Texto em versos

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⁠Se você está lendo essa mensagem, você é abençoado e tem muitos motivos para agradecer a Deus. Mesmo diante dessa pandemia, mesmo enfrentando vários outros problemas, Deus tem te guardado, te livrado de muitas coisas. Você pode não ter percebido, mas Ele sempre esteve com você, e por mais difícil que seja a luta, Ele nunca vai te abandonar.

Inserida por paulocirilo

⁠Dói tanto que me sinto sufocada, eu me sinto vagando num poço. Em um poço pois um poço é fundo, e, assim, eu conseguiria desenvolver tudo com bastante calma e tempo. Me sinto vagando nesse poço de forma que me abraço internamente, tentando confortar minha cabeça, ao mesmo tempo que ela por si só têm autonomia para se sabotar. E tudo passa, as pessoas mudam, o tempo passa, as pessoas se vão. Eu fico. Meu poço se mantém. Ele só pode chegar ao fim, quando eu chegar ao fim.

Inserida por TalitaAllonso

O amor é horrível, é realmente horrível, doloroso e assustador. Ele faz você duvidar de si mesmo, se julgar, se distanciar das pessoas em sua vida. Ele te torna egoísta, estranho, obcecado com seu cabelo, cruel, faz você dizer coisas que nuca diria a ninguém. É o que todos nós queremos e um inferno quando isso acontece. Não é de se espantar que, para amar, você tenha que ser cúmplice. Eles ensinam que, quando o amor nasce, você só tem que escolher o lugar certo para depositar esse amor. E eles falam muito sobre isso, o que parece certo, mas se parece certo não é fácil? Mas eu não sei se isso é verdade. já que você tem que ser forte para saber o que é certo, e o amor não é algo para os fracos... para ser romântico, você tem que ter esperança. Isso significa que, quando você encontra alguém que ama, isso lhe dá esperança.

Inserida por eberton12

⁠Vamos refletir sobre isso: Tem coisas na nossa vida que paramos e pensamos “por que? Oque eu fiz para isso acontecer?”.Por que não consigo achar algo que preenche me ou dar-me bem em alguma coisa?. Surge uma resposta: O problema às vezes não está no “Oque eu fiz”, e sim no oque não fazemos para começar ou para dar certo. “O tentar sabe”. Anotar a cada o que vem dando errado e começar a fazer diferente. Por que pensa comigo, se algo está dando muito errado, tenta fazer de uma outra maneira, e assim vai ver a diferença nos seus resultados.

Inserida por LucasProphetes

⁠*A minha existência é como um flash de luz sensitivo que irá se apagar no estado de anulação total de minha existência, é como o reflexo do espelho que reflete ilusões existênciais, eu falo que a magia da matéria é deixar registrado duas pessoas que a morte separou em física quântica, papéis, quadros, desenhos e rochas, mas no final a morte é um fato que não tem como ser evitado por meios naturais. Em matéria neutra todo organismo vivo sucumbi a escuridão total da inexistência. Nasci para viver o ciclo da vida e estou fazendo parte da existência e tudo que faço e natural, sinto a energia de Deus vibrando sobre meus átomos é a pura sensação de existir. A espécie humana vive paralela e corrompida em suas bolhas paralelas de pensamentos e domesticação sempre foi assim a ordem através do caos, viver é tão complexo e fácil ao mesmo tempo que minha alma e espírito magnetiza toda essa vida. Acredito que todo sonho daria um filme, são tantas projeções do cérebro enquanto dormirmos que seria um filme sem fim, tipo a energia do sonho se transformando em matéria*

Inserida por Wectorseculo21

⁠Transcender limites me faz um gênio mas as vezes transcender limites não tem efeito nenhum, é o equilíbrio, desequilibrado. Por horas eu penso sobre algo que me anima e depois vem a depressão os sentimentos me dominam a ponto de me sucumbir, sou triste e alegre enquanto a vida passa, sou aquilo que a matéria criou, sou o sangue do corpo, sou as células da alma. Gostar de viver as vezes é meio difícil a vontade de morrer bate forte, morrer no silêncio da escuridão, morrer após ser protagonista de um massacre, morrer em um acidente, só sei que a vida é um fluxo sanguíneo com fim e tudo o que eu faço é sobre minha existência. Coisas como início, meio e fim, sou eu que protagonizo.

Inserida por Wectorseculo21

⁠A vida é muito curta e perigosa e com isso os Imprevistos acontecem quando menos esperamos e tudo é registrado pela nossa consciência no momento vivido. O passado morto trás um presente repleto de pensamentos, o futuro incerto é uma consequência do presente. Somos um clico infinito de pensamentos, pensamentos que passam pela nossa consciência ativa todos os dias... Uma lembrança armazenada na memória nos proporciona uma experiência única de ilusão. Somos ilusão transitória no espaço tempo da vida, e cada alma no mundo representa uma estrela no céu. As almas que falo somos nós mesmos inseridos aqui na matéria.

Inserida por Wectorseculo21

⁠Hoje no trabalho tava lembrando e tudo que vivemos e mano foram os momentos mais incrível da minhas vida todo dia me apaixono mais por vc, todo dia eu te amo ainda, e Vey que te quero pra minha vida toda, quero um dia tá te esperando no altar, te ver entrar de vestido de noiva pra ser minha mulher e quero me acabar de chorar pq vai ser o momento mais incrível da minha vida, sempre foi meu sonho se casar com você e realizar isso com você é oq eu mais quero, quero que vc seja a mãe dos meus filhos, quero vencer da vida, realizar todos os meus sonhos e quero ter vc ao meu lado, quero poder lá na frente contar prós meus filhos, meus netos que eu tive a mulher mais incrível do meu lado, uma mulher que sempre me apoiou em tudo, uma mulher que me faz um bem tão grande que faz os problemas virarem besteira, pq sei que por mais conturbado que a vida seja eu tenho vc pra me fazer feliz, eu te amo e sempre vou te amar.

Inserida por carlos_jordao

Eu vou te levar daqui, como uma música que vai ganhando sua mente ou quem sabe como eu mesmo, se você permitir podemos ir mais além do que está noite. Mas senão ficamos por aqui, neste gole barato de whisky sem graça e que acompanha o gosto de um domingo solitário. Nós nos perdemos, mas ainda somos nós mesmos, talvez em um novo ciclo a gente possa reunir nossas vontades e tentar outra vez. Vamos à mais uma decepção juntos, teimamos todas as vezes que resolvemos prosseguir, é ruim de assumir, mas não podemos ir além desta noite ou deste gole de whisky. Há muito em jogo, guardamos em nossos corações apenas o que nos maltratou, como se de alguma maneira pudéssemos resolver algo com os ressentimentos dentro de nossos relicários. Bobagem, eu estou falando sozinho.

Inserida por elieltu

⁠Um aglomerado de ambimo corre em minha veias, sem batidas meu coração aguarda qualquer pulso de energia, correr nao convém quando está perdido na ditadura da paixão, é no seu cheiro que me causa borboletas, no seu olha que me sinto julgado a te analizar, te ver, por mais que eu saiba que seremos pessoas proximas, sofro ao tentar deslumbrar seu Brasil perto de mim, sinto que devo te agradecer, você me salvou de um eu muito pior, me ensinou a navegar no meu mar de azar e tristeza,Você me torna de novo uma pessoa, faz finalmente meu amontoado de rabisco virar uma sintonia harmônica, transformando em vida.

Inserida por Flavio_melo_rr

Mesmo que vivesses 3 mil anos e tantas vezes quanto 10 mil anos, lembra, todavia, que ninguém perde uma vida distinta da vida presente, tampouco vive uma vida diferente desta que presentemente perde. Assim, a vida mais longa e a mais curta se tornam algo idêntico. Com efeito, o presente é igual para todos e, portanto, o que se perde também é igual; e aquilo que se perde, consequentemente, revela-se como sendo de curtíssima duração, como se fosse instantâneo. De fato, não se perde o que passou nem o futuro, pois como tirar de uma pessoa aquilo que ela não possui? Necessitas lembrar, portanto, estas duas coisas: uma é que tudo o que é egresso da eternidade é de espécie idêntica e tem caráter cíclico, não fazendo diferença nem importando, assim, se alguém permanece em contemplação das coisas apenas por um século ou dois ou por um tempo infinito; a outra coisa é que, quando morrem, a perda é igual para pessoas que viveram o máximo de tempo e para aquelas que viveram o mínimo. Com efeito, o presente é tudo de que se pode ser privado: afinal, tudo o que se tem é o presente, e a perda daquilo que não se possui não é possível.

Marco Aurélio
Meditações. São Paulo: Edipro, 2019.
Inserida por pensador

⁠Meus textos não se limitam aos estados do tempo, nem a consciência que irá recebê-los. Não escrevo para causar dor, dúvida, tristeza, falsa declaração, ou, até mesmo entendimento, apenas escrevo por escrever e isso basta-me. Talvez esse seja o segredo, escrever pelo sentir, e entender que nem todos os textos precisam de dedicatória.

Inserida por JuanVicthor

Me chama pra tomar um vinho, um café, uma cerveja. Tequila, vodca, cachaça, tanto faz. Me liga pra dizer oi, pra saber como foi o dia, pra ouvir minha voz. Me olha de rabo de olho, me encara, me come os olhos. Diz alguma coisa, sussurra meu nome, grita. Me fala dos seus sonhos, dos medos, das brigas. Se abre pra mim. Me manda uma mensagem, um áudio comprido, uma foto. Me escreve uma poesia, um texto, uma frase. Um ponto, ainda que seja final. Ri, sorri, gargalha. Pode chorar também. Me mostra sua música preferida, aquela série, o último filme que você viu. Me leva pra comer uma coxinha, uma dogão, um Bigmac. Eu topo. Pega na minha mão, toca meu rosto, passeia por mim. Beija minha testa, minha boca, meu eu. Me toma pra ti, me rende, me leva contigo. Faz qualquer coisa, só não some assim.

Inserida por ewigepoesie

Família, às vezes, complica. Enche. Torra a paciência. Tem, tantas vezes, o sentido de decisão demasiadamente diferente do que a gente pensa. Faz até a gente ter vontade de ausentar-se um dia ou outro. Ou outros. De achar-se sozinho. Como se, estar sozinho, fosse algo a concernir com a nossa liberdade de vida. Quando a gente tem família, de quando em quando é assim que a gente pensa. E pensa. E torna a pensar. Mas, um dia, a gente repensa. Porque liberdade de viver não é assim. Assim, é imaturidade de viver. Um dia a gente repensa. Repensa quando família não é mais família. E não é mais família por motivos copiosos. Uma hora, família pode ir embora. Partir pra longe da gente. Partir pela morte. Pela desistência. Pelo abandono. Pela aparência justa. E pela injusta também. A grande verdade é que não importa quais motivos constroem a partida. Não importa nem se a partida é justa ou não. Porque de viver a vida e continuar vivendo, a gente aprende que, na verdade, família não complica. Mas implica. Na felicidade. Na paz de se ter e se achar um seguro no porto. Família enche, mas não o saco. Enche, de paz, a alma. É na alma que a gente sabe de onde a gente veio. Quer paz maior que essa? É na alma que a gente reconhece o que é nosso. O valor de tudo. Família não torra a paciência. Mas torra os desamparos que a vida traz. Pensa uma coisa: que abraço apertado não torra uma dor? Que estender de mão, não torra uma solidão? Que sorriso não torra um desespero? Torra mesmo. Enche mesmo. Família é o tudo que a gente tem de luz. O que a gente precisa é aprender a viver em família. Sabe por quê? Porque a vida da gente é uma peça de teatro que não nos permite ensaio. Conseguinte assim, bem aventurado mesmo é amar. E dar flores em vida, antes que a cortina da vida se feche e a peça termine sem aplauso algum.

Inserida por redatoresdafolha

Enquanto a chuva cai lá fora,eu fico pensando onde estará e o que você está fazendo ainda sem mim,eu aqui solitária pensando como vai ser minha vida com você,altos papos,filme,eu que escolho,sou dessas,mas enfim você cuida de mim e eu cuido de você e juntos cuidamos do nosso futuro,Hei será que estou sonhando muito?

Inserida por Fernandarosadepaulo

"E fecho a porta do escritório, relembro memórias, folheio aquele livro que ainda estou para finalizar. E é nas páginas em branco dos meus pensamentos e nas folhas arquivadas em meu coração que descobri o que fui fazer ali: alimentar minha sede de viver e amar você." Victor Bhering Drummond.

Inserida por victordrummond

Encostei-me na parede, olhando a estrada, esperando você passar. O sol se pôs, o frio veio, e só conseguir ver as janelas da vizinhança se fechando para o negrume da noite. Ao invés de esperar mais, abri minhas janelas, olhei para dentro de mim, e vi que ali havia caminhos mais interessantes que me levavam a mundos em que não precisaria mais esperar; só amar." (Caminhos - Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

Ali pela janela era possível ver as pessoas caminhando devagar. Não pela falta de pressa com os compromissos ou de entusiasmo, mas porque escolheram apreciar a garoa cessar, a neblina se dispersar. Casais se namorando com os olhos e olhando as vitrines, na esperança do sol nascer. E se ele não viesse, tinha valido a pena diminuir o ritmo do mundo para sentir o compasso do coração. (Vida pacata - Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

A gente senta para tentar entender o movimento do mundo, o colorido das roupas, o grito que há nos silêncios. Mas não encontra respostas. Então nos despimos da própria observação para fora e miramos o que há de mais essencial: o amor invisível, às vezes incompreendido, mas que ainda vale a pena espalhar. Só com ele entendemos o movimento do mundo que se passa lá fora. (Movimento do Mundo - Victor Bhering Drummond)

Inserida por victordrummond

O Estado do Rio, no geral, é um Estado sem memória. Chega, às vezes, a ser ingrato com os que aqui viveram e ajudaram a progredir e projetar seu valor cultural. Não fosse o trabalho de um pequeno grupo de escritores com acesso aos jornais locais e alguns destes repórteres, muito dos homens notáveis que aqui viveram já estariam esquecidos. E quando me refiro aos notáveis, não quero falar dos que foram importantes para fortuna que souberam amealhar, graças aos bons negócios realizados, ou aos bem-sucedidos na política, que são os dois caminhos mais curtos para projeção social e a glória atreladas às homenagens póstumas consequentes. Não. Embora reconheça que muito dos nossos homens bem sucedidos em atividades lucrativas fossem merecedores de homenagens pelos atributos pessoais que possuíram e apesar de não fazer qualquer restrição aos políticos que se destacaram por seus méritos pessoais, não são eles, repito, o alvo dessa observação. Com o que não me conformo é com o esquecimento habitual dos prefeitos, deputados, e especialmente dos vereadores, com relação aos que se destacaram pela cultura, pela inteligência e, sobretudo, pelo amor que demonstraram ao Rio, seja transitando pela Serra, pela região dos Lagos, por Niterói ou na própria capital. Não quero citar muitos exemplos pois faltaria espaço para tanto. Porém, gostaria de chamar atenção para alguns nomes que encontrei nos escritos do meu avô, bilhetes recebidos de amigos de escrita e trabalho, fiquei bem curioso e descobri nomes hoje que praticamente não existem, se contrapondo com o que eles representaram, cada um à sua época para o nosso estado. Vou citar apenas as coisas que encontrei e que me deixaram mais acesos, pois não quero incorrer em falta quando tento apontar os amnésicos homens de bem. Encontrei nessa caixinha obras e bilhetes trocados com Lacerda Nogueira, quase esquecido Lacerda. Lembro quando era pequeno que meu avô sempre falava do amigo Lacerda. Agora, lendo os papéis que encontrei no seu antigo quarto, esse Lacerda merecia uma alantada biografia pelo muito que fez pelas letras fluminenses, com seus primorosos livros, artigos e conferências, sempre tendo em mira divulgar as preciosidades histórias do estado, principalmente no Rio e em Niterói. Num dos bilhetes, meu avô o chamava de paciente e meticuloso, quando escreveu (também achei esse livro aqui - e fico triste que quase nada está na internet) "A escola normal mais antiga do Brasil". Na época, recebeu da crítica os melhores elogios. Nesta obra, além de interessante e notável descoberta, demonstrou, também, seu cuidado em apontar os homens ilustres que preparavam os excelentes professores para cursos mais doutrinários. Outro livro dele que achei nas coisas do vô e que tem um nome gigante foi "A Força Militar do Estado e as origens da corporação. Serviços somente para paz e heroísmo para sociedade". Sobre este livro, achei uma troca de cartas entre meu avô e Levi Carneiro, que dizia ao meu avô: "Li, com real prazer o pequeno em benfeito histórico da força militar no Rio. O trabalho do nosso colega é um novo documento pela paz, um novo documento da sua operosidade profunda e do seu devotamento esclarecido às coisas do nosso Estado". Descobri nesta caixa Oliveira Viana, outro fluminense ilustre na sua época, que eu nunca havia escutado na faculdade. Grande sociólogo, assim manifestou ao meu avô com relação ao mesmo livro que meu avô indicava: "Li-o com o prazer, o proveito e a simpatia intelectual que me suscitam sempre os labores da sua inteligência e cultura.. Eu já estou de há muito reconhecer e admirar a força do seu talento; não me surpreendem mais as amizades que faz indicando os livros dos seus novos amigos da academia; não surpreendem mais as demonstrações frequentes da capacidade de trabalho de vocês e, especificamente, do seu senso de investigador. Este ensaio é tão excelente pela sua probidade histórica e pela invocação artística, que não me dispenso de dizer nesta minha impressão cheia de admiração e aplausos". E, mais adiante: "Não basta estudar a história do seu grupo, meu amigo, vocês mostram que faz-se preciso estudar as instituições; só assim será possível grande serviço às letras do nosso grupo fluminense e também às letras históricas do nosso belo País." Mas Lacerda não ficou só nesses valiosos livros, publicou mais: Bibliografia Pitorescas; Elogios de Saldanha da Gama; História Literária dos Fluminenses; A Província Fluminense; Os Fluminenses na História do Brasil. Infelizmente, pelo que sei do material do meu avô, só divulgados em comunhão às mesas dos concursos de trovas e poesias que promoviam no Clube da Literatura e na Academia Brasileira de Letras. Encontrei poucos destes resumidos em arquivos do jornal O Globo. A origem da própria da Academia Brasileira de Letras, da qual foi secretário, foi por ele divulgada em artigos que achei pela internet num Volume 10 da Revista AFL. E como pude notar, sempre apregoando, de forma brilhante, Niterói, Friburgo, o Rio, e por aí vai. Encontrei bilhetes que trocou com meu avô e Armando Gonçalves, outro grande talento, e demonstrou sua capacidade de historiador quando contestou Nilo Bruzi na questão do local do nascimento de Casimiro de Abreu, quando escreveu artigos sobre o tema em parceria com meu velho. A par disso tudo não posso deixar de incluir neste pequeno perfil do Lacerda Nogueira a sua excelente qualidade de narrador quando proporcionava, aos amigos (a melhor parte que encontrei) bilhetes escritos em mesas de bar que mandava o garçom entregar para os próprios amigos boêmios que com ele estavam sentados à mesa, na Lapa. Eram interessantes ocorrências da vida, entremeando, aqui e ali, amostras do seu talento e iniciando debates, prelecionando em todas as oportunidades. Paro por aqui. Deixo para quem tiver o engenho e a arte que me falta, a tarefa de explorar outras facetas da sua cativante personalidade. Me avisem sem algum de vocês descobrir algo! Prefiro, agora, apontar a falta de memória das cidades e dos seus vereadores do Rio, de Niterói, de Friburgo, deste Estado. Esse homem ilustre, esse escritor notável que perpetuou, principalmente em três trabalhos as histórias da Academia Brasileira de Letras, da Escola Normal mais Antiga do Brasil, e da nossa gloriosa força pública indiscutivelmente - três motivos de orgulho para qualquer escritor dessas cidades - não mereceu até hoje sequer uma sala com seu nome em qualquer destas cidades. É possível até que da biblioteca da própria Academia Brasileira de Letras conste seus livros e sua história. Mas, de resto, ingratidão, amnésia e ignorância; qualifique a gosto quem quiser; apenas lamento. Nome em ruas seria pedir muito. Nós, friburguenses, niteroienses, cariocas, já nos habituamos a denominar ruas com nome de pais desconhecidos de pessoas influentes; de filhos desconhecidos de pais importantes, de negociantes estrangeiros sem qualquer expressão e que só fizeram enriquecer nestas cidades, mas que em nada contribuíram para a coletividade, enfim, homenagens encomendadas por gente orgulhosa e bajulável. Isso tudo me fez lembrar a Bíblia, em Gênesis, 11,4 (outra obra prima da literatura), que diz: "Celebremus nomen nostrum", ou seja, "Façamos célebre nosso nome." Só que lá a narração termina com um castigo; aqui a história se repete infinitamente.

Inserida por AlessandroLoBianco

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