Texto sobre eu Amo meu Irmao
Somos feitos de "quases" eu e você . Feitos de quase beijos , quase toques, quase romance, quase amor. Porém, eu sou egoísta e não me contento com migalhas. Não gosto do ameno , o morno me entedia e o opaco me dá sono. Não posso ser sua quase amiga ou seu quase amor. E no meio de toda essa confusão de afabilidades, obséquios e cortesias somos o que, afinal ? Futuros amantes, talvez. Amor parcelado, chove não molha, beijos tácitos e devaneios...
Talvez ele tenha me traumatizado com os aeroportos para sempre. Talvez eu esteja estragada e nunca mais consiga voltar a ser inteira. Talvez eu não consiga mais entrar num aeroporto e sentir a leveza e a calma na alma , e só consiga sentir angústia. Não sei. Talvez até Fagner esteja certo quando diz que "o amor deixa marcas que não dá pra apagar". Mas não fique triste por mim, porque eu não estou. E apesar de tudo, essa é minha vida: brilhante, surpreendente, poética e louca. Talvez o futuro seja azul, azul como o céu, o mar, o amor e a música do Djavan. Quem sabe tenha amor e poesia , ou quem sabe seja repleta de tragédias e escuridão, traumas e angústias. Eu não tenho como saber , mas nesse meio tempo eu aposto: aposto no sol que brilha, no amor que consome, nas músicas que alegram , nos sentimentos que nos salvam , nas escolhas que nos definem, e na sorte.
O fato é que eu sinto. Sentir, algo que eu não fazia há muito tempo, como se minha sensibilidade fosse uma rosa congelada pelo inverno e ao receber os primeiros raios de sol da primavera, ela renascesse e eu sentisse tudo: a vida correndo por minhas veias, o amor girando no ar, esperando para ser sentido, compartilhado e vivido, e a adrenalina que só os adolescentes conseguem entender, misturada com uma vontade absurda de ser livre em uma madrugada de sexta- feira.
Hoje foi um dia engraçado, pois eu me peguei tentando lembrar das músicas que relacionei a ele e ri alto por lembrar de apenas duas entre dezenas. Outrora aquelas músicas pareciam definir minha vida, como se as palavras desenhassem a trajetória da minha história com ele, como se ao serem cantadas espalhassem o meu amor pelos ares. E ele era a minha vida, as músicas eram pedaços fragmentados de minha própria alma e agora eram só palavras ao vento. São engraçadas essas voltas que a vida dá.
Agora parece que até eu achar alguém que beije melhor, que seja mais legal, que seja mais fascinante que ele , todos os beijos que eu receber, eu vou comparar com os dele, todos os caras que eu conhecer, eu vou comparar com ele, e cada perfume que eu sentir até lá eu vou desprezar, porque não será o perfume dele. E eu vou imaginá-lo como herói de todos os romances que eu ler até lá. Até esse momento chegar, ele vai estar eternizado na minha alma, como se eu o tivesse escrito com tinta permanente no meu coração.
Eu só queria te agradecer pelas coisas boas que me proporcionou e por me fazer entender qual é a sensação de um amor correspondido, mesmo que por pouco tempo. Era Vinícius ou Tom que dizia que não existe nada melhor para a saúde do que um amor correspondido? Não lembro agora, mas de qualquer forma, não importa... Guardarei os versos que fiz para você, e quem sabe um dia eu os dedique para um outro alguém? Ou quem sabe esses versos fiquem para sempre perdidos, como pássaros que fraturaram suas asas, incapazes de voar...E assim vamos seguindo: você se enchendo de porres, festas e mulheres, e eu me enchendo de música e poesia, e de um sentimentalismo que você jamais irá entender. E tenha uma ótima vida, pois eu certamente terei.
Querido , eu lhe desejo dias leves, beijos açucarados , risadas suaves , clima ameno e tardes doces com gosto de cappuccino. Talvez fiquemos tão estressados com a rotina do dia a dia que nos esquecemos de curtir as pequenas emoções, mas de vez em quando , precisamos parar, respirar , sentir o sol e ouvir o canto dos pássaros e aproveitar a vida com suas dádivas e imperfeições , pois no fim das contas, são essas pequenas emoções que fazem tudo valer a pena .
Então eu senti uma vontade súbita de alerta-lo, dizer para correr de mim , fugir para as colinas ,correr para bem longe porque eu sou louca , eu sou a rainha do gelo , eu talvez o magoe sem querer o deixando no vácuo por horas ou o prendendo na minha teia como se ele fosse um inseto. Queria dizer para ele se afastar pelo amor de Deus porque eu sou hipocondríaca , não sei dançar e falo sozinha na maior parte das vezes, como uma senhora caduca. Eu não consigo confiar em ninguém e não sei ser a garota fofa e carinhosa como as outras são , porque já pisotearam e escarraram na minha meiguice , me obrigando a ser fria ou morrer afogada pelas lágrimas. Queria dizer a ele que me deixasse em paz, que sou uma alma solitária e a solidão é minha absolvição e condenação neste mundo.
Algo me diz que se eu tenho que pensar para decidir se gosto dele, e não automaticamente ruborizo nem meu coração da um salto quando penso nele , então talvez eu não goste dele. Porque o amor não pode ser pensado, o amor tem que ser sentido, como o mar na pele , o vento nos cabelos e o sol no rosto. O amor é involuntário como o piscar dos olhos ou o bater do coração, não podendo ser controlado ou forçado, pois o amor tem que ser livre para ser amor.
Sabe o que é estranho? Eu achei que fosse sentir falta dele. Eu achei até, em certo momento quando o silêncio dele me cortou, que haveria dor. Imaginei que doeria e que haveria uma música, uma sinfonia qualquer que embalasse meu choro, mas não houve. Não houve dor, nem sequer lágrimas! E eu, que achei que estivesse me apaixonando por ele estava apenas me apaixonando pela ideia de estar apaixonada por ele. Ele foi como um vento que passou. Não, vento não, porque as ventanias são intensas e desconcertantes e ele não provocava esse efeito em mim, por isso acho que no fim das contas, ele foi uma brisa.
Apesar de eu querer chamá-lo e puxar uma conversa qualquer deixando aquele sentimento de atração pairar sobre mim como uma porção de borboletas , eu me detive. Eu gritei em pensamento para que ele me chamasse pois eu era orgulhosa , eu era fria , eu era ruim mesmo sem querer ser , eu me governava pelo principio da inércia do coração , que é muito parecido com o da inércia da jurisdição , então se ele não viesse atras, não dissesse que precisava de mim eu não podia fazer absolutamente nada por ele , mesmo que uma parte minha quisesse, mesmo que meus desejos fossem insanos...
Eu acho que talvez "sentir " seja a a palavra. Acho que devemos sentir mais e pensar menos, mesmo que isso pareça difícil na sociedade em que vivemos. Devemos sentir a calma do oceano, a brisa matutina e o sorriso das pessoas que encontramos no caminho. Devemos sentir a necessidade dos moradores de rua e o conforto do lar para valorizar o que temos, e não reclamar incansavelmente do que não temos. Talvez seja necessário, imprescindível, valorizar a amizade sincera e a família, e os sentimentos mais íntegros e verdadeiros.
Há momentos, como no dia em que ficamos na chuva, em que eu odeio tudo e quero desesperadamente ir para casa, mas há outros dias como hoje em que as luzes brilham, as pessoas sorriem, uma música eletrônica toca e há uma sensação de liberdade inimaginável pairando no ar, Nesses momentos, as luzes e as pessoas rodopiam como num ringue de patinação e Vancouver brilha como se fosse uma enorme estrela cadente.
Eu não digo que você deva se importar com o que as pessoas acham de você, muito pelo contrário, pois a única opinião que importa de verdade é a sua. Porém, isso não significa que você deva se fechar em um casulo e se voltar contra o mundo, porque devemos nos permitir sentir...Sentir a chuva que cai, sentir a neve que gela as mãos, o vento que sacode os cabelos , o mar que bate nas rochas e o amor que invade. Devemos nos permitir amar e o amor pode vir de infinitas formas diferentes...
Claro que eu queria amar intensamente, mas apesar dos contratempos e do caos que será nesse ano, ninguém me é interessante, ninguém me chama a atenção. É que as pessoas daqui são tão comuns, sem cultura, sem loucura...e eu gosto do extraordinário, eu, essa mistura Afrodite-Atena, Capitu-Marília de Dirceu, esse ser que é ao mesmo tempo fogo e gelo e dança tango sobre corações partidos tentando conservar o próprio, tentando salvar a própria alma da dor. Ás vezes eu penso em me contentar, sabe? Me contentar com o pouco, com esses caras que me aparecem, esses que trocam o "mas" pelo "mais" achando que adversidade e intensidade são a mesma coisa. Então eu tento me conformar, MAS (e não "mais") eu penso nos meus discos, nos meus livros, nos lugares que eu conheci,nas experiências que adquiri e percebo que o muito deles para mim seria pouco e que eu preciso de alguém que me acrescente, que me traga MAIS (não "mas") que seja extraordinário, diferente e inteligente (por favor!), capaz de transformar minhas escusas em afirmações.
Eu me enchi de orgulho quando ela disse que percebeu que ela era muito para ele, que ele era pequeno, tinha uma mentalidade pequena e nenhum plano de vida. Ele apensas existia, como um vegetal, ou até menos insignificante, pois os vegetais pelo menos realizam a fotossíntese. Eu sei como é a sensação de ser muito para alguém e do muito dessa pessoa ser pouco, como se você merecesse mais, infinitas vezes mais do que essa pessoa poderia proporcionar, como se ela nunca estivesse disposta a crescer. "Eu quero ver meu bem quando cê vai querer crescer ", diria Djavan, mas a verdade é que certas pessoas não crescem. Certas pessoas ficam estagnadas no tempo e lhes falta amor, doçura e empatia, sendo que o amor de um só não é suficiente para suportar um relacionamento, pois ninguém é Atlas e relacionamento é ato bilateral.
É que eu sou muito ingênua e sempre caio nessa ilusão de que as pessoas são muito amigas, que se importam comigo e ajudam de forma verdadeira e bondosa, e não de forma interesseira. Mas a vida é como um baile de máscaras, com todos se escondendo, não mostrando realmente quem são , ocultando a identidade e ludibriando quem lhes convém. Desculpe o desabafo, mas estou cansada de me contentar com essa gente pequena e vazia. Eu preciso de muito mais que esse vazio, essa falta de caráter que eu vejo em tanta gente por aí...Eu não caibo em mim, necessito de amor e a poesia nunca me é suficiente, como se eu fosse mais poesia que mulher e me alimentasse de versos, de pores do sol e de música, e a escassez de cultura que eu encontro por aí fere minha integridade física e psicológica, fere minha própria alma.
Eu sou um mar infinito de paranoia e não sei lidar com relacionamentos, acho que por isso estou solteira, eu não confio em ninguém e sempre acho que estão mentindo para mim ou me enganando porque na minha vida inteira só mentiram para mim, me enganaram ou me usaram. A verdade é que ninguém nunca me tratou como eu merecia ser tratada, o que faz como que eu me sinta como um cachorro de rua rejeitado que ninguém quer...
Eu não era mais uma garota, eu não era mais uma mulher; eu tinha virado nuvem, minhas pernas adquiriram a consistência de uma geleia e eu facilmente poderia me dissolver no chão como espuma. Eu tinha apresentado meu TCC, eu tinha conseguido e quando todos me aplaudiram eu me senti como uma estrela brilhando no céu. Marilyn Monroe dizia que "todo mundo é uma estrela e merece direito ao brilho" e sabe que ela estava certa? Eu brilhava tal qual uma estrela e de repente nada no mundo se comparava àquilo, àquela sensação de sucesso, de reconhecimento, de glória! Nenhum amor pagava àquilo, nenhum beijo, nenhuma viagem, pois aquela vitória era minha, somente minha e isso ninguém jamais poderia tirar de mim! Minha alma virou nuvem e naquele exato momento eu me sentia brilhante, eu me sentia uma estrela, eu me sentia infinita....
Eu e ele somos iguais; frios, dois blocos de gelo, duas partes do iceberg que afundou o Titanic! Somos orgulhosos e para nós é extremamente difícil falar sobre sentimentos ou demonstrá-los, pois a frieza é nossa fortaleza e quebrá-la é ato de fraqueza. Ele sempre acha que estou brava com ele porque eu sou feito uma geladeira e eu sempre acho que ele está bravo comigo porque ele é glacial. A gente não troca mensagens porque mandar mensagem também é ato de fraqueza, mas quando nos vemos, nos beijamos como se não nos víssemos há um milhão de anos! Então ficamos nesse impasse e alguém tem que ceder...
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