andarmos como os gentios, na vaidade de seus pensamentos, antes nos chamando a uma vida de renovação e santidade. É um chamado a não mais vivermos como outrora, em futilidade de pensamentos, mas a renovar o espírito do entendimento. Esse caminho de verdadeira entrega e sacrifício é um ato de amor e devoção, que nos alinha com a vontade celestial e nos abre as portas para uma existência plena, repleta da graça e sabedoria divinas.
A proposta do Criador é clara: uma vida de felicidade e serenidade, onde o impossível se torna possível. O amor incondicional que Ele nos dedica, mesmo em nossa imperfeição, é um testemunho de Sua bondade infinita. Ele nos abraça em nossa falibilidade, oferecendo redenção e nova vida. Sua palavra é viva e eficaz, penetrando até a divisão da alma e do espírito, e é apenas através de sua exposição diária que podemos experimentar uma transformação genuína.
Pode-se afirmar com propriedade e convicção que, ao confiar no Criador, experimentamos maravilhas que transformam todas as áreas de nossa vida. Louvor, adoração e oração tornam-se atos essenciais, e a busca por Seu reino e justiça se torna nossa prioridade máxima. Que possamos ser gratos a cada novo dia, não apenas pelo perdão e pela vida que Ele nos concede, mas por cada desafio que nos aproxima de Sua vontade. Que estas palavras inspire uma introspecção sincera e um comprometimento renovado com a essência divina que nos chama a viver plenamente, impulsionando-nos a agir com amor e determinação.
A verdadeira transformação começa no instante em que decidimos confiar, amar e servir ao Criador com todo o nosso coração.
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