Texto eu Amo meu Namorado
Onde está a história do meu chão?
Nos tambores que batem, na palma da mão.
Nas vozes antigas que o vento levou,
Nos cantos do povo que o tempo calou.
Rasgaram os livros que nunca escrevemos,
Silenciaram os deuses que sempre tivemos.
Diziam que éramos sombra, sem luz, sem razão,
Mas esquecem que somos raiz do chão.
Na areia do Saara, no ouro de Mali,
Nas pedras de Zimbabué, na força de Aksum, ali,
Está a verdade que tentaram esconder,
Queimar a memória, mas não nos deter.
Escravos das mentiras, livres na essência,
Somos a história que desafia a ausência.
Mesmo roubada, reescrevemos o destino,
Com sangue, suor e o orgulho genuíno.
Onde está a história? Está nos corpos dançantes,
No ritmo dos passos, nos olhos brilhantes.
Nos griots que cantam, nas mãos que criam,
Nas lutas do ontem, nas dores que uniam.
A história da África não pode morrer,
Pois vive no povo que nunca vai ceder.
Se apagaram os textos, recontamos a canção,
A história roubada é nossa redenção.
Amar…
espero, enfim, poder amar
aquele amor que seja meu refúgio,
como os contos sussurrados
nos lábios dos meus avós.
Que me abrace
como o calor suave do entardecer,
onde cada toque se transforma
num verso silencioso
e cada olhar, numa promessa eterna.
Que eu me perca e me encontre
em cada gesto seu,
mergulhando nas profundezas
do tempo, da memória,
num instante onde o mundo se desfaz
e só restamos nós
entre sonho e realidade.
Aquele amor
que não se mede em palavras,
mas se sente na respiração
compartilhada de um silêncio
repleto de desejo e paz,
onde me entrego por completo
e meu ser se guia
na dança sutil da paixão.
Ah, aquele amor…
um amor que é vida,
um amor que é nós.
Dentre elas,
mas bela desse jardim
Desse jardim!
É meu delírio da paz, tão linda quanto um lírio da paz.
Teus olhos feitos girassóis,
São lindos como os girassóis.
O vermelho sangue das rosas,
São encoberto pela jaspe da tua pele.
E a camélia do teu sorriso,
é o que irradia os dias nublados."
Era desta vez!
Era o meu olhar,
Era o seu olhar
Eram nossos olhares.
Será que escrevo com quem me deito?
Ou
Será que me deito com ''Olhares''...
Eram nossos corpos entrelaçados entre nossos ''Olhares''
Era minhas mãos deslizando pelo seu corpo, e meus olhares
perdidamente em seus ''Olhares''.
Os teus olhares me diz: Vem cá
Os meus diz: Agora.
E agora?
Éramos nós.
Talvez seja ela,
Talvez seja nós,
Talvez seja meu coração veloz.
Talvez seja essa intensidade que habita dentro do meu coração.
Como eu daria tudo, tudo que há ao meu alcance para tê-la a sua presença, a sua companhia mas próximo de mim.
Talvez seja ela,
Talvez seja nós,
Talvez seja o meu coração veloz.
Eu não a conheço pessoalmente,
Mas sinto que já encontrei ela em outras vidas.
Talvez seja ela,
Talvez seja nós,
Talvez seja meu coração veloz.
Talvez seja essa vontade de querer encontrar o amor da minha vida,
A tampa da minha panela,
A metade da minha laranja e envelhecermos juntos.
Ela é linda como um campo coberto por margaridas,
Elegante como florescer de um lírio da paz, Iluminada e radiante como o se por de um girassol,
Ela é misteriosa como as águas do oceano.
Talvez seja ela,
Talvez seja nós,
Talvez seja meu coração veloz.
Que ao sentir esse sentimento ao pensar nela sorri inocentemente pelo simples fato dela existir.
Acredito que seria um desperdício da minha parte não admirar a fisionomia,
E também não enaltecer sua beleza e não ser grato pela sua existência.
Ela tem os olhos verdes como as águas cristalinas de Tamandaré,
Ela é pisciana, mas a única rede que eu desejo para nós é aquelas que nós nos balançamos em nossa varanda.
Talvez seja ela,
Talvez seja nós,
Talvez seja meu coração veloz.
Óh meu bem...
Porque você deixa de receber o meu amor?
A insegurança em seus olhos,
É um sinal de que não estamos bem,
Eu não seria capaz de ferir a ti,
Não vou conseguir machucá-la nem com os espinhos das rosas que te apresento.
No meu peito tem um lugar com seus olhos
Um espaço com seu sorriso
Uma morada com seu nome
Minha alma clama por ti, minha menina!
Todas as noites, todas as noites!
Meu cigarro queima em cinzas...
Será que alguma vez serei capaz de esquecê-la?
Eu não serei... Talvez!
É isso que você tanto quer?
Não peça o desejo... Talvez!
Meus ouvidos...
Ainda ouço o som da tua voz quando me deito,
Você parece tão longe,
É complexo por dentro de mim, estás a fazer morada..
Hoje escrevo com lágrimas,
Atuo com menos grandeza
Óh minha Deusa!
Porque decidiu sair?
Agora meu coração está partido,
E sem ti, não vejo grandeza nenhuma,
A grandeza é aquela que fez inspirar o tempo,
Durante todos esse tempo.
Agora eu me decomponho em um velho blues,
Eu decadente na sombra das memórias que guardei de ti.
Ainda que o seus olhos não estejam em mim,
Os meus estão em você,
Sabes que tem a chaves do meu coração
Minha pequenina!
Ainda que o seus olhos não estejam em mim
Os meus estão em você,
Amo-te de todo meu coração,
Dentre o meu peito a um pedaço seu.
Minha pequenina!
Ainda que seus olhos não estejam em mim
Os meus estão em você,
Sonhos versos e verdade,
Sonhos versos realidade.
Minha pequenina!
O Hélêno Apaixonado
Cantarei a Eros, súplicas por teu nome.
Te entrego meu coração, sufocado em teu colo,
Que tu me ampares, me zeles, me guardes,
Me protejas e me apoies nos tempos de nevoeiro,
Até a aurora dos Campos Elísios.
Te prometo o mesmo, meu amor:
Que Afrodite nos proteja, Khaire.
Que a dor de nossos corações mortais, tão bobos,
Possa ser amenizada,
E que os laços de nossa alma se entrelacem,
Tornando-nos novamente um só.
Arthur Dias
Copyright © Arthur Dias 2025. Todos os direitos reservados
Para quem não tem propósito
Meu propósito não é um ponto fixo,
é um plano em construção.
Não busco um fim,
eu desenho caminhos.
Como o rio,
não importa onde começa ou termina —
importa o que cria enquanto flui.
Levo ideias, traço sentidos,
dou forma ao invisível.
Se há um segredo, é este:
não espere encontrar, cuide das suas águas.
Metamorfismo de Impacto
Janela do meu quarto, quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é e,se soubessem quem é, o que saberiam?
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, para uma rua inacessível a todos os pensamentos.
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, com o destino a conduzir a carroça de tudo, pela estrada de nada.
Passa-se um asteroide, fico pensando: brilhante e cria vida, mas muda a rota e me acerta pelo menos uma vez na vida.
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama, mas acordamos e ele é opaco, levantamo-nos e ele é alheio,saímos de casa e ele é a terra inteira,mais o sistema solar, Via Láctea e o Indefinido.
Sogra e Caprichos
A arte faz parte
do meu dia a dia
Ora faço tricô
Ora teço poesia
Bastidor
Na mão
Agulha
Linha
Inspiração
Criatividade
Esforço
Dedicação
Tecendo
Bordando
Nos bastidores
Da vida
Em cada ponto que eu conto
Há um conto e amor
E de ponto em canto
Eu faço o meu ponto tricô
Meu Medo
Sinto-me, nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo. Pelas plantas que erguidas diante a meus pés, para o calor dos pés que subia um estremecimento de medo e, profundo sentir de tocar e a palma da sola no despenhadeiro de um sussurro de que a terra poderia aprofundar-se de dentro, como não estava fora e previa o passado diante do ocular distante ao meio do nada em mata virgem, erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo.
Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada. O amor é uma experiência pela qual todo o nosso ser é renovado e refrescado como o são as plantas pela chuva após a seca.
Sei que as pedras existem e as plantas, porque elas existem ,mas não somos mais que alguma coisa ou uma pedra ou uma planta Então as pedras escrevem versos? Então as plantas têm ideias sobre o mundo? Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta, não sei mais nada. Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos. Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas. Mas é que as pedras não são poetas, são pedras, as plantas são plantas só, e não pensadores.
Os aduladores são como as plantas parasitas que abraçam o tronco e os ramos de uma árvore para melhor a aproveitar e consumir.
Segue teu destino, rega tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias.
Meu Jardim
Num dia excessivamente nítido e claro ao raiar de uma manhã amada, dia em que dava a vontade de ter trabalhado muito para nele não trabalhar nada, e me entrevi, como uma estrada por entre as árvores, como por galhos de galhadas que nos tocam o rosto e ao meio de um arbusto perdido em meio ao tudo e no meio do jardim terrestre, no meio mundo do mato terreno, oque talvez seja o grande segredo, aquele grande mistério de que os poetas falsos falam. Mas que não há um todo a que isso pertença e que um conjunto real e verdadeiro é uma doença das nossas ideias.
Digo de mim, sou eu
E não digo mais nada.
Que mais há a dizer?
Livre para pensar.
Ao meu ver, o budismo tibetano é o menos contraditório (mais filosófico). As outras ramas são propensas a religiosidade , assim como o islamismo, cristianismo, judaísmo e demais. Talvez, tenhamos que matar Deus, não que ele esteja morto e distante de uma morte aparentemente inevitávele premeditada.
Niesztche, tem uma capacidade incrível de enxergar e verbalizar a sociedade moderna. Essa capacidade, porém, tem um lado muito pesado para um ser humano carregar. Niesztche, foi amaldiçoado com essa capacidade de ver nossa real situação e sente como quem procura Deus e o mata.
Essa crítica que faço à Nietzche, se refere mais à cultura do Ocidente, correto? Porque no Budismo, por exemplo, não existe a figura de Deus, de um Criador. A mente humana (consciência) é o ponto central. Somos (com nossa consciência), segundo os ensinamentos de Buda (como revelador, por observação, da mente), os únicos responsáveis por nosso destino (pela via do carma).
Despertar de Passageiro
Em meu despertar espiritual, arde em mim há tempos. Mas a ansiedade, a pressa e essa busca por satisfações rápidas, insipientes e que agarram em nosso eu maior, me afastaram de quem sou.
Para trilhar esse caminho, hoje inicio a busca da cura de toda angústia e os conflitos dentro de mim, em busca do eu maior.
Quando Buda, atingiu, alguém lhe perguntou: O que você atingiu?
Ele riu e disse: "Não atingi nada, pois o que atingi sempre esteve comigo. Pelo contrário, perdi muitas coisas, perdi meu ego, meus pensamentos, minha mente, perdi tudo o que costumava sentir que possuía, perdi meu corpo, pois costumava achar que era o corpo. Perdi tudo isso e agora existo como puro nada. Mas essa é a minha aquisição."
Para definir o que entendo por Meditação Profunda: é experienciar este estado de Buda.
No Meu Passo
Caminha
Caminhano
Pois que deve
Caminhá
Lhe acompanha
Fielmente
Sua pedra
De assuntá
Vez por outra
Paradinha
Tamem tem
Que folegá
Puxa fundo
Pigarreia
Já pensano
Em levantá
Segue em frente
Passo lento
Sua sina
Caminhá
Houve um tempo
De corrê
De caminhá
Apressado
Hoje
Mais sussegado
Andando
Mais divagá
Ora caminha
Ora sussega
Sempre um tempo
De pensá
Não sei
Amuleto preto
Onde Deus guarda no escuro
Se meu caminho
Me perdia
Ou me encaminhava
Embotava a bota
E botava o chão
Brotado em rocha
De tanta graça
De leveza tanta
Que
Meu próprio suspiro
Me levanta
Exaustão de gozo
Que tal seja a regra
E longa é a vida
Que aguardo ansioso
O tempo nos parques
Gera o silêncio
Do piar dos pássaros
Das vistas destas araucárias
Na mesa
Do mundo
Meu imaginário
Sentam-se muitos
Desesperados
No corredor atento
No andar desatento
Sem um desalento
Sou todos eles
Nem razão
Tão pequena
Nem amplitude
Tão pura
A tua razão sensata
Se estendeis ao propor
A imitação
Pura do ser
No ascender de ir
Da imaginação
No propósito
Da Imagem em ação
Enquanto
De manhã escureço
E
De dia tardo
Lá longe
É quando
E
Onde há Cansaço
É onde meu tempo é quando
Entre tantos
Um dia
Me descubro
Entretanto
Que
O tempo nos parques
Cisma no olhar cego dos lagos
Sei de um bom lugar
Onde compreender
Que tal amanhã
Quando você voltar
Ao meu próximo amor
Se quiseres que este sujeito adentre em sua vida, busque primeiramente curar as suas feridas. Pois as minhas dão muito trabalho mantê-las fechadas. As minhas cicatrizes compõem a minha história, lidar com essa situação não me faz superior e muitos menos inferior a alguém que expõe as suas memórias. O meu coração já quebrou várias vezes, e na ultima vez, pensei que tinha virado pó. Fui juntando cada pedaço, e cada caco que era tocado surgiam novos cortes que vinham com lembranças de dor. Não só as memórias dos dias ruins, das palavras incisivas que foram a mim dedicadas, mas também do que foi vivido e do que não foi, do que era prometido e planejado, do que era lindo, do que poderia ter sido incrível.
Imagina a demolição de um prédio, mas não de uma forma rápida, com explosivos e projetada para que toda aquele entulho e bagunça sejam removidos em poucas semanas e o espaço estaria pronto rapidamente para uma nova construção. Pois é, não foi desse jeito!
Iniciou-se a desconstrução de uma história, mas de uma forma empírica, artesanal e devagar, cuja única ferramenta utilizada foi a marreta. Cada marretada que um capítulo levava, um grito dentro do meu peito ecoava.
Ela: Amor?
Ele: O que vida?
Ela: Você é meu?
Ele: Sim, claro.
Ela: Mesmo bravo. Mesmo irritado. Mesmo retardado. Mesmo chato. Mesmo idiota. Mesmo estupido. Mesmo intolerante. Mesmo insolente. Mesmo manhoso. Mesmo dengoso. Mesmo triste. E a sabe?
Ele: O que?
Ela: Cada vez que sorri, se torna mais meu.
Ele: Eu te amo.
Poema: "Olvido"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel
dentro de meu peito o vazio toma conta do que faz arder,
nos meus ouvidos domina o silêncio de um quarto escuro
onde eu me cubro em lágrimas,
onde os horizontes são de concreto.
me faz lembrar que estou mais distante de um dia que já foi normal,
me faz pensar que todas as esperanças já se tornaram cinzas.
Sem razão e imerso em hedonismo autoflagelante,
como um rio desaguando no mar, e o mar no oceano,
sigo meu caminho rumo ao olvido.