Texto o Vazio que Consome
Anomalia
Será doença ou anomalia
a gente achar que precisa
de amor, de compania?
Será que sou diferente
de todo mundo e de gente
que parece que nao sente
essa minha agonia?
Parecem-me todos felizes
ou sabem fingir muito bem
pois estao sempre sorrindo
enquanto nao tenho ninguem
Mas nao passam de aprendizes
aqueles que sentem-se amados
sabendo bem la no fundo
que tambem são desprezados
Ariel de Sousa - 27/10/16 10:54h
Um dia você muda.
Muda os planos
Muda os sonhos
ou deixa eles adormecerem
como sementes que já não carregam mais a vida.
Um dia você olha para si mesmo
e percebe que investiu demais
esperou demais
e tudo o que alcançou foi cansaço.
Um dia você deixa de pensar na inocência dos anseios mais queridos
e passa a viver pelo simples fato de que não pode morrer.
Um dia a tristeza bate a porta
e você não quer abrir
porque já nem ela importa mais.
Um dia você simplesmente já não se preocupa com o dia seguinte.
Afinal é só mais um dia.
E só seu e de ninguém mais.
Um dia você só quer esperar pela noite.
Esperar que ela traga o silêncio da voz do céu
O silencio que quando se quebra
cria a luz e da forma ao que é vazio
Um dia tudo é vazio
e o vazio é um eco
que faz tremer o pó.
Um dia você é só pó
esperando pelo sopro de Deus.
NO TEU SILÊNCIO
No teu silêncio
Sonho e divago
Entre delírios
E versos.
No teu vácuo
Me aquieto
Sentindo o gosto amargo
Da indiferença.
No teu nada
Me lanço, perdida
No ar pesado
Entre galáxias e estrelas.
No teu vazio
Permaneço com o que me resta
A solidão
Carente como sempre fui
Do amor essencial.
Abatido, sentindo o mundo em seu giro, sem sentido, apenas voltando ao mesmo lugar. Sempre mais pesado, ainda assim mais vazio.
Abatido, mas forte, mais entendido, maduro. A custa de que? Quanta dor mais um giro pode me trazer? Qual o objetivo? Pra onde vamos?
Será que te verei no lado escuro da lua? Será que existe um muro?
Será?
O mundo era nós e eles, o mundo era meu quarto, o mundo eram teus beijos, meu olhos fechados, seu rosto quente, lágrimas.
Momentos que nunca serão manchados nos espelhos da memória, nunca serão esquecidos. Quem sabe superados?!
O mundo sou só eu, em mais um giro sem sentido. Procurando razão em meio ao caos.
É da tua boca o oásis, de onde surge a sonhada árvore dos meus beijos e brota o manancial das minhas poesias...
Você esta em todas as minhas orações e pensamentos, vamos voltar a viver bons momentos como jamais vivemos um dia...
Pois você faz parte das minhas alegrias, e no momentos que estamos separados, sinto um grande vazio, como um litoral sem ondas e um interior sem rio...
o
que deu nos meus
desejos?
estão fora de
si!
as vezes devaneios,
as vezes
delírios...
solidão, lacunas,
lacunas,
apenas lugar vazio,
lacunas,
penso
eu,
espaço teu,
nunca ocupastes,
o encaixe...
o portal da alma,
os olhos,
decaí
e choram,
falta
brio,
falta cor,
falta
um amor....
Tudo na vida é uma busca
Seja essa busca por felicidade
Pelo futuro promissor acadêmico ou profissional
Um grande amor...
Vamos encontrar várias coisas no meio dessa busca
Porém tudo vai depender de como trataremos o que encontrarmos
Será que vamos conseguir aceitar o que temos ?
Ou apenas vamos querer mais
Vamos ir mais além sempre ?
Uma questão, um dilema é: temos o que precisamos ou o que queremos ?
Será aquele emprego o ideal pra se viver ?
Ou vou ter que conseguir outro pra poder comprar aquela casa e aquele carro melhor ?
Meus conhecimentos, estão adequados ao meu modo de vida ?
Ou vou ter que aprender um pouco mais pra poder ter argumentos mais elaborados ?
Esse amor que tenho ou que sinto por essa pessoa, será que é pra sempre e vale a pena ?
Será que eu amo de verdade ou apenas aceito o condicional dessa situação ?
Ou vou sofrer daqui a um tempo e ficar me lamentando por um outro amor que deixei passar ?
Quando encontrar alguém que goste, então aceite-a não tente mudar ela, mudanças sempre são perigosas.
O que você tem é o que você precisa, seja ruim ou seja bom, tudo na vida é construído em cima de nossas experiencias
Viva com o que tem hoje, aceite quem e o que vai ser capaz de lhe satisfazer no agora.
Tudo passa e você também, defina metas, aceite-se primeiro para poder permitir que alguém entre em sua vida.
Quando olho para trás , vejo rostos de quem eu costumava conhecer se apagando
Em minha memória se apagando
Em meu coração partindo-se
Amigos , essa é uma palavra distante agora
Porque todos foram contra a tempestade
Fiquei sozinha , sozinha novamente
Isso não é novidade quando sua vida inteira foi um livro de memórias apagadas
Rostos desbotados no meu livro de histórias
Não há mais nenhuma história
Porque quem eu costumava conhecer
Não está por perto, afundo na solidão
Parece tudo tão fácil quando tudo em sua vida dar certo
Se está assim, confira , há algo de muito errado
Há algo muito errado com Você
Sua mente é seu pior inimigo agora
Sua mente mata você aos poucos
Existe algo errado com meu cérebro
Ele quer me matar, ele quer me ver mais no fundo do que já estou
Meu coração já nao significa nada,
Meus sentimentos escondem-se debaixo do orgulho
Eu estive sempre rodeada de pessoas
Eu achava que todos eram verdadeiros
Mas a verdade, é que o livro sempre queima
E a história muda seu curso ..
Todos os dias nada muda
As coisas parecem estar nos eixos
Eu não gosto disso, preciso de algo
Preciso de algo para tirar-me de si
Eu achava que isso fosse dar certo
Por um tempo eu estive iludida demais com um rumo que as coisas estavam indo
As vezes as coisas mudam,e você fica sem entender
É um revigorante , ou sua perdição ?
A maior parte do tempo me sinto um peixe fora d'água
Todos os dias , eu estou aqui
Perdida na minha própria mente
Ocupada demais com meus problemas
Talvez , você estivesse só de passagem
Pra deixar algumas lembranças
Impactante. Momentos em que te encontras sozinha, no meio de uma multidão, dando voltas em seu próprio eixo, entre as luzes, ruídos grosseiros e o silêncio dos teus pensamentos. Você está lá, e ainda assim, pergunta e quer saber o que estás fazendo ali, sozinha, dando-te o tempo para pensar quando não deverias estar fazendo isso, porque é sexta-feira, estás embriagada e alguns segundos atrás tudo era risos, sem sentido e agora estás séria como uma planta sem vida. Falta raízes no solo, mesmo que no fundo mantenha o insaciável desejo de querer lutar pela sua vida, para escapar da loucura, de todas essas pessoas que gastam o oxigênio e aqueles preciosos minutos falando sobre nada, de todos os amigos que te deixaram sozinha onde estás – perdida – de todos aqueles amigos que não são realmente amigos, mas sim companhias, de você mesma, que te fechas em lugares como este, com pessoas deste tipo. Tão masoquista, observadora e provadora de sua própria dor, do sangue que flui em suas feridas. Ali estou, impactada, compreendendo que este século, as traições superam desejos pessoais e a solidão se tornou algo tão normal. Ali estamos todos nós, tentando sobreviver em uma selva, onde tudo que se diz é feito de letras negras, em telas que brilham pelo seu vazio emocional, repletas de palavras que nunca, ninguém vai recordar.
Onecina Alves
Eramos dois!
Minha Cabeça esta a mil,
E eu não consigo pensar em outra coisa.
Não sei em qual vida eu devo estar vivendo, mas tenho a certeza de que não é a minha.
Tudo aqui dentro de mim parece girar feito uma imensa roda gigante, e essas voltas e voltas me deixam explicitamente atônito, vulnerável e sim, bastante paranoico.
Não entendo porque que você é uma camisa de força tão resistente para mim,logo eu que sempre lhe deixei sonhar,sentir uma brisa de liberdade, e você? me trancou, e sinceramente agora eu que não consigo sair. Onde então eu vou parar?
As duras batidas de cabeça contra a parede não deram em nada, nada mesmo, pois eu continuo aqui, preso, encarcerado em alguém que vendou os meus olhos para que eu não enxergasse a realidade, apenas sentisse e imaginasse que aquele fundo preto fizesse parte de um pesadelo noturno que iria acabar ao amanhecer. Amanheceu e cade? Ainda continuo no escuro, e pior, sem venda alguma, o que me obriga a pensar que ainda continuo preso a você. Volto a questionar-me, Onde então eu vou parar?
Aos poucos tudo em mim vai sendo afetado por esse escuro, ah, que saudades do amarelo dos seus cabelos, do azul dos seus olhos e do vermelho dos teus lábios... Pera! Novamente pensando, falando, sentindo você. Sim, eu estou bastante paranoico, talvez eu saiba onde, mas não quero parar.
Aos poucos sinto que até meu olfato já não tem mais o mesmo ritmo de antes, a cada minuto que o relógio faz o favor de engolir, o seu cheiro, doce cheiro some, e vai ficando apenas um cheiro de nada no ar, puro,sem vida, vazio, é, talvez eu já precise parar.
Uma pena, pois gradativamente tudo em mim vai se desgastando, se secando, tudo vai sendo afetado,o sinal de alerta já disparou, o coração esta se aproximando de uma sala escura, uma sala onde coração nenhum quer visitar,o meu foi sendo arrastado, coitado, a porta desta sala escura e vazia estava propositalmente escancarada.
Lá dentro, tudo escuro, o que já não era mais novidade para um coração tão inquieto e vermelho, o mais doloroso disso tudo, é que ele tentou fazer seu máximo, tentou... Mas ela se afastou ainda mais, abandonando aquele pobre coração naquela sala escura, vazia, sem vida. Ela escolheu um outro coração, e o mais desumano disso tudo é ter dado a esse novo coração o mesmo nome que tinha aquele pobre solitário que já não vivia mais, mas dessa vez, a sala deste novo coração estava radiante, extremamente clara, com vida, com luz, com ela.
Morri, espero enterrar a minha sala escura sem sentir mais dor alguma.
Agora, vendo de camarote, comprei uma pipoca dos deuses, sentei, e irei apreciar a sala branca agora.
Agora eu sei aonde eu deveria parar. Tarde demais.
-Podes me ouvir agora?” – A Morte sussurra “-Vem comigo, vem. Acorda desse pesadelo, sonha o sonho dos anjos. Vem comigo.” – Ela senta-se ao seu lado. “-Ou quem sabe... esperemos!” E gargalha. “-Esqueçamos a pressa. Na morte não há tempo. Deixa-me discorrer um pouco sobre a minha solidão. Deixa-me estar aqui contigo nesse pequeno intervalo que temos e então, só então te levarei.
Falei contigo... Falei contigo durante todo teu sofrimento, tua agonia, e ao contrário do que pensas, não desejei esse encontro mais do que desejo a nossa separação. A eternidade é vazia, certo, mas eu não alcanço o deleito no fim de vidas que tinham tanto a serem vividas, ainda que esses fins me proporcionem encontros. Espero que entenda. Não tenhas medo. Não sou o que me pintam porque o modo como me pintam é uma compreensão limitada do meu significado, não represento a euforia do paraíso, isso não, mas peço que compreendas que também não sou o dissabor do nada, do vazio. Sou paz. Uma profunda e acolhedora paz.” A morte pega-te nos braços. “-Agora vem, vem comigo, na morte não há tempo, mas não prolongarei tua espera.
Só quero que saibas que choro todos os dias por vidas como a tua, pereço como perece o mundo cada vez que perde uma alma que não teve a chance de encontrar a paz enquanto duravam as batidas do coração, pereço como perece uma floresta que perde sua mais preciosa semente que nunca usufruiu do prazer de se transformar em flor.
A PRAÇA
Fábio P. Oliveira
As mãos estendidas tapando o sol...
As lágrimas escorrem pelo rosto triste daquele garoto sozinho
Música triste tocando por todo lado!
As nuvens negras escondem o sol e o vento carregado de fúria sopra...
As folhas secas dançam acompanhadas pelos vários papeis amassados escrito “aquele nome”
No banco da praça o garoto escreve...
Sua camisa xadrez marrom e camiseta branca
Sua calça jeans
Tênis velho e muita tristeza...
Seu olhar é distante...
Ele fala de Izadora e não para de escrever sobre “ELA”
Sua tristeza é sua alegria...
Izadora...
Logo estaremos só outra vez no vazio das almas!
Ele escreve na certeza de poder encontra-la
Ele escreve...
A noite se aproxima com várias vozes
Ele se levanta
Aponta no céu a mais bela das estrelas dizendo seu nome em voz baixa
Sussurra sua dor aos ventos que o cerca
Suas lágrimas descem
Seu coração sofre
No banco deita imaginando o silêncio e sua forma
Sabe que izadora o persegue sua dor é sua alegria...
Izadora fala,
Você...
Doce poeta que me dá forma e amor
Sinto seus pensamentos e suas tristezas
Sou seu silêncio
Passo por você em varias formas...
No toque do vento
Na dor da palavra
Na solidão
Nas conversas eu sou o nome que sai da sua boca
Sou a espada cravada no seu coração
Amor, dor, tristeza, ódio e paixão.
MADRUGADA
Fábio P. Oliveira
O vento frio entra pela janela
Lá fora barulhos de carros rasgam a madrugada...
O silêncio fala outra vez
E se mostra em doces palavras
Meu coração não bate como batia antes...
Não vejo sorrisos
Não sinto o amor
Só as lagrimas me consolam...
Meu olhar é distante
Tento procurar no vazio algo
Minha respiração está lenta...
Inspiro o ar gelado da madrugada
Sinto meus pulmões se enxerem
Fecho os olhos e solto o ar lentamente...
Abro os olhos
Vejo Izadora sorrir dizendo oi!
Ela fala de um amor desaparecido e da sua grande alegria em poder ver eu outra vez...
O relógio nesse momento é nosso inimigo
Estamos sendo conduzidos pelo vento do silencio das doces palavras!
EU
Não conheço o nome que todos falam pelos cantos
Não sinto, não falo, não vejo nada...
As sete peles de Rosa não dizem nada mais!
Do vidro quebrado da janela do meu quarto nasce o sol
Lá fora um mundo paralelo que criei...
Sombras nas esquinas, carros sem pessoas e muitas vozes.
Na minha mochila um caderno com várias poesias
No meu bolso uma foto...
A solidão está outra vez ao meu lado
Sou eu quem a procurei
Agora já nos conhecemos, sua voz é inconfundível.
Silêncio, olhar sem direção, tristeza e dor.
Sou ela e ela é eu!
MUDAR
Respiro pela primeira vez
Encho meus pulmões e solto lentamente
Meu rosto ganha cor...
Meus olhos estão fixos
Só existe uma direção que quero olhar agora...
Uma luz bate no meu rosto desviando minha atenção
Sinto minha camisa ser puxada e o meu nome ser dito...
Olho para traz e não consigo ver nada!
Só sinto cheiro de rosas...
Não posso seguir nesta direção!
Fico parado olhando para o céu
O vento toca meu rosto e a tristeza se faz presente
Meu coração arde
Pulsa ar, queima frio e bate sem som...
Izadora está ao meu lado e o tempo não existe mais!
GAROTA FRIA
A cama se torna insuportável
O cobertor está ao chão
O ar gélido toca meu corpo dizendo que é manhã...
Meus olhos se abrem
Assento na cama
Respiro fundo, estico os braços e me levanto.
Ao meu lado a solidão
Do outro a garota fria...
Caminho até a janela
Observo a rotina das vidas
Vozes sem sentidos
Imagens turvas
Solidão...
Até logo, eu digo!
Até logo garota fria...
Coração apertado
Mãos frias
Só...
Triste como sempre
Céu cinzento, vento...
Folhas secas e papeis amassados
“Izadora”
Xícaras de café escrevem
Música triste, camisa xadrez marrom
Ver e não ver...
Garota fria sorrisos falsos
Palavras de arame farpado
Amarram minha pele...
Cortes profundos
Solidão doce solidão
Silêncio agora...
Se esforçar para se encaixar talvez seja a parte mais difícil de viver
Estar a todo momento tendo que provar que você é boa o bastante pra estar aqui
em qualquer coisa…
Parece que todos sempre me olham querendo que eu seja mais
Parece que estão todos juntos olhando pra mim e tirando sarro o quanto sou pequena e ridícula por estar tentando
Parece que todos estão falando de mim
Cochichando
O quanto minha vida é falsa
E o quanto não sou nada.
Por isso que fico aqui no meu quarto… sozinha…
Aqui as vozes não chegam
Aqui é só com o vazio que tenho que lidar
E com ele eu já peguei jeito.
Amor atípico e eufórico
Você chegou como quem não quer nada, me fazendo acreditar que do pouco podemos criar um mundo todo, é eu entendo, juro que entendo, você foi o motivo para eu tentar novamente, tentar acreditar que talvez aquilo que muitos chamam de amor, não fosse apenas mais um delírio de momento, eu costumo dizer sempre que o amor é a solidão mais bela que existe, ele vem te faz compahia e quando menos se espera parte para um novo beijo, para uma nova boca. Entre meios desse texto, sinto um pouco da falta que o amor costumava ter por aqui, somos isubstituíveis até que ponto? Até um ponto melhor...
Somos feitos de memorias meu pai me dizia, quem sabe as minhas não sejam as enterradas no fundo de uma gaveta. Não sou o oceano, não sou as ondas, tampouco sou um mero navio, eu sou o que a de mais simples, sou alguém mais uma vez de passagem pelo cais, vendo um navio atracar e ao outro partir, me pergunto até quando vou ficar romantizando essa praia?
Título - Alma
Já não sei mais o por que desse choro, dessa sensação tão vazia e sem futuro. Sinto tanta dor, mas não sei de onde tudo isso vem. Acho que minha alma se perdeu a tanto tempo, que não consigo sentir corretamente as coisas. Tudo a minha volta desmorona enquanto eu fico aqui, esperando o retorno de tudo que me fazia sentir vivo...