Texto sobre Medo de Mario Quintana
Para você
Eu sempre estarei
De alma aberta
Mente aberta
Corpo aberto
Coração aberto
Braços abertos
Sorriso aberto
Boca aberta
Peito aberto
E pernas abertas
Inteiramente aberta
Ao amor
Que por mim você tem!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Encontrei um ninho de capote, havia muitos ovos e não era apenas uma que botava ovos naquele lugar. Fiz o ninho da galinha para que ela chocasse dois tipos de ovos. Coloquei primeiro os de capote e após uma semana os de galinha. Aumentei meu pequeno bando de capotes. Eles cantam no Barro Preto todos os dias.
Fragmento do livro "Um ninho de capote" de Mãe Zuza (1914-1990), Maria da Saúde de Araújo, escritora e beata Markenciana.
Nos fascinantes caminhos de uma poesia encontram-se os importantes recursos de uma linguagem que passa pela sensibilidade, sentimentos e emoções essenciais para todos aqueles que buscam na arte literária, a inspiração para viver com equilíbrio e harmonia. É a linguagem do coração e da alma, dando asas à imaginação e fazendo de cada momento da vida, uma oportunidade para sonhar com novas perspectivas, compreendendo por meio das sensações e percepções, o mundo em sua plenitude.
Marcos Antônio Lenes de Araújo , escritor markenciano.
Na poeticidade expressa na harmonia da natureza um escritor pode encontrar a tranquilidade e a inspiração que necessita para escrever com sintonia e criatividade as mais lindas poesias e compor os mais fascinantes cenários, reconhecendo com o coração e a alma, a beleza que existe nos sentimentos de quem ama.
Marcos Antônio Lenes de Araújo , Markenciano
Nada mais importa agora
Você foi embora e eu fiquei tão só
Sigo, sem saber meu rumo
Eu não me acostumo sem você aqui
De que vale ter tudo na vida
De que vale a beleza da flor
Se eu não tenho mais teu carinho
Se eu não sinto mais teu calor
Hoje, eu estou tão livre
Posso amar a quem quiser
Mas nada me interessa
Mesmo que ofereça
O mundo aos meus pés
De que vale ter tudo na vida
De que vale a beleza da flor
Se eu não tenho mais teu carinho
Se eu não sinto mais teu calor
Sei, outro alguém te ama
Pensa que você já me esqueceu
Mas ao senti-lo perto
Tudo é tão deserto
Você pensa em mim
"Senhor divino mestre, ajudai-nos a exercer com responsabilidade essa função muito importante para a educação das crianças, adolescentes e jovens, guia-nos com tua graça e orientação nas tarefas de organização das fichas, históricos e boletins escolares, atendendo aos pais com eficiência. Diante de ti Jesus mestre, peço inteligência e proteção para continuar firme em tua palavra, cumprindo na secretaria escolar todas as tarefas que me são designadas"
Ginaldi Maria de Araújo, Nen Araújo (1920-2015)
“Enquanto meus olhos enxergarem a luz do dia, continuarei seguindo a minha missão no Apostolado, desenhando com o coração cada letra que representa a minha dedicação ao Sagrado Coração de Jesus”.
Ginaldi Maria de Araújo, Nen Araújo (1920-2015)
Eterna zeladora do Apostolado Sagrado Coração de Jesus
“Nas primeiras sextas-feiras de cada mês as manhãs ficam mais iluminadas. Com respeito e devoção nos reunimos para meditar o mistério e a entrega de Jesus, dedicando o nosso tempo e a nossa fé para honrar a nossa missão, conservar a tradição e demonstrar o nosso amor e gratidão ao Sagrado Coração de Jesus”
Ginaldi Maria de Araújo, Nen Araújo (1920-2015)
Zeladora do Apostolado Sagrado Coração de Jesus
Beata e escritora Markenciana
Iluminados
Iluminada eu
Iluminado você
Iluminados nós
Iluminados o mundo também
O bem maior é o sol, num lindo dia
Tão lindo em cada amanhecer
Cada flor em seu florescer
São como preces no alvorecer
O sol a iluminar o dia
Tantas coisas belas eu posso ver
Posso também ouvir
Ouvir os sons
De Deus os dons
Mil cantos dos passarinhos
O sopro do vento
De um avião lá céu me vem outro som
Assim de dia e de noite
Vem sempre o céu me iluminar
E quando passa o dia outra luz me encontra
Às luzes se ascendem
E outra vez...
Iluminada eu
Iluminado você
Iluminados nós
Iluminados o mundo também
O bem maior é o sol, que vem
num lindo dia outra vez!
Maria Lu T. S. Nishimura
Quebra-cabeças da ilusão
Quebra - cabeça de cada um
É a própria vida
Uns num instante a decifra
Outros precisam de muitas gerações
Aquela onde dizem que o carma está
Eu ainda estou decifrando o mundo
E meu quebra cabeça já concluí
Mas ainda quero descobrir segredos
Desvendar verdades e tudo
E adentrar nalguma emoção
Bem sei que todas as peças que tenho
São gesto, são versos que, às vezes, componho
Às vezes, as mínimas palavras me distraem
Outras vezes até as caladas vozes ecoam
E os ouço estrondosamente...
Ou suavemente...
Mas, o que faz a verdade viva é o viver
Cada um de nós somos únicos
Este é o mistério
Que eu vivo a descobrir
Equânime ...
Em cada quadro que montei
O quebra cabeça resolvi
Por horas minha mãos se cansaram
Mas, de nenhuma peça me esqueci
Quando espalho milhares delas pelo chão
Outro dia recomeço
E o tempo vai desgastado a tinta
Na medida que pedaços no chão
Vão se encaixando no meu coração
Desbotados...mais ainda me lembro...
O vivaz da colorida tinta
Em alguns pedaços fosse necessário retoque
Enfim monto e remonto meu quadro
E me divirto
Afinal de contas todos somos um
E este quebra - cabeça, às vezes, é patético
Por vezes irônico, injusto e, às vezes, poético...
Mas, sobretudo cômico
Porque ainda se prega a paz fazendo a guerra!
Contudo...
Cabe a cada um seu próprio quebra-cabeças
E por aí...
Vão se resolvendo o quebra-cabeça da ilusão!
Maria Lu T. S. Nishimura
Covid-19
Nas aulas de ciências naturais que tive no primeiro e segundo ciclos preparatório, cedo me lembro do professor me dizer que havia a possibilidade de o mundo ser muito afectado e nas versões mais dramáticas, ser dizimado por um virus ou por uma bactéria e a verdade é que as aulas de história também revelavam casos semelhantes passados na história da humanidade. A peste negra dizimou metade da população da Europa, o H1N1 matou cerca de seiscentas mil pessoas e tantos outros virus que matam sem precedentes. Eu, na verdade, apesar de cedo estar consciente dessa realidade, nunca imaginei que ela iria acontecer no meu tempo de vida, mesmo depois de assistir ao surgimento de todas as outras como a SIDA ou até o próprio e mais recente H1N1. O facto é que o mundo hoje vive uma dicotomia entre os meios de comunicação que bem utilizados, podem servir para que mais rapidamente se espelhem mensagem de alerta, de medidas a adoptar, ajuda a difundir a mensagem de forma global. A dicotomia está numa outra forma de tecnologia e essa sim ajuda a fazer precisamente o contrário. Ajuda a alavancar a disseminação do virus de uma forma muito mais rápida que nos passado, à data da peste negra por como exemplo. Falo dos meios de transporte rápidos que todos conhecemos e que por essa mesma razão têm, até à data, vindo a ser cancelados.
A mim entristece-me em particular as pessoas que de alguma forma se aproveitam da catástrofe para benefício próprio e não só. A utilização dos meios de informação e comunicação utilizados para difundir o medo, o pânico, para fabular histórias sem confirmações credíveis ou bases sólidas, com intuito de meter-nos uns contra os outros e não falo só no mero cidadão. Plantar duvidas que não tem na sua base uma consistência sólida feita através dos meios próprios para o efeito, como o trabalho de investigação e a confirmação das mesmas através das autoridades competentes para o efeito, pode ser uma fagulha que incendeia nações umas contra as outras, podendo até ameaçar e por em causa as bases da democracia, caso a catástrofe tome maiores dimensões e a tranquilidade entre povos e nações. Por isso é altura de nos consciencializarmos de que a melhor forma de ultrapassar as dificuldade é estando todos unidos, sem apontar de dedos sem justificação, nem plantar dúvidas sem refutação alguma. Por isso digo que se quebrou a fina camada de verniz que separa a ordem do caos e quando isso acontece resta ao ser humano o repensar das suas atitudes, a nível interior e até mesmo à escala global, através da emersão da consciência! Por isso, cumprir as regras que nos são impostas pelos estados e difundidas pelos meios de comunicação sociais é essencial, de forma pacifica, unidos e em consciência, não em grupos, e ajudar a restabelecer a paz em detrimento da desordem ou do conflito, seja ele de que forma for. Eu espero sinceramente que as coisas sejam controladas o mais rapidamente, pois confio nos profissionais de saúde e em todos os que estão dispostos a salvar vidas até em troca das suas. Por isso um momento de silencio para com todos os profissionais de saúde e para
com todas as vitimas deste COVID-19.
Punção
O passado é a marca deixada pelo punção, no agora, para que se abra um furo futuro. O passado é o Ser no presente, que se desloca para a bancada, onde trabalha todos os dias. É o Ser de mãos calejadas e duras, às vezes até dormentes, que de forma expedita pega com a sua mãos direita e mais forte no martelo, com a sua mão esquerda, a sua mais precisa, segura o punção e com sagacidade desfere sua energia no ferro e deixa a sua marca no tempo. Essa marca e a energia que ela contem, o seu propósito para o Ser... é o seu sentido de orientação. É onde ele vai fazer o seu furo, orientar a sua peça, construir o seu engenho e moldar o seu futuro!
O Ser Humano tem Pulsões que o próprio Punção desconhece.
Direccionemos sempre as nossas pulsões para o bem, por mais difícil que isso seja. Esse caminho exige observação, consciência e identificação do que nos leva a determinados actos na nossa vida. É no amor e nos afectos que o ser humano descansa as suas pulsões. Seja autentico e entusiástico. Abrase, beije e ame, deixe a ocitocina fluir no seu cérebro. Já fez alguma destas coisas hoje?
Virose Fatal
Vírus, vírus, vírus, vírus...
Virose fatal
Pessoal toma cuidado
Com sabão, com sabão,
com sabão ensaboado
laves suas mãos...
O corona vírus é fatal
Já virou pandemia internacional,
se tiver doente procure o hospital!
Ao espirro, intercepte com o braço
Evite o abraço e o aperto de mão
Cuidado com a aglomeração
O vírus se espalha com grande extensão
se alguém tiver doente e faz a transmissão
pela tosse, pelo espirro
e o contato com as mãos!
O álcool gel tem aí?
E a máscara no nariz?
É a pandemia internacional
É viral, é viral...
É a virose fatal!
Rosas Perfumadas
Uma flor se fores me dar...
Dê-me rosas perfumadas...
Ah! Eu gosto disso...
No seu perfume vou me embriagar!
Me embriago e deixo-me ir,
Por onde você me conduzir...
Deixo - me levar,
no seu jeito quente de me amar!
Até posso te seduzir
com meu corpo e meu calor,
mas deixo - me conduzir,
embriagada neste amor!
Rosas perfumadas eu gosto,
Trazes - me rosas perfumadas...
Nenhuma cor causa-me desgosto,
a menos que estejas perfuradas...
Daí, jogo fora
E te boto pra fora
Com afinco e gosto!
Rosas perfumadas eu gosto...
Mas, traga - me tenras e vigorosas...
Amo as rosas com sedução,
principalmente com um belo cartão...
Marcando o encontro de paixão!
Baile do coração
Girei o ombro
Abri o peito
Seu corpo colado no meu
O corpo tremeu, desceu até o chão...
E o meu coração bailou junto do seu!
Baile do coração é assim mesmo
Tem que ter par
Senão ele não dança
e fica a esmo!
Vem pra junto de mim,
Vem bailar com meu coração
Vem fazer tremer meu corpo e descer até o chão.
Se o ritmo for bom
dançaremos por todo o salão!
Eita...que tá bom...
Este baile do coração!
Nosso corpo treme que treme...
Dançando pelo salão!
Via Dolorosa
Sigo o trilho do meu ser,
Sem querer ser nem saber
O que me ha-de prover.
Munido de cobardia,
Arde em mim o adágio.
Propender que não agia,
Juiz pobre do ser,
Encostado à lombada
Julgava ter carácter
E menção para contender.
Certezas à chumbada,
Injustiças solver,
Casos vindos do nada,
Que o soldado na parada
Jurou não mais combater.
Sofrimento rio em que nado
Rumo à margem ansioso e crente.
Escapa-me da mão o tronco pendente,
De tanto nadar contra a corrente.
Rio que me lavas a vida,
Cada vez que engulo o vazio
E encharco meu pulmão doente.
Mas não desisto da braçada,
Escapa-me a margem à tangente,
Miro-a daqui enquanto trago água.
Miragem que é sinal de fumo,
Onde o apache escreveu resumo,
Da minha ofegante falta de coragem.
Padecem-me as forças,
Deste rio me inundo.
Sinto com a pontas dos dedos
Os seixo e lodo no fundo.
Dura pedra, vil mensagem,
Culminar esta viagem
No barranco da mesma margem.
Pois do profundo trouxe pedras.
Da peleja não mais miragens.
Das pedras o saber de aprendizagens.
Reconheço no vazio
Um sentir contra o sentido,
Pois não fora outrora um prodígio
E talvez nunca serei um ser bem entendido!
Entimema
Castelo que reflecte o azul,
Cidade vazia que daqui te vejo,
Do chá que tomo fervido no bule.
Sou eu homem que daqui praguejo,
Palavras que das pedras do castelo escorrem,
Que de tão bela que és exercito delas solfejo.
Escore-me da vista da janela o mirar,
Cidade vazia do teu pro meu praguejar,
De onde não mais sou capaz de tragar,
A camomila do meu chá em desgosto só posto.
Sou só porte aqui sentado a tentar solfejar.
Canto pra paralelos rijos que orvalho faz brilhar.
Oh cidade na minha prima esta que foste bera.
Oh cidade que deambular-te tanto eu quisera.
Oh cidade despida de tudo menos da quimera.
Que outorgas tu agora passeios de ninguém,
Por ti na calçada não mais cruzo rostos,
Rostos não cruzam mais por mim também.
Silencio profiláctico na noite em desgostos,
É bera forma de palavra austera que a pedra tem.
No vago e no vão e até no vagão parado,
O carril de ferro é frio pois não mais lá travo,
Não mais lá vejo a engrenagem que faz a viajem,
Que transporta o frenesim que eu outrora ouvia sem fim.
Pregões a vender maresia do outro lado de lá da margem,
Janela onde eu estou só, minha vista alegre arria em mim.
Agora desta janela eu não mais abro mão.
Daqui não me vou, tranco a chave a razão.
Outrora vivi meses à esquadria das paredes,
Vida de janela fechada na mais bela fachada
Da cidade vazia, despida de gente,
Ausente do ruído, que agora se fez silente.
Não mais me escondo, não mais me tranco,
Não mais penso ser doente, nem da vida decadente.
Ouço o vazio do som, augúrio calado,
Vivo uma mescla entre o triste e o desarmado.
Tempos em que debaixo de cobertor vida doía,
Me escondia da alegoria do dia e da orgia dos olhares.
Hoje sou eu na noite que é mais húmida e fria,
Daqui sinto quem da vida se despede e padece,
Sinto aconchego na praça vazia, onde o espírito tece,
Sinto as almas que aqui passam de quem falece.
Cidade parada, sobre o olhar desencanto e me encanto,
Com a telha das casas e alma dos telhados de Almada.
Praça mais pequenina do que nunca, desprovida de vida,
Praça do ardina, do quiosque e da fofoca amada.
Da folia, da disputa, do cheiro a sardinha assada,
Da menina que de tanto rir parece princesa encantada.
Praça do dizer só por dizer nada, do subir por ela a cima,
És agora só minha parte vita da rima.
Lisboa parada, é cidade que dorme.
Sonha à noite o que era enquanto ser dia,
Suspensa dos amores, agora dominam gaivotas.
Dos beijos na boca, da cerveja que tarda,
Dos finais de tarde reunida de actores,
Que encantam quem lhes presta atenção.
Lisboa da criançada, da correria pro nada,
Dos que não se agarram... cidade de vida,
Dos que so andam pela calçada de mão dada,
Dos que pedem pela vida uma esmola
Pra taça de vinho, pró carapau e pra arrufada
Lisboa despida do sonido da vida,
Escorre por tudo que é canto letras... palavra!
E eu daqui da minha janela vejo, pois dela não me arredo.
É tão bela esta cidade, por ela não mais medro.
Tão minha, tão nobre vista que vejo desta janela,
Tão imponente fachada que a suspende, bela parede caiada,
Que daqui dou trovas à inspiração e assas à imaginação,
Daquilo que outrora não prestei verdadeiramente atenção.
Ao negro do Tejo que à noite lava na corrente o pesar,
À esperança de poder voltar a abraçar a vizinhança.
Os ferros da ponte que a atravessam, que lhes dão sustentação,
Erguidos outrora por homens à força de braços mil,
Construída pra travessia e para que um dia se volte a formar
Um cordão tão forte como o que um dia formou Abril.
Cordão na consciência humana, libertou-nos da má sorte tirana
E agora nos libertar da morte que por vezes a natureza emana!
É COVID-19
É Covid-19!
É gente que briga
É gente que morre
Gente que espera
Gente que explode.
É Covid-19!
É doença que atordoa
E prisão que apavora
É gente que ri à toa
E gente que pára e chora.
É Covid-19!
É gente com pouca fé
Que não vê a solução.
É gente que crê em DEUS
E vive com o terço na mão.
Seja de um jeito ou de outro
No mesmo barco estamos
Do vírus morremos de medo
E com ele todos brigamos,
Mas o que devemos, mesmo,
É crer que DEUS tem um plano!
Precisamos de oração
E crença na medicina.
O vírus chegou com tudo
Mas vão descobrir a vacina
Que combata e que devolva
Nossa fé, abalada e sofrida.
Do fundo do coração
Que possamos levar a DEUS,
Na voz de uma só oração,
Os desejos dos filhos seus.
"SENHOR, livrai-nos do mal
Desse vírus tão invisivel,
Que abala a vida normal
Dos teus filhos queridos.
Perdoa os nossos pecados
E as faltas que cometemos,
Estamos muito assustados
E ao Vosso amor nos rendemos".
Nara Minervino
NOSSO AMOR VERBALIZADO
Eu queria
Tu devias
A gente podia.
Nós vivíamos
Vós aceitaríeis
Eles contribuiriam.
Eu esperei
Tu demoraste
Ele programou.
Nós investimos
Vós apoiastes
Eles ajeitaram.
Eu acreditei
Tu insististes
Ele resistiu.
Nós vencemos
Vós sorristes
Eles aplaudiram.
Eu te ganhei
Tu me presenteaste
Ele se alegrou.
Nós nos casamos
Vós vos animastes
Eles se procriaram.
Nara Minervino
Encrespado Aureolo
Bloco de vida coisa que é dura.
Costura de agulha sem ter saída.
Nó de tristeza, embelezas a natureza,
Agarras-te aos vãos das manhãs,
Pois tecidos te envolvem a beleza.
És o ar rarefeito no meu peito,
Sabor a café e saliva que rejeito.
Musa toda assim delicado deleito,
És quem os meu olhos saboreiam,
Pele quente que ferve como efeito.
De leve suspeitas da mocidade,
Sinto encrespado aureolo que sabe,
Ao toque do lábio seco de inverdade.
A tensão sobe para mil sem fim
E eu no teu ventre afundo de mim.
Minha morte lenta meu medo cerrado,
Onde me enrolo, me excedo, me advenho.
Meu respirar venta no teu corpo molhado
E a cadência do teu coração tenta,
Percutir o auscultar do teu afago.
Que é ser só breve este momento,
Não pequei ao tragar-te o rebento.
Em ti eu sou a ternura do castigo,
O som que salivo e estremece por dentro,
O intimo ardor que partilho contigo.
Tragarei de ti inacabados amanheceres,
Tal como a agulha costura os doces plangentes,
Que a tua natureza pura de incastos prazeres,
Debita em mim dos teus segredos vigentes,
Que curo com a dura doçura de a mim tu te cederes.
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