Texto Preciso de Voce
Estou cansado, chefe. Cansado de estar na estrada, solitário como um pardal na chuva.
Cansado de nunca ter um amigo para me dizer aonde vai, de onde vem ou por quê.
Principalmente, estou cansado de às pessoas serem ruins.
Estou cansado da dor que sinto e ouço no mundo todo dia.
É muita dor!
São pedaços de vidro na minha cabeça o tempo todo...
Com o tempo aprendemos que o silencio fala muito, que lagrimas não lava só a face mas a alma , que só sonha quem dorme, realiza quem acredita, que não tem amizade, amores, trabalho, familia perfeito, e que aceita cada um exatamente como são e o segredo do sucesso ou de uma boa convivência, aprendemos com os erros, aprendemos com a observação, aprendemos com os altos e baixos aprendemos a ter gratidão
Gratidão a vida, e toda suas extensão.
SERPENTE RASTEIRA
Ciúme! Oh, ciúme!
De onde tu vens? Por que tu surges?
És como uma serpente rasteira:
Mordes. Envenenas.
Conheces os pontos mais fracos
E os enche de embaraços.
Tu és vil e cruel!
Crias imagens que não existem,
Sons que não se produzem,
Sensações que são inverdades
E medos que bloqueiam coragens!
Ciúme! Oh, ciúme!
Tens asas negras e compridas.
Teus voos são violentos,
Mas pousas em frágeis ninhos
E nele depositas ovos
Do mal-estar e do desalinho.
Ciúme! Oh, ciúme!
Como a inveja, tu és maldoso!
Atacas corações e minas relações.
Tua paz sobrevive do mal
Plantado, instalado.
No sofrimento e na dor
Deixa o amor estragado.
Ciúme! Oh, ciúme!
Tu és cruel,
Feito de maldade e de fel!
Aniquilas as confianças
Sem méritos de bonança.
Cegas e ensurdeces
E ao desamor só aqueces.
Terrível tu és, ciúmes revés!
Oh, sentimento ingrato e insensato!
Sejas como quiseres,
Mas abandonas os que não te querem.
Vais para longe e isola-te, enfim.
Se o teu propósito é fazer desunir,
Saibas que há tantos que vivem sem ti.
Nara Minervino
O código da felicidade
O código da felicidade tu já tem:
Olhe para cima e para baixo também!
Veja do seu lado o teu próximo,
agradeça a Deus o que Ele deu em acréscimo...
Repare no espelho o teu reflexo:
Nada é tão difícil e tão complexo!
Olhe nos teus olhos e se descubra
e não fique no chão se te derrubam...
A felicidade tá no seu sorriso
e no seu bom humor se mantém,
porque se continuar é preciso,
é preciso agradecer o além,
porque Deus é o paraíso
que quer sempre seu bem!
A capacidade do amor
Onde quer que esteja, sejais de ti
tal palmas que se dispõe no chão,
tal amor que reflete cada coração.
No Brasil, na Grécia ou no Taiti...
Não sei por onde andas seu corpo!
Só sei que a nossa vida é um sopro
e num instante se pensou e já foi,
passa tão depressa feito um oi...
Pensemos e reflitamos sobre nós:
- Quem depende do nosso amor?
O que se acrescenta - nos os pós?
Será que és a terra que assenta,
ou és tu a poeira que levanta,
ou a mão que afaga e planta?
II
Toda semente tem um anseio
e se dela o nascer é uma benção,
não se perca e não tenha receio,
não cultive a semente da aflição!
Sejais pacíficos e benevolentes,
misericórdiosos e caridadosos,
não sedes maus e indolentes,
nem seu ego dos mais vaidosos!
Muito se quisera do mundo
entretanto, o que se fez por ele?
Qual é seu papel? Ser mudo?
Então meu jovem ou sei lá
quantos anos você tem..
O que você dispõe convém?
III
Eu não sei se adiantaria dizer
das coisas que aprendi a cá
contudo, vou dizer - lhes um, tá?
- Em tudo há uma razão de ser!
E na razão não se desperdiça nada:
- Nem erros, nem acertos!
Até mesmo uma poeira levantada...
de repente se faz do pó os enxertos!
Sei quão fértil é um solo regado;
Sei quão valioso é o bem instruído;
Sei o quanto pode ser - lhe negado...
Porém, de ti não arrancarás a paz,
se tudo o que fizer em seu sentido
for com todo o amor que for capaz!
IV
Mostrei este poema a uma colega
e ela disse que sentiu falta da raça,
das discriminações que se alarga,
entretanto, disse - lhe: Que trapaça...
- Na verdade não há raça no amor!
Nele não existe religião, raça e cor,
as pessoas são pessoas e basta!
Na linguagem, a poesia me arrasta,
então porque falaria: Descriminação!
Haveria isso no dizer que diz: Japa?
Ela então se calou e leu meu coração...
...porque pude ver que tudo tem capa,
e nunca se esconde alheia a emoção,
porque a verdade à alma não escapa!
V
Às vezes, a discriminação é desculpa
é um jeito de defender a própria sorte,
porque não há rejeito abjeto da culpa
se o coração for envolto de amor forte:
- No amor de família, ser amor respeito!
Daquele que nos mantém pra vida inteira,
no que põe abençoar e agradecer o leito,
mesmo humilde o pé descalço numa eira!
A eira de arroz no vão de um cafezal,
a eira de milho, do feijão, ou da alface!
O trabalho é sempre digno e cordial
à aquele que valoriza o chão que pisa,
mais há quem precise ser descomunal,
ser vítima da história até virar pizza!
VI
Eu prefiro esquecer e só valorizar tudo,
e se possível resgatar os reais valores:
- Amor, caridade, misericórdia no mundo!
Porque isso não depende dos favores!
Isso não depende de raça, credo e cor,
isso depende unicamente do Amor!
Então, não quis discutir e me calei,
mas no poema tudo isso acrescentei!
Porque me calo e meu coração fala
que nos temos muito que aprender
e não precisamos de canhão com bala!
Se ainda eu não for suficiente e ativa
então, nada serei além de uma tala...
no enrosco, entalado na gengiva!
Beija - flor beijador
O beija-flor beijador
mais um vez beijou,
beijou a mais bela flor,
que quiçá encontrou!
No doce mel do beijo
afagou com carinho,
saciou seu desejo,
o pequeno passarinho!
Se assim vive a beijar
respira ele só do amor,
só amor ele tem pra dar!
Ingênua são as flores:
- Num beijo do beijador,
sede o mel e as cores!
Amor bonito
Ah! Já posso dizer-te sobre o amor!
Amor, amor, amorzinho, amorzão,
amor grande, grande amor, só amor,
amor, amor, amor com definição!
Definição de coração no amor bonito
tem olhos de amor sublime e límpido,
corpos de amor vibram, sempre junto,
e o tudo é lindo e o tudo se faz rindo!
Neste tudo cabe o tudo e tudo mais,
mas tudo também é vida de razão,
em que um mais um são dois...
e...depois, e depois, e depois, depois?
Depois mais nada além de só os dois,
só os dois no universo, só os dois!
Querida Lolla,
“Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado”.
Recorda-se, Lolla, daquela noite quando eu, você, Audrey, Richard e Ben estávamos reunidos na pequena sala de minha casa — oh, saudosa casinha — e líamos “Sonho de uma Noite de Verão”, de Shakespeare? Eu e você teimávamos sobre quem interpretaria Hérmia, a moça teimosa que fugia de casa para ficar com seu amado Lisandro e não se casar contra sua vontade com Demétrio, um homem que ela não amava. Oh, lembra-se? Eu e você queríamos ser a mesma personagem, e então acabei perdendo o papel, pois você foi muito mais obstinada e tão teimosa que acabou convencendo a todos… Realmente, eu nunca poderia ser Hérmia…
Pobre de mim, que nem de meu próprio destino soube me defender. A infelicidade se abateu sobre mim desde que meu casamento com Elmer Thompson foi acertado. Mamãe dizia que era para o meu bem e que essa seria a vontade de papai, se ele ainda estivesse entre nós. Sofri tanto, você sabe, pois mal o conhecia, mas imaginei que, depois de casada, quem sabe eu pudesse amá-lo. Elmer é jovem e belo, não seria impossível me afeiçoar a ele. Imaginei que com o tempo qualquer coisa parecida com uma aceitação acalentaria meu coração ao menos um pouco e, se ele fosse bom para mim, quem sabe meu amor fosse dele para sempre. Como me enganei… Quando pensei que não havia como sofrer mais, logo a vida me mostrou que sempre é possível cair mais fundo na dor.
Por que digo tudo isso, escrevendo estas linhas para você, quando sei que este ato, além de não me ajudar com o meu pesar, ainda pode promover seu desespero e preocupação por mim, sem também poder fazer nada? Não tenho essa resposta, então peço que me perdoe pela angústia que por ventura eu venha lhe causar, mas escrever esta carta parece ser uma forma de gritar.
Se os primeiros meses do meu casamento foram de tristeza e solidão, hoje posso dizer que são de medo e dor. Não vou narrar cada cena de humilhação a qual fui submetida, nem as inúmeras vezes que pensei em fugir, mas apenas pedir que voltemos em pensamento para aquela noite feliz… Fecho meus olhos e nos vejo sorrindo, sentados no tapete fofinho de pele branca de ovelha. Vejo sobre a mesinha as xícaras de chá fumegantes que Audrey nos serviu e, ao meu lado, Richard nos fazendo dar gargalhadas ao imitar a voz de Lisandro quando propõe à Hérmia uma fuga para a floresta. Hérmia foi mais feliz, ao menos lhe foi dada a permissão de decidir entre casar-se com Demétrio, morrer e converter-se à adoração da deusa Diana e se afastar do convívio com os demais. Eu, Lolla, teria preferido a morte ou o convento. Ah, teria, sim!
Não me culpe por desejar isso, pois já não tenho mais esperanças de voltar a sentir meu coração bater feliz como antes. Então, já cheguei a desejar que os braços da morte viessem como um beijo suave, que enfim meus olhos descansassem e minha mente pudesse ter sua libertação, já que meu próprio corpo tornou-se cativo. Talvez meu desejo não demore a ser atendido, pois ouvi dizer que a tristeza definha e mata como se também fosse uma praga.
Amanhã, Elmer viajará para Londres… Na verdade, está apenas esperando que minha mãe e Richard voltem para Bincombe para partir. Ficarei meses sem sua presença opressora, então estarei bem. Os dias em que ele não está aqui são os mais felizes do meu ano…
Lolla, quando puder, me escreva. Faça isso logo, entre os meses de junho e setembro ainda estarei sozinha.
Com carinho, Helen Thompson.
A DISTÂNCIA
Não há distância quilométrica
Que o amor não afeta,
Que o coração não injeta
Numa saudade tão certa.
Não há distância de espaço
Que não meta no embaraço
O amor sem cansaço
E tão carente de um abraço.
Não há distância de amores
Que não provoque dores,
Que não cause dissabores
Na vida de quem colhe flores.
Mas há a distância que existe
No coração de quem insiste,
De quem no amor só persiste,
Porque dele jamais desiste.
Há a distância que incomoda,
Que mais emagrece que engorda,
Que torna a poesia prosa
E que ao amor só renova.
Há a distância, enfim,
Que põe um aqui e outro aí,
Que não permite ir e vir
E faz qualquer peito explodir.
Há a distância que dói,
Que a alma do peito corrói,
Mas que nem de perto destrói
O desejo de se ter logo após.
Nara Minervino
Somos motivados pelos nossos próprios sentimentos, sempre! Jamais damos ao outro a chance de se explicar e de esclarecer o que, para nós, já está tão claro.
Assim somos nós, quando somos vítimas de alguma situação que nos faz sofrer muito. Imediatamente achamos um(a) culpado(a) e jogamos nele(a) toda a nossa raiva, todo o nosso ódio e (por que não?) toda a nossa responsabilidade também.
A vida é feita dia-a-dia. Nada do que plantamos hoje não será colhido amanhã, assim como nada do que colhemos hoje não foi plantado por nós mesmos num passado que tivemos, remoto ou distante.
Às vezes nós mesmos abrimos brechas em nossas vidas, e elas acabam sendo preenchidas por outras luzes, por outras matérias, por "invasores", por "coisas" bem diferentes de tudo aquilo com que desejaríamos preencher essas lacunas, e, se isso acontece, essas brechas são de nossa inteira responsabilidade.
Contudo, há quem não deixe brechas em sua própria vida?! Há que se culpar quem deu este ou aquele espaço, permitindo que "invasores" se apoderassem daquele cantinho (ou daquela pessoa) que "era só nosso"? Há que se culpar o invasor pela invasão deliberada ou há que se culpar o "proprietário" que abriu as brechas e permitiu que o "invasor" chegasse?!
A vida nos surpreende com perguntas para as quais não temos respostas, mas é disso que ela é feita: de surpresas e decepções, de alegrias e frustrações.
O que nos cabe, portanto, é viver, um dia de cada vez.
Nara Minervino.
Em vez de construirmos as ambições preferimos mergulhar nela de cabeça, cavar, seguir adiante com nosso faro, para poder descobrir o que se esconde atrás do almejar de cada um...
E por isso, talvez, nessa busca solitária, nunca estamos sozinhos, pois o esperar torna-nos auspiciosos, os pensamentos fazem-nos companhia, mostrando-nos que, as aspirações não devemos discutir, pois cada ser, tem o seu gostar diferente...
No livro "E A Vida Tinha Razão"
Hoje, 23 de Abril, comemora-se, mundialmente, o Dia do Livro
Para mim, não poderia haver data mais santificada e simbólica do que esta.
Dia santo. Feriado, no meu coração.
Dia em que reverencio os meus santos de devoção: São Fernando Pessoa, São Carlos Drummond de Andrade, São Érico Veríssimo, São Eça de Queirós, São Machado de Assis, São Monteiro Lobato, Mia Couto, Balzac, Melville, Rachel de Queirós, todos os autores, que li, ao longo da minha vida, tantos que já nem me lembro da maior parte deles.
Mas, os tenho cá dentro de mim, que me marcaram a alma, a ferro, a lágrimas, a sentimentos.
Já esqueci inúmeros enredos, inúmeras tramas das milhares, que li, mas, todas deixaram pequenos traços na minha escrita, na minha personalidade, na minha maneira de ver a vida e o mundo.
Neste dia, dia do meu maior objeto de adoração, de devoção, o LIVRO, tenho pena de não poder ler tantos quantos eu gostaria, de ter tempo, ainda, para ler todos os que não tive o prazer de ler, de cercar-me, por eles, por todos os lados. Mas, não resta muito tempo agora, já não há tempo, para lê-los todos.
Se há algo, que me daria imenso prazer, neste momento de minha vida, seria poder ter os livros, que desejo. E são tantos!
Mas, neste dia santo, dia em que também fui agraciada com uma pequena conquista, ter meus próprios livro publicados, só posso ser grata aos meus amigos, aos meus leitores, ao meu editor João Scortecci. A tudo o que li, ao longo desses anos, vividos intensamente.
Não tenho pretensões de colocar-me ao lado de meus santos de devoção, meus amados escritores, as pessoas, que me abriram o mundo e o desvelaram para mim. Não quero isso. Quero, apenas, poder sentar-me com um livro nas mãos e, por toda a eternidade, saber o que há nas entrelinhas. Entender o que foi escrito e sentido pelo escritor, no momento em que o criou. Porque cada livro é um mundo.
Este é meu último desejo. É entender que a santidade, a verdadeira beleza do mundo está contida nas páginas de um bom livro...
Marilina Baccarat De Almeida Leão (escritora brasileira)
A vida tem as cores que a gente pinta.
O sabor das cores, das plantas, do céu, da infinita gama que a natureza nos dá, o gosto de observar atentamente… O que é belo na vida se esconde ali, e por tantos outros lugares. Basta saber onde, ou melhor basta querer enxergar.
Muitas cores passam todos os dias por nossas vidas, algumas das quais não percebemos mais graças ao ritmo frenético, a enxurrada de informações que recebemos e, até mesmo, por nossa falta de vontade para enxergá-las. Esperamos até o último dia do ano para finalmente enxergarmos o colorido à nossa volta justamente quando nos vemos naquela peculiar situação de escolher com que cor faremos a passagem de um ano para o outro, buscando nas cores desejos, anseios e metas para um novo começo, um novo amor, mais prosperidade, luz e paz.
Mas como vestir tantas cores para representar todos esses desejos?
Por que não utilizarmos cores aliadas aos sabores em busca de alegria, e bem-estar?
Quem sabe, na natureza, encontraremos as respostas de um maravilhoso recomeço.
“Essa natureza é sábia, acho que, baseada nessa ideia, ela leva cores à vida das pessoas, está sempre com o seu pincel em punho e com suas cores mil!”
Reescrevamos uma nova página, experimentemos uma nova receita, mudemos a rotina, pintemos a vida com novas cores recheada com novos sabores e belas atitudes. É você quem constrói seu destino na busca da felicidade, paz, equilíbrio e saúde. Faça o Melhor Possível. O resultado será uma incrível aquarela. Única. Sua. Bela. Feliz.
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Colorindo a Vida "
OH! TUAS PALAVRAS!
(Em resposta à poesia “As palavras”, da poetisa potiguar Sílvia Passos)
Tu cortaste tuas palavras
E insististe, tropeçando e trocando.
Quanto mais tu cortavas,
Mais tu coravas.
Mudaste de cor,
Mesmo sem saber que, de cor,
Eram tuas palavras um esplendor!
Não te engasgues!
As palavras precisam de ti,
E nós precisamos das palavras
Que são tuas, que são nuas,
Que simplesmente são
Encanto e emoção!
Não!
Não serves às dores.
Serves aos amores.
E, no prato das delícias,
Serves palavras aos teus leitores,
Palavras vivas, palavras ativas,
Que dão vida e humanizam
Os seres e os objetos
De valores tão incertos.
Não te prives, senhora!
Não te abandones de nós!
Não te percas das palavras
Que te fazem algoz
Desse desejo feroz
De limpar, de não manchar
As palavras tão caladas
Que no teu som ganham voz!
De tudo que tu encontras
Tu expressas em tuas falas,
Porque entre ti e as palavras
Há esse encontro sublime:
Tu queres a elas dar asas
E elas querem de ti,
Feito fogo, feito brasas,
A graça de se encontrarem
E, do teu profundo fervor,
Novas vidas ganharem,
Mesmo que mudes de cor,
Mil vezes, o quanto for!
Nara Minervino
A POESIA
A poesia é um momento,
É mesmo um sentimento
Que brota de dentro da gente.
Numa hora inesperada
Transforma as nossas ideias
Nas mais sublimes palavras.
Ela instiga o pensamento
A botar fora o que tem dentro:
A visão peculiar
De um mundo tão singular.
A poesia é o desenho
Da alma do seu autor.
É um esboço, um retrato
Do seu amor, do seu regaço,
De tudo que ele enxerga
E a todo o mundo revela.
Ela transborda e alcança
Almas de adulto e criança,
Fazendo amanhecer
O que estava a entardecer.
A poesia é muito viva
E é toda feita de luz.
É a arte que conduz,
Numa estrada escondida,
Os sentimentos de quem
Enxerga com os olhos da vida,
Ela revela, com simplicidade,
A beleza de tudo aquilo
Que existe de verdade.
A poesia é isso,
Sem mais ou menos.
Ela é o adormecer sereno
De quem sonha acordado,
De quem vive embriagado
Com as coisas simples da vida:
Amor, felicidade,
Encantamento, cumplicidade.
Poesia é ternura,
É salvação, é candura.
É o "ser enamorado"
Que pela vida é inspirado
A ver o que ninguém viu
E mostrar que o viver é sutil.
Nara Minervino
O QUE EU FAÇO DE MIM
Eu me visto de mim mesma
E uso as máscaras da minha própria imaginação,
Porque sou exclusivamente responsável
Pela minha felicidade e por minhas desilusões.
Não posso, pois, despir-me do óbvio,
Que é estar dentro de mim todos os dias.
Ninguém responde pelo que eu sou,
Além daquela que eu criei para mim:
Eu mesma!
Nara Minervino
Aqui no presente
Nas esquinas do presente,
Cá existem histórias. Quando nos faz coerente,dando-nos as vitórias.
Virando as arestas do contemporâneo, percebemos que é um outro mundo, muito diferente das quinas, que volvemos no passado...
Percebemos, então, que por elas passam pessoas, que, iguais a nós, se cercam de sombras, dentro de seus pensamentos, não compreendem, seu transcender no presente, pois não sabem enxergar, nas entrelinhas, suas maneiras de entender o tempo atual...
Essa gente passa parte da vida perdida, nos cunhais do passado. Dividem seu transposto com o mundo da realidade, onde tudo parecia ser sonho... Histórias,que os levaram a dobrar certos cantos e, assim, experimentaram e sentiram o acertar no presente...
São momentos tão diferentes das esquinas, que dobramos no atravessado, que ficaram gravadas em nossas memórias para sempre... Vértices diferentes, as quais contornamos, agora, no atual presente...
As curvas do passado, passamos tão rápido que não nos damos conta do tempo..., tantos fatos aconteceram e, ao mesmo tempo, parece que foi ontem, em que contornamos esses cunhais..., atravessando o tempo, até chegarmos ao moderno período, em que vivemos...
Quando falamos do passar da época, sentimos que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta, uma longa-metragem, que não vai ter fim...
Mas, com certeza, fazem parte de nossas vidas,é um somatório de recordações, do que fizemos e do que aprendemos com a vida...
Somos o ontem, carregamos suas marcas deixadas em nós, seus perfumes, suas doçuras. Trazemos,em nós, tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vimos, mas, sentimos...
Mas, para nós, o nosso tempo é de muitas
ementas, pelas quais passamos. O nosso tempo é o amanhã, por isso, guardamos, em nossas memórias, tudo o que já passou...
Queremos impregnar, em nós, o que fomos, o que tivemos e, assim, seguirmos leves, pelas esquinas do coevo, sempre, sem nunca esquecermos do acontecido, que foi uma longa-metragem, quando volvemos nossos olhares para trás...
Claro que temos ansiedades, que ainda não conseguimos expurgá-las, são muitas tristezas, que gostaríamos de esquecê-las...
Vamos para o nosso futuro, carregados de boas recordações, pois, elas nos levam, como plumas, a voar para além das nuvens, sem que esqueçamos as visporas, que um dia suportamos...
Nosso caminhar é o virar dos vértices, mirando um mundo do intangível, em outro, chegamos até o passado, lembrando da infância...
Nas arestas da vida, não há conclusões, pois,tudo já ficou no passado, apenas, perguntamos, questionamos, como no voo de um pássaro, que chega pelos cantos das recordações...
E nós conciliamos nossos olhares do passado, aguçados em nossas mentes, salvando-nos da consternação... Recolhemo-nos nelas, procurando, dentro delas, as passagens, que nos foram bastantes agradáveis, pois nos salvaram das esquinas incertas, que ficaram lá, bem distante, em um transcorrido, que não volta mais...
No silêncio, continuamos atravessando as quinas do tempo recente, como uma chuva, que cai de mansinho a nos preencher de nós mesmos...
Continuamos, seguimos, volvendo aos cunhais, pois nem mesmo os solitários, que nunca voltaram seus olhares para trás, não deixaram de dobrar as perfeitas arestas do passado...
Não importa onde estejamos, em que trilha,
agora, andamos, no tempo hodierno. As esquinas, em que passamos, no passado, estará, sempre, junto à nós, mesmo que nos leve para outras paragens...
As quinas do tempo foram feitas para, por elas,passarmos, não importa se são pontas rotineiras, do passado ou do presente. Somos um ser despreparado para aceitar a vida sem recordações: – Juntá-las será sempre o nosso querer...
Nunca soubemos ficar sem nos lembrar das
arestas do acontecido, queremos tê-las, sempre, bem
lembradas, pois foi um passar-se que teve predicado...
Como conciliar as esquinas, que já passaram,com a realidade do recente, sem poder lembrar-nos delas, que, em um certo dia, passamos...
Há pessoas, que não querem se adaptar às intempéries da vida, não querem se lembrar das esquinas pelas quais passaram. O vento levou-as a se esconder,atrás dos cantos, não querendo lembrar do advindo...
Os vértices, em que volvemos na juventude, fazem-nos recordar de fatos delirantes, que fizeram com que fossemos felizes...
Das arestas, por onde passamos,para seguirmos novos caminhos, novos mundos...
Há dias em que, contornando as esquinas do coevo, as recordações chegam com mais força. Em outros, menos, mas, somos felizes assim mesmo...
Mas, lembrar o influído, caminhando alegre no contemporâneo, com o olhar voltado para o futuro,é querer continuar..., é dobrar as esquinas do tempo,
no atualizado, vislumbrando, sempre, o herdado...
As esquinas da vida prática, do dia a dia, são passagens mágicas, pelas quais temos atração..., mas, seguir o presente, com os olhos bem abertos, é pensar
em querer continuar, com orgulho...
Marilina Baccarat no livro "Vértices do Tempo" página 17
ESPELHO, ESPELHO MEU
Espelho, espelho meu,
Responde aos meus devaneios:
Quem conduz a minha vida
São meus desejos e anseios?!
Espelho, espelho meu,
Esclarece a mim meu destino:
Os frutos das minhas conquistas
Virão dos meus sonhos divinos?!
Espelho, espelho meu,
Tira de mim uma dúvida:
Quem merece o meu amor
É quem deu a mim mais calor?!
Espelho, espelho meu,
É verdade o que agora digo:
O meu amor, meu amado,
Já está vindo a caminho?!
Oh, meu espelho!
Oh, espelho, espelho meu!
Tantas respostas me destes,
Mas nenhuma me convenceu.
Eu mesma, por mim somente,
Resolvi seguir em frente.
Vou levando a minha vida
Tão sozinha e simplesmente,
Que até o mais mágico espelho,
Para mim se fez indiferente.
Mesmo que queiras mostrar
O destino dos planos meus,
Não vais nem adivinhar
O que a vida me prometeu:
Me abrir portas e janelas
Pra que eu possa contemplar
As vilas e flores tão belas
Por onde eu hei de passar.
De ti não vou mais precisar,
Mas de força e de coragem,
Pra encarar essa vida
Sem medo e com muita vontade,
Porque só de mim que depende,
Minha própria felicidade.
Não pense que eu sou ingrata
Nem dei a você seu valor,
Mas, agora, meu nobre espelho,
Está em mim descobrir quem eu sou.
Agradeço todos os conselhos
Que sempre esteve a me dar.
Mas preciso te deixar livre,
Pra minha fortaleza entrar
E mostrar os novos caminhos
Os quais só eu vou trilhar.
Nara Minervino
TEORIA E PRÁTICA
Teoria! Oh, teoria!
Vós sois tão bela e tão perfeita!
Mas...
Por que vives tão distante da prática?
Por quê?!
É muito de ti que estudo,
Mas é tão pouco de ti que encontro!
Prática! Oh, prática!
Vós sois tão real e tão efetiva!
Mas...
Por que vives tão longe da teoria?!
Por quê?!
É muito de ti que eu vivo,
Mas é tão pouco de ti que entendo!
Nara Minervino
SAUDADE
Saudade a gente sente,
Mas ninguém a define.
Ela acerta bem na alma
E ao coração reprime.
Traz uma dor pro peito
Que nos pega bem de jeito,
E, sem entender direito,
A gente vai definhando,
O corpo vai reclamando
E a mente vai divagando.
Saudade é mesmo uma coisa
Que não tem gosto nem cheiro.
Que ao toque não se permite
Nem um só abraço admite.
Porém, ela envolve a gente,
Tão forte e tão de repente,
Que, quando a gente pressente,
Ela já está instalada,
No peito tão alojada,
Que o que podemos fazer
É aceitar e entender
Que essa saudade insana
Só sente mesmo quem ama
E ama sem ter por quê.
Nara Minervino
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