Texto sobre Água
Deep ecology
com imprevisível alegria
no friozinho duma manhã de seca
massagear os pés sob um espelho d'água:
caminho descalço sobre pedrinhas e seixos
sinto essa nascente brotar
devagarinho
borbulhante
cristalina
um milagre em círculos
que se expandem.
Delícias são coisas simples nesta vida
felicidade pode estar bem perto:
Deixar de lado as couraças do adulto
e conectar-se ao Ser, sempre agora
é o que nos liberta.
Oração dos 4 elementos
Que o FOGO acenda a chama de meu amor, me unindo a cada ser e que eu esteja em perfeita harmonia com o universo.
Que a ÁGUA, fonte cristalina, me banhe com bênçãos de amor, me energize e lave minha alma de qualquer negatividade que possa ferir a mim e aos meus semelhantes.
Que o AR, esse sopro divino me conecte ao meu eu superior, me acalmando a mente e me suprindo com bons pensamentos.
Que a TERRA seja para mim um símbolo de prosperidade, onde eu semeie e colha frutos que garantem minha sobrevivência, e que eu possa ajudar a todos os seres vivos com o bom uso de meus talentos.
Assim É.
Amém.🙏🙏🙏
by Shirley Morata.
Cada vez que penso no amor penso em algo puro como a cor das águas de um vale límpido e intocado,talvez seja por isso que eu não me atrevo a tocar te, tenho medo de mudar a cor e a essência desse amor que a ti é devotado.
Perco tempo em admirar te, e só desejo um dia água pura tornar me. Para enfim misturar
me em ti sem nada mudar te.
— O que acontece quando jogamos uma pedra na água?
— A pedra afunda. Certo?!
— Errado. Surgem ondulações. E elas acabam se dissipando, até se dissiparem por completo.
O mesmo acontece quando um homem agride uma mulher (física ou verbalmente).
A pedra, é a agressão.
As ondulações, são como uma mulher em seu sofrimento contido se dissipando, até se dissiparem por completo.
Não sucumbi às vagas ferozes que vinham
em cascatas mortais tentando me levar,
não sucumbi a tsunamis, vendavais,
nem às pedras atiradas nas vidraças,
não sucumbirei nem a ataque nuclear,
tenho um bunker que é pura proteção,
aço indevassável, alimento, água e ar,
é a poesia pura, germinando no coração,
dela nunca irão me separar
Água com gás
Vou te dizer o que me faz levantar
Sem ela não consigo sair do lugar
Seu gosto é a autêntica satisfação
Mal sou capaz de esboçar reação
Dominada, minha alma desabafa
Desejo sempre mais uma garrafa
O primeiro e o último pensamento
Encantado, elaboro um juramento
Quero tê-la comigo até o dia final
Nossa relação traz prazer abissal
Meu irmão, faz bem para a saúde
Sou tomado pela energia amiúde
Segunda-feira, sexta ou domingo
É parceira para enfrentar o perigo
Me acompanha por toda a pampa
Prenda esbelta e de fina estampa
Que a musa seja, enfim, revelada
E possa assumir qualquer parada
Tu que aqui chegaste descobrirás
Sim, sou louco por água com gás.
A água quente e o amor
Chegou o frio e com ele também veio a busca pela água quente. Na sua normalidade ela é apenas o tempero. Sua mistura com a água fria gera a água morna. Mais ou menos. Ela é necessária, mas quase passa despercebida. Assim é o amor. Na sua normalidade ele também é quase imperceptível, mas ele está ali, temperando. De repente, como a água no frio, esse amor ganha espaço e valor. Ele vira cura, vira alegria, vira vida. Toma conta. Não é mais o tempero apenas. Como a água quente é necessária no tempo frio, assim é o amor. Ele é vital nas derrapadas da vida, nos desencontros e desesperos humanos. O amor nunca desaparece, ele segue vivo temperando a vida e aquecendo a água benta do amor. Surge sempre no lugar e no tempo certo. Ele é o guardião do nosso inverno.
ÉLCIO JOSÉ MARTINS
REENCONTRO
Aquele moço é uma viagem
Dessas que só embarca quem tem coragem
Para se perder no tempo
E esquecer que existe
Qualquer cumprimento
De longe me avistava
Pronto para qualquer parada
Seu elemento é o fogo
E o meu é a água
Livre como um pássaro
Voa pelo espaço
Buscando o que não se acha
Perdido na grande massa
Eu me lembro muito bem
Na vida do outro lado
O guerreiro está de volta
Que bom reencontrá-lo.
(21/02/16)
Eu me deixo afetar mesmo sem notar, eu caio, me machuco, choro e sinto dor, vou até o fundo do poço, sinto medo até de mim e de perder o controle, quase perco a fé, a esperança, mas nunca permito que isso chegue ao limite crucial da desistência.
Eu rezo, eu oro, eu imploro, eu suplico eu grito até com Deus, eu chuto os pensamentos e emoções, eu prendo a respiração pra morrer, e eu choro, e choro e choro até não enxergar mais, até os olhos quase caírem da cara.
Eu quero arrancar a pele, eu quero virar pó e eu viro cinzas, e nas cinzas eu fico até sentir o calor do AMOR e esse amor cresce e me toma de novo, eu levanto aos poucos, devagar, percebo que a luz ainda existe e que o poço ainda tem água e eu bebo a água e respiro fundo, sinto o frescor de novo no rosto, a brisa sopra e eu saio voando como FÊNIX de sua própria morte!!!
Podem me queimar, podem me ferir, podem me ignorar, me odiar, mas eu digo, eu não sou esse "corpo" mas o que nele está é "FOGO" e esse fogo há de me aquecer até que esse corpo esfrie definitivamente.
Márcia Raphael
Oh água o que me trouxestes?
ainda tento esvaziar meus pulmões.
Me inundastes,
me fizestes ignorar o que o fogo me deu,
deixei de lado as visões;
fechei meus olhos enquanto me partias,
mergulhei, me afoguei,
vendavais, terremotos e furacões;
e quando abri os olhos já me preenchias
e aquela paisagem eu não mais reconhecia
Eras fria...
e eu?
Pertenço e pertencia
as águas dos vulcões.
Quero que meus poemas percam o sentido
e quero tatua-los em mim para nunca mais me encontrar perdido,
quero deixar as pilulas de lado
e continuar dormente;
quero que as águas esfriem
mas não deixem de ser quentes.
Quero o sol e a terra,
o fogo e a água,
temo o vento, mas também o quero,
quero tudo oque planejo,
mais ainda oque não espero.
Quero encarar a tempestade
e me esconder embaixo do cobertor,
quero lutar mesmo ferido,
imploro aos deuses por um protetor,
quero tudo que sou
longe de tudo que eu era,
quero parar de querer,
nada acontece como se espera,
sinto que quero tarde demais,
já não sou capaz de conter a fera.
Terra de ninguém
Os que moram lá no sul,
tem água pra dana!
Enquanto aqui no nordeste,
só vejo açudes a secar.
Uns falam de Francisco,
outros de João...
Enquanto aqui na minha terra,
Não vejo uma plantação.
Eles prometem melhorias,
nós finge acreditar.
Mais com o passar dos anos,
não vejo nada se concretizar.
Esperança eu tenho, de tudo melhorar..
Por isso, olho pro céu todo dia,
e rezo ave-Maria.
Ela hei de me salvar.
A indústria da seca é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos, também conhecidos como "coronéis da água", que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado.
"Vidas Secas" de Graciliano Ramos demonstra a exploração do indivíduo nesse contexto.
ME CHAMO ÁGUA
Eu já fui Nilo, já fui Tigres e
Eufrates, corri pelo Ganges, pelo
Jordão. Era soberano no Amazonas,
no Araras, tempos fartos como
outrora não existe mais...
Quem me dera rebobinar a fita,
voltar a ser livre, auto-
suficiente...Agora não, sou restrita,
exclusa e trancafiada. No mundo
subdesenvolvido, cerca de 50% da
população me consome poluída. A
mesma raça que me extermina é a
que divulga uma nota com uma
previsão de que até 2050,
aproximadamente 45% da população
não terá a quantidade mínima de
minha alma para sobreviver.
Eu já fui o velho Chico, já fui Negro e
Solimões, já fui Paraguai, hoje eu
sou um cadáver na sua torneira, as
pedrinhas nos seus rins e a
desidratação do seu corpo.
Alberto Ativista, escritor e poeta.
brasilporoutrosolhos.blogspot.com
Deixa a água brotar
Deixa a água correr
Deixa ela seguir seu curso..
E, em meio a imensidão da viagem
Descobrir o seu caminho.
Ela não volta atrás.
Ela segue adiante
Mesmo que o caminho seja difícil.
Encontre obstáculos. .
Ela, com sabedoria os transpõe.
Seja água.
Seja vida
Seja sonhos.
Receita
Sal, pimenta e molho de tomate...
Um pouco de mel , salpicado amor.
Mãos mescladas para se produzir misturas,
Ingredientes e corpos
A água fervendo, como o coração quente
daquela paixão.
Mãos tremulas, mente confusa, suor...
O tempero estava perfeito.
O gosto doce e ácido do molho com a apimentada relação.
Tentaram saciar a fome, porém o infinito desejo do comer
fez com que seus lábios tivessem vontade de sempre provar mais...
Devoram um ao outro como prato principal.
Eu fui, e sempre deixo de ser, sou essa metamorfose, sou incessante, sou como a água, sem gosto, sem cor, e sem forma própria, sou o começo o meio e o fim, sou o que quero ser, livre de dogmas e de outras coisas que só quem vive entre feras venera.
Hoje, muita coisa não me convém por isso eu sou assim o começo o meio e o fim.
Sem machucar
falar de sentimentos, dos mais simples,
ou os mais íntimos, parecem incomodar,
vigiar a própria sensibilidade e
ceder a esse mundo impessoal
e performático é aceitar amarras ao que é puro,
um olhar mais atento à natureza escancara
a delicadeza e beleza num minúsculo ponto da
terra, da água, do céu e de quem está ao lado,
podemos sim admirar, tocar e amar,
sem machucar....
O amor é água.
O Amor é água,
mas não qualquer água.
É a água extraída da vida.
Quando a madeira
da alma ressequida
Incendeia no desejo
da outra alma querida.
Enquanto a alma esquenta.
Naquele momento
imediatamente antes.
Empurra tudo
que tem a diante.
A pouca água
que tínhamos brota rente,
e borbulha logo
a frente da chama
que explode e marcha.
Queima a alma e assa
e deixa nossa água
em ebulição
diante da brasa.
Água, o Ciclo da Vida.
(Gleidson Melo)
Gotas de águas que caem do céu,
fluem dos mares, lagos, rios e montanhas.
O sol aquece e formam vapores,
nuvens pesadas, carregadas de esperança.
Viajam em cumulus singelos,
caem gotas d’água,
chuva fina e temporais.
Sinal de boas vindas à plantação,
é a felicidade nos caminhos da colheita.
Água que refresca e sacia a sede,
sinal de vida e esperança.
Giram as estações,
o tempo muda, a chuva cessa e
um novo ciclo surge na natureza.
Em algumas regiões podem cair granizo que saltitam no chão e nos telhados das casas. A neve também é um fenômeno que deixa a paisagem com um clima todo especial.
O granizo e a neve derretem e partem em direção às nuvens. Juntos, fazem parte do magnífico ciclo da água.