Coleção pessoal de carolfc86

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Dentro de cada escolha cabe uma renúncia. Dei pra contar quantas coisas boas perdi pelo caminho ao me prender onde não era meu lugar, insistir nos mesmos erros, ficar ao lado de pessoas que não foram feitas para se encaixar na minha vida. E a gente sabe, a gente sempre sabe o que é e o que não é pra ser. Mas permanecemos estáticos onde não somos mais felizes por medo do desconhecido. O tempo passa, a vida muda, as pessoas se transformam. Na maturidade tenho aprendido que meu tempo é ouro, e só o divido com quem estiver na mesma vibração, na mesma sintonia, dividindo os mesmos sonhos reais. Descobri que o desconhecido pode ser algo maravilhoso se nos permitir-mos. Não tenho tempo para ilusões, meu saldo se esgotou por dez vidas! Quero a verdade, a realidade, os pés no chão. Quero sentir que estou no caminho certo. E se os dias não me apontarem nessa direção, mudo a rota, sem medo. E até que pegue o atalho certo, o meu nome é recomeço...

Você é meu Déjà vu.
Antes mesmo de te beijar eu já conhecia o gosto
antes de te conhecer eu já lembrava do teu rosto
estar com você me provoca a velha sensação de estar estagnada.
Fico paralisada, imóvel, sem defesa
deixando sua presença entrar em lugares desconhecidos
mas que você percorre tão bem, que parece já conhecer o caminho.
Você é meu Déjà vu.
Senti tudo o que estava reservado para nós
mas nada me surpreendeu, pois eu já tinha lido sobre você
sua cara de safad* está descrita no meu poema de 2010
onde eu deixo claro que o seu sorriso foi o que f*deu comigo
e descrevo exatamente a cor que o teu olho tem.
Mas me explica, meu bem
Como isto é possível, se eu te conheço há exatos 63 dias?
Como posso saber tudo sobre a gente, se a gente nem existe?
Quiçá existirá.
Você é meu Déjà vu.
Sua existência esplendida me deixou pequena
causou pane no sistema
me desconfigurou.
Te guardei na memória errada
tu que era um lance curto
acabou se transformando em poema
e o nosso encontro que foi tão rápido
ficou gravado na minha memória de longo prazo.
Sorte ou azar?
Quem vai saber?
Quem ousa dizer?
Só sei que não foi por acaso
de alguma forma eu já te namorava em poesia
já falava de ti para minha irmã quando éramos pequenas
e as músicas que contigo dancei
eu já cantava antes mesmo de escutar.
Você é meu Déjà vu.
É um erro tosco na minha memória
é o passado
presente
e futuro
mais difícil de apagar.

Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo a mata.
Quem tenta ajudar um broto a sair da semente o destrói.
Há certas coisas que não podem ser ajudadas.
Tem que acontecer de dentro para fora.

É me acomodar no avião e já adormeço. Nem espero o comissário fechar as portas.

Durante conexão de Galeão para Salgado Filho, escorado na janela, pronto para babar, escuto uma mulher chorando na poltrona da frente.

Sempre vou acordar quando ouvir uma mulher chorando. Meu sono não resiste a mulher chorando.

Ela soluçava ao telefone:

– Você disse que a gente moraria junto depois que terminasse seu treinamento. Você mentiu, você só está me enrolando com promessas. Promessa dói. Esperança dói.

Não alcançava qual o contexto da conversa, mas sua frase produziu muito sentido.

Esperança dói!

Eu quase chorava junto. Ela estava coberta de sentimento mais do que coberta de razão.

Concordava com ela: não minta com esperanças. Minta com qualquer outro sentimento, menos com esperança. Não ofereça esperança se não acredita na relação.

Pense bem antes de falar, pense se realmente deseja cada verbo. Cuidado com aquilo que sonha em voz alta.

Todas as palavras são estrelas cadentes. Prometer é sério, prometer é se comprometer.

Não adianta dizer que só falou, alegar que não fez nada de errado e lavar as mãos no vento. Falar é fazer.

Entenda que a esperança é o que mais machuca. Não há maior tortura do que gerar esperança em vão: é oferecer para tirar.

Não estimule projetos se não está disposto a cumprir, se não é sincero, se não é verdadeiro.

Não diga da boca para fora pelo prazer da hora, pelo romantismo, pelo arrebatamento.

Imaginar já é concretizar. Se não tem segurança com sua companhia, não iluda. Não fique fantasiando casa própria, filhos, cachorro, viagens ao Exterior. Não insufle o porvir para agradar. Não disfarce o pouco sentimento com a eternidade. Não chame o futuro impunemente. Não apele para a emoção à toa.

A fantasia é uma responsabilidade do casal. Pois o amor é o que se vive somado ao que se conversa somado ao que se planeja.

Ao fortalecer intenções, permite que ela ou ele passe a esperar dali por diante.

Somos crianças no amor, ansiosas pela confirmação das expectativas. Enxergamos o que imaginamos, trabalhamos para conseguir o que imaginamos.

Esperança é também parte importante do namoro. Esperança é também lembrança do namoro. Esperança é também memória do namoro. Esperança é também realidade do namoro.

O que foi idealizado a dois é um patrimônio da intimidade, um marco da confiança.

Ninguém sofre numa separação por aquilo que aconteceu, sofrerá por aquilo que não vai mais acontecer. Sofrerá pela perda da esperança mais do que pela perda do amor.

O interesse que tenho em acreditar numa coisa não é a prova da existência dessa coisa.

É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente.

Como é duro odiar os que se gostaria de amar.

Todas as grandezas do mundo não valem um bom amigo.

Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram.

Uma relação nem sempre termina porque não é feliz. Às vezes termina para preservar a felicidade da memória.

Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.

O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa.

Morre porque o matamos ou o deixamos morrer.

Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença.

Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia.

Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados.

O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos.

Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.

O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida.

O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada.

Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro acidente. Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos.

No mínimo, merecia ser incriminado por omissão.

Mas talvez eu tenha matado meus amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os amantes, com aparência inofensiva de balconista. Fiz da dor uma alegria quando não restava alegria.

Mato; não confesso e repito os rituais. Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço que foi um pesadelo. Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não houve testemunhas.
Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas.

Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade.

O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.

O amor é sempre assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos saber o que fizemos antes com ela.

Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é que a metade do rosto que apanho com a mão seja convencida a partir com a metade do rosto que não alcanço. Meu maior medo é escrever para não pensar.
(trecho de Pais e filhos maridos e esposas II)

Sabe moço, não sou perfeita e nem faço ideia se sou aquela que você sonhava para a sua vida.
Só não posso deixar de ser quem eu sou só para agradar-lhe. Eu estaria sendo egoísta comigo mesma, só para satisfazer a sua fantasia de mulher perfeita.
Não posso ser aquela boneca que vem com manual de instrução.
Não posso ser só mais uma Alice no país das Maravilhas.
Preciso ser eu. E você sabe disso. Precisamos ser nós mesmos.
Não sou igual a ninguém. Então não me diga o que devo ou tenho que fazer.
Me aceite ou deixe-me ir.

Mostro só o que quero. Não por maldade, mas por proteção. A gente tem que aprender a se proteger. Das escolhas dos outros. E até mesmo das nossas próprias escolhas.

Há tempos já se discute a ideia de que nosso eu consciente é apenas parte de nossa totalidade. Qualquer pessoa com um pouco de auto-observação já percebeu forças distintas dentro de si, sentimentos contraditórios e partes de luz e sombras compondo a personalidade. E quem se preocupou em tentar compreender melhor esses habitantes internos é provável que já não culpe tanto os outros e o mundo externo por suas desventuras. É simples assim. Quem não reconhece sua própria dualidade interna e sua atuação inconsciente seguramente culpa o outro, prejudica o outro e principalmente, inveja o outro.

No entanto, quem vai percebendo não só a dualidade, mas a multi-realidade interna, percebe a atuação desses Eus invisíveis e vai assim, através da conscientização, retirando as projeções, modificando sua realidade e evoluindo seu caráter.

Passaremos por vários encontros ao longo de nossa jornada e conheceremos o mais variado tipo de pessoas. Algumas delas nos enriquecerão, outras nos diminuirão, bem como haverá tantas delas que passarão em branco. Saber quais companhias serão imprescindíveis ao nosso caminhar com ares tranquilos e quais pessoas deverão sair de nossas vidas o quanto antes nos poupará de consideráveis tempestades inúteis.

Mantenha por perto que tem sempre uma palavra de força e de motivação, quem não duvida de seus potenciais, quem acredita em você, no que você pode, em tudo de que você seja capaz. Escute as pessoas que realmente o amam, que realmente querem o seu bem, que sorriem com verdade, sem forçar nada, sem ser chamado, aquelas que nunca se sentem obrigadas a estar junto da gente.

Afaste-se de quem sempre parece duvidar de que algo bom possa vir a acontecer com você, quem pinta o seu futuro com cores tortas, quem lota de nuvens os seus sonhos de vida. Não dê ouvidos a desmotivações e negatividades de quem só chega perto para dar rasteiras, para desacreditar de qualquer coisa em você que implique ser feliz. Não deixe que seu sorriso se desmanche por conta de palavras vindas de gente chata e pessimista.

Aproxime-se das pessoas que brilham sem ofuscar ninguém, que alcançam sonhos sem precisar destruir o outro, sem falsidade, sem derrubar quem lhe atravesse o caminho. Ouça quem divide luz, compartilha sabedoria, multiplica conhecimento, espalha amor. Quem subiu por conta própria, pelos próprios méritos, quem nunca deixa de ser quem de fato é onde quer que esteja, seja com quem estiver.


Fique longe dos indivíduos que não conseguem obter nada sem derrubar o outro, sem maldizer quem faz sucesso, sem invejar quem possui competência e felicidade de sobra. Mas fique bem longe de quem só sabe falar mal de quem não está presente, de quem só critica, só se sente injustiçado, só sabe querer o que não tem. Esse tipo de gente não pensa duas vezes antes de passar por cima de quem sua mente doentia achar que é melhor, que é mais feliz, que não merecia tudo o que tem.

Inevitavelmente, iremos amargar muitas decepções com pessoas em quem depositávamos afeição sincera, seremos alvo da maldade de quem nem nos conhece direito, seremos desencorajados de nossos sonhos por quem não acredita na força do amor, porque nem todo mundo terá a decência de se colocar no nosso lugar ou de se calar quando o momento assim o pedir. No entanto, darmos as mãos aos verdadeiros amigos, às pessoas que realmente nos amam e acreditam em nós é o que nos manterá firmes no caminho que traçaremos rumo à felicidade de que somos merecedores. Porque todos somos merecedores.

Não há despertar de consciência sem dor.

As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma.

Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão.

Quanto mais forte você bate, mais vai doer. É, geralmente, o caso. Então, nós prescrevemos remédios, gelo, compressão, elevamento – coisas que você faz para parar a dor imediata. Mas você só pode aliviar a dor por um tempo e quando os remédios começam a perder o efeito, realmente dói. Há uma razão para esses consertos serem chamados de temporários. Eles nunca foram feitos para durar para sempre. Então, o que acontece quando você encontra um conserto que é mais permanente? Você luta contra isso? Você tenta resistir? Ou você dá um passo para trás e decide que talvez aceitação é o melhor conserto de todos?

Frequentemente, as más noticias são tão ruins que quando algo bom vem junto, nós tendemos a exagerar um pouco. Toda nuvem tem uma fresta de esperança, mas ainda assim é uma nuvem. Uma nuvem pode significar um banho ou uma tempestade. Então, aceite os dias bons onde quer que os encontre. Tente ser positivo. Tente se lembrar que mesmo quando há más notícias, há boas notícias para alguém.