Texto em versos
Tem lágrimas que rolam com o sangue que corre pelo coração...
Tem versos que explodem como gritos surdos dentro do meu silêncio...
Tem medos que atormentam mais que o próprio medo...
Tem dores que doem pouco, mas o tempo todo...
E a aquelas dores que insistem em doer,
dói fundo, profundo,nem sempre
fisícamente,mas, dói...
machuca, faz derramar lágrimas,
A maior de todas as dores
que hoje sinto,
é ter que escolher o certo,
seguir a razão, deixando pra trás
o coração,
que choras apertado de
dor!
No percorrer dos versos
encontro
-- muitas vezes
as aspas
antes das letras,
porque a imaginação
permite esse exercício da gramática.
Não consigo ainda
que elas sejam uma casa
onde as palavras
se tornam mágicas
-- as aspas
( com letras lá dentro ).
Os sentimentos abrem os seus grandes designeos
por dentro das avenidas
de papel.
Não consigo ainda
construir uma árvore
que seja perfeita,
a partir de um ponto de exclamação!
A palavra constrói-se devagar,
é,
por vezes uma escultura
na imensidão branca
-- os dedos desmaiam em cima do papel!
-- o coração também!
Deixemos que o tempo fale
e vá construindo
a grande máquina da sedução.
in "o principio da sedução"
Fernando Manuel Noivo
~Leitor
Quem lê não percebe
Esses versos
Sinceros
Quem lê não pode sentir
A tristeza
Que mora aqui
Queria que o mundo entendesse
A falta,a perda
Olhasse essas linhas com paixão e interesse
Como poder expressar?
A dor a decepção
Se nem sei o que é amar
Quem lê e não entende a minha dor
A insanidade,a ilusão
Não pode transpirar amor
A cada palavra,meu pedaço
O tédio,a solidão
É nas palavras que me desfaço
Quem lê minha poesia vive ase questionar
Como acreditar nessa pobre criança?
Se nunca teve coragem de amar.
POESIA NO TEMPO DA ETERNIDADE
P or entre tempos de muito tempo
O s versos viajam levando nas entrelinhas
E stórias, histórias e palavras outras
S oando no fundo e no raso dos corações
I mponentes vozes de grande alcance
A s ordens superiores, desconhecidas da razão
N uma velocidade que só as estrelas acompanham
O stenta em seu bojo: passado, presente e futuro
T ratado de incontáveis gerações
E sculpida pelo dedo da eternidade
M antra sagrado da reunião dos deuses
P enetra fundo o vácuo infinito
O lhando e rindo da inquietação planetária.
Driblando as marcas dos caminhantes
Afligindo de pressa os que não querem chegar
Eterniza as forças dos vencedores
Tratando com fraquezas os fortes guerreiros
Esvazia o calor das quentes fornalhas
Rompe nas madrugadas os pensamentos
Núbios, dúbios de vacilantes desocupados
Incandeia no escuro a alegria contida
Dos desejos que a penumbra oferece
Aos que na luz os mantém presos
Dando asas às glórias dos desejos tolhidos
Esvaziando a cela da prisão dos amores
VERSOS SOLTOS
Se tiveres só duas horas,
Do teu tempo para um tema.
Vou-te buscar onde moras,
Depois vamos ao cinema.
O QUE ME INSPIRAS!
Os teus olhos doces, doces,
Poem-me a chuchar no dedinho,
Baixava oito centimetros,
E aplicava-te um beijinho.
Mas se tu "o" apreciasses,
Ou achasses coisa pouca,
Embutia os meus lábios,
Nos lábios da tua boca.
E assim vi-me perdido,
Na lava do teu vulcão.
Por dentro sinto-me ardido.
É de cinza meu coração.
VERSOS SOLTOS
Vendo-te assim tão leda, bambuleante,
Ao passares por aqueles que te atraem,
Provocas assobios e mais adiante,
...De saltos...
Tuas curvas tropeçam e logo caem
Rolam finas-mornas com Paixão-Amor,
Cintilam de Alegria, Doce-Calma,
Grossas-quentes-amargas na Triste-Dor,
...Lágrimas...
Geiseres que emanam da nossa Alma.
ESSES VERSOS
Hoje encontrei versos
Que havia perdido em mim.
Esses versos outrora acanhados,
Tímidos, solitários.
Encontrei-os palpitantes, alegres,
Sorridentes!
Senti inveja.
Qual a razão de tanta alegria?
São meus
Estão em mim
Fazem algazarras por todo canto
Miro-os resignado
E, descaradamente pouco se importam.
Esses versos
Filhos meus
Deixam-me acanhado, tímido,
Só não solitário
Por derramar em mim
Seus encantos.
De repente me pego
repentista de seus versos...
sei que estas em meus
delírios...
sinto a textura de seu rosto
sua barba de fazer,
em meus sonhos...
E no alvorecer
sei que em algum
lugar estas...
e sei que estou...
em seu pensamento
nessa refutação desvairada
de mensagens deliciosas;
como ondas que
vem e vão...
dessa nossa imaginação...
meu rebatedor de emoções...
nem sei se me inspira versos ou
ainda mais amor...
As vezes fico como a lua...
que não vira a face...
pois é sempre a mesma...
mas muda de fases...
e as vezes fico oculta...
meu amor...
SONETO XV
Ando a caminho do sol
Sozinho comigo e só
Escondido entre versos
Poemas, letras e segredos
Que a ninguem posso contar
A ninguem posso revelar
E assim sozinho tento
Viver sem nenhum alento
Andar sem ordem de chegada
Nem ao menos beijo de namorada
Ninguem viu minha partida
Uma passagem so de ida
Para onde ninguem me encontre
Nem fantasmas me assombrem
E sozinho estarei a ficar
Sem ninguem a me abraçar
Ninguem a amar
Ninguem a me notar
Vou tentar, em versos resumir
O que com com o tempo aprendi
Sobre essas tais decepções
Arrasadoras de corações
Falarei sobre as mais complicadas,
São as duas que com as puras emoções
Estão mais fortemente enlaçadas:
Amizade e amor, delas vêem as piores decepções
Alguém pode dizer que a decepção amorosa
É todas a mais furiosa
Devastadora de sentimentos
Eu, com meus pensamentos,
Tenho uma diferente opinião
Se pode chamar alguma de a pior decepção
Então essa é a causada pela amizade
Pois mostra a nossa verdadeira fragilidade
Simplificando tudo:
Quando se decepcionar com o amor
Ainda lhe restará um escudo
Para aliviar a sua dor
Essa é a amizade...
Mas e quando a decepção for essa fraternidade
Quem você escolherá para expôr sua fragilidade?
ENTREGA
Apenas venha, não sinta receios
traga nos teus versos a leveza
mas prenda-me logo, sem volteios
sacie nossas fomes e incertezas
Faça do meu corpo o teu esteio
com teu toque de fúria e aspereza
revire nossas vidas, ache um meio,
do sonho, transformar-se em certeza
Na entrega, na luxuria, não terei defesas
gema em meus ouvidos, sacie meus anseios
Atrevido, esqueça o galanteio e a delicadeza
Ao mundo lá fora estaremos alheios
vem e, com teus dedos, abuse da rudeza
p’ra depois, repousar cansado, em meus seios
versos soltos...
as portas do mundo se abrem sempre quando desejamos vê-las abertas... mas quando será que nos dará vontade de sair do mundo?
seria quando bate aquele frio na barriga? talvez...
ou será que quando estamos indignados? outra possibilidade válida...
poderia ficar aqui gerando respostas, mas o pior, respostas que nunca nos levaram a lugar nenhum...
mas pensando justamente nesta hipótese me volto a um pensamento, se as portas abrem com o nosso simples desejo, porque não desejamos fugir sempre? por comodismo?
Ou receio de criar novos caminhos?
por que é sempre muito difícil visualizar coisas positivas no desconhecido? fato cultural ou simples vergonha de assumir que está na hora de mudar e seguir com novos ares!!!
Pois será mais prazeroso sentir a dor das chibatadas da vida quando buscamos as realizações do sonhos, que ficar sempre preso somente ao mundo doce da imaginação!!!
Irrenunciável avesso
Na trama da palavra
Escrevo versos,
Afugento sonhos, distante do olhar.
Emoção teu corpo longe está.
Entranha no verbo amar,
Calor distante.
Fugia de mim e perto ficava.
Soluça meu nome repleto de amor,
Fugia de ti, pensa em mim.
Tudo era poder,
Recomeça no tropeço, se acha em mim.
Branca areia escreve meu nome.
Com tua voz o vento unia os nossos acertos.
Calmo respirava.
Assim, somos avessos, complementos,
Busca e tropeços.
No olho da noite reencontro,
Lado a lado do irrenunciável apego,
Luta e volta.
Meu calor te espera
Volta e aquece.
Aconchega, abraça, fecha os olhos e sonha.
"CORRENTES IMAGINÁRIAS"
"Hoje, os teus
Amanhã, os meus
São, assim, os versos que escrevo
Enquanto presa aos teus olhos
Perco a chance de olhar pra mim mesma
Eu que tanto sonhei com voos altos
Sinto que me prendo em gaiolas imaginárias
Em crises de uma cegueira sem toque
Se coragem me faltar
Ainda sobra a chance da ferrugem cumprir o seu papel
Ora ou outra, livrar-me-ei das correntes
Correntes da ilusão, correntes sem porquê...".
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Não sei você esta tão longe! Tudo esta complicado o tempo
paro em nossos versos, gostaria de ser um pássaro pra voar e para em seus braços, tudo esta muito claro e escuro em nossos olhos, mais eu sei que tudo vai passar e eu não poço te enganar apenas espera, tenho saudades de tudo e de você, hoje a distancia nos abandona e talvez nosso amor não se infame mais, e se apague como as pegadas na areai espero ver você feliz como eu sempre quis.
Vozes
Vozes que eu escuto
belas palavras de amor
Versos lindos de alguém
Que um dia tanto me amou
Ainda sou aquele homem
O mesmo que te fez feliz
Ainda que o tempo passe
No amor serei sempre aprendiz
Vozes que me calam
Que me trazem um silêncio
Já nem sei mais o que falo
Só sei que da vontade
De expressar tudo o que penso
Vozes procurando
Um ouvir do coração
Mesmo com esse silêncio
Ainda ouço aquele sim
Mas tenho medo
De um dia ouvir um não.
COM A PONTA DOS DEDOS
Estes versos são teus.
Quero falar-te de amor,
mandando os versos meus,
como quem te manda flor.
Quero te amar com carinho.
com jeito e com finura,
suave, devagarzinho,
com poesia e ternura.
quero roubar teus pedaços,
com a ponta dos dedos
como cego lendo os teus traços.
Quero sentir o teu cheiro,
afugentar os teus medos,
beijando o teu corpo inteiro.
Falta de Talento
Nesta composição barata
Escrevo versos pobres,
Nada originais
Sem combinações complexas
Com frases desconexas
Por vezes, infernais
Poesia desequilibrada
Fruto de viagem insensata
Nas profundezas
De limitada imaginação
Não consigo traduzir nenhum sentimento
Ou descrever qualquer pensamento
Com alguma coesão
Tento brincar com palavras
Fingindo ser poeta
Sem qualquer talento
Ao expressar minha emoção
Para demonstrar o que sinto
Busco naquilo que me completa
A mais divina inspiração
E num raro momento
Não atormentado pela incerteza
Vislumbrando sublime beleza
Gerei esta composição
(Felipe de Lima: fusão das duas primeiras poesias, escritas em 2005)
Deixa eu ser os seus versos, aqueles a que você tanto venera
Para eu brincar com seus pensamentos
Dançar com as suas palavras
Abraçar os teus sonhos
Lutar com os seus medos
Proteger as suas alegrias
Deixa eu desfrutar da sua mente
Ser o que corre em suas veias
Passeia pelo teu corpo
E acaba em sua alma
Pássaro preto
Canta, canta, Pássaro preto
Canta, canta, em seu ao voar
Canta os versos da alegria
Canta a música do mar.
Canta, canta, Pássaro preto
Canta, canta, o que aprendeu no gheto
Suas penas tem um brilho
Sua cor é um forte preto.
Canta, canta, Pássaro preto
Canta as matas, canta o mar
Seu maestro é o vento
Sua vida é cantar.
Canta, canta, Pássaro Preto
Sabiá, bem-te-vi e pardal
Cantam, numa sintonia
Como se fossem o coral.
