Texto para um Bebe
FRUSTRAÇÃO
Não esperar muito;
esperar pouco ou
quase nada?
Quanto mais se espera
maior pode ser a sua
frustração.
Quanto menos se espera
menor pode ser a sua
paixão.
Prefiro mil vezes a dor de
me frustrar ao viver sem
me apaixonar.
Vou me frustrar todos os dias
da minha breve vida, mas não
viverei um só deles sem que
meu coração se apaixone.
Se apaixonar pela espera;
esperar pela paixão.
Se frustrar esperando;
esperar se frustrando.
Se apaixonar frustrado;
frustrar o apaixonado.
Seja qual for a escolha,
esperar, apaixonar ou
frustrar: sofrerás
sempre calado.
O Tempo, meus amigos, o Tempo está roubando coisas de mim. Tamanha veemência e desatino, me lembram muito bem que, anos atrás, não era assim. O Tempo tem me ultrapassado, descompassado, fingido não se passar por mim. Decidi ter uma conversa com o Tempo para atarmos uma relação agradável e pedir mais uma vez que ele não me deixe apenas no passado.
Eu perguntei:
- Ríspido, o que tens contra mim?
O Tempo me respondeu:
- Estou farto de ser descuidado e ser usado como desculpa, fingindo que não me tem. Estou cansado de ser perdido em horas em vão. Estou cansado de ser perdido! Se você não tem tempo, tenha tempo para mim.
O Tempo, meus amigos, o tempo está roubando coisa de mim. Nesse nosso relacionamento, já dei adeus ao fôlego, às lágrimas, aos agouros; tamanha veemência e desatino, lembro-me muito bem, ainda não teve fim.
vida de cada um de nós pode ser comparada à conquista de uma montanha. Assim como a vida, ela possui altos e baixos. Para ser conquistada, deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso.
Todo alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado. Quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.
No momento da escalada, o início parece ser fácil. Quanto mais subimos, mais árduo vai se tornando o caminho.
Chegando a uma primeira etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir. O importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.
À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas pontiagudas desafiando o céu. Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas…
É dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados, são do tamanho daquelas casinhas.
Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo. Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra.
É aí que precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados, feridos ao ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos cura os ferimentos.
Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para a subida.
Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.
Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar. O que nos salva é o equipamento certo para este momento.
Depois vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as dificuldades que ainda não superamos.
Se escorregamos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar de novo. Se caímos num buraco de falsidade de alguém que estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e sem machucar quem esteja por perto.
Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.
Não desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao topo da montanha.
DORES NO VARAL
"Desta vez, os degraus são de vento e, na queda boçal, quem me ampara é o tempo. Sem saber o que me dói, fiz o nome dele perpassar por entre os dentes, fazer um deserto em toda falta de saliva. Mesmo macio, disto fiz a minha dor. Ele - todo e próprio - é muita razão para a alegria que me pendura nos varais mais altos da extensão da vida. Perdoe por culpar o vento - é apenas amor."
Muitas vezes, deixamos nos levar
Por magoas, ressentimentos
Tentamos enganar a nós mesmos
Escondendo o que sentimos
Deixamos o mal, sobressair ao bem
Sofremos por orgulho bobo
Sabendo que dentro do coração
O amor esta muito mais além
Ah! mágoa....mágoa ....mágoa
Que não deixa você enxergar
Que dentro do meu peito, meu coração
Bate mais forte por você
Minha amada, minha adorada
Meu dia é sombrio...cinzento
Meu mundo não é mais mundo
Pois você não sou mais amado
O amor....ah! esse amor infinito
Esse amor lindo, carente
Sedento...sedento por você
Pois você....é tudo que há em mim!...
Estranha essa vida da gente
Muitas vezes não entendo
Por que amar é tão complicado
Mas é assim que vivemos
Deus quando criou o amor
Fez dele a coisa mais sensivel
Mas também a mais complicada
Não entendo as pessoas
Um dia dizem amar, estar apaixonada
No outro te desprezam, te chutam
Como um objeto qualquer
Não entendo....
Mas a vida continua, a fila anda
A mágoa de mais uma desilusão
Com os dias vai passar....
E o meu coração de novo
Por alguém vai se apaixonar
Pois só vou deixar de amar
Quando Deus pra Ele me levar....
PÉTALA POR PÉTALA
"Aprendi a andar sobre à vida sem as mãos, sem nenhum apego ou reflexo de segurança mediante ao perigo. Em minha riqueza de aptidões, a que mais contemplam é a terrível maneira como os cadarços se comportam. Os que se importam: sintam-se importantes. Equilíbrios aos equilibristas. Pra eu que tanto me dou bem e mal - pétala por pétala - sob o papel de malabarista, resta rogar habilidade na dinâmica das instabilidades."
"Meu amor, eu estou tão solitária. Recorro aos anjos para que me enviem seu amor eterno. Sou como a virgem diante de ti, mas a carência me corrói por dentro. Porque me olhas tanto? Não vê que o fogo da paixão percorre os meus olhos com rapidez. Passos lentos, eu estou sentindo o perfume das flores. Sentindo a tua falta por demais até.
Penso que percorro as mãos em tua nuca, os meus lábios o mais doces que tu beijaste. Eu estou delirando agora, nunca estive tão feliz.
Ilusão minha, passagem idiota.
Quando mais tarde me levar ao quarto, a cama terá lençóis frios, brancos e limpos. No outro dia me abandonará dormindo mais tarde. Esquecerei o teu nome, a vida é assim.
BEM-ME-QUER(O)
De todos os pesares
O mais leve é saber
Que equilibro soluço e canto
Enquanto despenteio flores
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
De todos os panos
Torço e contorço os fios
Para que escorram em minha pálpebra
Encantos de mais uma história
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
Como posso despentear flores
Se em minhas palmas
Cheia de mapas desertos
Eu tenho é dente-de-leão?
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
Se bem me queres
Mal consegues saber
Que bem lhe peço
Ao orixá que tu tanto rogas
Que lhe perdoe
Por ser mais pedra
Do que mar
bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer
E as minhas pétalas
Que caem tanto quanto os teus fios
Mordem os endereços de nossos abraços
Desertando panos e lençóis de algodão
E as pedras são as mesmas
Ainda que vento só sopre o nunca e nucas
Só se basta o que foi bastante
Seguro em minhas aspas e grito:
bem-lhe-queira, bem-me-quero
bem-me-queira, bem-lhe-quero
C(ÉU): SOL É TEU
"Trocaria os meus óculos pelos teus ósculos. Minha boca dando eco, um abismo a dentro, hospeda uma saudade em paredes de mucosas rosas - divide a inflamação com o sol que quara as tardes sem ti. Tenho o dom da melhor promessa. Quero misturar as cores de todos os céus que já vi. Voarei sem pressa e cantarei com os bem-te-vis".
SALVADOR
"O sal tempera a carne negra, fosca, a pele crioula exala algum cheiro. Nada se repele no caminhar ligeiro dessa gente provida. Usam dendê e fazem cor e corais para as luzes que flambam os dias em temperaturas tão mais elevadas que, do alto, enxergam as léguas do amor egresso. Nesta cidade, meu bem, em cada rua que entro a sombra do vento é que me guia às pupilas de mães, pais e filhos órfãos - cujos sotaques têm o mesmo timbre das marés altas. Aqui, o farol acende o seu riso, me salvaguardando de toda a dor."
PEITO MURALHA
Minha bagagem,
Um milheiro de tijolos
Que carrego com brava vocação
E tremenda desvantagem,
Quando oscilo entre choro e riso.
Ora murmuro
Ora sussuro
Por ora, só um muro.
Por ter muralha no peito,
Quem quiser deitar à sombra,
Pode escorar a alma toda
Até fazer as pazes com o sol.
E não pode se assombrar com os vultos.
Deve podar qualquer arbusto que ornamenta
Esse caos monumental.
PASSAGEIRO
Quem passou
É passageiro
Se demorou
Tornou-se estrangeiro
Ficou mais que devia
Tornou-se ultrapassado
Passou mais que ligeiro
Deixou-me engomado
Fez vinco
Dobrou e tudo
Deixou-me arcaico
Proprietário de lembranças
Cobrou aluguel por esperanças
A um passo
De por à venda
Calendários
Quase mofados
NOBRE POBRE
"Cidade satélite, um bairro sideral. Morada de (q)uês, (n)adas e (M)arias. Lotes amplos, harém retangular. Área nobre, de reis e abacaxis. Nesse, nove quartos de dormir. Banheiros equivalentes, suítes para todos os dezoito que ali residem. Os que ali residem: condôminos. Assinantes fiéis de faixas amarelas que anunciam, mensalmente, aluguéis. Desfrutam, uma vez ao dia, de seus chuveiros mornos. Jornada nas estrelas com mais de 12 horas - desfrutando o chuveiro dos próprios poros. Suor sem racionamento. Domingo, quinta e sábado não tem água. E a desafortunada que carrega o subúrbio na sua genética, em seu extinto de sobrevivência, sempre soube o que era economizar água e choro. A esmoleira de Direitos, generosamente, se põe a exemplo. Amanhã, acordará cedo, pegará os caminhos do carma. A água voltará meio dia, mas na casa da patroa vai dar para enxaguar os olhos. 'Clarinha' - a cadelinha - vai pro banho-tosa e as crianças para a natação. Com mais três giros no terço, logo Ave Maria manda a noite e voltemos para o nosso barracão. Lugar onde o luxo é ilícito e, água, também entrou pra oração."
CIDADES ONÍRICAS
"Gosto de tudo o que sou, enquanto caminho para o sono, naquele instante de repouso em que sou apenas mais um tom de vulto. Sou bom em ouvir vento varrendo ruas, em pensar na turbulência dos acasos e em fugir de insônias autorais. Refaço as costuras dos panos que me embrulham, em pensamentos desajuizados, desenfreados. Quando, por fim, durmo, acordo em cidades oníricas e tomo café da manhã com a minha bendita inconsciência."
LER-ME É LEI
"Leia-me!
Leia-me, me lê.
Lê aqui...e aqui.
Agora, aqui.
Cursivo,
Bem grafado,
Devidamente acentuado.
Todavia, gramaticalmente
Despenteado.
Leia-me!
Leia-me, me lê.
Lê aqui...e aqui.
Agora, aqui
E agora, consegue?
Não conseguiu.
Tá amuado,
Sabe que até um desvairado vê,
E idem o pobre iletrado.
Deixe-me chegar mais perto...
Fique parado!
Não afrouxe as córneas,
Não pule palavras.
Minha couraça em páginas...
Leia lauda por lauda.
Ainda não consegues?
Fiquemos bem!
É tudo esboço,
Se tá turvo,
Não tá borrado.
Tobogãs venosos
Escorrem ´liquid paper´.
Omiti ou tá apagado.
Leia-me!
Leia-me, me lê.
Lê aqui...e aqui.
Agora, aqui.
Há muita luz em mim,
Não sou de fins,
Muito pouco de abismo.
Se não consegues me ler,
É miopa - ou astigmatismo."
TIMBRE DOS VENTOS
"Quando o vento der timbre às portas e janelas: é hora de acordar. Desperta-te mansinho, como cada fio de uma nuca que se insinua. Olhai as molduras que sol pendura em paredes cruas. Escute os meus uivos - qu'esses, aprendi com os ventos. Num abraço coube todo clarão do dia. É nas manhãs dos teus beijos qu'eu me rein(vento)."
ELAS POR ELAS
Das mulheres que se perdem
Em teus lençóis,
Eis, em teu colo,
A única que lhe faz
Cama, chão e torpor
A mulher em teu colo,
Pede com sede,
Cada janela dos teus olhos,
Elas são elos,
Mas, só uma,
Geme sem dor
A mulher em teu colo
Cruza ventos e suspiros
Para ter os teus ósculos;
Ela sabe a rua do ir e do voltar
É sujeito de seu próprio verbo,
Sujeitando-se ao delírio e
à doidice
De comprar horas
Pra te amar
GOELA
GOELA
"Os meus braços balançavam.
Como um pêndulo,
Os meus braços balançavam.
Remando em antagonismos,
Meus barcos não iam,
Nem voltavam.
Meus olhos vasculhavam:
Do embrulho no estômago
Aos mares das pálpebras.
E o meu cais virava caos,
Revirava todo o chão do mundo
Até achar sementes,
Raízes, ramas ou, somente,
As palavras enterradas
A sete palmos
Em minha goela."
O CARNAVAL DA CAPITAL
"Vista sua fantasia, saia de sua Satélite, procure uma vaga próxima para estacionar. Olha o selfie! - quanta alegria. O Carnaval de Brasília vai começar. Não economize no purpurina meu bem, pois, de mixarias, nesta folia é o que mais tem. Ainda tem o vizinho, amigo de escola, inimigo de Facebook, o ex-professor e você – que, de longe, os avistou e apenas pensou. Não quis a ninguém cumprimentar. Afinal, se ébrio está, é melhor se controlar, tal como o limite dos decibéis que só ecoam com um alvará. Abram vossas rodas de amigos e grupelhos típicos, caros brasilienses. Vamos lá! Abram espaço, a ala da AGEFIS vai passar. A marchinha do relógio não é lenta. Pontualmente, à meia noite, o som vira hiato, a luz se apaga, a serpentina acaba e temos de ir a outro lugar. 'Entrepassando' pelos foliões, ouve-se a nítido e claro som: “se fosse em Salvador...”. A fantasia não é para tanto. Entre prantos e poucos beijos, eis o Carnaval da capital – o bonito é se encaretar."
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