Texto Pontos Autor Luis Fernando Verissimo

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⁠Acho que finalmente envelheci.
Hoje, quando o passado bate à porta,
não me viro mais, não paro para responder,
e continuo caminhando.
Aprendi que, quando tudo desaba
e a vida me desafia,
é apenas um lembrete: o tempo que me resta
é para ser vivido, não desperdiçado.
Carrego anos suficientes para saber:
o passado não é um lar, é uma lição.
Não se vive dele, se cresce com ele.
Não apago o que fui, nem renego o que vivi.
Mas entendi que há guerras que só se vencem
quando temos coragem de abandoná-las.

E a verdadeira vitória? Seguir em frente.

Fernando Garcia

Quero num dia de outono,
contar as folhas que caem do ipê,
Quero nas manhãs de inverno,
aconchegar-me ao teu abraço confortante.
Quero numa tarde de primavera,
contemplar o voo da borboleta.
Quero no verão de nossas vidas,
viajar rumo ao brilho do sol,
abrasando nossos corações e inebriando nossas paixões.

[DESAPONTADO]

.O mundo acabará da luz que emana dos rios e mares que, juntos, se fazem represa dentro de lâmpadas. Muitas. Lâmpadas, muito acima da nuca, próximas ao nunca, leva ao útero a luz. Luz que amarela o caminho das minhas reticências, das ciências. Eis a minha fria preferência aos pontos finais. Pontos finais são amarrados, feito laço bonito, pelos dedos mais bonitos que jamais vi. Bonitos dedos entrelaçados, perfumados por alcalinos terrosos como se, estes, tivessem bonito cheiro. Cheiro veste todo o corpo de agulha e carne, carne fluida de sangue cor dos fins de tardes. Do céu cai chuvas e chaves – e nenhuma de fenda – que pra eu apertar o balé dos meus parafusos que dançam livres e soltos no eixo do desleixo da minha cabeça. Cabeça, cesto fundo para guardar os nexos sujos, todos carcomidos de repetição, sem nenhuma palavra nova, pois – tal como as lâmpadas – na minha cabeça o mundo acaba em luz – e não em pontos finais.

Inserida por FabricioHundou

Olhar de menino

O ônibus prossegue pela rodovia. O sol castiga a terra. O sol e com o que vem junto: a sede.
Sorriso alargado, o menino se sente em uma aventura, um adulto! A mãe contava moedas como se contasse pérolas. E durante uma parada foi surpreendida pela pergunta:

- Mãe, me dá um sorvete? Parecia incondicional... mas ela foi tolerante, e o menino sentiu um refrigério, um manancial em seu interior árido.

O menino era tão simples e inocente que não enxergava as dificuldades vividas por ele e sua mãe. Talvez seja melhor assim.
Enxergava a vida com um olhar traquina. O filho olha para futuro a mãe olha para o presente.

- Mãe, cadê o seu sorvete? Com um semblante sereno ela respondeu:
- Assim que puder eu compro, meu filho. Porém o vendedor lhe disse:
- Não minha senhora. Eu faço questão de oferecer por conta da casa.

Caindo em si, o rapaz entendeu que moedas não compram momentos felizes.

Inserida por IsaqueGuimaraes

⁠Sereias apaixonadas!

Já velejei os quatro pontos cardeais à procura de um porto seguro
Daqueles que fazem amor impuro em todos os desembarcadouros e cais
Ou dos que nos querem, mesmo salgados, tempestuosos e despenteados!
Ó vento que me despenteias...
Tanto me sopras a horas em que todas as sereias estão encalhadas
Como nos dias em que tenho a sorte já prometida!
Velejo pelas marés da vida onde sopram nortadas de ventos que beijam bem.
Não são sereias beijoqueiras, são casamenteiras delas próprias!
Oxalá não fossem comigo, essas perdas de tempo!
Mas são!
São pingos de sal que queria ser doce!
São pele e escamas que vertem lágrimas
E que me querem prendar com ouros, finas porcelanas e caxemira.
Outras,
São rajadas de ventos frios, que perseguem marujos peregrinos e fugidios!
Mas quais são afinal, as rotas das sereias que não se apaixonam?
Todo este sal, é doce fazedor de poesia!
É vento que me faz vasculhar palavras e rimas dentro do mar salgado
Onde lambo sílabas e versos
P’ra lhes retirar o sal...

⁠Velhice no ponto final

Virgulas, já as perdi no caminho
Onde atalhos vão dar a pontos finais;
Reticências, rezo-as sempre sozinho
Pra escapar a parágrafos canibais!
Aos poucos vislumbro o último vinho
Que beberei não sei de que punhais!
Ter menos tempo é ter mais a perder,
Quase nu e tanto pra escrever!

São horas lentas, frias e demoradas,
Que a velhice aceitou e por onde há
Pouca agitação e muitos nadas;
Estou onde a televisão está
E vejo-a com pálpebras desmaiadas;
Do que lá vejo e oiço, bastará
A minha ruidosa cama
E a visita de quem me ama...

Sou as cruzes e rasgos do desfiladeiro,
Cheio de marcas que contam histórias;
Tenho no bolso um andar batoteiro,
Relógios calcinados, que não dão horas,
Um olhar obsoleto, um falar trapaceiro,
Que pergunta quantas mais memórias
Terei com o meu melhor fato?
Oh, destino ingrato...

Inserida por luismateus

"A maior forma de demonstrar o amor, não está em presentes caros, em palavras ditas, em textos bonitos, em belas músicas ou em lindos poemas copiados; mais sim nos gestos e pequenas atitudes impensadas que na maioria das vezes, são as mais nobres formas de expressar esse sentimento singular"

Os sentimentos mais bonitos não surgem de um texto, surgem de frases, não surgem de demonstrações, e sim de sinceras atitudes, não surgem do que você escuta, e sim do que você sente. Esses sentimentos não precisam de exageros em palavras, não precisam de lindas demonstrações, e sim de pequenas e sinceras atitudes, não surgem do que você escuta, porque isso o vento leva, surgem do que você sente, e se for sincero, vai ter a intensidade de uma eternidade.

Esse vai parecer um texto bobo. Porque na verdade ele é. Tô escrevendo pra agradecer, sabe? Porque fazia tempo que tudo que eu escrevia era meia dúzia de frases sem graça, incapazes de expressar o que eu sentia de verdade. Daí você chegou, deu uma bagunçada na minha vida e deixou tudo clichê de novo, cheio de inspiração pra textos bobos.

Amor, veio por meio desse texto te mostrar o quanto você é importante pra mim, depois desses 6 meses juntos, eu percebi o quanto que eu te amo e que não posso ficar sem você, independente de tudo que acontecer, me prometa que nunca irá me abandonar, desculpa por todas as besteiras que eu fiz, por tudo, qualquer coisinha me desculpa, mas queria dizer que te amo e não importa se não dermos certo no futuro, quero que você esbarre no meu caminho de novo, e a gente tenta algo, te amo.

Esse vai parecer um texto bobo, mais um cheio de coraçõezinhos saltitando. É que na verdade eu to escrevendo para agradecer, sabe? Porque fazia tempo que tudo que eu escrevia era sem sentido, incapaz de expressar meus verdadeiros sentimentos. Daí tu chegou, deu uma bagunçada no ambiente e deixou tudo na mais perfeita ordem. Na verdade tudo que faço é para ver brilhar o teu sorriso e cada letra dessas linhas desajeitada é para ti. Às vezes para pensar o que eu estaria fazendo hoje se não tivesse te encontrado. A resposta? É complicado responder. Talvez eu conhecesse outra pessoa para ocupar a tua ausência nunca descoberta e sentida, mas eu acredito que certas acontecem porque tem um destino, por isso tudo aconteceu dessa maneira estranha e pouco provável. Nunca te contei, mas eu tive muito medo de me apaixonar, de ficar assim e pensar em ti a cada segundo do meu dia. Vivo nas nuvens e me perco no tempo. Até meus dias cinzas possui tons de laranja, rosa, vermelho...Só por saber que tu existe e é tão real quanto o ar que eu respiro. Por isso hoje eu só vim para agradecer. Agradecer o sorriso fácil que plantastes nos meus lábios, o brilho dos meus olhos, agradecer a inspiração e tudo que de mim passou a fazer parte. E como tu mesmo me escreveste: "Tenho certeza que o Papai do céu reservou um lugar especial pra ti no meu livro. E se ele não reservou vou pedir pra ele escrever tudo de novo!"

Quando crio uma frase, um texto, um poema, poesia ou canção sinto como se mergulhasse em um oceano de opções, cada uma que escolho tem há ver com o que a minha inspiração pede... Pode ser o que vivi, o que acabei de vivenciar, sentir, pode ser algo que já estava ali adormecido e algo fez com que ressurgisse... ou simplesmente pode ser como uma flor que acabou de ser plantada, brotada ou mesmo despedaçada... Tudo pode ter uma inspiração, basta sentir de verdade, a alma sempre tem algo a nos dizer.

Eu li um texto esses dias que dizia: “Não quero ter alguém para chamar de meu, isso é clichê. Quero alguém que seja puro encaixe, apenas.” Então acordei para não usar mais essa frase absurda. Não peço posse, não preciso possuir algo que nunca terei controle, mas preciso, e como preciso não me sentir sozinha ou perdida.

Sumariei todos os fatos nesse pequeno texto. Estou muito triste com a sua perda, espero que seja feliz e que encontre alguém que lhe faça sentir-se assim. É bem verdade, que eu não viverei sentindo ausência e nostalgia de alguém que não cumpre suas promessas em relação a continuação de um relacionamento. Estou sólido, porque não frio também, e não me vejo culpado por isso e tão pouco a culparei, passado é passado convenhamos. Estou sem norte, meus passos me conduzem a loucura depressiva, demasiada de saudades e perplexidade, mas o que farei se é você quem resolveu partir, assim sem mais nem menos, aquele que te prometeu amor e cumpriu com ele até o último segundo? Quem serei eu a partir de agora? Eu mesmo lhe responderei a essa indagação, eu não serei nada, porque você é sentido para minha vida, brilho, e se traduz em palavras inexprimíveis e complexas, porque nós somos assim, complexos e completos, imperfeitos perfeitos, somos uma metáfora de felicidade, sumariamente isso.

⁠Esse texto é para você, que, sozinha, carrega a maior das responsabilidades, a mais elevada das missões. Você que é mulher, mãe e pai, que mesmo sozinha não fugiu da responsabilidade e sempre colocou a felicidade do seu filho em primeiro lugar, merece todos os elogios, todas as homenagens. Você é mulher guerreira, corajosa, uma força da natureza, pois você não se diminuiu e assumiu os dois grandes papéis do teatro da vida: mãe e pai. Você é essência que ilumina, que orienta. Você é colo, sorriso e palavra de conforto. Você é exemplo de vida, autoridade que educa. Você é tudo em uma pessoa só, às vezes esquecendo ou negligenciando seus próprios interesses em favor de outros, pois seu coração é maior que o universo e nele vive um amor infinito e incondicional. Sorrisos e lágrimas alternam em seu rosto consumido de preocupação constante. Mas, para você, que é mãe e pai, a recompensa está garantida através do amor e reconhecimento dos seus filhos, e, da certeza de estar fazendo um trabalho maravilhoso!

Que a gente não canse, de apontar o lápis e refazer o texto, de procurar a palavra, revirar o papel e a alma do avesso e encontrar a rima. Que não nos vença. O gosto amargo, o riso murcho, a palavra vazia. Que o inverso disso ganhe sim, e ganhe sempre. Que a rotina não nos destrua, que ainda nos dê crises de riso, que ainda pulse. Só isso que eu quero pra dezembro, e pros outros onze meses.

Canção

Se este meu pensamento,
como é doce e suave,
de alma pudesse vir gritando fora,
mostrando seu tormento
cruel, áspero e grave,
diante de vós só, minha Senhora:
pudera ser que agora
o vosso peito duro
tornara manso e brando.
E eu que sempre ando
pássaro solitário, humilde, escuro,
tornado um cisne puro,
brando e sonoro pelo ar voando,
com canto manifesto
pintara meu tormento e vosso gesto.

Pintara os olhos belos
que trazem nas mininas
o Minino que os seus neles cegou;
e os dourados cabelos
em tranças d'ouro finas
a quem o Sol seus raios abaixou;
a testa que ordenou
Natura tão formosa;
o bem proporcionado
nariz, lindo, afilado,
que a cada parte tem a fresca rosa;
a boca graciosa,
que querê-la louvar é escusado;
enfim, é um tesouro:
os dentes, perlas; as palavras, ouro.

Vira-se claramente,
ó Dama delicada,
que em vós se esmerou mais a Natureza;
e eu, de gente em gente,
trouxera trasladada
em meu tormento vossa gentileza.
Somente a aspereza
de vossa condição,
Senhora, não dissera,
porque se não soubera
que em vós podia haver algum senão.
E se alguém, com razão,
— Porque morres? dissera, respondera:
— Mouro porque é tão bela
que inda não sou para morrer por ela.

E se pola ventura,
Dama, vos ofendesse,
escrevendo de vós o que não sento,
e vossa fermosura
tão baixo não descesse
que a alcançasse um baixo entendimento,
seria o fundamento
daquilo que cantasse todo de puro amor,
porque vosso louvor
em figura de mágoas se mostrasse.
E onde se
julgasse a causa pelo efeito, minha dor
diria ali sem medo:
quem me sentir, verá de quem procedo.

Então amostraria
os olhos saudosos,
o suspirar que a alma traz consigo;
a fingida alegria,
os passos vagarosos,
o falar, o esquecer-me do que digo;
um pelejar comigo,
e logo desculpar-me;
um recear, ousando;
andar meu bem buscando,
e de poder achá-lo acovardar-me;
enfim, averiguar-me
que o fim de tudo quanto estou falando
são lágrimas e amores;
são vossas isenções e minhas dores.

Mas quem terá, Senhora,
palavras com que iguale
com vossa fermosura minha pena;
que, em doce voz, de fora
aquela glória fale
que dentro na minh'alma Amor ordena?
Não pode tão pequena
força de engenho humano
com carga tão pesada,
se não for ajudada
dum piedoso olhar, dum doce engano;
que, fazendo-me o dano
tão deleitoso, e a dor tão moderada,
que, enfim, se convertesse
nos gostos dos louvores que escrevesse.

Canção, não digas mais; e se teus versos
à pena vêm pequenos,
não queiram de ti mais, que dirás menos.

Luís de Camões
Parnaso de Luís de Camões

Quantas portas você está deixando de abrir pelo medo de se arriscar?

Comece já a vencer todos os seus medos! Aproveite hoje para abrir todas as portas de sua vida. Comece já a vencer todos aqueles seus medos que estão te impedindo de ser totalmente feliz! Aqueles mesmos medos que estão te impedindo de realizar seus sonhos. Vamos! Força!

Quantas vezes você morreu por dentro por permitir que o medo falasse mais alto em sua vida? Quantas oportunidades perdidas, heim?! Quantas vezes você perdeu a liberdade só porque sentiu medo de abrir as portas dos seus sonhos?

Encare de frente a sua realidade, os seus desafios, os seus medos, tá? Pare de sentir medo de fracassar! Pare de sentir medo do novo! Pare já de sentir medo do desconhecido! Pare de sentir medo de errar!

Você já sabe que de cada dez desculpas que você dá ou que você ouve, somente nove tem uma grande razão, né? O medo está acabando e inferiorizando as pessoas, sabia? A grande porcaria do medo é que ele paralisa feito um veneno! E consome as mais puras das energias deixando a pessoa arriada, desgastada, cansada... e derrotada antes mesmo do início da luta!

Não dê tanto poder assim aos medos que você carrega em sua vida. Não permita mais que os fantasmas prejudiquem o seu viver. Quase todos eles, medos e fantasmas, são imaginários, sabia? Nunca mais deixe que o medo acabe com você como pessoa, como indivíduo, tá?

E dos seus atuais 9 medos, eu te garanto que eles não são verdadeiros e nem tão grandes quanto aparentam. Talvez eles estejam é fazendo você perder grandes chances de ser feliz! Claro: quando alguém fica com medo de fracassar, acaba fracassando por causa do próprio medo.

De agora em diante, não mais permita que qualquer medo perturbe a sua vida, deixando de fazer as coisas como precisam ser feitas, ok? O medo não pode mais ficar criando dificuldades imaginárias e falsas em sua vida! E nem na vida de ninguém, pô! O medo não pode mais contagiar e se multiplicar, tá? É bom saber que o medo, precisa ser alimentado, viu? Cuidado! E ao admitir isso, saiba que o medo pode colocar tudo a perder em sua vida e não ajudar a construir nada de bom!

Faça tudo para ser feliz! E tudo com emoção! Sem medos!

Abra a porta que conduz à liberdade! Lembra da história da porta temida pelos prisioneiros do rei que dizia assim: você prefere morrer aqui ou abrir a porta? E o que tinha atrás daquela assustadora porta? A liberdade! Exatamente isso é o que há depois do medo vencido: a liberdade!
Bom Dia! Bom Divertimento!

"Não tenha medo de dar um grande passo quando for necessário. É impossível cruzar um abismo com dois ou mais pequenos saltos" - David (Lloyd George)

O instante

Onde estarão os séculos, o sonho
de espadas, o que os tártaros sonharam,
onde os sólidos muros que aplanaram,
onde a árvore de Adão e o outro Lenho?
O presente está só. Mas a memória
erige o tempo. Sucessão e engano,
esta é a rotina do relógio. O ano
jamais é menos vão que a vã história.
Entre a alba e a noite há um abismo
de agonias, de luzes, de cuidados;
o rosto que se vê nos desgastados
e noturnos espelhos não é o mesmo.
O hoje fugaz é tênue e é eterno;
nem outro Céu nem outro Inferno esperes.

Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha sem ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.