Texto sobre Dança
Pisando na areia já não sinto os pés
Sinto apenas meu corpo tomado por alma
As ondas que teu dançar me traz
Hipnotizam-me e me trazem a paz
Meus pés já não tocam o chão
Já estamos os dois
Alma e corpo
Em seus braços clamando pelo teu seio
Alimente-me de luz
Mãe generosa de amor
Seque minhas lágrimas
Troque-as por água do teu mar
Me faça dançar em tua maré
Me ensine de que maré é feito meu amor
Teus olhos morenos de mar
Teu canto, meu canto, meu olhar
Me conte porque tenho o mesmo olhar
O teu olhar com encanto
Encanto da sereia
Venho a areia pra clamar
Ó minha mãe me leve pro teu reino
Pois só me entregando a ti
Posso me entregar a mim
Odoyá
-A convidada que se esconde atrás de um véu
Convidada mal vista na dança da vida
Conhecida sendo total desconhecida, és operária do destino.
Tu és quem proporciona um doce descanso
dos desgostos da vida.
Como um piano tocando uma harmoniosa melodia,
Concluo que as pausas são necessárias na vida.
as perdas nos ensinam grandes coisas...
Os olhos da alma não precisam de presença.
Somos um sopro de vida nas mãos do Criador,
a hora da chegada já traz a hora da despedida.
Muitas coisas mudam na vida, mas uma é sempre certa,
Nossos feitos ultrapassam a eternidade, seremos inesquecíveis a quem nos quer bem
Farol iluminando a escuridão desse momento.
A morte é o voo mais alto que alguém pode se dar ao luxo,
Não deve ser tão ruim se sentir livre da matéria...
Lá nesse lugar desconhecido, os sonhos transpassam o limite de tempo.
E tudo se torna calmo, para quem travou uma grande batalha.
O premio ao vencedor é a paz de espírito,
O deserto torna-se lugar de reflexão,
lagrimas são as palavras do coração, um sussurro da alma
Um mistério a se desvendar,
O véu cai a todos um dia,
A esperança não acaba por aqui, o limite é quebrado.
O que resta a quem fica é aprender a lidar,
Quando um se vai, dois chegam para ficar.
O insubstituível é mágico a sua maneira,
O fim é um recomeço a todos que assim crerem.
A mudança mais difícil é sempre a inevitável,
Todas as coisas desse mundo passam como o vento.
A vida é o que acontece quando o espetáculo termina.
como no teatro, atrás da cortina a verdade se revela,
e o ator torna-se passageiro no trem da vida.
A dança da vida
Lagarta em fase de metamorfose,
em busca de suas asas
Ela nunca sabe a hora certa,
vai ver que não existe...
Decide se esconder no casulo em busca de respostas.
O tempo senhor de todas as mudanças,
Encarregou-se da pequena lagarta...
cuidou, ensinou e amou nossa querida.
Lagarta/borboleta ainda tem medo do desconhecido,
muitas surpresas ele traz.
Tempo de novidades,
O tempo é passageiro na vida, pegou carona com a solidão.
No casulo ela vai se transformando, vida que segue seu curso.
a nova borboleta imagina o mundo lá fora
o que acontecerá em seguida?
A borboleta agora é capaz de voar,
sentir as flores...
o voo dela dá gosto de ver, liberdade dançante,
Sentindo cada vez mais alto ela vai.
Quem antes era ignorada, tornou-se objeto de desejo
nem todos entenderão seus movimentos graciosos.
A borboleta nunca entenderá o sentido da rejeição,
pois só se preocupa em olhar as flores, são as únicas que fazem sentido.
Bailando no vento a borboleta vai.
Agora tem sua própria lei,
as lições do casulo estarão sempre sem sua memória.
A linda borboleta agora é inspiração...
De inimiga se tornou companheira:
A inevitável mudança!
Dança da esperança
As vezes fico imaginando,
Assim pensando:
Quanto tempo,
Para o tempo passar?
O tic-tac do relógio,
Todos apressados,
Meio isolados!
A correria do dia-a-dia,
Sem pausa para harmonia,
A alegria, que contagia
Cheia de fantasias!
Na lembrança…
Sinto saudades da infância,
Sem militância,
Tudo era coisa de criança,
Não existia a arrogância,
E com muita dança,
Triunfava a esperança!
"A mágica da nossa "dança" começou mesmo antes dos primeiros passos juntos.
Aquela troca de olhares, o sorriso de canto de boca, a facilidade em me pegar pela cintura, a minha facilidade em encostar meu corpo ao seu, em pegar o seu ritmo, em encaixar meu rosto em seu pescoço...
Na nossa dança, ele consegue fazer com que eu levite sem tirar meus pés do chão.
Também me embala na mais linda das melodias, sem que eu tenha medo de errar o passo. Com ele consegui achar meu "ritmo".
Para mim, ele é o melhor dançarino que existe.(embora diga que não sabe dançar).
Em nosso " salão", ele me conduz com a maestria de um professor e sem me importar se estou fazendo o passo certo,aceito o desafio e me sinto flutuar.
Para mim não há nada mais prazeroso que ter seu corpo colado ao meu, sua mão em minha cintura, sua disposição em me ensinar e a certeza de que o nosso "baile" está apenas começando. E a noite toda torna-se pouco tempo para a delícia e magia de estarmos (DANÇARMOS ) juntos.
E eu, cá comigo, só desejo me tornar uma boa DANÇARINA para ser sempre a parceira escolhida para sua dança."
Quem dança é maluco. Dançar é a arte de sorrir superando tudo o que existe internamente dentro da mente do bailarino e externamente eliminando perto dele tudo o que possa ser prejudicial para sua performance. Bailarino sente uma dor contante, um medo constante e uma busca pela perfeição que faz com que a tudo torne-se pequeno perto da vontade de estar no centro do palco para brilhar.
Sentir dor de contantes e inacabáveis ensaios, quando os pés já dançam sozinhos e o corpo somente acompanha, somente Bailarinos conseguem entender.
O mundo está recheado de bailarinos, assim como o céu de estrelas. No céu algumas estrelas e constelações conseguem destacar-se e emitir uma luz mais forte que chama mais a atenção de quem está olhando. É assim no mundo da dança, no meio de tantos bailarinos alguns tornam-se destaque, brilham mais, ganham mais espaço e chamam mais a atenção dos olhares.
Convite.
Dança comigo eternamente nas nuvens e nas estrelas .
Que eu reservo um espaço na lua pra depois do jantar .
Viaja comigo os segredos do desconhecido, que eu nado o oceano se preciso ou ate mesmo atravesso o sertão só pra te encontrar.
pois levo comigo todas as flores nas mãos , um olhar de menino com o calor do sol no coraçao, a solidao que é um grande amigo e um sorriso distante , que faz parte de mim.
Dança comigo no ritmo dos ventos ,que por onde ele tocar nos levará ao amor.
Cabelos em trança, dança!
Lembrança, palpitação
Troca, destroca.
Volta, até terminar a canção.
Intrigas, brigas e orgulho ferido
Tantas outras tentativas e nenhum perigo
Tenta, re-tenta, é lenta a reconciliação
O tempo age
E quem se disse: "relaxe".
Agora aguenta mais não.
Flui o tempo, vai o vento
E arranha, escuridão
Sai a lua, vem o sol
mais um dia, decepção
E quem ainda agora foi embora
sofre de culpa
pede desculpas
E traz de volta a paz que merece o coração
As andorinhas voltaram.
Amanheceu, olhei o céu, e elas vieram. O seu vôo formando uma dança na felicidade infinita do viver. A alegria de vê-las assim eufóricas, no cruzar incessante de asas e bicos, me fizeram lembrar de dar as boas vindas, como elas, ao novo dia e á vida que se inicia a cada acordar. Porque todos os dias é um renascer das esperanças e dos sonhos, como o esvoaçar das andorinhas a cada verão.
Dani Dandanis
Dani Dandanis, nome que dança nos lábios como um segredo encantado,
flor que desabrocha onde o sol hesita em pousar.
És a aurora vestida de silêncio,
a estrela que não pede espaço no céu —
simplesmente o ocupa com graça infinita.
Teus olhos, dois mares onde navegam sonhos,
guardam tempestades suaves,
ondas que acariciam a alma,
não a destroem — a redescobrem.
Neles, vejo mapas de mundos não escritos,
histórias que a poesia ainda ousa sonhar.
És inteligência em forma de riso,
sabedoria que dança nos gestos,
palavras que nascem como música
e não como discurso.
Falas e o tempo se curva,
como se o universo quisesse ouvir
o que só tu sabes dizer.
Não és bela por acaso,
nem por moldes que a sociedade impõe.
És bela por essência,
por seres inteira,
por carregares dentro de ti
a chama que ilumina sem queimar.
Teu sorriso é um poema não publicado,
teu andar, um verso em movimento.
Entre todas as meninas,
és a que faz o coração parar
e depois bater em ritmo novo.
Entre todas as mulheres,
és a que ensina com o silêncio,
a que cura com um olhar,
a que transforma o comum em sagrado.
Dani Dandanis, nome de melodia rara,
és o encontro do céu com a terra,
da razão com o encanto,
da força com a ternura.
Não és apenas a mais bela,
nem apenas a mais inteligente —
és o equilíbrio que o mundo
nunca soube que precisava.
E se a poesia um dia se cansar de rimar,
bastará sussurrar teu nome:
Dani.
E tudo fará sentido outra vez.
SONO, TRISTEZA E POESIA
O corpo cede, mas há lembrança,
de cada riso, de cada dança,
e o coração, ainda que cansa…
agradece.
A noite cobre de sombra e véu,
mas há estrelas no mesmo céu,
e cada dor, por mais cruel…
ensina.
No breu que insiste, surge um clarão,
a alma entende a própria canção,
e a vida, em breve, num sopro então…
renasce.
Vencendo as Dificuldades do Cotidiano
Na dança dos dias, o sol desponta,
E as sombras da vida, às vezes, confronta.
Caminhos tortuosos, pedras no chão,
Mas em cada obstáculo, pulsa a razão.
O peso da rotina, um fardo a carregar,
Mas em cada amanhecer, a chance de recomeçar.
Os sonhos adormecidos, como sementes no chão,
Brotam com a coragem, a força da mão.
A chuva que cai traz lições de amor,
Regando a esperança, alimentando a flor.
E quando a tempestade ameaça o porvir,
Lembramos que o arco-íris vem depois de existir.
Os risos e as lágrimas, em um ciclo sem fim,
Nos moldam e nos ensinam a sermos assim.
Na luta diária, encontramos a paz,
Pois vencer as dificuldades é o que nos faz.
Então, erga a cabeça, caminhe com fé,
Cada passo é um triunfo, um novo amanhecer.
E ao final do dia, ao olhar para trás,
Verá que é na jornada que a vida se faz.
SER PAI
Na dança da vida, um passo surpreendente,
A paternidade veio, de repente.
"Preparado?" perguntei, com um sorriso irônico,
"Claro, como os
peixes para voar."
A vida, com seu charme, se instalou em mim,
E com ela veio a esperança enfim.
"Amor por um filho," dizem, "é o maior que há,"
Mas eu, que amo-me tanto, como quem já sabe.
Com o tempo, compreendo, ou pelo menos acho,
Que a paternidade é um caminho que se faz.
É um desafio, é uma jornada sem fim,
Mas com cada passo, aprendo a dar um sorriso.
Porque sou pai, e isso é mais do que tudo,
É amar mais do que eu mesmo, é ser mais do que eu.
Roberval Pedro Culpi
Minha’alma cigana
arde na fogueira da vida
dança no vento do destino
se despe das amarras do mundo
e nunca se cansa de ir e vir
com a jóia do viver ...
Carrega em si o Sol e a Lua
o brilho das Estrelas
o fluir dos rios
e o perfume das flores
que nunca tiveram dono...
Minha’alma cigana
me guia, me rege
e me encanta
porque dentro dela,
mesmo nas dificuldades,
há sempre música
há sempre poesia...
✍©️@MiriamDaCosta
Poesia: De Barretos ao Texas: Amor sem Fronteiras
Do Barretos ao Texas, um laço nasceu,
Na dança da vida, o destino teceu.
Entre arenas, violas e sonhos de chão,
Floresceu um amor sem limite ou nação.
Nas noites de estrela, no brilho do luar,
Dois corações fortes se puseram a amar.
Nem mares, nem ventos puderam deter,
A força infinita do querer viver.
Cavalos corriam, ao vento sem fim,
Mas nada corria mais veloz que o sim.
Do sertão caipira ao country distante,
Dois mundos distintos tornaram-se amantes.
Seja em Barretos, seja em Dallas também,
O amor verdadeiro não conhece além.
Pois quando é sincero, não sabe fronteira,
É chama que arde, eterna e inteira.
E assim segue a vida, destino a cantar,
Do Brasil ao Texas, só resta sonhar.
No peito guardado, jamais se desfaz,
Um amor sem fronteiras, eterno, em paz.
Ode ao Caboclinho da Mata
( Êre/Entidade da Umbanda)
Caboclinho da mata,
dança leve, passo ligeiro,
teu canto e brincadeiras
ecoam no meu peito
como sopro de vento e alvorada...
traz nos pés a batida da terra,
nos olhos o brilho das estrelas,
no peito a força que não se encerra,
mistério que o silêncio revela
na brincadeira com o arco e a flexa...
és raiz e és folha,
és tambor e és pena,
és canto que nunca se desfolha,
força que em vida plena
sustenta no meu caminho
a proteção...
Caboclinho da mata,
meu menino guardião,
tua dança é oração,
tua luz é ponte entre o chão
e os céus na mata de encantação
és sempre presente no meu coração...
✍©️ @MiriamDaCosta
Fama
A vida é uma dança louca, cheia de passos improvisados. Seu aprendizado, desde a gênese, é desafiador, e seu processo, imprevisível. Há momentos em que cada passo se encaixa perfeitamente e outros em que você se sente um completo desajeitado, sem ritmo para o que é proposto. E então surge a pergunta: qual o propósito?
Uma incógnita, talvez. Mas entre as perguntas, há uma certeza: precisamos buscar algo pelo que viver e seguir em frente, sem permitir que o meio nos influencie a desistir. Afinal, sob qualquer ângulo, em algum momento, seremos indiferentes aos olhos de alguém—mesmo que sejamos excelentes no que fazemos.
Até que, num dia fatídico, você se torna um grande dançarino. Seus movimentos são perfeitos, e isso te leva aos melhores lugares, projetos.E, de repente, aquelas mesmas pessoas que antes olhavam sem interesse agora te notam. Dizem que sempre souberam do seu talento. Chamam seu nome com entusiasmo, como se tivessem estado ao seu lado o tempo todo.
E aí você se pergunta: qual o propósito disso?
O que mudou? Foi você? Ou foi a forma como agora enxergam você?
Talvez, no fim, nunca tenha sido sobre a dança.
Alex souza
Passarinhar
No céu aberto voam, leves, pássaros,
De galho em galho, em dança sem razão.
Trazendo à mente alívios tão escassos,
Silenciam o ruído da tensão.
A ciência diz: faz bem contemplar
O voo calmo, o trino sem pesar.
Jesus já disse, ao mundo a escutar:
“Por que, ansiosos, vivem a penar?”
Ali, na rama, habita a paz divina,
O instante puro, o tempo que se inclina
Ao simples ser, sem ter, nem pretensão.
Se queres cura, basta te entregar:
Vai para o campo, aprende a passarinhar
—Com alma leve e livre da aflição.
Edson Luiz ELO
São Paulo, 24 de Maio de 2025
Labirinto de Nós
Somos tempestade e calmaria,
Um turbilhão que dança na melodia.
Entre os abraços que nos envolvem,
Há muros altos que nos dissolvem.
Tuas palavras são lâminas e flores,
Misturam ternura com leves dores.
E eu, que me perco em teu olhar,
Sou barco à deriva no teu amar.
Tuas mãos me puxam, depois me soltam,
Teu coração me encontra, mas logo me afronta.
É um jogo estranho, um passo e recuo,
Um rio que corre em terreno nu.
E mesmo na dúvida que nos consome,
O desejo persiste, grita teu nome.
Pois no caos que criamos, há beleza,
Um amor que vive em sua incerteza.
Se o final será luz ou despedida,
Não importa, pois és minha vida.
Que sejamos fogo, vento ou mar,
Mas que nunca deixemos de nos buscar.
O tempo já não me pede urgências, ele apenas dança, dissolvendo-se na brisa suave que toca minha pele. Sou um rio sem margens, fluindo sem destino, abraçando o infinito com cada pulsação do meu peito.
O silêncio, antes esquivo, agora é meu mais fiel companheiro. Ele sussurra verdades que sempre estiveram aqui, ocultas sob a pressa dos dias que já não contam. Sigo sem posse, sem medo, apenas sendo, leve, vasto, eterno.
O ar vem e vai, beijando-me como um amante que não deseja prender, apenas tocar. E em cada respiro, descubro que nunca estive fora daquilo que sempre foi casa. O coração pulsa, mas sem urgência. Ele conhece a melodia dos que já não buscam, apenas habitam o instante.
E nesse repouso, nesse abandono doce ao que é, encontro a maior das alegrias: ser.
